Fanfics Brasil - 33 Uma Escola de Charme - Adaptada Vondy

Fanfic: Uma Escola de Charme - Adaptada Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 33

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Capítulo X – Distância Perturbadora


O valor da mulher está subindo no mercado.

Lydia Maria Child,
Carta (1856)

Christopher olhou para o pequeno espelho com total concentração enquanto deslizava a lâmina da navalha pelo rosto. O navio balançou, fazendo-o pender para o lado. Sentiu o corte sutil da navalha no queixo e praguejou.

Aquilo era pouco em comparação ao que merecia, concluiu. As palavras de Dulce ainda o atormentavam: Por que a crueldade é algo que vem tão facilmente para você?

Ele quisera negar a acusação, mas a verdade era que a falta de consideração parecia de fato ser algo que lhe vinha com naturalidade. Sempre fora daquela maneira no que se referia às mulheres. Estava sempre disposto a desfrutar os encantos físicos delas, mas o envolvimento nunca fora além daquilo. No minuto em que começava a gostar demais de alguma, fazia questão de afastá-la com palavras descuidadas e cortantes. Dulce, sem dúvida, era a primeira a quem realmente havia atacado.

- Tome, capitão - disse Dino, atirando-lhe uma toalha.

Christopher pressionou-a contra o queixo.

- Como meu assistente, você é que deveria estar fazendo isto.

- Estou ocupado - respondeu o amigo, distraído.

Christopher esperou que o corte parasse de sangrar e tornou a passar espuma pelo rosto para terminar de se barbear.

- Você verificou as leituras matinais?

- Sim. Estou verificando qual é a nossa posição agora.

Dino olhava intensamente para os papéis na mesa à sua frente. Tinha o dom para os cálculos de navegação, fazendo-os com notável rapidez. Dedicava à tarefa total atenção, mas, ainda assim, tocava com a mão esquerda o saquinho de couro costurado que usava num cordão em torno do pescoço. O pingente repousava junto a seu coração. Mexer nele era um hábito inconsciente. Delilah, a esposa que se vira obrigado a deixar para trás, dera-lhe o saquinho. Em seu interior, havia uma mecha do cabelo dela.

Christopher sentiu uma onda de impaciência e ansiedade. Não era certo, não era natural para uma família estar separada daquela maneira. Lembrava-se da manhã em que havia partido com Dino rumo ao norte. Haviam parado em Bonterre, a plantação vizinha onde Delilah vivia.

Christopher esperara na carruagem, enquanto Dino descera perto dos alojamentos dos escravos. Um sorriso angustiado surgira em seu rosto quando Delilah saíra correndo de um dos casebres, uma criança no colo e o fino vestido de algodão moldando-lhe a barriga volumosa de uma nova gestação. Colocando Ruthie no chão, abraçara o marido pelo pescoço e, então, ficara na ponta dos pés para beijá-lo solenemente. Em seguida, dissera algo que Christopher jamais esqueceria, algo que não deveria ter ouvido. Mas as palavras dela tinham ficado gravadas em sua mente para sempre. 

- Querido - dissera a Dino - A vida não tem sentido quando você não está por perto.

Christopher esforçou-se para afastar a dor daquela lembrança. Terminando de se barbear, enxugou o rosto e saiu de sua cabine, subindo ao convés, deixando o amigo com seus cálculos de navegação.

Um dia agradável saudou-o. Com um rápido olhar, avaliou os sinais do vento e do mar; aquele era o seu dom. Ondas elevavam-se sob um vento forte que soprava do oeste. Cobririam uma grande distância naquele dia.

- Bom dia, capitão. - Ralph achava-se no convés, verificando como ficara a instalação do novo bote salva-vidas que Christopher decidira acrescentar ao navio como medida de segurança. - Bons ventos, não?

- É o que parece. - Christopher indicou o grande diário com capa de couro que o primeiro imediato segurava debaixo do braço. - Está tudo em ordem?

- Sim, embora eu ache que tenhamos trazido pouco lastro a bordo. E talvez suprimentos demais.

Christopher não se preocupou com o comentário sobre o lastro. Apenas seria um problema em mares mais pesados e, mesmo assim, sua habilidosa tripulação sabia lidar com uma forte tempestade. Não gostava muito de pagar pelo lastro, preferindo estocar o porão com carga lucrativa. Felizmente, os imensos blocos de gelo de Vermont exerciam tal função.

