Fanfics Brasil - De profecias e práticas A Maldiçao do Tigre AyA

Fanfic: A Maldiçao do Tigre AyA | Tema: RBD AyA


Capítulo: De profecias e práticas

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Era o mesmo sonho horrível que eu tivera antes. Estava escuro e eu procurava alguma coisa desesperadamente. Entrei num quarto e encontrei Poncho amarrado num altar com um homem de túnica ametista debruçado sobre ele. Era Lokesh. Ele ergueu a faca e a cravou no coração de Poncho. Saltei sobre Lokesh e tentei tirar-lhe a faca, mas era tarde demais. Poncho estava morrendo.
— Anahi, fuja! — Poncho sussurrou para mim. — Saia daqui! Estou fazendo isso por você!
Mas eu não conseguia correr. Não podia fazer nada para salvá-lo. Simplesmente desabei encolhida no chão, sabendo que a vida sem Poncho não tinha sentido.
— Venha, Poncho. Vamos tirar você daqui.
Ele se transformou em homem e tocou meu rosto.
— Não, Anahi. Não posso ir. Se eu fizer isso, ele vai pegar você e eu não deixarei que isso aconteça. Você não pode ficar aqui. Por favor, vá.
E me deu um beijo rápido.
Ele me empurrou para longe e desapareceu.
Andando em círculos, eu o chamei.
— Poncho? Poncho!
Vi uma figura através da névoa. Era Poncho. Ele estava saudável, forte e ileso. Ria enquanto conversava com alguém.
Eu toquei em seu braço.
—Poncho?
Ele não me ouviu. Postei-me diante dele e acenei. Ele não podia me ver. Riu e passou o braço pelo ombro de uma linda garota. Agarrei sua gola e o sacudi, mas ele não sentia o meu toque.
— Poncho!
Ele se afastou com a garota e me empurrou para o lado, como se eu fosse apenas um obstáculo inútil. Comecei a chorar.
Um pássaro cantando lá fora me acordou. Eu havia dormido profundamente, mas não me sentia descansada. Tinha sonhado a noite toda com Poncho, capturado, prisioneiro. E, em todas as situações em que nos encontrávamos, ele sempre me afastava, fosse para me proteger ou para se livrar de mim.
Cinco semanas. Cinco breves e felizes semanas fora tudo que tivemos juntos. Mesmo que eu contasse o tempo em que ele estava lá, mas só me via nos encontros, nosso tempo no Oregon fora de apenas dois meses. Não era suficiente. Não quando se está apaixonada por alguém. Por alguma razão parecia que eu sempre perdia as pessoas que amava. Como iria viver sem ele?
E no entanto, ele estava junto a mim. Assim como meus pais. Eu os sentia tão perto que às vezes quase podia tocá-los, O mesmo acontecia com Poncho, só que... mais forte. Tantas coisas estranhas
haviam acontecido comigo. Eu tinha uma cobra de estimação que também era uma joia; quase fora comida por um macaco-cavalo-marinho-vampiro; tinha um namorado que era um tigre na maior parte do tempo; e aparentemente eu era capaz de disparar raios pela mão.
Eu estava tão arrasada pela captura de Poncho que não conseguia nem começar a lidar com meu poder de Thor. O que mais poderia acontecer comigo? Eu não queria pensar nisso porque, independentemente do que eu imaginasse, a realidade seria muito pior.
Eu me vesti e desci para ajudar Sr. Kamal. Ele estava ocupado, trabalhando no computador.
— Bom dia, Srta. Anahi. Se estiver pronta, tenho alguns mapas que gostaria que verificasse para mim.
— Claro.
Ele abriu um mapa gigante da Índia e deslizou em minha direção um papel com a tradução da segunda profecia de Durga. Uma cabeça com pelo escuro bateu em minha perna e eu me inclinei para lhe fazer um carinho. Estava feliz por Felipe estar ali, mas não pude deixar de desejar que fosse um tigre branco sentado ao meu lado.
— Bom dia, Felipe. Já tomou o café da manhã? Mais tarde, se o Sr. Kamal tiver todos os ingredientes, vou fazer biscoitos para você.
Ele bufou e se acomodou aos nossos pés. Peguei a profecia e a li.
Procure suas oferendas antes de tudo
Pois as bênçãos de Durga os esperam outra vez.
Um lugar dos deuses dá inicio à sua busca
Sob a glacial montanha azul de Noé.
Deixe que o Mestre do Oceano unte seus olhos;
Desdobre os antigos e sagrados pergaminhos.
Ensine a sabedoria completa e aconselhe
Os portões do espírito ele controla.
O paraíso aguarda; mantenha-se firme
E encontre a pedra do umbigo
Que o levará ao coração de todos
Os tronos frondosos da história antiga.
No topo da árvore do mundo está o prêmio aéreo.
Pegue arco e flecha, atire com precisão.
Discos lançados e grandes disfarces
Podem deter aqueles que perseguem
Quatro casas sem espíritos irão testar
De pássaros, morcegos, cabaças e sereias.
E, por último, olhe para o céu,
Pois guardiões de ferro rodeiam sem voo.
O povo da Índia será vestido
E se erguerá, forte, por todo o globo.
— Humm — ponderei em voz alta. — Bem, as primeiras duas linhas são óbvias. Temos que ir novamente a um templo de Durga. Disso já sabíamos. Dessa vez, vamos levar as oferendas apropriadas.
