Fanfic: A Maldiçao do Tigre AyA | Tema: RBD AyA
O tigre
William Blake
Tigre! Tigre! Brilho, brasa
que a furna noturna abrasa,
que olho ou mão armaria
tua feroz simetria?
Em que céu se foi forjar
o fogo do teu olhar?
Em que asas veio a chama?
Que mão colheu esta flama?
Que força fez retorcer
em nervos todo o teu ser?
E o som do teu coração
de aço, que cor, que ação?
Teu cérebro, quem o malha?
Que martelo? Que fornalha
o moldou? Que mão, que garra
seu terror mortal amarra?
Quando as lanças das estrelas
cortaram os céus, ao vê-las,
quem as fez sorriu talvez?
Quem fez a ovelha te fez?
Tigre! Tigre! Brilho, brasa
que a furna noturna abrasa,
que olho ou mão armaria
tua feroz simetria?
O prisioneiro estava com as mãos amarradas diante do corpo, cansado,
subjugado e imundo, mas com uma postura altiva digna de sua herança
indiana real. Seu captor, Juan, olhava-o com desdém, sentado em um
trono dourado, luxuosamente esculpido. Pilares brancos e altos erguiam-se
como sentinelas em torno do salão. Nem sequer um murmúrio de brisa da
selva passava pelas cortinas transparentes. Tudo o que o prisioneiro podia
ouvir era o tilintar rítmico dos anéis ornados com pedras preciosas de
Juan batendo na lateral do trono dourado. Juan olhava-o de cima, os
olhos estreitados, insolentes e triunfantes.
O homem preso era o príncipe de um reino indiano chamado Mujulaain.
Oficialmente, seu título atual era Príncipe e Sumo Protetor do Império de
Mujulaain, mas ele ainda preferia pensar em si mesmo apenas como o filho
de seu pai.
O fato de Juan, o rajá de um pequeno reino vizinho chamado Bhreenam,
ter sequestrado o príncipe não era tão surpreendente quanto saber quem se
encontrava sentado ao lado de Juan: Clara, a filha do rajá e noiva do
prisioneiro, e o irmão mais jovem do príncipe, Felipe. O cativo estudou os
três, mas somente Juan sustentou seu olhar determinado. Sob a camisa, o
amuleto de pedra do príncipe repousava frio sobre sua pele, enquanto a ira
percorria-lhe o corpo.
O prisioneiro falou primeiro, lutando para manter longe de sua voz o sentimento
de traição:
– Por que meu futuro pai me trata com tamanha falta de hospitalidade?
Indiferente, Juan fixou um sorriso deliberado em seu rosto.
– Meu caro príncipe, você tem algo que eu desejo.
– Nada que você pudesse querer justifica isto. Nossos reinos não estão
prestes a se unir? Tudo o que tenho está à sua disposição. Você só precisava
pedir. Por que fez isso?
Juan esfregou o maxilar, os olhos brilhando.
– Planos mudam. Parece que seu irmão gostaria de tomar minha filha
como noiva. Ele me prometeu certas recompensas se eu o ajudar a alcançar
esse objetivo.
O príncipe voltou sua atenção para Clara, que, com o rosto ruborizado,
exibia uma pose submissa e recatada, com a cabeça baixa. Esperava-se que
seu casamento arranjado com a moça desse início a uma era de paz entre
os dois reinos. Ele estivera ausente pelos últimos quatro meses, supervisionando
operações militares numa região distante, e deixara ao irmão a incumbência
de cuidar do reino.
Então Felipe estava cuidando de outras coisas além do reino.
O prisioneiro avançou, destemido, encarou Juan e o desafiou:
– Você enganou a todos nós. É como uma cobra enrodilhada, escondida
em um cesto esperando o momento de dar o bote.
Ele alargou o olhar para incluir o irmão e a noiva.
– Vocês não percebem? Suas ações libertaram a víbora e nós fomos picados.
Seu veneno agora corre pelo nosso sangue, destruindo tudo.
Juan riu, desdenhoso, e falou:
– Se você concordar em entregar sua parte do Amuleto de Damon, talvez
eu o deixe viver.
– Viver? Pensei que estivéssemos negociando minha noiva.
– Receio que seus direitos de noivo tenham sido usurpados. Talvez eu não
tenha sido claro. Seu irmão terá Clara.
O prisioneiro cerrou o maxilar e disse apenas:
– Os exércitos do meu pai o destruirão se você me matar.
Juan riu.
– Ele não destruirá a nova família de Felipe. Nós vamos apaziguar seu
querido pai e informá-lo de que você foi vítima de um infeliz acidente.
O homem afagou a barba curta e então esclareceu:
– Entenda que, mesmo que lhe permita viver, eu governarei ambos os reinos.
– Juan sorriu. – Se me desafiar, serei obrigado a pegar sua parte do
amuleto à força.
Felipe se inclinou na direção de Juan e protestou com firmeza:
– Pensei que tivéssemos um acordo. Eu só lhe trouxe meu irmão porque
você jurou que não o mataria! Apenas pegaria o amuleto.
Juan estendeu a mão rápido como uma cobra e agarrou o pulso de
Felipe.
– A essa altura você já deveria ter aprendido que eu pego o que eu quiser.
Se preferir a visão de onde seu irmão se encontra, ficarei feliz em satisfazê-lo.
Felipe se remexeu na cadeira, mas manteve-se calado.
