Fanfics Brasil - 19 Uma Escola de Charme - Adaptada Vondy

Fanfic: Uma Escola de Charme - Adaptada Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 19

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Capítulo V – Instintos persistentes


Primeiro pondere, depois ouse. 

Helmuth.von Moltke
(atribuído)


- Posso ajudá-la, s-senhora? - perguntou um garoto a Dulce.

Ela virou-se nas docas para observá-lo.

- Esse é o Cisne de Prata, não é? - indagou.

O garoto, um rapazinho agitado, nervoso, de cerca de quinze anos, acenou desajeitadamente com a cabeça.
 
- Sim. - Tirou depressa o chapéu de marinheiro. - Tim... Timothy Datty, ao seu dispor.

- Estou à procura do capitão Uckermann.

- E-Ele está a bordo, mas...

- Ótimo. Esperei que estivesse. - Dulce caminhou na direção da prancha de embarque, abrindo caminho pelas docas, onde estivadores de ombros bronzeados descarregavam grandes caixotes. Ela tentou não olhar, mas não pôde evitar.

Em contraste com as casacas formais, elegantes cartolas e luvas de pelica dos cavalheiros dos salões, os homens do porto usavam calças largas, camisas simples e lenços amarrados no pescoço. Termos rudes, falados numa variedade de sotaques estrangeiros, preenchiam o ar. Ela não podia compreender o significado da maior parte do que era dito, mas tinha certeza de que não queria saber.

- Senhorita. - Timothy Datty caminhava a seu lado. - O c-capitão n-não está...

- Você não precisa parar o que está fazendo para me acompanhar. Eu conheço o caminho.

Ele calou-se, sacudindo as mãos no ar. Havia algo de simpático no garoto. Dulce sentiu uma espécie de empatia com sua gagueira. Aulas de dicção e leitura especial poderiam ajudá-lo, mas não sugeriu aquilo com receio de constrangê-lo. Além do mais, estava com pressa para ver Christopher Uckermann.

Perguntou-se se ficaria surpreso em vê-la. Com uma onda de expectativa, lembrou-se da maneira como ele se retirara depois da conversa de ambos. Atravessara o gramado, parecendo tão confiante e digno quanto um príncipe, e havia-lhe feito uma mesura, levando-lhe a mão aos lábios. Até mesmo Angelique Boyer desviara sua atenção de Poncho por tempo o bastante para notar o galante gesto.

Dulce achava a ousadia e irreverência de Christopher bastante fascinante. Enquanto ela se resignava a obedecer às regras de seus pais e sociedade, o Sr. Uckermann ignorava as convenções e seguia seu próprio caminho. Talvez aquele seu jeito de ser o fizesse enxergar a sensatez do plano dela.

Um dos estivadores começou a cantar uma canção atrevida em português, a voz forte de barítono ecoando pelo cais. As partes do corpo feminino soavam tão mais poéticas em português, observou Dulce, empenhando-se ao máximo para não corar. Encaminhou-se ao convés principal do Cisne de Prata e, então, lançou um olhar à.... Consultou sua memória por um instante. Sim, à ponte de comando, que ficava alteada na proa.

Ficara acordada até tarde na noite anterior, estudando uma infinidade de termos náuticos. Durante a conversa de ambos no jardim da mansão, o capitão Uckermann quase esgotara o seu conhecimento a respeito e agora preparara-se para mais eventuais perguntas. Não era estratégia das mais louváveis, mas estava desesperada.

Notando que não parecia haver ninguém na ponte de comando no momento, resolveu não subir até lá, mas descer pela escada que levasse à cabine pessoal do capitão, onde provavelmente ele estaria. Olhou ao redor. O convés principal também estava deserto, caixas e barris tendo sido removidos dali, embora os poucos indícios da orgia ainda permanecessem, penas de galinha espalhadas pelas tábuas, uma garrafa quebrada, um resto de charuto.

Quando estava prestes a descer a escada, ouviu Timothy Datty gritando-lhe algo das docas abaixo, mas com a canção do estivador e o barulho ao redor, não pôde entender. E por que o garoto não parava de saltar no lugar e agitar os braços?

Ela afastou sua apreensão e desceu a escada, seguindo pelo corredor estreito que conduzia às cabines. A que parecia maior e devia ser do capitão estava com a porta entreaberta. De seu interior, pôde ouvir um ruído abafado.

Respirou fundo para conter a ansiedade e bateu à porta.

- Capitão Uckermann, está ai dentro?

- Q-Quase. - A voz dele soou ofegante e soltou um gemido.

Estava doente! Céus, o homem poderia estar morrendo ali dentro. Dulce escancarou a porta e entrou.

- Estou aqui, capitão. Precisa de ajuda?

- Eu... com mil diabos. - As palavras rudes soaram de uma alcova encortinada.

- O que, afinal, está acontecendo? - perguntou uma voz feminina, também por detrás das cortinas.