— Sim. Compilei uma lista de templos de Durga em toda a Índia, assim como alguns que ficam em países próximos.
— Felipe, lembre-se de usar minha tornozeleira de sino.
O Sr. Kamal assentiu e se debruçou sobre suas anotações. Mordi o lábio e pensei no dia em que Poncho me dera a tornozeleira. Ele tinha me implorado que ficasse, mas eu fui embora.
Que desperdício. Podíamos ter passado todos aqueles meses juntos se eu não tivesse sido tão teimosa. Eu daria qualquer coisa para voltar no tempo. Agora Poncho tinha sido levado prisioneiro e havia uma boa possibilidade de que eu nunca mais pusesse os olhos nele.
Tentando escapar de meus pensamentos tristes, tornei ame concentrar na profecia de Durga.
— Montanha de Noé? E a cordilheira do Himalaia? Como o senhor chegou a essa conclusão?
— Por causa da Arca de Noé.
— Mas Noé não desembarcou no monte Ararat?
— Você tem boa memória. Isso foi o que pensei a princípio também, mas o monte Ararat fica na Turquia, não na Índia. A localização da arca, no entanto, tem sido motivo de intenso debate.
— Está certo, mas o que o levou ao Himalaia?
— Duas coisas me conduziram a essa hipótese. Primeira: não acredito que o próximo item esteja oculto num lugar muito distante do continente indiano. A profecia menciona que o item ajudaria o povo da Índia, portanto não faria sentido estar tão longe. A segunda razão tem a ver com a história de Noé, A Bíblia não é a única que descreve um grande dilúvio. Na verdade, dezenas de culturas têm histórias de uma grande enchente que cobriu a Terra. Pesquisei e cruzei referências de todos os mitos de dilúvios. Tem Deucalião e Pirra da Grécia, a história do Dilúvio Épico de Gilgamesh, Tapi dos
Astecas e assim por diante. Uma semelhança entre todos eles é que, quando as chuvas diminuíram, os povos foram levados para terra seca.
— Ah, eu não sabia.
— Na Índia existe o mito de que Manu salvou a vida de um peixe que, por sua vez, lhe disse que o dilúvio estava chegando. Ele construiu um barco e peixe o arrastou até as montanhas. Muitos locais foram sugeridos como ponto de desembarque, mas exclui vários deles por não serem uma “glacial montanha azul”. A montanha que faz mais sentido para mim é...
— O monte Everest.
— Exato. Se tomarmos o relato ao pé da letra e presumirmos que a Terra toda estava inundada, a superfície que primeiro apareceria seria a cordilheira do Himalaia. Como o Himalaia “toca o céu” poderíamos supor que a segunda busca em que embarcaremos esteja relacionada a segunda busca em que embarcaremos esteja relacionada ao ar. Pássaros e outras criaturas voadoras também estão fortemente presentes na profecia e o objeto que estamos procurado é chamado de “prêmio aéreo”
— Monte Everest? O senhor não acha que Felipe e eu teríamos que..
— Não, não. Escalar o monte Everest é algo que somente um punhado de pessoas corajosas já realizou. Eu não pensaria em submetê-los a essa tentativa. O que estamos procurando é uma cidade no pé da montanha, uma cidade com um mestre sábio. Tenho esperanças de que você possa fazer uma lista das cidades possíveis e talvez pensar num lugar que ainda não tenha me ocorrido.
— Parece que o senhor já pensou bastante no assunto.
— Pensei. Mas, como você mencionou antes, às vezes um novo par de olhos pode ajudar.
O Sr. Kamal me entregou uma lista de cidades, que analisei uma a uma, verificando-as no mapa. De fato, ele já havia riscado todas as cidades dentro de um raio de várias centenas de quilômetros a partir do Everest. O único local do mapa ainda não riscado era o norte do Everest, onde os nomes estavam escritos em chinês.
— Sr. Kamal? Que cidade é esta? — perguntei, indicando um ponto.
— É Lhasa. Fica no Tibete não na Índia.
— Bem, talvez o professor more lá, no outro lado do Himalaia, mas o item que estamos procurando ainda esteja escondido na índia.
O Sr. Kamal imobilizou-se por um instante e então correu para pegar um livro sobre o Tibete.
— Espere só um instante... um lugar dos deuses. — Ele abriu o livro e consultou o índice. Passando as páginas rapidamente, começou a murmurar para si mesmo: Mestre do Oceano... portões do espírito... isso... isso!
Fechou o livro bruscamente e me agarrou num breve abraço, os olhos
— É isso! Você conseguiu, Srta. Anahi!
— O que foi que eu fiz?
— Lhasa é a cidade “sob a montanha de Noé”! A tradução de seu nome é “cidade dos deuses”!
— E quanto ao mestre que deverá nos mostrar coisas?
— Essa é a melhor parte! O Mestre do Oceano é provavelmente um dos lamas. Possivelmente o próprio Dalai-Lama!
— O quê? Mas Lhasa não fica perto do oceano.
— Ah. Não se trata necessariamente de uma referência literal ao oceano: Pode significar que sua sabedoria é tão profunda quanto o oceano ou talvez que sua influência é tão vasta quanto o mar.