- Pagarei o que for necessário pelos suprimentos - disse. Muitos capitães cortavam despesas provendo comida inferior e em pequenas quantidades para seus marujos. Por sua vez, sabia muito bem que não deveria colocar a lealdade deles à prova esvaziando-lhes o estômago. - Um marujo bem-alimentado é um marujo feliz.

- Como quiser, capitão. Certamente, não vai ouvir reclamações de uma tripulação que estiver de boca cheia - concordou Izard, com um pequeno sorriso.

Christopher prosseguiu pelo convés, embora pensasse em Ralph Izard por um momento. Gostava dele. O homem desempenhava várias funções além da de primeiro imediato e era excelente no que fazia.

E apenas ele sabia o que ninguém mais adivinhara.

A primeira viagem de Christopher, aquela em que quebrara o recorde, fora, de certa forma, um embuste.

Não fora a sua habilidade como capitão que levara o Cisne ao porto de destino com tanta eficácia, mas uma combinação de bom tempo com sorte de principiante. Izard estava bem a par daquilo. Nunca falara a respeito, embora o fato sempre tivesse ficado no ar entre ambos velado, mas, ainda assim, inegável.

Encaminhou-se pelo convés, subindo até a proa. Uma visão surpreendente saudou-o.

Dulce inclinava-se sobre um par de cadeiras, ajeitando um cobertor verde-oliva em torno de sua mãe e Fayette. As duas mulheres pareciam fracas e cansadas, ainda sofrendo de enjoo. Ainda assim, finalmente, depois de ele ter tentado durante dias persuadi-las a deixarem a cama, as duas surgiam no convés.

Dulce parecia diferente naquele dia. Os cabelos ruivos, cujo comprimento tinha ficado agora na altura dos ombros, estavam presos descontraidamente com uma fita, algumas mechas escapando e curvando-se em torno de seu rosto. O sol, cada vez mais forte enquanto viajavam rumo ao sul, dera um tom alourado a algumas mechas. Apesar de sério, o vestido marrom que usava parecia menos volumoso. Talvez ela tivesse ouvido o seu conselho e deixado de usar algumas daquelas anáguas.

Ele sabia que não iria lhe perguntar a respeito. Aproximou-se mais, cumprimentando-as. 

- Bom dia, senhoras.

Dulce endireitou as costas, a expressão serena no rosto endurecendo, dando lugar a uma máscara de indiferença.

Christopher franziu o cenho, aborrecido. Queria lhe perguntar se ela ainda desejava estar presa no guincho de âncora pelos cabelos. Era o que a ingrata merecia.

- Olá, querido - disse-lhe sua mãe. 

Ele se inclinou e beijou-lhe a face.

- É bom ver vocês duas aqui em cima, tomando um pouco de ar.

- Dulce nos convenceu. Uma vez que não podíamos nos sentir muito piores, concordamos em nos sentar um pouco no convés.

- Vou verificar se o chá de vocês já está pronto - ofereceu Dulce e afastou-se em direção à escada.

Quando ela passou, Christopher notou a fragrância do sabonete que usava algo suave e lembrando a ervas. Só se deu conta de que a estava acompanhando com o olhar quando ouviu a voz da mãe perguntando-lhe. 

- Então, o que foi exatamente que você fez àquela garota?

- Por que acha que eu lhe fiz algo? Ela disse a você...

- Dulce não falou nada. Não acho que seja do tipo de dama que fica falando tudo o que lhe acontece. - Fayette soltou um pequeno riso.

- A jovem não precisou dizer nada. Bastou aparecer usando sapatilhas rasas e com os cabelos cortados pela metade, e nós deduzimos que você tinha algo a ver com isso.

Christopher sentou-se numa caixa de madeira perto das cadeiras de ambas.

- Ela é totalmente inexperiente em viagens marítimas. Tropeçava em tudo pelo navio com aquelas botas de saltos e seus cabelos ficaram presos num guincho. - Soltou um longo suspiro de exasperação. - Acabamos tendo um pequeno desentendimento. 

Ale sacudiu a cabeça.

- Oh, Chris.

Algo dentro dele se retesou diante daquele tom de voz. Ouvira-o sua vida inteira. “Oh, Chris” servia para uma montanha de defeitos e decepções. Cada um bem merecido.

Algumas coisas nunca mudavam. A mãe iria continuar dizendo-lhe “Oh, Chris” naquele tom até que fosse um ancião.

- Você melhor do que ninguém conhece as minhas imperfeições, mãe. Achou que eu estivesse levando a Srta. Savinon num cruzeiro?

Ale estudou-o solenemente, a expressão afetuosa, mas cansada.

- Poderia ser.

