Fanfics Brasil - A Caçada A Maldiçao do Tigre AyA

Fanfic: A Maldiçao do Tigre AyA | Tema: RBD AyA


Capítulo: A Caçada

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O magnífico tigre negro me fitava, com os olhos
amarelos brilhando, totalmente atentos,
enquanto eu concluía meu relato dos aspectos
mais importantes da caverna de Kanheri.
Já era tarde da noite. A selva, tão barulhenta
durante o dia, estava agora silenciosa, exceto
pelo crepitar da madeira no fogo. Eu brincava
com as orelhas macias de Poncho. Seus olhos ainda
estavam fechados, e ele ronronava levemente, ou
talvez fosse mais exato dizer que roncava.
Voltando à forma humana, Felipe me olhou
pensativo e disse:
- Parece muito... interessante. Só espero que você
não acabe se machucando ao longo desse
processo. Seria mais inteligente voltar para casa
e nos deixar à mercê de nossa sorte. Esse parece
o início de uma longa missão, certamente repleta
de perigos.
- Poncho tem me protegido e, agora, com dois tigres
tomando conta de mim, sei que ficarei bem.
Felipe hesitou.
- Mesmo com dois tigres, as coisas podem dar
errado, Anahi. E... eu não pretendo ir com vocês.
- Por que não? Nós sabemos como quebrar a
maldição. Pelo menos o primeiro passo. Felipe,
eu não entendo. Por que você não nos ajudaria...
a ajudar você?
Felipe transferiu o peso para o outro lado do
corpo e explicou.
- Por dois motivos. O primeiro é que me recuso a
ter mais alguma morte na minha consciência. Já
causei muita dor nesta vida. O segundo é... bem,
eu simplesmente não acredito que vamos ter
êxito. Acho que vocês dois e o Sr. Kamal estão
apenas caçando fantasmas.
- Caçando fantasmas? Não entendi.
Felipe deu de ombros.
- Sabe, Anahi, eu me acostumei à vida de tigre.
Não é uma existência tão ruim. Já aceitei que
esta agora é a minha realidade.
Sua voz foi enfraquecendo e ele se perdeu em
pensamentos.
- Felipe, será que não é você quem está caçando
fantasmas? Está se punindo ao ficar aqui na
selva, não está?
O príncipe mais jovem se retesou. Seus olhos
dourados se voltaram para mim. Seu rosto ficou
frio e indiferente. Reconheci choque e dor em
seus olhos. Minha observação o magoou
profundamente. Era como se eu tivesse
arrancado um curativo colocado com cuidado
para cobrir as feridas do passado.
Pus minha mão sobre a dele e perguntei com
delicadeza:
- Felipe, você não quer um futuro ou uma
família? Sei como é quando alguém que você
ama morre. É solitário. Você se sente
despedaçado, como se nunca mais pudesse
voltar a ser inteiro.
Eu não sabia quais seriam os efeitos de minhas
palavras, mas continuei assim mesmo:
- Saiba que não está sozinho. Tem pessoas de
quem pode cuidar e que cuidarão de você.
Pessoas que lhe darão muitas razões para
continuar vivendo, como o Sr. Kamal, seu irmão
e eu. Pode até haver mais alguém para amar. Por
favor, vá conosco para Hampi.
Felipe desviou os olhos e falou de mansinho:
- Desisti de desejar coisas impossíveis há muito,
muito tempo.
Agarrei a mão dele com mais força.
- Felipe, por favor, reconsidere.
Ele apertou a minha mão de volta e sorriu.
- Desculpe, Anahi. - Ele se levantou e se
espreguiçou. - Agora, se você e Poncho insistirem em
se aventurar nessa longa jornada, ele terá que
caçar.
- Caçar?
Eu me encolhi. Poncho não vinha comendo muito,
pelo que eu vira.
- Ele pode estar comendo o suficiente para um
homem, mas não para um tigre. Ele é tigre na
maior parte do tempo e, para que esteja forte o
bastante para protegê-la, precisará comer mais.
Algo grande, como um belo javali ou um búfalo.
Engoli em seco.
- Tem certeza?
- Sim. Ele está muito magro para um tigre. Precisa
ganhar corpo.
Acariciei as costas de Poncho. Dava para sentir suas
costelas.
- Certo. Vou exigir que ele cace antes de
partirmos.
- Ótimo. - Ele inclinou a cabeça e sorriu para mim.
Segurou meus dedos, dando adeus, e pareceu
relutante em soltá-los. Por fim, disse: - Obrigado,
Anahi, pela interessante conversa.
Com isso, voltou à forma de tigre negro e
disparou selva adentro.
Poncho ainda estava dormindo com a cabeça no meu
colo, então fiquei sentada quieta um pouco mais.
Tracei as listras em suas costas e olhei seus arranhões.
Onde apenas uma hora antes existiam
cortes abertos, a pele já estava quase totalmente
recuperada. As unhadas no rosto e no olho
tinham desaparecido. Não restava nem mesmo
uma cicatriz.
Quando minhas pernas estavam completamente
adormecidas por causa do peso de Poncho, me
levantei para aumentar o fogo. Ele se virou de
lado e continuou dormindo.
Aquela luta deve ter tirado muito de sua energia.
Felipe tem razão. Ele precisa mesmo caçar. Deve
conservar sua força.