— Muito bem, então vamos para Lhasa e pedimos uma audiência com o Dalai-Lama. — Acariciei o ombro do tigre negro. — Parece moleza, certo, Felipe?
Ele bufou e ergueu a cabeça.
— É, isso pode ser um problema — murmurou o Sr. Kamal.
— O senhor por acaso tem um relacionamento próximo com o atual Dalai-Lama Do tipo que o avô de Poncho tinha?
— Não. E o atual Dalai-Lama não mora no Tibete. Ele está vivendo no exílio, na Índia. A profecia indica claramente que precisamos ir para a cidade “sob a montanha de Noé” e começar nossa busca a partir dali. Diz que o Mestre do Oceano irá untar seus olhos, desenrolar pergaminhos sagrados, passar-lhes sabedoria e possivelmente levá-los ao portão do espírito.
— O que são esses portões?
— Os portões do espírito marcam entradas de templos no Japão. Dizem que são portas entre o mundo secular e o mundo espiritual. Quando as pessoas passam por elas, purificam-se e se preparam para a jornada espiritual que irá acontecer adiante.
— Existem portões do espírito no Tibete?
— Não que eu saiba. Talvez eles tenham um significado diferente na profecia.
— 0k. E quanto a essa pedra do umbigo?
— Ah, essa eu sei o que é. Acredito que isso signifique que vocês estão procurando uma pedra ônfalo. Trata-se de pedras que representam o centro, ou o umbigo, do mundo e várias foram colocadas na região do Mediterrâneo, a mais famosa das quais está
abrigada no oráculo de Delfos. Alguns estudiosos sugeriram que vapores gasosos eram direcionados para o alto através da abertura da pedra e, quando um vidente se punha sobre ela e inspirava o gás, ele teria uma visão. Supunha-se que era uma forma de a humanidade se comunicar com os deuses. Diz-se também que, quando uma pessoa segura a pedra, ela pode ver o futuro. Existe uma pedra na Tailândia, uma na Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém e outra é a pedra fundamental do templo judaico na Cúpula ou Domo da Rocha.
— Qual é a sua aparência?
— Seu formato é semelhante a um ovo de pé com um buraco no alto e desenhos entalhados na parte externa.
— Então encontramos essa pedra ônfalo e a seguramos ou aspiramos seus vapores e ela nos levará a uma árvore do mundo?
— Correto.
— E a árvore?
— A árvore do mundo é outro tema bastante comum em muitas culturas e mitos. Existe uma árvore que realiza desejos e que cuidou das necessidades do povo da Índia chamada Kalpavriksha. Ela floresceu quando as pessoas eram sábias e boas, mas, quando a natureza da humanidade mudou, a árvore tornou-se obscura.
— Humm.
— Em meus estudos sobre o Fruto Dourado, encontrei o registro de uma árvore especial no templo de Kamakshi, no sul da Índia. Trata-sede uma mangueira que produz quatro tipos de mangas, que se acredita representem os quatro Vedas ou as castas. Na mitologia nórdica, existe a história de uma árvore do mundo chamada Yggdrasil. Na mitologia eslava e na finlandesa, eles escolheram um carvalho para representar a árvore sagrada do mundo. Na cultura hindu, é uma figueira chamada Ashvastha. Pode-se vê-la como a Árvore da Vida. Existem árvores semelhantes mencionadas nas
culturas da Coreia, da Mesoamérica, da Mongólia, da Lituânia, da Sibéria, da Hungria, da Grécia...
— Entendi. Então estamos procurando uma árvore especial. Pelo menos sabemos de que tipo?
— Não. Todas as histórias usam exemplos de árvores comuns em suas terras, mas a maior parte dos mitos se refere a uma espécie muito grande, com aves descansando em seus galhos. Essas provas que são mencionadas parecem se encaixar nesse tema.
— Resumindo, não comemos o fruto, certo?
Ele riu.
— Nem todos os mitos incluem frutos, mas você está absolutamente certa. Há uma prova associada à maioria deles. Alguns até mencionam uma serpente gigante em sua base. As folhas ligam a Terra ao céu e supõe-se que as raízes desçam até o submundo.
— Bem, quanto a essas... provas, O senhor acha que vou encontrar alguma coisa apavorante que tentará me devorar, como os kappa?
Ele ficou imediatamente sério.
— Espero que não, Srta. Anahi. Na verdade, estou animado com a palavra paraíso. Torço para que essas provas sejam mais um exercício mental do que físico.
— Certo. Mas vou precisar ficar de olhos abertos para os guardiões de ferro. Pelo que diz aí, temos que ascender ao topo para encontrar o prêmio e passar por quatro provas. O que será que significa “o povo da Índia será vestido”? O senhor acha que isso se refere a roupas?
— Poderia ser um símbolo da realeza, suponho.
— Bem, parece que o senhor desvendou tudo ou pelo menos tudo o que lhe foi possível. O próximo passo deve ser voltar ao templo de Purga. Acha que vai dar certo sem Poncho?