Juan prosseguiu:
– Não quer? Muito bem, estou alterando nosso acordo anterior. Seu irmão
será morto se não ceder aos meus desejos e você nunca se casará com minha
filha, a menos que entregue sua parte do amuleto a mim também. Esse nosso
acordo particular pode ser facilmente revogado e eu posso casar Clara
com outro homem... um homem da minha escolha. Talvez um sultão velho
lhe esfriasse o sangue. Se você quiser permanecer perto de Clara, terá que
aprender a se submeter.
Juan comprimiu o pulso de Felipe até que ele estalou ruidosamente.
Felipe não reagiu.
Flexionando os dedos e girando lentamente o pulso, Felipe se recostou,
ergueu a mão para tocar o pedaço do amuleto, oculto sob sua camisa, e fez
contato visual com o irmão. Uma mensagem silenciosa foi trocada entre eles.
Os irmãos lidariam um com o outro mais tarde, mas as atitudes de Juan
significavam guerra e as necessidades do reino eram prioridade para ambos.
A obsessão subiu pelo pescoço de Juan, latejou em sua têmpora e se
assentou atrás de seus olhos negros e peçonhentos. Aqueles mesmos olhos
dissecaram o rosto do prisioneiro, sondando, avaliando-o em busca de fraqueza.
Encolerizado, Juan pôs-se de pé num salto.
– Que assim seja!
Ele puxou de sua túnica uma reluzente faca de cabo adornado com pedras
preciosas e rudemente arrancou a manga do casaco jodhpuri do prisioneiro,
antes branco, mas agora imundo. As cordas se enroscaram em seus pulsos e
ele grunhiu de dor quando Rodrigo correu-lhe a faca pelo braço. O corte foi
fundo o bastante para que o sangue aflorasse, vertesse e pingasse no chão de
ladrilhos.
Juan arrancou um talismã de madeira de seu pescoço e o colocou debaixo
do braço do prisioneiro. O sangue gotejou da faca para o amuleto e o
símbolo ali gravado fulgurou com um vermelho abrasador antes de pulsar
com uma luz branca estranha.
A luz disparou na direção do príncipe com dedos tateantes que perfuraram seu peito e atravessaram-lhe todo o corpo, dilacerando-o. Embora fosse
forte, ele não estava preparado para a dor. O prisioneiro gritou quando seu
corpo de repente se inflamou com uma erupção que lhe queimava a pele. Ele
desabou no chão.
Estendeu as mãos para se proteger, mas só conseguiu arranhar debilmente
os ladrilhos brancos e frios do piso. O príncipe viu, indefeso, quando tanto
Clara quanto seu irmão atacaram Juan, que empurrou ambos com violência.
Clara caiu no chão, batendo a cabeça com força no tablado sobre o
qual se achava o trono. O príncipe tinha consciência de que o irmão estava
ali perto, tomado pela dor à medida que a vida se esvaía do corpo mole de
Clara. Em seguida, não teve mais consciência de nada que não fosse a dor.
Autor(a): ju10linha
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Eu me encontrava à beira de um precipício. Quer dizer, eu estava apenas na fila de uma agência de empregos temporários no Oregon, mas a sensação era a de me aproximar de um despenhadeiro. A infância, a escola e a ilusão de que a vida era boa e fácil tinham fiad ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 98
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franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 15:59:39
OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso
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Elis Herrera ❤ Postado em 23/04/2015 - 16:57:14
Postaaaaaaaa =(
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franmarmentini♥♥ Postado em 02/04/2015 - 17:30:00
AMORESSSSSSSSS IREI VIAJAR E JÁ TO COM VÁRIAS FICS EM ATRASO MINHA VIDA TA UMA LOUCURA MAS NUNCA NUNCA VOU DEIXAR DE LER...VOU IR VISITAR A CIDADE ONDE MINHA MÃE ESTÁ INTERRADA QUE FICA PERTO DE PITANGA PARANÁ E É NO SITIO ENTÃO PROVAVELMENTE EU NÃO TENHA COMO LER PQ TENHO MUITOS TIOS LÁ E QUERO VER SE CONSIGO VISITAR TODOS...VOLTO NA TERÇA FEIRA E PROMETO TENTAR COLOCAR EM DIA TODAS AS FICS O QUANTO ANTES BJUSSSSSSSSSSSSSSSS A TODAS AMO VCS!!!!!!!!! FUI....
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franmarmentini Postado em 29/01/2015 - 08:39:07
thatyponny o que vai acontecer??? quero aya juntosssssssssssssss :/ agora vc me deixou apriensiva..;.
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franmarmentini Postado em 29/01/2015 - 08:37:34
quero felipe bem longeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee eeeeeeeeeeeeeee da any,,,,e não vejo a hora dela encontrar o poncho logo :)
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elis_maria Postado em 23/01/2015 - 12:43:03
Posta mais...
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thatyponny Postado em 08/01/2015 - 14:14:54
VOCÊ NÃO SABE QUANTO EU ESPEREI, ESPEREI TANTO QUE JÁ LI TODOS OS LIVROS, MAS LER EM PONNY É UM AMOR O RUIM É QUE EU SEI O QUE VAI ACONTECER.
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franmarmentini Postado em 04/01/2015 - 16:50:57
Ebaaaaaaaaaaa
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franmarmentini Postado em 08/12/2014 - 11:48:24
cade vc?? :(
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elis_herrera Postado em 20/10/2014 - 20:39:49
Olá, continua... gostei de sua fic.