Depois de jantar, eu estava pronta para dormir
também. Peguei minha colcha, enrolei-a em torno
do corpo e me deitei perto de Poncho. Seu peito roncava,
mas ele não acordou; apenas rolou para
mais perto de mim. Usando suas costas como
travesseiro, adormeci olhando as estrelas no céu.
Acordei com a manhã já avançada. Olhei ao
redor, à procura de Poncho, mas não o vi em parte
alguma. O fogo estava alto, porém, como se ele
tivesse acabado de colocar mais lenha. Virei-me
de bruços para me desvencilhar da colcha e senti
os músculos das costas doloridos.
Ouvi pegadas macias e Poncho enfiou o focinho no
meu rosto.
- Ah, não se preocupe comigo. Vou ficar aqui
deitada até minha coluna se realinhar.
Ele se virou e começou a pisar nas minhas costas
com suas patas de tigre. Eu ri dolorosamente
enquanto tentava sugar o ar de volta aos meus
pulmões. Era como um gatinho muito pesado
afiando as garras em um sofá humano.
- Obrigada, Poncho, mas você é pesado demais -
guinchei. - Está me deixando sem ar.
Suas patas de tigre se ergueram das minhas
costas e foram substituídas por mãos fortes e
quentes. Poncho passou a massagear minha região
lombar e meus pensamentos voltaram à
embaraçosa discussão do beijo. Meu rosto
começou a queimar e meu corpo se retesou.
- Relaxe, Anahi. Suas costas estão cheias de nós.
Deixe-me tirá-los.
Tentei não pensar em Poncho e me lembrei de
quando experimentei uma massagem feita por
uma mulher de meia-idade. Na verdade, foi uma
experiência dolorosa e eu nunca voltei para uma
segunda sessão.
A massagem de Poncho era completamente
diferente. Ele era delicado e aplicava uma
pressão moderada com a palma das mãos.
Esfregava em um padrão circular descendo pela
coluna, encontrava os pontos de tensão e
trabalhava os músculos até eles aquecerem e
relaxarem. Quando terminou com as costas,
deslizou os dedos pela coluna até a gola da blusa
e começou a massagear meus ombros e meu
pescoço, o que fez correr arrepios por todo o meu
corpo.
Envolvendo com os dedos o arco do pescoço, ele
amassou, apertou e comprimiu os músculos,
atenuando as dores lenta e metodicamente. Por
fim, a pressão se abrandou ate quase se tornar
uma carícia. Suspirei, desfrutando a sensação.
Quando ele parou, testei as costas, sentando-me
devagar. Ele ficou de pé e me segurou sob o
cotovelo para me dar equilíbrio enquanto eu me
levantava.
- Está se sentindo melhor, Anahi?
Sorri para ele.
- Estou. Muito obrigada.
Enlacei seu pescoço em um abraço afetuoso. Seu
corpo pareceu enrijecer. Ele não me abraçou de
volta. Eu me afastei e vi que seus lábios estavam
comprimidos, e ele evitava o meu olhar.
- Poncho?
Ele tirou meus braços de seu pescoço, segurou
minhas mãos à sua frente e finalmente olhou
para mim.
- Fico feliz que esteja se sentindo melhor.
Então se afastou, indo para o outro lado da
fogueira, e se transformou em tigre.
Isso não é nada bom, pensei. O que aconteceu?
Ele nunca me deu um gelo antes. Ainda deve
estar com raiva de mim por causa da história do
beijo. Ou talvez esteja aborrecido por causa de
Felipe. Não sei como consertar isso. Não sou boa
em conversar sobre relacionamentos. O que
posso dizer para acertar as coisas?
Em vez de falar sobre nós, nosso relacionamento
ou o beijo que não aconteceu, resolvi mudar de
assunto. Pigarreei.
- É... Poncho, você precisa caçar antes de partirmos.
Seu irmão mencionou isso e acho sensato
considerar a sugestão.
Ele simplesmente bufou e se deitou de lado.
- Estou falando sério. Prometi a ele que você iria
e... não vou sair desta selva até que tenha
caçado. Felipe disse que você está magro
demais para um tigre e que precisa comer um
javali ou algo assim.
Poncho foi até uma árvore e começou a esfregar as
costas nela.
- Suas costas estão coçando? Posso coçar para
você - ofereci. - É o mínimo que devo fazer depois
dessa massagem.
O tigre branco parou de se esfregar por um
momento e olhou para mim, então deitou-se no
chão e rolou, ficando de costas, empurrando o
corpo para a frente e para trás enquanto as patas
arranhavam o ar.
Magoada por ele me dispensar dessa forma,
gritei:
- Você prefere esfregar as costas na terra a me
deixar coçá-las para você? Ótimo! Faça isso
então, mas ainda assim não vou embora antes de
você caçar!
Dei meia-volta, agarrei a mochila, entrei na
barraca e fechei o zíper.
Meia hora depois, espiei lá fora. Poncho havia
desaparecido. Suspirei e comecei a recolher mais
madeira para aumentar nosso estoque.
Eu arrastava um tronco pesado até a fogueira
quando ouvi uma voz vinda da floresta. Felipe
estava encostado em uma árvore me
observando. Ele assoviou.
- Quem diria que uma garota tão pequena
pudesse ter músculos tão fortes?