— Ah. Não se trata necessariamente de uma referência literal ao oceano: Pode significar que sua sabedoria é tão profunda quanto o oceano ou talvez que sua influência é tão vasta quanto o mar.
— Muito bem, então vamos para Lhasa e pedimos uma audiência com o Dalai-Lama. — Acariciei o ombro do tigre negro. — Parece moleza, certo,
— Não custa tentar. Você disse que Poncho precisou assumir a forma de tigre antes de Purga aceitar sua oferenda, correto?
— Sim. Ela mencionou especificamente o relacionamento entre mim e Poncho.
— Então seria aconselhável ter um tigre em sua companhia. Vamos usar Felipe em vez de Poncho, se você estiver disposto, é claro.
O tigre negro bufou em resposta, o que presumimos que significasse Olhei para baixo e acariciei-lhe a cabeça.
— Espero que ela goste de pelo preto.
— Enquanto isso, vou dar alguns telefonemas para ver se consigo arranjar uma audiência com alguém no Tibete ou talvez até mesmo com o Dalai-Lama aqui na Índia.
— Acha que isso vai funcionar? Que ele vai concordar em se encontrar
— Não tenho a menor ideia.
— Mas não seria melhor esperar por Poncho? Não deveríamos encontrá-lo antes de sair à procura do próximo item?
— Srta. Anahi, não creio que Poncho acharia melhor esperarmos. Honestamente, não estou tendo sucesso em localizá-lo e minhas esperanças são de que quando vocês descobrirem o segundo item.,
— Deparemos com uma visão outra vez.
— Exatamente.
— E que assim possamos descobrir onde Lokesh está, o que nos levaria até Poncho.
— Sim. Eu sei que é um tiro no escuro, mas talvez seja nossa única pista.
— Está certo. Eu irei.
Felipe grunhiu e assumiu a forma humana.
— Eu irei com você.
— Não se sinta obrigado a me acompanhar, Felipe.
— É claro que me sinto obrigado — disse ele, contrariado. — Poncho me incumbiu de tomar conta de você e é exatamente o que pretendo fazer. Não sou nenhum covarde.
Peguei a mão dele.
— Felipe, eu nunca o considerei um covarde. E obrigada. Vou me sentir muito mais segura com você por perto.
Seu rosto tenso relaxou e ele prosseguiu:
— Ótimo. Agora que isso está acertado, quer treinar por algumas horas?
— É uma boa ideia.
O Sr. Kamal nos dispensou.
— Vamos trabalhar juntos um pouco esta tarde, Srta. Anahi, talvez depois do almoço.
— Fechado. Até mais tarde.
Encontrei Felipe no dojo depois de trocar de roupa. Ele treinou comigo a habilidade de derrubar alguém muito maior que eu. Tive que praticar nele várias vezes e então ele me submeteu a um circuito de alongamento e musculação. Quando finalmente decidiu que nossa sessão estava terminada, me deu um tapinha debaixo do queixo e disse que estava orgulhoso de mim.
Exatamente quando eu me preparava para subir e almoçar com o Sr. Kamal, Felipe se aproximou de mim correndo por trás e me jogou sobre seu ombro. Ele subiu os degraus de dois em dois enquanto eu socava suas costas. Ele ria.
— Se não está preparada para se livrar de seu atacante, terá que sofrer as Consequências.
Ele me colocou na cadeira de frente para o Sr. Kamal e pegou alguma coisa para comer.
Eu estava cansada e dolorida.
— Não creio que tenha energia para outra sessão prática de esgrima, Sr. Kamal. Felipe testou meus limites hoje.
— Sem problema, Srta. Anahi. Podemos praticar outra coisa. Vamos experimentar sua habilidade com os raios.
Fiz uma careta.
— E se foi apenas um acaso? Talvez tenha sido uma coisa isolada.
— Talvez a senhorita sempre tenha possuído esse poder, apenas motivo para usá-lo — Contrapôs.
— Está bem, vou tentar. Só espero não atingir o senhor por acidente.
— Sim. Tente evitar isso.
Terminamos o almoço e saímos da casa. Eu nunca havia pisado no terreno anexo à propriedade. Degraus levavam até uma área do tamanho de um campo de futebol americano cercada pela selva por todos os lados. O Sf. Kamal havia arrumado fardos de feno com placas de alvo a diferentes distâncias, como os que se veem em torneios de arco e flecha.
— Quero primeiro tentar alvos estáticos e, se tiver sucesso, também gostaria de tentar alvos móveis. Bem, você disse que estava furiosa e que precisava proteger Poncho. Que um fogo pareceu começar em sua barriga e se mover até sua mão, correto? Quero que pense nisso e tente recuperar essa sensação.
Fechei os olhos e me imaginei diante de Poncho, enquanto ele cambaleava atrás de mim. Deixei as emoções me dominarem novamente e visualizei seus captores se aproximando. Uma centelha negra queimou em minha barriga. Concentrei-me nela e a encorajei a se expandir.
Ela explodiu como uma bolha de lava, subindo, veloz, pelo meu corpo e disparou pela minha mão. Uma luz espessa, branca e pulsante lançou-se da minha palma na direção do primeiro alvo e o acertou. O alvo inteiro explodiu como uma bomba incendiária, deixando apenas fragmentos fumegantes de feno, que se consumiram, flutuando e enchendo o ar de fuligem. Tudo que restou do alvo foi uma marca negra no chão. Minúsculas espirais escuras de fumaça se ergueram, subindo para o céu, e foram lentamente se dissipando.