- Um cruzeiro? - retrucou ele, incrédulo. - Não sei se você notou, mas a diversão é algo que parece ter sido proibido em Boston.

- De acordo com o diário de bordo, estamos a uma longa distância de Boston - declarou Dulce, voltando ao convés com uma bandeja de madeira.

Christopher levantou-se da beirada da caixa, aborrecido com o fato de ela ter ouvido seu comentário.

- E a que distância estamos da diversão? - indagou, sem poder resistir.

- Se quer saber, tudo estava divertido o bastante - respondeu Dulce- até alguns minutos atrás. - Entregou uma caneca fumegante de porcelana a Ale e outra a Fayette. - Acrescentei um pouco de limão e mel ao chá de vocês. Se estiverem dispostas, poderão tentar comer canja e pão mais tarde.

Christopher observou-a com um olhar faiscante, mas, em vez de se sentir zangado, ficou se perguntando como ela seria sob aquelas verdadeiras armaduras de vestidos que usava. A sua altura notável devia-se a pernas longas e bem-feitas? Os seios seriam arredondados e firmes, os mamilos rosados e provocantes? A pele seria macia ao toque? Céus, ele estivera por tempo demais no mar!

- Espero que achem a manhã, divertida, senhoras - disse, exagerando no sotaque sulista e na mesura que lhes fez. - Quanto a mim, o dever me chama.

Alguns dias depois, Christopher notou que alguém consertara um trecho do cordame que havia se soltado. Apanhando o trançado de cordas, observou a precisão dos nós.

- Terminarei isso agora - informou Dulce.

Sem dizer nada, ele entregou-lhe o trecho de cordame. Ela era realmente como uma alergia persistente. Não desaparecia. Para cada lugar que se virava, quase colidia com ela.

- Luigi me mostrou como fazer o conserto - explicou Dulce, apesar de não ter sido questionada a respeito.

- É uma habilidade muito útil - admitiu Christopher. O que não admitia era que havia notado a crescente camaradagem dela com cada membro da tripulação. Todos pareciam atraídos para Dulce Savinon, se não encantados pela mulher, ao menos envolvidos o bastante pela curiosidade natural dela para partilharem algo, uma habilidade, um pouco de folclore do mar, um útil termo marítimo. Ele não sabia a razão para aquilo, mas era o que acontecia. Provavelmente porque fosse tão irresponsável e imaturo quanto a mãe afirmava.

Depois de alguns momentos, ele voltou a falar:

- Obrigado por estar cuidando de minha mãe e Fayette. - Pela primeira vez depois de dias, Dulce o fitou diretamente. Ela possuía olhos bonitos, notou Christopher, agora que não precisava apertá-los, nem tentar enxergar por cima das lentes grossas dos óculos desnecessários. 

Não podia se lembrar da última vez que admirara as íris de uma mulher. 

- É um prazer cuidar de ambas.

Dulce era aquele tipo de pessoa, percebeu Christopher. Uma pessoa que compreendia as necessidades humanas e tinha satisfação em atendê-las. Alguém que daria uma mãe maravilhosa.

Franziu o cenho diante de tal pensamento inesperado. Dulce era devotada ao frívolo Alfonso Herrera, que não fazia a menor ideia do tipo de mãe que ela daria. O tolo não fazia nem ideia do tipo de pessoa que Dulce era, aliás.

- Capitão Uckermann?

- Uma vez que decidi me dirigir a você pelo seu primeiro nome, acho que deveria me chamar de Christopher.

- Não fará diferença. Porque o que eu estava prestes a dizer é que ficou claro que não nos entendemos. - Ela segurou a corda trançada com força. - Eu manipulei a minha entrada no seu navio e me recuso a ficar arrependida do fato. Você, em contrapartida, tem implicado comigo desde que zarpamos e também não se arrepende.

- Quando você coloca as coisas dessa maneira...

- Acho que seria melhor para todos se eu e você simplesmente ficássemos longe do caminho um do outro, não?

Por alguma razão, Christopher escolheu aquele exato momento para se lembrar da maneira como a tocara no refeitório. Ela lhe parecera tão vulnerável e solitária que não pudera conter a si mesmo. Tocara-lhe os ombros com gentileza, depois deslizara as mãos por seus braços, e o contato macio o agradara. Tocara-lhe o rosto, aquele mesmo rosto que agora o encarava de maneira impassível e tivera pavor de que ela pudesse chorar.

Não, aquela mulher não era do tipo que chorava à toa. Aquilo ficara bem claro.

- Então, você acha que deveríamos manter distância um do outro.