Eu o ignorei e terminei de arrastar o tronco,
então limpei as mãos e me sentei para beber
água.
Felipe sentou-se ao meu lado, um tanto perto
demais, e dobrou as longas pernas à frente do
corpo. Eu lhe ofereci uma garrafa de água e ele a
pegou.
- Não sei o que você disse, Anahi, mas funcionou.
Poncho foi caçar.
Fiz uma careta.
- Ele falou alguma coisa?
- Só que eu deveria tomar conta de você
enquanto estivesse ausente. Uma caçada pode
levar vários dias.
- Verdade? Eu não tinha a menor ideia de que
podia ser tão demorada. - Hesitei. - Então... Poncho
não se importa que você fique aqui enquanto ele
está fora?
- Ah, ele se importa - ele deu uma risadinha mas
quer ter certeza de que você está em segurança.
Pelo menos confia em mim para isso.
- Bom, acho que no momento ele está com raiva
de nós dois.
Felipe me olhou com curiosidade, uma
sobrancelha arqueada.
- Como assim?
- Digamos apenas que tivemos um mal-entendido.
O rosto de Felipe endureceu.
- Não se preocupe, Anahi. Tenho certeza de que,
qualquer que seja o motivo da raiva dele, é
bobagem. Ele é muito estourado.
Suspirei e sacudi a cabeça com tristeza.
- Não, é tudo culpa minha mesmo. Eu sou difícil,
um estorvo, e às vezes deve ser um saco me ter
por perto. Ele deve estar acostumado à
companhia de mulheres mais experientes e
sofisticadas.
Felipe me olhou, desconfiado.
- Pelo que sei, Poncho não tem tido a companhia de
mulher nenhuma. Devo confessar que agora
estou extremamente curioso em relação ao
motivo de sua briga. Seja ele qual for, não vou
mais tolerar nenhum comentário depreciativo a
seu respeito. Ele tem sorte de ter você e é
melhor que esteja ciente disso. - Ele sorriu. -
Naturalmente, se vocês tiveram mesmo um
desentendimento, você será sempre bem-vinda a
ficar comigo.
- Obrigada pela oferta, mas não quero viver na
selva.
Ele riu.
- Por você, eu até consideraria uma mudança de
ares. Você, meu encanto, é um prêmio pelo qual
vale a pena lutar.
Eu ri e o soquei de leve no braço.
- Você é um grande sedutor. Mas dizer que vale a
pena lutar por mim? Acho que vocês dois estão
vivendo como tigres há tempo demais. Não sou
nenhuma beldade, ainda mais depois de uns
tempos aqui na selva. Ainda nem decidi o que
quero fazer da vida. O que levaria alguém a lutar
por mim?
Aparentemente Felipe levou minhas perguntas
retóricas a sério. Depois de refletir por um
momento, ele respondeu:
- Para começar, nunca encontrei uma mulher tão
dedicada a ajudar outras pessoas. Você arrisca a
própria vida por alguém que conheceu faz apenas
algumas semanas. Você é auto confiante,
corajosa, inteligente e compreensiva. Eu a acho
charmosa e, certamente, linda.
O príncipe de olhos dourados pegou uma mecha
do meu cabelo. Corei diante de sua avaliação,
bebi um pouco da minha água e então disse
baixinho:
- Não fico tranquila sabendo que ele está zangado
comigo.
Felipe deu de ombros e recolheu a mão,
parecendo aborrecido por eu ter conduzido a
conversa de volta a Poncho.
- É, tenho sido alvo de sua raiva e aprendi a não
subestimar sua capacidade de guardar
ressentimento.
- Felipe, posso lhe fazer uma pergunta... pessoal?
Ele deu uma risadinha e esfregou o maxilar.
- Estou às ordens.
- É sobre a noiva de Poncho.
Sua fisionomia se entristeceu e ele murmurou,
tenso:
- O que você quer saber?
Hesitei por um momento.
- Ela era bonita?
- Sim, era.
- Você pode me falar um pouco sobre ela?
Seu rosto relaxou e seus olhos se perderam na
selva. Ele correu a mão pelos cabelos e falou em
tom meditativo e baixo:
- Clara era fascinante. A garota mais linda que
já conheci. Na última vez em que a vi, ela vestia
uma sharara dourada brilhante com um cinto
cheio de pedras preciosas que tilintavam, e tinha
os cabelos presos com uma corrente dourada.
Estava muito elegante naquele dia, vestida como
uma noiva em todo o seu esplendor. A última
visão que tive dela é algo que jamais vou
esquecer.
- Como ela era fisicamente?
- Tinha o rosto oval, adorável, lábios cheios e
rosados, cílios e sobrancelhas escuros, e olhos
violeta impressionantes. Era miúda, sua cabeça
batia em meu ombro. Se soltava os cabelos,
sempre os cobria com um lenço, mas eram lisos,
sedosos, negros como as asas de um corvo e iam
até a altura dos joelhos.
Fechei os olhos e imaginei essa mulher perfeita
com Poncho. A visão me atravessou com uma
emoção que eu nem sabia ser capaz de sentir.
Ela perfurou meu coração, abrindo uma fenda em
seu centro.
Felipe prosseguiu:
- No instante em que a vi, eu soube que a queria.
Que não teria outra senão ela.
- Como vocês se conheceram? - perguntei.
- Poncho e eu não podíamos participar de uma
batalha ao mesmo tempo, para evitar que