O Sr. Kamal coçou a barba
— Uma arma muito eficaz.
— Sim, mas não quero fazer isso com alguém. Não pareceu assim tão desativa em pessoas.
— Não vamos nos preocupar com isso por enquanto. Primeiro, vamos trabalhar a distância. Passe para o próximo alvo e depois para o outro.
Explodi os dois alvos em sucessão sem nenhum declínio de intensidade.
— Felipe, você faria a gentileza de dispor mais alvos? Dessa vez, gostaria que ficassem mais distantes e lado a lado.
Felipe se dirigiu para a outra extremidade
— Gostaria que você buscasse expandir seu alcance para englobar os três alvos. Tente imaginar algo grande, como um elefante ou dinossauro, e pense que precisa atingir toda a sua extensão.
— 0k, vou tentar.
Concentrei-me nos alvos na outra extremidade do campo enquanto esperava que Felipe saísse do caminho. Estreitando os olhos por causa do sol, disparei um raio e só atingi o alvo da extrema esquerda.
— Está tudo bem. Tente de novo, Srta. Anahi.
Dessa vez, concentrei-me em sustentar a descarga por mais tempo e movi a mão em um arco, permitindo que o raio atingisse cada um dos alvos.
— Humm, adaptação interessante. Agora sabemos que pode mantê-lo.
Ele girou um dedo no ar, descrevendo um grande círculo, sinalizando Felipe que dispusesse os alvos novamente.
— Tente outra vez. Mas agora concentre-se em ampliá-lo. Feche os olhos por um instante e visualize um leque. Enquanto o raio deixa sua mão, espalhe-o à sua frente, de modo que a descarga se expanda como as extremidades de um leque.
— Está bem, mas fique atrás de mim.
Ele assentiu e se moveu um pouco para trás. Estendi a mão à frente e deixei o fogo percorrer o meu braço. Imaginei-me segurando
o leque e ergui a palma na direção dos alvos. A luz branca e espessa projetou-se mais lenta- mente dessa vez. À medida que disparava, abri os dedos, como se fosse um leque, impelindo o poder a se expandir. E funcionou.., bem demais. Eu não só removera os alvos, como também as árvores de ambos os lados do campo. Felipe teve que se jogar no chão para não ser atingido.
O Sr. Kamal chamou Felipe e me disse:
— Muito bem! Com um pouco mais de prática, acho que a senhorita será capaz de acertar exatamente o que quiser quando precisar. Amanhã vamos praticar intensidade e ver se conseguimos reduzir a força do raio a fim de incapacitar em vez de...
— Exterminar?
— Sim. É tudo uma questão de controle. Aposto que em breve conseguirá esse domínio, Srta. Anahi.
— Espero que esteja certo.
— Gostaria que praticasse um pouco mais com Felipe nos próximos dias. Pense apenas em acertar o alvo e ampliar seu alcance. Vou trabalhar com a senhorita amanhã a concentração de seus níveis de poder.
— Certo. Obrigada.
— As semanas voaram. Antes de que eu me desse conta, um mês e meio havia se passado. Completei meu período na universidade à distância. Os professores ficaram fascinados com a explicação do Sr. Kamal de que havia encontrado um artefato raro e precisava da minha ajuda para catalogá-lo. Ele lhes prometeu que eu escreveria um ensaio sobre a peça.
Eu mal podia esperar para ouvir sobre o que escreveria. Fiz minhas provas finais, o que me deu algo em que me concentrar que não fosse Poncho. O Sr. Kamal também deu uma desculpa junto à universidade por Poncho, dizendo que houve uma emergência familiar e
que ele precisara retornar à Índia. O reitor pareceu muito compreensivo e disposto a fazer o que pudesse para ajudar.
Depois de concluir os trabalhos da universidade, eu ajudava o Sr. Kamal com as anotações no início da manhã e então treinava com Felipe até a hora do almoço. A tarde era reservada para a prática com armas. Felipe me ensinava a cuidar das armas e quais escolher nos diferentes tipos de batalhas. Também me treinava no combate corpo a corpo e em várias formas de derrubar adversários mais fortes.
No início da noite eu praticava com o Sr. Kamal o meu poder do raio. Agora eu já conseguia controlar a intensidade, de modo que não mais destruía os alvos. Podia abrir um buraco no centro do alvo, como uma seta. Ou podia atingir todos eles ao mesmo tempo e derrubá-los. Era capaz de destruir todos ou apenas o que eu escolhesse.
Isso me dava uma sensação de poder, mas também era muito assustador. Com esse tipo de força eu poderia fazer o papel de heroína ou de vilã, só que, na verdade, eu não queria ser nenhum dos dois. Tudo que eu queria era ajudar Poncho e Felipe a quebrar a maldição... e ficar com Poncho.
