Fanfics Brasil - 17 Uma Escola de Charme - Adaptada Vondy

Fanfic: Uma Escola de Charme - Adaptada Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 17

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Ela lançou-lhe um sorriso trêmulo, tímido e curiosamente doce. A julgar por sua expressão, Poncho não fazia ideia do que ficava de imediato evidente para qualquer um com um mínimo de inteligência, a pobre garota estava apaixonada por ele.

- Como foi o jogo de croqué? - perguntou ela, num tom gentil, a voz tremendo um pouco.

- Excelente - respondeu Poncho. Polidamente, acrescentou - Embora todos tenham sentido a sua falta, é claro.

- Sim, com certeza. – Angelique sacudiu uma pequenina folha de seu vestido branco. - É sempre tão divertido ter você por perto, Dul.

- Obrigada. Mas, como acabei informando a Poncho, estou indisposta. Eu estou... - Dulce foi interrompida por um novo espirro.

- Por que os criados estarão demorando? - perguntou-se Peter em voz alta. - Pedi que nos servissem limonada aqui. Vou verificar.

As mulheres reuniram-se sob o coberto, e os homens caminharam pelo gramado, Velasco e Neville acenderam seus cachimbos. Começaram a conversar, nenhum assunto dos mais interessantes. Christopher deu-se conta de que tivera mais entretenimento conversando com Dulce sobre navegação. Mal prestava atenção ao que os rapazes diziam. Até o momento em que Velasco lhe falou diretamente.

- Ouvi dizer, embora, é claro, eu não possa falar por experiência própria, que tão logo um homem deixa a universidade, ele se vê numa verdadeira calamidade.

Christopher arqueou uma sobrancelha.

- Tenho me saído bem.

- Mas não é verdade que todos os seus alfaiates e amigos de jogo, tão generosos com os homens de Harvard, tomaram-se logo credores implacáveis? - persistiu ele, os olhos estreitando-se com malícia. - Ou talvez não. Talvez enviem as contas para a sua querida mãe.

Christopher cerrou o punho e avançou um passo na direção do outro. Dino colocou-se no seu caminho.

- Calma Christopher - disse-lhe, num tom manso. - Lembre-se da razão de termos vindo até aqui. Lembre-se do que é importante.

Christopher respirou fundo. Tinha que se manter concentrado em suas metas de negócios.

Ignorou a conversa até que ouviu o nome de Dulce sendo mencionado.

- Há uma anedota na nossa família - disse Thomas, numa voz baixa - A de que nossos pais tiveram que amarrar um peixe no pescoço de Dul para conseguirem fazer com que o gato brincasse com ela.

Manuel Velasco conteve uma gargalhada.

- Pois eu lhe digo que eu cobraria um preço bem mais alto que um peixe pela tarefa. 

- Limonada - anunciou Peter, ajudando o mordomo a empurrar um carrinho de rodas pelo gramado.

A conversa não demorou a ser retomada, mas a limonada teve um gosto amargo para Christopher. Ficando um tanto afastado dos demais, observou o sorridente grupo de croqué em suas roupas brancas e Dulce, sentada como um corvo negro em seu banco, e desejou nunca ter ido até ali. 

- Ela vive num inferno - disse num murmúrio a Dino.

- Há muitos tipos de inferno. Alguns piores do que os outros.

Christopher sabia que o amigo estava pensando na mulher e nas filhas, ainda escravas na Virgínia, sua única esperança de liberdade repousando no desempenho do Cisne de Prata. Ainda assim, Dulce Savinon sofria à sua própria maneira, aquilo era evidente o bastante. Enquanto as famílias sulistas institucionalizavam sua desumanidade, alegando um direito moral para manter escravos e justificando aquilo no estilo mais estranho, aquela empertigada sociedade ianque tinha às suas próprias maneiras sutis de torturar.

Era uma crueldade calculada, implacável, dirigida aos mais vulneráveis. Ela não tinha defesas contra a esperteza ferina dos que a cercavam. Tímida socialmente, ainda assim dotada de um extraordinário intelecto, era considerada como uma aberração. Diferente e, portanto, alguém em quem não se podia confiar.

Era designada como a “pobre Dul”. Mas Christopher já se dera conta de que ela não era tão tola quanto queriam fazê-la.