fôssemos os dois mortos e não mais houvesse um
herdeiro do trono. Assim, enquanto Poncho estava
fora lutando, eu fiquei preso em casa, treinando
com Kamal, estudando estratégia militar e
trabalhando com os soldados.
Ele me olhou, para ver se eu estava prestando
atenção, e continuou:
- Um dia, quando voltava para casa depois do
treinamento com armas, resolvi pegar um atalho,
atravessando os jardins. E lá estava Clara, de
pé perto de uma fonte, de onde ela havia
acabado de colher uma flor de lótus. O lenço
pendia de seus ombros. Perguntei-lhe quem era e
ela rapidamente se virou, cobriu o rosto e os
cabelos, e baixou os olhos para o chão.
- Foi quando você se deu conta de quem ela era?
- perguntei.
- Não. Ela fez uma mesura, me disse seu nome e
então correu para o palácio. Presumi que fosse a
filha de um dignitário visitante. Quando voltei ao
palácio, comecei imediatamente a perguntar
sobre ela e logo descobri que um arranjo havia
sido feito para que se casasse com meu irmão.
Fui tomado por um ciúme insano. Eu estava
sempre em segundo plano em relação a ele. Poncho
tinha todas as coisas que eu queria na vida. Era o
filho favorito, o político mais apto, o futuro rei e,
também, o homem que iria se casar com a garota
que eu queria.
Seu tom de voz ia mudando, ficando mais
irritado. Mas eu não quis interrompê-lo.
- Ele nem mesmo a conhecia - vociferou ele. - E
eu nem sabia que meus pais estavam procurando
uma noiva para Poncho! Ele tinha apenas 21 anos, e
eu, 20. Perguntei a meu pai se ele poderia alterar
o arranjo para que eu fosse o noivo de Clara.
Argumentei que podiam encontrar outra princesa
para Poncho. Até me ofereci para procurar uma
noiva para ele.
- O que o seu pai disse?
- Ele estava totalmente concentrado na guerra
naquela época. Eu lhe disse que Poncho não se
importaria, mas meu pai não deu ouvidos às
minhas súplicas. Afirmou que o arranjo feito com
o pai de Clara era irrevogável. Disse que o pai
dela insistira para que ela se casasse com o
herdeiro do trono a fim de que viesse a ser a
próxima rainha.
Ele estendeu os braços ao longo do tronco no
qual estávamos apoiados e continuou:
- Ela partiu alguns dias depois e foi levada em
caravana ao encontro de Poncho, para assinar
documentos e participar da cerimônia de
noivado. Ficou lá com ele apenas algumas horas,
mas a viagem levou uma semana. Foi a semana
mais longa da minha vida. Então ela retornou ao
palácio para esperar. Por ele.
Seus olhos dourados encaravam os meus.
- Clara ficou três meses em nosso palácio,
aguardando, e eu tentei evitá-la o mais que pude,
mas ela se sentia solitária e queria companhia.
Convidou-me para um passeio pela área do
castelo e eu concordei, relutante, achando que
podia manter meus sentimentos sob controle.
Disse a mim mesmo que em breve ela seria
minha irmã, mas quanto mais eu a conhecia,
mais perdidamente me apaixonava por ela e mais
ressentido ficava. Uma noite, quando
caminhávamos pelos jardins, ela admitiu para
mim que queria que eu fosse seu noivo.
- Nossa! E o que você fez?
- Fiquei exultante! Logo tentei tomá-la nos braços,
mas Clara me repeliu. Ela era muito rígida em
relação aos protocolos. Em nossos passeios, até
fazia uma dama de companhia nos seguir a uma
distância discreta. Ela me implorou que
esperasse, prometendo que encontraríamos uma
forma de ficar juntos. Eu me sentia
insensatamente feliz e determinado a fazer tudo
que fosse preciso para que aquela mulher fosse
minha.
Segurei a mão dele. Ele apertou a minha e
continuou:
- Ela disse que havia tentado deixar de lado seus
sentimentos por mim pelo bem da família, pelo
bem do reino, mas que não podia evitar me
amar. A mim... não a Poncho. Pela primeira vez na
vida, eu era o escolhido. Clara e eu éramos
ambos muito jovens e apaixonados. Quando se
aproximava a data da volta de Poncho, ela foi
ficando desesperada e insistiu para que eu
falasse com seu pai. Isso era inapropriado, é
claro, mas eu estava doente de amor e concordei,
decidido a fazer qualquer coisa para deixá-la
feliz.
- O que disse o pai de Clara?
- Concordou em me dar a mão dela em
casamento se eu aceitasse certas condições.
- Foi quando vocês combinaram a captura de Poncho,
certo? - perguntei.
Ele estremeceu.
- Foi. Na minha cabeça, Poncho era um obstáculo que
eu precisava transpor para me casar com
Clara. Eu o coloquei em perigo para poder têla.
Em minha defesa, o combinado era que os
soldados iam escoltá-lo até o palácio do pai dela
e que então mudaríamos os planos do noivado.
Obviamente, as coisas não correram de acordo
com o planejado.
- O que aconteceu com Clara? - perguntei,
séria.
