Fanfics Brasil - 1 Uma Escola de Charme - Adaptada Vondy

Fanfic: Uma Escola de Charme - Adaptada Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 1

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PARTE I

- Que filhos bonitos você tem - disse a velha pata com o trapo em volta da perna. - São todos bonitos, com a exceção daquele ali. Não saiu muito bem. É uma pena que você não possa chocá-lo outra vez.

E o pobre patinho, que fora o último a sair do ovo e parecia tão feio, foi bicado, empurrado de lá para cá e transformado em motivo de chacota pelos patos e pelas galinhas também.

- Ele é grande demais - declararam todos.

O peru, que se considerava um imperador porque nascera com esporões, estufou o peito feito as velas de um navio ao vento e se alteou acima dele, gorgolejando até ficar de cara vermelha. O pobre patinho não sabia onde ousava ficar parado, ou para onde ousava caminhar. Estava triste demais por ser tão desesperadoramente feio e porque era objeto de riso de todo o curral.

Quando amanheceu os patos selvagens aproximaram-se numa revoada para dar uma espiada no patinho.

- Que tipo de criatura é você? - perguntaram, enquanto o patinho se virava em todas as direções, tentando saudar a todos de seu melhor ângulo.

- Você é terrivelmente feio - disseram eles - mas isso não significa nada para nós, desde que você não se case com ninguém da nossa família.



Hans Christian Andersen
Patinho Feio (1843)


CAPÍTULO I

A verdadeira ofensa, como ela percebeu no final, 
era o fato de ter uma opinião própria.

Henry James,
O Retrato de uma Dama


Boston, outubro de 1851


Ser invisível tinha suas vantagens. Dulce Maria Espinoza Savinon sabia que ninguém iria notá-la, nem mesmo se o reluzente chão do salão de baile se abrisse de repente e a tragasse. Aquilo não aconteceria, por certo. Desaparecer no meio de um salão apinhado seria algo corajoso, sem dúvida, e Dulce não tinha um pingo de coragem em seu corpo.

Já sua mente era uma questão totalmente diferente. Sucumbiu ao anseio de desaparecer, transportando-se em pensamentos para a terra das coisas impossíveis... um vasto continente no mundo dela. Coisas impossíveis... um sorriso que não fosse forçado, um elogio que não contivesse uma farpa, um sonho que não fosse povoado pelo cruel desapontamento.

Ela se recostou o melhor que pôde junto a uma grande janela, refugiando-se na penumbra projetada pelo arco que a encimava. Sentiu a ameaça de um espirro e apanhou seu lenço depressa, contendo-o. Mas ainda assim pôde ouvir os falatórios. As velhas mexeriqueiras! Será que não podiam falar sobre alguma outra pessoa?

- Ela é a ovelha negra da família, sem dúvida. E de várias maneiras, se me permite dizer - sussurrou uma voz escandalizada. - Céus, é tão diferente do restante dos Savinon. Tão morena e pouco favorecida, enquanto os irmãos e irmãs são todos louros como anjos. 

- Nem mesmo a fortuna do pai foi o bastante para lhe arranjar um marido - disse uma voz em resposta.

- Será preciso mais do que dinheiro...

Dulce permitiu-se soltar o espirro que estivera segurando. Então, seu esconderijo descoberto, deixou a quietude da janela. As maledicentes sobressaltadas... duas das amigas da mãe dela... tentaram disfarçar, agitando os leques vigorosamente e limpando a garganta.

Ajeitando seus óculos, Dulce fingiu não ter ouvido os comentários maldosos. Não deviam lhe causar tanta dor. Aquela altura, já deveria estar acostumada a tal humilhação. Mas, que os céus a ajudassem, não estava. Especialmente não naquela noite, numa festa para celebrar o noivado de sua irmã mais nova. Festejar a boa sorte de Anahí só servia para realçar a condição desfavorável dela.

Para piorar, o espartilho a incomodava. Uma desagradável coceira subia por entre seus seios, onde as barbatanas de baleia a apertavam implacavelmente. Era preciso uma grande dose de controle para manter as mãos dobradas com recato à sua frente, enquanto esperava em verdadeira agonia para que algum cavalheiro relutante, de sorriso forçado, fosse tirá-la para dançar.

E eles raramente o faziam. Nenhum rapaz queria como parceira de dança uma solteirona sem atrativos, que era tímida demais para manter uma conversação normal... e também entediada demais com os assuntos banais da sociedade para se empenhar muito naquilo.

Daquela maneira, permaneceu junto a uma parede, não ganhando mais atenção do que os lacaios de libré que serviam os convidados. Os sons de risos, conversas e copos tilintando eram como um charmoso pano de fundo para a música tocada pelo quarteto. Sem ser notada, olhou ao longo do vestíbulo central em direção ao escritório de seu pai.


 




Espero que gostem!!! 


 



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Autor(a): chrisdul

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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A tentação em escapulir por ali foi grande demais. No escritório escuro, talvez pudesse se recompor e deixar as convenções de lado, metendo a mão sob o espartilho para aplacar a coceira que a torturava. Caminhou até a entrada do salão de baile e parou sob o grande arco de madeira entalhada. Estava quase lá. Tin ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



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  • carolinevondyzinha Postado em 15/04/2015 - 20:09:41

    Meu deuses cadê vc posta +

  • lalita_vondy Postado em 15/07/2014 - 16:40:06

    Oieeeee LEITORA nova!! Posta mais por favor to curiosa!! Nao abandona nao por favor!!! Posta vai!! Bjoes!!

  • mariaeduardavondy Postado em 30/05/2014 - 15:20:42

    Oii! Sou leitora nova!por favor não abandona a web!Por favor!è uma das webs mais perfeitas q eu já li aq no site!por favor volta a postar!

  • samandra Postado em 08/03/2014 - 09:43:26

    Oi, posta mais :)

  • lolawho Postado em 24/02/2014 - 15:15:42

    POSTA MAIS!!! PLEASE...

  • taisa Postado em 03/02/2014 - 16:05:57

    Um MÊS SEM CAPÍTULO NOVO :/

  • taisa Postado em 22/01/2014 - 23:23:52

    QUERO POSTS...

  • lolawho Postado em 18/01/2014 - 19:18:39

    Por favor continua a web!!!! *---*

  • a_letiicia Postado em 03/01/2014 - 20:49:47

    Ahhh espero que você dê-nos esses capítulos enormes todos os dias, todos os dias! hahaha Porque é tão gostoso ir descendo, descendo e descendo o capítulo e ainda ter mais coisa pra ler hahahahahh na verdade é bom porque dá continuidade, não fica aquela história toda picada com meia dúzia de palavras por capítulos, interrompendo as coisas que tem que acontecer sabe? não sei explicar, mas é ótimo!!! hahaha Enfim, eu sabia!!!! Sabia que a timidez, a tristeza, e a inibição da Dulce eram culpa daquele bando de imbecis que ela tinha que conviver. Olha como ela está feliz nesse navio? Ela como ela está se divertindo, se soltando... Ela encontrou o seu lugar ali, perto das pessoas que a 'alta sociedade' provavelmente despreza. Claro que a Dulce tá se livrando pouco a pouco das 'máscaras', o cabelo grande com esses penteados horríveis, os óculos, as roupas enormes e pesadas, os sapatos antiquados... E isso é culpa do Christopher também, que a propósito já está louco por ela.

  • vemkgaabi Postado em 03/01/2014 - 11:37:36

    Por favor posta maaais estou amando a web *---*


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