À noite, sozinha, eu lia ou escrevia em meu diário. A casa era diferente sem Poncho. A todo instante eu esperava vê-lo de pé na varanda. Sonhava com ele todas as noites. Ele estava sempre aprisionado, amarrado a uma mesa ou numa gaiola. Todas as vezes que eu tentava soltá-lo ou resgatá-lo, ele me detinha e me mandava embora.
Uma noite acordei de um dos meus pesadelos com Poncho e saí da cama. Peguei minha colcha e me dirigi para a varanda. Uma cabeça escura descansava no banco de balanço e, por um instante, meu coração parou de bater.
Abri a porta de correr e saí. A cabeça se mexeu.
— Anahi? O que está fazendo acordada?
Meu pobre coração voltou ao estado de dormência.
— Ah. Oi, Felipe. Tive um pesadelo. O que você está fazendo aqui fora?
— Durmo aqui fora com frequência. Gosto de ficar ao ar livre e é mais fácil ficar de olho em você.
— Acho que estou bastante segura aqui. Duvido que você precise ficar de olho em mim enquanto estivermos aqui.
Ele se moveu e me convidou para me sentar ao lado dele.
— Não vou deixar nada de mau se aproximar de você, Anahi. É minha culpa o que aconteceu.
— Não é, não. Você não poderia ter impedido.
Ele recostou a cabeça na almofada, fechou os olhos com força e esfregou as têmporas.
— Deveria ter sido mais alerta. Poncho pensou que eu estaria menos distraído que ele. A verdade é que eu provavelmente estava mais distraído. Teria sido melhor se eu nunca houvesse ido para os Estados Unidos.
Confusa, perguntei:
— Como assim? Por que está dizendo isso?
Ele olhou para mim. Olhos dourados penetraram os meus, como se procurando a resposta a uma pergunta que ele não fizera. Então afastou os olhos bruscamente, grunhiu e murmurou para si mesmo:
— Eu nunca aprendo.
Segurei sua mão.
— Qual é o problema?
Ele me encarou novamente, com relutância.
— Tudo o que aconteceu conosco foi culpa minha. Se eu não houvesse me aproximado de Yesubai, nada teria mudado. Ela teria sido a princesa de Poncho e não haveria morrido. Você não estaria em perigo agora. Meus pais teriam levado vidas normais. Todos à minha volta sofreram porque não pude me controlar.
Pus a outra mão sobre a dele, aninhando-a entre as minhas. Ele virou a dele e agarrou os meus dedos.
— Felipe, você a amava, o que, segundo aprendi, era uma coisa muito rara naquele tempo. O amor nos leva a fazer coisas malucas. Yesubai queria ficar com você apesar de todas as implicações negativas. Aposto que, mesmo que ela soubesse que sua vida seria abreviada, provavelmente faria tudo de novo.
— Não estou certo disso. Tive muito tempo para pensar sobre tudo. Yesubai e eu mal nos conhecíamos. Nossos encontros secretos eram muito breves e eu seria desonesto se dissesse que nunca suspeitei que ela tenha agido como um peão no jogo do pai. Eu não sei se ela me amava de verdade. De certa forma, acho que, se tivesse essa certeza, então tudo teria valido a pena.
— Ela tentou salvar vocês dois, não foi?
Ele assentiu,
— Ela não teria ido contra o pai se não o amasse. Além disso, não vejo como ela poderia ter resistido. Você é tão bonito quanto seu irmão. Ë doce e encantador quando Poncho não está por perto. Se ela não o amava, então era louca.
Como ele não falou nada, continuei.
— Também faz sentido porque, para mim, a única razão por que ela poderia ter recusado Poncho era se amasse você. Além disso, minha vida teria sido muito mais triste sem Poncho e você. — Apertei seus dedos. — Não é culpa sua que essas coisas tenham acontecido. Lokesh é o responsável, não você.Ele provavelmente teria ido atrás de
seus amuletos mesmo que Yesubai não houvesse entrado na vida de vocês.
— Fiz um pacto com o demônio, Anahi. Quando você faz isso, deve pagar um preço.
— Você tem razão. Quando fazemos escolhas erradas ou tomamos decisões ruins, precisamos sempre enfrentar as consequências. Mas se apaixonar não é uma escolha ruim.
Ele deu uma risada autodepreciativa.
— Para mim, é.
— Não. Concordar em agir pelas costas do seu irmão é que foi a escolha ruim, mas, no fim, você escolheu a sua família. Escolheu proteger e ficar ao lado de Poncho e ajudá-lo a escapar.
— Ainda assim, foi um erro. Eu não deveria ter confiado em Lokesh. Ficamos sentados, balançando em silêncio por um momento.
— Errar é o que nos torna humanos — sussurrei — É assim que aprendemos. Minha mãe sempre dizia que cometer um erro não é ruim. Ruim é se recusar a aprender com ele a fim de não repeti-lo.
Ele se inclinou para a frente e colocou a cabeça entre as mãos. Falou baixinho, como se zombando de si mesmo.
— Certo. Era de se esperar que eu aprendesse. Para não repetir a história.
— Você está correndo o risco de repetir a história? — provoquei. — Andou batendo papo com Lokesh?
— Eu mataria Lokesh sem hesitar caso nossos caminhos se cruzassem novamente. Mas, se estou correndo o risco de repetir a história? Estou, sim.