- Um acidente - respondeu ele baixinho. - Ela foi
empurrada, caiu e quebrou o pescoço. Morreu em
meus braços.
Apertei sua mão.
- Sinto muito, Felipe. - Embora eu não tivesse
certeza se queria saber, resolvi perguntar assim
mesmo: - Felipe, uma vez perguntei ao Sr.
Kamal se Poncho amava Clara. Ele nunca me deu
uma resposta objetiva.
Felipe riu com amargura.
- Poncho amava o que ela representava. Clara era
linda, desejável e seria uma companheira e uma
rainha maravilhosa, mas ele nem a conhecia. Nas
cartas, ele insistia em chamá-la de Bai e queria
que ela o chamasse de Poncho. Ela odiava aquilo.
Achava que apenas as castas inferiores usavam
apelidos.
A princípio, me senti aliviada, mas em seguida
me lembrei da descrição que Felipe fizera de
Clara. Não é porque um homem não conhece
bem uma mulher que não é capaz de desejá-la.
Poncho ainda podia nutrir sentimentos pela noiva
perdida.
Um leve tremor percorreu o braço de Felipe e eu
soube que seu tempo na forma humana tinha
chegado ao fim.
- Obrigada por me fazer companhia, Felipe.
Tenho tantas outras perguntas... Queria que você
pudesse conversar comigo por mais tempo.
- Vou ficar aqui com você até Poncho voltar. Talvez
possamos conversar novamente amanhã.
- Eu gostaria muito.
O perturbado rapaz se transformou no tigre negro
e encontrou um lugar confortável para um
cochilo. Resolvi escrever um pouco em meu
diário.
Sentia-me péssima em relação à morte de
Clara. Abri um uma página em branco, mas
acabei desenhando dois tigres com uma linda
garota de cabelos longos entre eles. Traçando
uma linha que ia da garota a cada tigre, deixei
escapar um suspiro. Era difícil pôr os sentimentos
em ordem no papel quando ainda não os
organizara na cabeça.
Poncho não voltou naquele dia e Felipe dormiu a
tarde inteira. Passei por ele fazendo barulho
várias vezes, mas ele continuava dormindo.
- Grande protetor - murmurei. - Eu podia
desaparecer na selva e ele nem ia ficar sabendo.
O grande tigre negro bufou de leve,
provavelmente tentando me dizer que, mesmo
dormindo, sabia o que estava acontecendo.
Acabei lendo em silêncio pelo restante da tarde,
sentindo falta de Poncho. Mesmo como tigre, eu
tinha a sensação de que ele estava sempre me
ouvindo e que conversaria comigo se pudesse.
Depois do jantar, fiz um carinho na cabeça de
Felipe e me retirei para a barraca. Enquanto
acomodava a cabeça em meus braços, não pude
deixar de notar o grande espaço vazio ao meu
lado, onde Poncho costumava dormir.
Os quatro dias seguintes repetiram o mesmo
padrão. Felipe mantinha-se por perto, saía em
patrulha algumas vezes por dia e então voltava
para se sentar ao meu lado na hora do almoço.
Depois, transformava-se em homem e me
deixava importuná-lo com perguntas sobre a vida
no palácio e a cultura de seu povo.
Na manhã do quinto dia, a rotina mudou. Felipe
assumiu a forma humana assim que saí da
barraca.
- Anahi, estou preocupado com Poncho. Ele se foi já
faz muito tempo e eu não captei seu cheiro em
minhas patrulhas. Suspeito que não tenha tido
sorte em sua caçada. Ele não caça desde que foi
capturado, mais de 300 anos atrás.
- Você acha que ele está ferido?
- É uma possibilidade, mas lembre-se sempre de
que saramos rapidamente. Não existem muitas
feras aqui dispostas a machucar um tigre, mas há
caçadores e armadilhas. É melhor que eu vá atrás
dele.
- Você acha que vai ser fácil encontrá-lo?
- Se ele foi esperto, deve ter se mantido próximo
do rio. A maioria dos bandos de animais se reúne
perto da água. Por falar em comida, percebi que
a sua estava acabando. Na noite passada,
enquanto você dormia, encontrei o Sr. Kamal em
seu acampamento perto da estrada e trouxe mais
alguns daqueles pacotes de comida desidratada.
Ele apontou para uma sacola ao lado da barraca.
- Você deve ter carregado isso na boca por todo o
caminho. Obrigada.
Ele sorriu.
- Ao seu inteiro dispor, meu encanto.
Eu ri.
- É melhor carregar uma sacola nos dentes por
vários quilômetros do que ter os dentes de Poncho
cravados em você por me deixar morrer de fome,
não é?
Felipe franziu a testa.
- Eu fiz por você, Anahi. Não por ele.
Pus a mão em seu braço.
- Bem, obrigada.
Ele pressionou a mão sobre a minha.
- Aap ke liye. Pelo seu bem, qualquer coisa.
- Você disse ao Sr. Kamal que demoraríamos um
pouco mais?
- Sim, expliquei a situação. Não se preocupe. Ele
está confortavelmente acampado perto da
estrada e irá esperar o tempo necessário. Agora
quero que pegue algumas garrafas de água e
comida. Vou levar você comigo. Eu a deixaria
aqui, mas Poncho diz que você se mete em confusão
quando deixada sozinha.
Ele tocou meu nariz.
- Isso é verdade, bilauta? Não consigo imaginar