Dulce parou abruptamente, gelando feito uma lebre caçada. Céus, ele estava com uma mulher. Em flagrante delito. Devia ser aquilo que Timothy estivera tentando avisá-la. Ordenou a si mesma a sair dali de imediato, mas estava horrorizada demais para obedecer até mesmo o bom senso.

Uma mão e, então, um rosto, surgiram por entre as cortinas. Dulce reconheceu a mulher como a mesma da noite de orgia, aquela com cabelos loiros, lábios vermelhos e grandes. 

- Sinto muito - conseguiu sussurrar.

- Não tanto quanto eu - resmungou a mulher numa voz rouca. Deixou a cama, calçando um par de sapatilhas que estava no chão e ajeitando a parte da frente do vestido enquanto se adiantava até a porta. - Não volte a me chamar enquanto não tiver tempo para mim, capitão - disse por sobre o ombro antes de se retirar.

Dulce sabia que também devia sair, mas o horror a imobilizava. Olhou para todos os lugares exceto a cama, tentando se distrair com os detalhes do que havia ao redor, mas tudo parecia um borrão. Não conseguia se concentrar.

- Você é como uma alergia persistente - declarou Christopher, saindo da cama e fechando a cortina bruscamente. - Não desaparece. - Saltando num pé só, calçou uma bota de cano alto.

Dulce conteve a respiração. Ver um cavalheiro com a camisa aberta e por fora da calça, os cabelos em desalinho, era-lhe uma experiência nova. Até se esqueceu de se sentir insultada.

Christopher calçou depressa a segunda bota e franziu o cenho.

- Srta. Savinon, eu lhe concedi a gentileza de visitá-la pessoalmente para lhe dizer por que não posso levá-la na viajem. Então, por que está aqui?

- Porque preciso de você - admitiu Dulce, soltando o ar que estivera contendo. Mortificada, pigarreou, batendo o pé no chão e recompôs-se. - Quero dizer, tive a esperança de que você percebesse quanto seria sensato aceitar meus serviços como tradutora para que eu não tivesse que recorrer ao Sr. Herrera.



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Autor(a): chrisdul

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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- Você não fez isso. - Não me deixou outra escolha. - Dulce retirou uma carta da bolsa e entregou-a a ele. - A sua recusa me levou a resolver o assunto por conta própria. Quase furiosamente, Christopher rompeu o lacre de cera da carta. Posicionando o papel creme na direção da luz do lampião, começou a lê-lo. Ten ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



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  • carolinevondyzinha Postado em 15/04/2015 - 20:09:41

    Meu deuses cadê vc posta +

  • lalita_vondy Postado em 15/07/2014 - 16:40:06

    Oieeeee LEITORA nova!! Posta mais por favor to curiosa!! Nao abandona nao por favor!!! Posta vai!! Bjoes!!

  • mariaeduardavondy Postado em 30/05/2014 - 15:20:42

    Oii! Sou leitora nova!por favor não abandona a web!Por favor!è uma das webs mais perfeitas q eu já li aq no site!por favor volta a postar!

  • samandra Postado em 08/03/2014 - 09:43:26

    Oi, posta mais :)

  • lolawho Postado em 24/02/2014 - 15:15:42

    POSTA MAIS!!! PLEASE...

  • taisa Postado em 03/02/2014 - 16:05:57

    Um MÊS SEM CAPÍTULO NOVO :/

  • taisa Postado em 22/01/2014 - 23:23:52

    QUERO POSTS...

  • lolawho Postado em 18/01/2014 - 19:18:39

    Por favor continua a web!!!! *---*

  • a_letiicia Postado em 03/01/2014 - 20:49:47

    Ahhh espero que você dê-nos esses capítulos enormes todos os dias, todos os dias! hahaha Porque é tão gostoso ir descendo, descendo e descendo o capítulo e ainda ter mais coisa pra ler hahahahahh na verdade é bom porque dá continuidade, não fica aquela história toda picada com meia dúzia de palavras por capítulos, interrompendo as coisas que tem que acontecer sabe? não sei explicar, mas é ótimo!!! hahaha Enfim, eu sabia!!!! Sabia que a timidez, a tristeza, e a inibição da Dulce eram culpa daquele bando de imbecis que ela tinha que conviver. Olha como ela está feliz nesse navio? Ela como ela está se divertindo, se soltando... Ela encontrou o seu lugar ali, perto das pessoas que a 'alta sociedade' provavelmente despreza. Claro que a Dulce tá se livrando pouco a pouco das 'máscaras', o cabelo grande com esses penteados horríveis, os óculos, as roupas enormes e pesadas, os sapatos antiquados... E isso é culpa do Christopher também, que a propósito já está louco por ela.

  • vemkgaabi Postado em 03/01/2014 - 11:37:36

    Por favor posta maaais estou amando a web *---*


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