— Você não vai trair seu irmão novamente.
— Pelo menos não da maneira que você está pensando.
Suspirei.
— Felipe, não quero que você passe todo o seu tempo livre tomando conta de mim. Você está claramente obcecado pelo passado. Deveria estar aproveitando sua nova vida. Saiu com alguém esses meses em que esteve cm casa? Fez aulas fora?
Ele desviou os olhos.
— Não é pelo passado que estou obcecado. — Ele soltou um suspiro. —Estudar não me interessa muito. — Ele se pôs de pé e caminhou até o parapeito da varanda. Debruçou-se e ficou olhando a piscina iluminada lá embaixo. Suavemente, disse: — E parece que as únicas garotas por quem me interesso... sempre pertencem a Poncho.
Fitei suas costas, surpresa. Ele se virou e apoiou um lado do quadril no parapeito. Ficou observando minha reação atentamente, a expressão vulnerável e solene.
— Você está falando sério? — gaguejei.
— Sim. Estou falando sério. Sou um cara bastante franco e direto. Não brinco com esse tipo de coisa.
— Mas eu não entendo. No caso de Yesubai, posso compreender, com seus olhos cor de violeta e os longos cabelos negros, mas certamente você...
— Annie, pare por aí. Não estou zombando de você nem fazendo joguinho. Levei muito tempo para decidir se devia dizer alguma coisa. Olhe, eu sei que você o ama e eu nunca pensaria em tentar tirá-la dele. Pelo menos não quando sei que não tenho absolutamente nenhuma chance. — Ele sorriu, sarcástico. — Não lido muito bem com a rejeição
Cruzou os braços diante do peito.
— Mas, sim. Se Poncho não estivesse com você, eu faria tudo que estivesse meu alcance para tê-la em minha vida. Para conquistá-la.
Recostei-me no sofá, chocada.
— Felipe. Eu...
— Ouça, Anahi. Você... me acalma. Você conserta o que está destruído e me dá a esperança de que eu posso voltar a ter uma vida. E, a despeito do que possa pensar, você é tão linda quanto Yesubai. Eu sinto... — Ele desviou os olhos, constrangido, e resmungou. — Que tipo de homem eu sou? Como isso pôde acontecer comigo? Duas vezes! Eu mereço. Dessa vez o vencedor é Poncho. É justo. Agora fechamos o círculo. — Ele virou-se novamente para mim. — Por favor, me perdoe. Não era minha intenção preocupá-la com isso.
Felipe era diferente quando Poncho não estava por perto. Ele deixava sua vulnerabilidade transparecer e não tentava encobri-la com a arrogância e a fanfarronice que sempre exibia para irritar o irmão. Eu sabia que ele estava do sincero. Suas palavras me afetaram profundamente. Elas me entristeciam. Eu sabia que ele precisava se curar do passado tanto quanto Poncho. Decidi tentar tornar o clima mais leve.
Levantei-me e o abracei. Minha intenção era a de um abraço breve, mas ele me segurou como se eu fosse sua única âncora para a humanidade. Dei tapinhas em suas costas e me afastei. Então peguei sua mão e o puxei de volta até o banco. Adotei a abordagem prática de minha mãe diante de situações difíceis. Ela sempre dizia que a melhor coisa que se pode fazer para oferecer apoio a uma pessoa é ser amigo e sincero.
— Bem, Felipe, só para registrar, se Poncho existisse, em pensar duas vezes.
— Olhe, Annie, esqueça o que eu disse, bem? — pediu Felipe. — De qualquer modo, é inútil.
— Sabe, eu nunca agradeci a você por ter socado Poncho e feito com que ele fosse atrás de mim no Oregon. Eu nunca teria reunido coragem suficiente para voltar para ele.
— Não me faça parecer o herói, Annie.
— Mas você foi meu herói. Eu talvez nem estivesse com Poncho se não fosse por você.
— Não me lembre disso. A verdade é que eu a queria de volta provavelmente tanto quanto ele. Se Poncho não fosse, eu teria ido atrás de você para conquistá-la e talvez estivéssemos tendo uma conversa inteiramente diferente agora.
Por um minuto deixei-me imaginar o que teria acontecido se Felipe tivesse ido ao meu encontro no Natal, em vez de Poncho. Dei-lhe um soco de leve no braço.
— Não se preocupe. Estou aqui agora. Provavelmente é só da minha comida que você gosta. Faço um biscoito com gotas de chocolate e manteiga de amendoim que é imbatível.
— Certo... comida. — eu o ouvi murumurar.
— Podemos ser amigos?
— Eu sempre fui seu amigo.
— Ótimo. Tenho um amigo e herói. Boa noite, Felipe.
— Boa noite, bilauta.
Da porta, eu me virei.
— E não se preocupe. Seus sentimentos devem ser temporários. Tenho certeza de que quanto mais você me conhecer, mais irritante irei me tornar. Possuo um lado rabugento que você ainda não viu.
Ele se limitou a erguer a sobrancelha, sem dizer nada.
Apesar de minha insistência de que ficaria bem sem que ele tomasse conta de mim, era bom saber que havia um tigre dormindo na varanda, O sono por fim me venceu. Pelo menos naquela noite, não tive mais pesadelos.