uma jovem encantadora como você se metendo
em confusão.
- Eu não me meto em confusões. Elas é que me
perseguem.
Ele riu.
- Deu para notar.
- Apesar do que vocês, tigres, pensam, eu sou
capaz de cuidar de mim mesma, sabia? - falei,
em tom ligeiramente rabugento.
Felipe apertou meu braço.
- Vai ver que nós, tigres, gostamos de cuidar de
você.
Partimos sem demora por uma trilha na direção
do alto da queda-dagua. Era uma subida lenta
mas constante, e minhas pernas começaram a
protestar quando nos aproximávamos do topo.
Felipe me deixou descansar um pouco. Olhei a
selva ali de cima e divisei nosso diminuto
acampamento lá embaixo, numa pequena
clareira.
Continuamos a seguir o rio até chegarmos a um
grande tronco de árvore que havia caído, indo de
uma margem à outra. Estava sem galhos e a correnteza
havia arrancado sua casca, deixando o
tronco liso e perigoso para atravessar. A água
corria com violência e de vez em quando
espirrava acima da ponte improvisada.
Felipe saltou no tronco e o atravessou. A árvore
sacudiu-se para cima e para baixo sob seu peso,
mas parecia bastante estável. Ele desceu
suavemente do outro lado e então se virou para
observar a minha travessia. Não sei como reuni
coragem e pus um pé na frente do outro. Era
como andar na corda bamba do Sr. Maurizio -
com o agravante de ser bastante escorregadia.
- Felipe! - gritei, nervosa, para o outro lado. - Já
pensou que atravessar este tronco pode ser um
pouco mais fácil para um tigre com garras do que
para uma garota de tênis carregando uma
mochila pesada? Se eu cair, esteja pronto para
um mergulho!
Depois que alcancei o outro lado em segurança,
soltei um profundo suspiro de alívio. Continuamos
a andar e, uns cinco quilômetros depois, Felipe
finalmente captou o cheiro de Poncho, que seguimos
por mais duas horas, quando então ele me
permitiu um bom descanso enquanto saía em
patrulha para tentar encontrar Poncho.
Meia hora depois ele voltou e disse:
- Tem um grande rebanho de antílopes negros
numa clareira a cerca de um quilômetro daqui.
Poncho está à espreita deles, sem sucesso, há três
dias. Os antílopes são extremamente rápidos. Em
geral o tigre escolhe um filhote ou um animal
machucado, mas nesse grupo há apenas adultos.
- E o que vai acontecer? - perguntei, nervosa.
- Eles estão inquietos e sobressaltados porque
sabem que Poncho está de tocaia. O rebanho está se
mantendo junto, o que dificulta a vida dele. Além
disso, como vem caçando há vários dias, está
muito cansado. Vou levar você a um lugar seguro
a favor do vento, onde poderá descansar
enquanto ajudo Poncho na caçada.
Concordei e tornei a colocar a mochila nas costas.
Ele me conduziu por entre as árvores, subindo
um grande morro. Felipe se deteve para farejar o
vento várias vezes ao longo do caminho. Depois
de subirmos algumas centenas de metros, ele
encontrou um lugar onde eu podia acampar e
partiu para ajudar Poncho.
Passado algum tempo, eu estava completamente
entediada. Não dava para ver muita coisa de
onde eu me encontrava.
Eu já havia bebido uma garrafa inteira de água e
começava a me sentir inquieta quando resolvi dar
uma volta para me orientar e explorar a área.
Observei cuidadosamente as formações rochosas
e usei a bússola para ter certeza de que sabia
onde estava.
Escalando um pouco mais o morro, avistei uma
grande pedra que se projetava acima da linha
das árvores. A rocha era plana no topo e
protegida por uma grande árvore. Subi nela e
fiquei impressionada com a vista. Subi um pouco
mais e me sentei. O rio serpenteava lá embaixo,
avançando para um lado e para outro em um
ritmo preguiçoso. Recostei-me no tronco da
árvore e desfrutei a brisa.
Uns 20 minutos depois, um movimento lá
embaixo chamou minha atenção. Um animal
grande surgiu do meio das árvores. Várias outras
criaturas o seguiram. A princípio, pensei que
fossem cervos, mas então percebi que deviam
ser alguns dos antílopes dos quais Felipe falara.
Perguntei-me se seriam do mesmo bando que
Poncho e Felipe estavam seguindo. A parte superior
do corpo dos animais era escura e a inferior,
branca. Tinham queixo branco e círculos também
brancos em torno dos grandes olhos castanhos.
Os machos ostentavam dois longos chifres
retorcidos que se projetavam do topo da cabeça
como antenas de tevê. Os chifres dos antílopes
maiores eram mais imponentes e mais retorcidos
que os dos menores. O pelo dos animais ia do
castanho-claro ao marrom-escuro.
Eles bebiam água do rio, agitando a cauda
branca. Os machos maiores montavam guarda
enquanto os outros se refrescavam. As fêmeas
tinham cerca de um metro e meio de altura e os
machos, incluindo os chifres, tinham 30 ou 50
