Fanfic: Uma Escola de Charme - Adaptada Vondy | Tema: Vondy
Dulce observava a conversa, seu rosto empalidecendo. Ale cobriu-lhe a mão com a sua sobre a mesa.
- Terá que nos desculpar, minha querida. Somos todos uma família e não deveríamos estar discutindo dessa maneira na frente de uma convidada.
- Eu não sou uma convidada. Sou um “membro ocioso” da tripulação - declarou Dulce
Por alguma razão, todos riram, e a tensão se dissipou enquanto Fayette chamou Dino de lado e ambos subiram para o convés.
- Ele é o seu assistente - lembrou Ale ao filho. - Acha que deveria ficar?
- Deixe-os ir. Há coisas que ambos podem falar apenas um ao outro.
- Os dois não se vêem há um longo tempo. O que Fayette pode ter a lhe dizer?
Christopher soltou um suspiro, sentindo o peso do olhar de Dulce.
- Mãe, eu sempre me considerei como um irmão de sangue de Dino, mas nunca vivi naquela pele. Fayette, sim. - Ele se compadecia pelo homem que tinha sido seu único amigo estável desde a infância. Compadecia-se por Delilah, a esposa de quem Dino sentia tanta falta que às vezes chorava secretamente à noite, contendo os soluços, cerrando os dentes. Mas quando amanhecia, ele sempre enfrentava o dia com forças renovadas, seriamente comprometido com o objetivo de ambos.
Se aquela viagem corresse bem, Dino estaria reunido a Delilah e às filhas em menos de um ano. Era a única coisa que importava na vida de Christopher.
O Doutor e Timothy chegaram com o jantar numa grande bandeja. A última refeição antes do início de uma jornada era sempre farta. Peru assado com batatas, pão fresco e ainda quente, caçarola de legumes e um bom vinho tinto. A conversa girou em torno do momento em que zarpariam do porto de Boston, da longa temporada que Ale passara na Europa, do fabuloso Rio de Janeiro e da tia que Christopher nunca conhecera. Ou mais especificamente, ele e a mãe conversavam, enquanto Dulce ouvia com atenção. Tia Rose tinha se casado com um próspero plantador, um barão do café como eram chamados, e agora, viúva, vivia numa mansão tão grandiosa quanto qualquer castelo dos livros de histórias. Ela e Ale não se viam havia vinte anos.
Depois do jantar, Ale desculpou-se para se recolher à sua cabine e dormir. Christopher acompanhou a mãe e Dulce até o corredor.
Ale fez uma pausa diante da porta de sua cabine.
- Ainda é cedo. Christopher, por que não leva a Srta. Savinon para uma volta pelo convés?
Por pouco ele não praguejou por entre os dentes.
- Uma volta pelo convés? - repetiu. - Como já disse, isto não é um cruzeiro. - Sem mencionar que ainda se ressentia da intromissão da Srta. Savinon naquela viagem.
Dulce piscou depressa e balbuciou.
- Eu acho que... - Apertava as mãos com força diante de si. - Capitão Uckermann, estou a seu serviço, e sei muito bem que não tem a menor obrigação de me escoltar pelo navio.
- E você não é obrigada a aceitar minha escolta. - Christopher sentia a perturbação voltando. Notou o olhar de aviso da mãe. - Mas não há lei em terra firme ou no mar que proíba um passeio noturno.
Ela lançou um olhar na direção da escada, sua vontade de subir ao convés principal evidente. A mulher era mais fácil de decifrar do que uma charada de criança.
- Não, não há.
Ale murmurou um boa-noite e entrou em sua cabine. Resignado, Christopher ofereceu o braço a Dulce.
- Vamos?
Ela meneou a cabeça, mas não lhe aceitou o braço, subindo na frente pela escada que levava ao convés. A anágua de crinolina e as botas rigidamente amarradas produziam ruído no silêncio da noite. Hesitou na metade da escada. Estava escuro demais para ver qual era o problema, mas de repente, Christopher ouviu o som de algo se rasgando e uma exclamação mortificada.
- Você está bem? - perguntou.
- Parece que pisei na barra da minha anágua. Acho que vou... oh, céus!
Ela caiu para trás, colidindo com Christopher, que, na posição em que estava, impediu-lhe a queda, mas foi jogado de encontro à parede. O ar deixou-lhe os pulmões e, por um momento, não pôde respirar. Num reflexo, abraçara-a pela cintura quando ambos haviam colidido. Continuou segurando-a, surpreso com a verdadeira couraça formada pelo espartilho dela. Como a mulher conseguia respirar?
- Por Deus! - exclamou Dulce, num sussurro mortificado. - Esmaguei você de encontro à parede!
- Estou bem - assegurou ele, soltando-a quando teve certeza de que recobrara o equilíbrio.
Dulce cambaleou de leve, mas logo se agarrou ao corrimão.
- Lamento profundamente, capitão Uckermann.
Autor(a): chrisdul
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Ela era tão insegura, tão vulnerável. Aquela era a oportunidade perfeita para Christopher extravasar sua raiva, para dizer-lhe que era totalmente inadequada para seus deveres e mandá-la deixar o navio. Dulce não argumentaria de maneira alguma agora. Mas estudou-lhe a maneira como baixara a cabeça, como deixara os ombros caldos com u ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 49
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carolinevondyzinha Postado em 15/04/2015 - 20:09:41
Meu deuses cadê vc posta +
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lalita_vondy Postado em 15/07/2014 - 16:40:06
Oieeeee LEITORA nova!! Posta mais por favor to curiosa!! Nao abandona nao por favor!!! Posta vai!! Bjoes!!
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mariaeduardavondy Postado em 30/05/2014 - 15:20:42
Oii! Sou leitora nova!por favor não abandona a web!Por favor!è uma das webs mais perfeitas q eu já li aq no site!por favor volta a postar!
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samandra Postado em 08/03/2014 - 09:43:26
Oi, posta mais :)
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lolawho Postado em 24/02/2014 - 15:15:42
POSTA MAIS!!! PLEASE...
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taisa Postado em 03/02/2014 - 16:05:57
Um MÊS SEM CAPÍTULO NOVO :/
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taisa Postado em 22/01/2014 - 23:23:52
QUERO POSTS...
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lolawho Postado em 18/01/2014 - 19:18:39
Por favor continua a web!!!! *---*
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a_letiicia Postado em 03/01/2014 - 20:49:47
Ahhh espero que você dê-nos esses capítulos enormes todos os dias, todos os dias! hahaha Porque é tão gostoso ir descendo, descendo e descendo o capítulo e ainda ter mais coisa pra ler hahahahahh na verdade é bom porque dá continuidade, não fica aquela história toda picada com meia dúzia de palavras por capítulos, interrompendo as coisas que tem que acontecer sabe? não sei explicar, mas é ótimo!!! hahaha Enfim, eu sabia!!!! Sabia que a timidez, a tristeza, e a inibição da Dulce eram culpa daquele bando de imbecis que ela tinha que conviver. Olha como ela está feliz nesse navio? Ela como ela está se divertindo, se soltando... Ela encontrou o seu lugar ali, perto das pessoas que a 'alta sociedade' provavelmente despreza. Claro que a Dulce tá se livrando pouco a pouco das 'máscaras', o cabelo grande com esses penteados horríveis, os óculos, as roupas enormes e pesadas, os sapatos antiquados... E isso é culpa do Christopher também, que a propósito já está louco por ela.
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vemkgaabi Postado em 03/01/2014 - 11:37:36
Por favor posta maaais estou amando a web *---*