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Autor(a): ju10linha

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



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  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 15:59:39

    OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • Elis Herrera ❤ Postado em 23/04/2015 - 16:57:14

    Postaaaaaaaa =(

  • franmarmentini♥♥ Postado em 02/04/2015 - 17:30:00

    AMORESSSSSSSSS IREI VIAJAR E JÁ TO COM VÁRIAS FICS EM ATRASO MINHA VIDA TA UMA LOUCURA MAS NUNCA NUNCA VOU DEIXAR DE LER...VOU IR VISITAR A CIDADE ONDE MINHA MÃE ESTÁ INTERRADA QUE FICA PERTO DE PITANGA PARANÁ E É NO SITIO ENTÃO PROVAVELMENTE EU NÃO TENHA COMO LER PQ TENHO MUITOS TIOS LÁ E QUERO VER SE CONSIGO VISITAR TODOS...VOLTO NA TERÇA FEIRA E PROMETO TENTAR COLOCAR EM DIA TODAS AS FICS O QUANTO ANTES BJUSSSSSSSSSSSSSSSS A TODAS AMO VCS!!!!!!!!! FUI....

  • franmarmentini Postado em 29/01/2015 - 08:39:07

    thatyponny o que vai acontecer??? quero aya juntosssssssssssssss :/ agora vc me deixou apriensiva..;.

  • franmarmentini Postado em 29/01/2015 - 08:37:34

    quero felipe bem longeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee eeeeeeeeeeeeeee da any,,,,e não vejo a hora dela encontrar o poncho logo :)

  • elis_maria Postado em 23/01/2015 - 12:43:03

    Posta mais...

  • thatyponny Postado em 08/01/2015 - 14:14:54

    VOCÊ NÃO SABE QUANTO EU ESPEREI, ESPEREI TANTO QUE JÁ LI TODOS OS LIVROS, MAS LER EM PONNY É UM AMOR O RUIM É QUE EU SEI O QUE VAI ACONTECER.

  • franmarmentini Postado em 04/01/2015 - 16:50:57

    Ebaaaaaaaaaaa

  • franmarmentini Postado em 08/12/2014 - 11:48:24

    cade vc?? :(

  • elis_herrera Postado em 20/10/2014 - 20:39:49

    Olá, continua... gostei de sua fic.


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