centímetros a mais. Quanto mais eu olhava para
seus chifres impressionantes, mais nervosa me
sentia por causa de Poncho.
Não é de admirar que esteja tendo dificuldade
para pegar um deles.
O bando pareceu relaxar e alguns dos animais
até começaram a pastar. Esquadrinhei as árvores
à procura de Poncho, mas não consegui vê-lo em
lugar nenhum. Fiquei observando o bando por
muito tempo. Os animais eram lindos.
O ataque foi rápido e despachou o grupo em
rápida debandada. Felipe, uma faixa negra
atravessando a paisagem, isolou um grande
macho, que disparou numa direção diferente da
do bando, o que deve ter sido seu erro fatal - ou
então um ato de grande bravura para afastar o
predador do grupo.
Felipe perseguiu o antílope, encurralando-o em
um bosque, saltou em suas costas, enterrou as
garras dianteiras no flanco do animal e mordeu
sua coluna. Nesse momento, Poncho surgiu em
disparada do meio das árvores, indo até o animal
e mordendo uma das patas dianteiras. De alguma
forma, o antílope se contorceu e conseguiu
escapar de Felipe, derrubando-o. O tigre negro
começou então a andar em círculos em torno
dele, procurando outra oportunidade para saltar.
O antílope apontou os longos chifres para Poncho,
que se movimentava de um lado para outro. O
animal acuado continuava concentrado, sempre
se protegendo com os chifres. Suas orelhas se
contraíam para a frente e para trás, atentas aos
ruídos de Felipe, que havia se posicionado
furtivamente atrás dele.
Felipe saltou e desferiu um golpe com a garra
contra a anca do animal. A força do golpe
derrubou o antílope. Vendo a oportunidade, Poncho
saltou para morder-lhe o pescoço. O antílope se
retorcia, tentando se erguer, mas os dois tigres
levavam vantagem.
Pensei que a ação toda fosse ser rápida, mas a
caçada levou bem mais tempo do que eu
esperava. Era como se Poncho e Felipe estivessem
exaurindo o animal, envolvendo-o numa macabra
dança da morte. Os tigres também pareciam
cansados. Aparentemente haviam gasto toda a
energia na caçada, consumindo suas forças. O
ato de matar era um processo quase indolente.
O antílope lutava com valentia. Ele deu vários
coices e atingiu os dois tigres com seus cascos.
Os tigres atacavam com as mandíbulas até que
por fim o animal parou de se mover.
Quando tudo terminou, Poncho e Felipe
descansaram, arfando pesadamente. Felipe foi o
primeiro a começar a comer. Tentei não olhar. Eu
não queria, mas não pude evitar. Era fascinante.
Felipe firmou as garras no antílope e cravou os
dentes fundo em seu corpo. Usando a força da
mandíbula, arrancou um naco de carne ainda
quente de onde o sangue pingava. Poncho seguiu
seu exemplo. Era horrível, nauseante e
perturbador. Tremores percorriam meu corpo,
mas eu não conseguia desviar os olhos.
Terminada a refeição, os movimentos dos irmãos
tornaram-se lentos, como se eles estivessem
drogados ou sonolentos, o que me fez imaginar
se não seria uma sensação semelhante à que se
tem após uma farta ceia de Natal. Eles se
deitaram perto da refeição, voltando de vez em
quando a ela para lamber as partes mais
suculentas. Uma nuvem escura de moscas
gigantes surgiu no ar. Devia haver centenas delas
naquele enxame, todas zumbindo em torno do
cadáver fresco.
Quando os insetos os cercaram, imaginei as
moscas pousando no animal morto e nas caras
sangrentas de Felipe e de Poncho. Foi quando fui
vencida e não pude mais olhar.
Apanhei minha mochila e deslizei pelo morro
acidentado, cobrindo em instantes a distância até
o local em que Felipe me deixara. Segui então
para nosso acampamento original, com mais
medo de encarar os dois tigres do que de me
perder. Eu não tinha certeza se conseguiria
enfrentar Felipe ou Poncho depois do que acabara
de ver.
Restando apenas umas duas horas de luz do dia,
parti a passos rápidos, cheguei ao tronco sobre o
rio e o atravessei antes que o sol se pusesse. Meu
ritmo diminuiu durante os últimos quilômetros. A
noite caía e no céu haviam surgido nuvens de
chuva. Borrifos atingiam meu rosto e a trilha
tornou-se molhada e escorregadia, mas o
verdadeiro aguaceiro só desabou depois que eu
já havia chegado ao acampamento.
Eu me perguntei se a chuva estaria caindo sobre
os tigres e concluí que isso seria bom, pois lavaria
o sangue de suas caras e espantaria as moscas.
Involuntariamente, estremeci.
Naquele momento, pensar em comida me
repugnava. Entrei na barraca e comecei a cantar
músicas alegres de O Mágico de Oz a fim de
afastar da mente as imagens perturbadoras que
tinha visto, na esperança de que me ajudassem a
adormecer. Mas o tiro saiu pela culatra, porque,
quando dormi, sonhei com o Leão Covarde
dilacerando Dorothy.