- Tanto quanto possível, considerando que estamos confinados a este navio.

- Entendo. - Christopher sabia que Dulce tinha razão. Sim, estava absolutamente certa. E odiava perceber quanto. - Concordarei com esse pedido, mas sob uma condição.

- E qual seria, cap... Christopher?

- Que você se mantenha a salvo. Que não ande pelo navio com calçados inadequados, que não se exponha a situações de risco e coisas assim.

- Não estou acostumada a seguir ordens.

- Sim, está. Você seguiu cada ordem e regra da sociedade de Beacon Hil durante toda a sua vida.

Dulce conteve o fôlego como se a tivesse esbofeteado.

- Entende o que quero dizer? – retrucou ela, fazendo menção de retomar seu trabalho com as cordas. - Devemos começar nossa campanha de indiferença mútua imediatamente.

Christopher abriu-lhe um sorriso zombeteiro, ocultando uma sensação de perda que não esperara experimentar.

- Como quiser.

Mas enquanto os dias se passavam, Christopher achou impossível não notá-la. Na verdade, sua atenção era atraída invariavelmente por ela. Viu-a sentada na parte da frente do convés com Timothy, repetindo pacientemente sons e palavras com o garoto para ajudá-lo a superar a gagueira. Ao final da manhã, ela e o Doutor achavam-se junto a um trecho da amurada, as linhas de pesca lançadas ao mar à espera de peixes. Às vezes, Dulce ajudava Luigi na confecção de velas, insistindo para que ele lhe tomasse lições, a fim de melhorar sua pronúncia no italiano.

Os marujos simples logo aprenderam que não havia tarefa que ela não se dispusesse a fazer. Numa agradável manhã de quarta-feira, Christopher ergueu o olhar e avistou-a equilibrando-se numa verga, enquanto ajudava Gerald a prender uma vela solta.

Com o coração acelerado no peito, ele tocou o apito e ordenou:

- Desça dai, Srta. Savinon.

- Estou ocupada.

- É uma ordem.

- Você me deu ordens para que eu o ignorasse e, portanto, é o que farei.

E Christopher, cuja paciência tinha limites, soltou uma enxurrada de praguejamentos em alto e bom som.

Dulce olhou através do cordame para Gerald.

- Você ouviu algo? Ou foi apenas uma rajada mais forte de vento?

Christopher deu-se por vencido. Ao tê-la afastado de si, mantendo-a a uma distância segura, ele a havia lançado na direção dos demais. A julgar pelo comportamento dela em Boston, ficara com a ideia de que era do tipo solitário, daquele que não buscava companhia quando dispunha de um bom livro a mão. Agora, Dulce gostava de estar cercada de pessoas. Gostava de falar e de ouvir. E, levando em conta a reação da tripulação, era muito boa naquilo.

Até mesmo William Click, o soturno e reticente segundo imediato, mostrava-se expansivo com ela. Ensinara-lhe como acionar os molinetes para pegar água do mar e, às vezes, ambos ajoelhavam-se lado a lado no meio do convés, lavando roupa. E Ralph, em geral reservado a respeito de sua vida pessoal, costumava deixá-la ficar ao timão enquanto estava por perto e partilhava de suas lembranças da infância na cidade de Nova York.

Dia a dia, Dulce se tornava uma amiga de todos, uma confidente, uma companheira de jornada. Estava começando a conhecer a tripulação de uma maneira que Christopher, como o capitão, jamais poderia. Por imposição de seu papel, ele não podia conversar com Timothy a respeito da fazenda que o garoto deixara em Rhode Island, ou com Gerald sobre sua viagem recente a Nova Orleans. Tinha que se manter à parte da tripulação, mas Dulce, por sua vez, parecia estar desabrochando em meio ao grupo.

Em noites tranquilas após o jantar, ele a via confraternizando com os homens no convés principal. Com bom humor e descontração, Dulce queixava-se de sua pouca habilidade na dança e, assim, os homens estavam determinados a ensiná-la a fazer mesuras e dançar como uma dama prendada. Em princípio, Christopher tentou não prestar atenção, mas recentemente ela parecia falar mais alto e rir com mais frequência do que antes. Estava se tomando difícil ignorá-la.

Chips fizera-lhe uma flauta. Não demorou para que Dulce se juntasse ao grupo improvisado de músicos que consistia de Dino com seu tambor, Luigi com sua gaita e Gerald com o acordeão. A música que faziam era tão alegre que até Ale e Fayette subiam ao convés para se sentarem sob suas mantas e tamborilar o chão com os pés, tentando esquecer da persistente indisposição.