Alfonso Herrera, com sua tacanha inteligência, obviamente não se dera conta de que Dulce o venerava. Talvez aquele fosse o par perfeito, pensou Christopher, com cinismo, recostado numa árvore e observando enquanto Dulce espirrava de novo e, depois que Poncho lhe dizia a “saúde” outra vez, fitava-o como se tivesse acabado de lhe oferecer o mundo numa bandeja. Os dois eram opostos e se completavam, podendo formar uma pessoa inteira. Talvez até uma pessoa interessante.

Com a exceção de que era evidente que ambos não formavam um casal. Angelique Boyer exigia a atenção do rapaz com toda a determinação de um general numa batalha. Era como se ele lhe pertencesse, seguindo-a pelo gramado feito um cãozinho treinado e deixando Dulce a espirrar desajeitadamente junto a seu lenço.

- Precisamos ir – anunciou Christopher. - Srta. Savinon - prosseguiu, pegando-lhe a mão e fazendo uma mesura ao levá-la aos lábios - a sua oferta foi mais do que generosa e, por isso, fico-lhe muito grato. Bom dia.

- Mas nós não... Você não pode...

Sentindo-se terrível, ele a deixou balbuciando. Ouviu uma das outras mulheres suspirando. Acompanhado de Dino, encontrou a saída sozinho e foi com imenso alivio que deixou para trás a sufocante atmosfera da mansão Savinon.

- Está pensando o mesmo que eu? - perguntou Dino.

- Nem se atreva a sugerir isso - respondeu Christopher, acrescentando em sua melhor imitação do sotaque de Boston - Caro amigo.

- Mas ela fala vários idiomas...

- Não.

- Ela está sofrendo demais neste lugar...

- Não.

- Ela é muito mais interessante do que as mulheres que você já levou a bordo e...

- Droga - Christopher quase gritou. - Não





e aí? o que estão achando? 



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Autor(a): chrisdul

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Dulce, entretanto, recusou-se a aceitar um não como resposta. O que haveria demais se Christopher Uckermann acabasse se revelando tão vazio e zombeteiro quanto Thomas e seus amigos? Ele tinha algo que ela queria: um meio para deixar Boston. E estava determinada a conseguir aquilo. Enquanto esperava no interior do prédio elegante que abrigava os escrit&o ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



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  • carolinevondyzinha Postado em 15/04/2015 - 20:09:41

    Meu deuses cadê vc posta +

  • lalita_vondy Postado em 15/07/2014 - 16:40:06

    Oieeeee LEITORA nova!! Posta mais por favor to curiosa!! Nao abandona nao por favor!!! Posta vai!! Bjoes!!

  • mariaeduardavondy Postado em 30/05/2014 - 15:20:42

    Oii! Sou leitora nova!por favor não abandona a web!Por favor!è uma das webs mais perfeitas q eu já li aq no site!por favor volta a postar!

  • samandra Postado em 08/03/2014 - 09:43:26

    Oi, posta mais :)

  • lolawho Postado em 24/02/2014 - 15:15:42

    POSTA MAIS!!! PLEASE...

  • taisa Postado em 03/02/2014 - 16:05:57

    Um MÊS SEM CAPÍTULO NOVO :/

  • taisa Postado em 22/01/2014 - 23:23:52

    QUERO POSTS...

  • lolawho Postado em 18/01/2014 - 19:18:39

    Por favor continua a web!!!! *---*

  • a_letiicia Postado em 03/01/2014 - 20:49:47

    Ahhh espero que você dê-nos esses capítulos enormes todos os dias, todos os dias! hahaha Porque é tão gostoso ir descendo, descendo e descendo o capítulo e ainda ter mais coisa pra ler hahahahahh na verdade é bom porque dá continuidade, não fica aquela história toda picada com meia dúzia de palavras por capítulos, interrompendo as coisas que tem que acontecer sabe? não sei explicar, mas é ótimo!!! hahaha Enfim, eu sabia!!!! Sabia que a timidez, a tristeza, e a inibição da Dulce eram culpa daquele bando de imbecis que ela tinha que conviver. Olha como ela está feliz nesse navio? Ela como ela está se divertindo, se soltando... Ela encontrou o seu lugar ali, perto das pessoas que a 'alta sociedade' provavelmente despreza. Claro que a Dulce tá se livrando pouco a pouco das 'máscaras', o cabelo grande com esses penteados horríveis, os óculos, as roupas enormes e pesadas, os sapatos antiquados... E isso é culpa do Christopher também, que a propósito já está louco por ela.

  • vemkgaabi Postado em 03/01/2014 - 11:37:36

    Por favor posta maaais estou amando a web *---*


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