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Autor(a): ju10linha

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

julyanniaya: acho que nao vai demora muito nao Tive outros sonhos perturbadores. Sozinha eperdida, eu corria na escuridão. Não conseguiaencontrar Poncho e alguma coisa maligna meperseguia. Eu precisava fugir. Dedos estranhos eávidos tentavam puxar minha roupa e meuscabelos. Eles arranhavam minha pele e tentavamme arrastar e me tirar do caminho. Eu sabia ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



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  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 15:59:39

    OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • Elis Herrera ❤ Postado em 23/04/2015 - 16:57:14

    Postaaaaaaaa =(

  • franmarmentini♥♥ Postado em 02/04/2015 - 17:30:00

    AMORESSSSSSSSS IREI VIAJAR E JÁ TO COM VÁRIAS FICS EM ATRASO MINHA VIDA TA UMA LOUCURA MAS NUNCA NUNCA VOU DEIXAR DE LER...VOU IR VISITAR A CIDADE ONDE MINHA MÃE ESTÁ INTERRADA QUE FICA PERTO DE PITANGA PARANÁ E É NO SITIO ENTÃO PROVAVELMENTE EU NÃO TENHA COMO LER PQ TENHO MUITOS TIOS LÁ E QUERO VER SE CONSIGO VISITAR TODOS...VOLTO NA TERÇA FEIRA E PROMETO TENTAR COLOCAR EM DIA TODAS AS FICS O QUANTO ANTES BJUSSSSSSSSSSSSSSSS A TODAS AMO VCS!!!!!!!!! FUI....

  • franmarmentini Postado em 29/01/2015 - 08:39:07

    thatyponny o que vai acontecer??? quero aya juntosssssssssssssss :/ agora vc me deixou apriensiva..;.

  • franmarmentini Postado em 29/01/2015 - 08:37:34

    quero felipe bem longeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee eeeeeeeeeeeeeee da any,,,,e não vejo a hora dela encontrar o poncho logo :)

  • elis_maria Postado em 23/01/2015 - 12:43:03

    Posta mais...

  • thatyponny Postado em 08/01/2015 - 14:14:54

    VOCÊ NÃO SABE QUANTO EU ESPEREI, ESPEREI TANTO QUE JÁ LI TODOS OS LIVROS, MAS LER EM PONNY É UM AMOR O RUIM É QUE EU SEI O QUE VAI ACONTECER.

  • franmarmentini Postado em 04/01/2015 - 16:50:57

    Ebaaaaaaaaaaa

  • franmarmentini Postado em 08/12/2014 - 11:48:24

    cade vc?? :(

  • elis_herrera Postado em 20/10/2014 - 20:39:49

    Olá, continua... gostei de sua fic.


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