Ao menos, o fato de a mãe se achar no convés deu a Christopher um pretexto para se aproximar das festividades numa noite. Ele cumprimentou as damas, e Ale segurou-lhe a mão.

- Quando, afinal, vou me recuperar deste enjoo do mar? - perguntou-lhe.

- Você já deveria ter superado o enjoo a esta altura.

- Estou tentando, querido. Ambas estamos. Dulce nos leva canja e pão e, às vezes, até consegue nos fazer comer um pouco de carne e alguma fruta. Ela é um anjo, simplesmente um anjo.

Christopher lançou um olhar furtivo na direção do “anjo”. Ela mantinha a flauta junto aos lábios, os olhos de mel brilhando enquanto acompanhava os demais numa contagiante melodia. Um dos pés calçados em confortáveis sapatilhas batia de encontro ao chão de carvalho, ao ritmo da música. O sol que somente agora ia se pondo refletia-se sobre as mechas soltas de seus cabelos. Mas o olhar de Christopher era atraído mais e mais pelos lábios dela. Cheios e úmidos circundavam o bocal da flauta e curvavam-se ligeiramente para cima como num sorriso.

Observou aqueles lábios e a maneira como os dedos se moviam sobre os orifícios da flauta, produzindo música. Inesperadamente, pensamentos libidinosos povoaram-lhe a mente, um súbito fogo percorrendo-lhe as veias. Imaginou, com surpreendente nitidez, aqueles lábios macios e sorridentes de encontro aos seus.

Christopher desviou o olhar, tentando ordenar os pensamentos e controlar as reações de seu corpo. Quando se deu conta de que não conseguia conter a onda de desejo que o dominava, resmungou algo sobre uma tarefa à sua espera e afastou-se. Maldição!

Sentia falta dela.



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Autor(a): chrisdul

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Capítulo XI – Orgulho Irredutível Junto a um timão de navio, um jovem timoneiro navega com cuidado. Walt Whitman, Junto a um Timão de Navio - Fale-me sobre sua família, Dino - pediu Dulce. Sentado diante dela à mesa do refeitório, ele ergueu o olhar da camisa que estava emendando. O tecido azul foi esquecido sobr ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



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  • carolinevondyzinha Postado em 15/04/2015 - 20:09:41

    Meu deuses cadê vc posta +

  • lalita_vondy Postado em 15/07/2014 - 16:40:06

    Oieeeee LEITORA nova!! Posta mais por favor to curiosa!! Nao abandona nao por favor!!! Posta vai!! Bjoes!!

  • mariaeduardavondy Postado em 30/05/2014 - 15:20:42

    Oii! Sou leitora nova!por favor não abandona a web!Por favor!è uma das webs mais perfeitas q eu já li aq no site!por favor volta a postar!

  • samandra Postado em 08/03/2014 - 09:43:26

    Oi, posta mais :)

  • lolawho Postado em 24/02/2014 - 15:15:42

    POSTA MAIS!!! PLEASE...

  • taisa Postado em 03/02/2014 - 16:05:57

    Um MÊS SEM CAPÍTULO NOVO :/

  • taisa Postado em 22/01/2014 - 23:23:52

    QUERO POSTS...

  • lolawho Postado em 18/01/2014 - 19:18:39

    Por favor continua a web!!!! *---*

  • a_letiicia Postado em 03/01/2014 - 20:49:47

    Ahhh espero que você dê-nos esses capítulos enormes todos os dias, todos os dias! hahaha Porque é tão gostoso ir descendo, descendo e descendo o capítulo e ainda ter mais coisa pra ler hahahahahh na verdade é bom porque dá continuidade, não fica aquela história toda picada com meia dúzia de palavras por capítulos, interrompendo as coisas que tem que acontecer sabe? não sei explicar, mas é ótimo!!! hahaha Enfim, eu sabia!!!! Sabia que a timidez, a tristeza, e a inibição da Dulce eram culpa daquele bando de imbecis que ela tinha que conviver. Olha como ela está feliz nesse navio? Ela como ela está se divertindo, se soltando... Ela encontrou o seu lugar ali, perto das pessoas que a 'alta sociedade' provavelmente despreza. Claro que a Dulce tá se livrando pouco a pouco das 'máscaras', o cabelo grande com esses penteados horríveis, os óculos, as roupas enormes e pesadas, os sapatos antiquados... E isso é culpa do Christopher também, que a propósito já está louco por ela.

  • vemkgaabi Postado em 03/01/2014 - 11:37:36

    Por favor posta maaais estou amando a web *---*


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