Fanfics Brasil - 9 Uma Escola de Charme - Adaptada Vondy

Fanfic: Uma Escola de Charme - Adaptada Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 9

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Capitulo III – Desconhecidos


Por que não buscar o prazer imediatamente? 
Com que frequência a felicidade é destruída pela preparação, 
pela tola preparação!


Jane Austin
(1798)

A música cessou abruptamente. Christopher sentiu a prostituta mexendo-se em seu colo enquanto se virava para ver as recém-chegadas. Com os olhos injetados, ela franziu o cenho para a mulher alta com os cachos grossos dos cabelos escapando do chapéu.

- Aquela toda vestida de preto é a sua mãe?

- Não. - Mantendo o máximo de compostura que pôde reunir, ele colocou a mulher de pé no convés e levantou-se, apoiando a parte detrás das pernas na cadeira para manter o equilíbrio. Chips, o carpinteiro, teve a presença do espírito de dar um passo à frente e conduzir a prostituta dali, apaziguando-a com outra garrafa de bebida.

Christopher empenhou-se ao máximo para conter o sorriso malicioso.

- Mãe, que surpresa inesperada.

- Posso ver que sim - respondeu Ale.

Apesar de embriagado, ele não deixou de notar o desapontamento no rosto da mãe. Foi algo que a fez apertar os lábios de leve e hesitar por um longo momento antes de se adiantar para abraçá-lo.

Ele estava impregnado do cheiro de rum e perfume barato. Afastou-se depressa, não querendo deixar a mãe nauseada. Nada mudara desde a última vez em que a vira, não realmente. Haviam-se despedido no ancoradouro da fazenda de Albion, na parte sul da baía Chesapeake. Ela o avisara que desistir da Universidade da Virgínia e ir para o norte cursar Harvard iria exigir mais dele, muito mais do que poderia imaginar. Possivelmente, mais até do que poderia dar.

Bêbado ou sóbrio, estava fadado a desapontar a mãe, não importando o que fizesse. E lamentava ainda mais estar fazendo aquilo em público. Fez um gesto na direção de uma escada que conduzia ao convés principal.

- Vamos descer até a minha cabine. Poderemos conversar lá.

- O que, afinal, está acontecendo aqui? - indagou uma voz furiosa.

Christopher piscou os olhos injetados e soltou um gemido. Arthur Herrera. Exatamente o que precisava. Pela primeira vez, sentiu verdadeira apreensão. As intemperanças daquela noite tinham colocado toda a sua missão em perigo. Ele e Dino estavam tão próximos de seu objetivo. Mais uma viagem e teriam o dinheiro que precisavam. Agora, graças à sua irresponsabilidade poderia ter colocado a viagem seguinte em risco.

Forçando-se a abrir outro sorriso, ocultou seus pensamentos e meneou a cabeça para cumprimentar seu empregador. Respirou fundo, então, esperando não desgraçar mais a si mesmo do que já havia feito.

- Eu estava conduzindo uma pequena comemoração em homenagem ao nosso regresso seguro, senhor. - Exagerou na pronúncia de cada palavra, esperando que as vogais longas e pastosas fossem atribuídas apenas ao seu sotaque sulista em vez de a todo o rum que ingerira. - Achei que um pouco de diversão faria bem aos homens.

- Você não é pago para achar nada. - O olhar estupefato de Arthur percorreu o convés, notando os casais com poucas roupas, de braços e pernas entrelaçados nos cantos escuros, os homens bebendo a valer dos barris, as galinhas correndo em meio a toda aquela confusão. - Estou chocado. Simplesmente chocado. Pequena comemoração, pois sim!

- E é, senhor. Sabe, de onde eu venho... - Christopher fez uma pausa. Inventaram tantas mentiras para que Arthur o contratasse que teve que parar por um momento para recordá-las. - A bordo do famoso Twyla era considerado um grave erro mandar a tripulação desembarcar sóbria. Havia o perigo de que os homens encontrassem emprego em terra e não quisessem tomar parte na viagem seguinte.

Fez um gesto amplo, abrangendo o convés repleto de marujos embriagados.

- Estes são os homens que fizeram o Cisne de Prata obter seu recorde. Conquistaram a sua recompensa. - Encontrou o olhar de Ralph Izard, o primeiro imediato. Diante do olhar de súplica de seu capitão, Izard estalou os dedos, fazendo com que todos deixassem o convés, cambaleando pelas escadas abaixo. 

Christopher ajeitou o casaco o melhor que pôde e deu um passo atrás, usando um tom galante.

- Sr. Herrera, deixe-me apresentar-lhe minha mãe, a Sra. Alexandra Casillas Von Uckermann e sua acompanhante... - Interrompeu-se, lançando um olhar à mulher de óculos e vestido preto. Ela apertava as mãos enluvadas diante de si, como se rezasse pela alma dele.

Se conhecesse Christopher Uckermann, compreenderia que seus esforços eram inúteis. Estava condenado. Precisaria de mais do que as fervorosas preces de uma dama para ser salvo.

Arthur inclinou a cabeça acima da mão estendida de Alexandra. Virou-se, então, para a outra mulher.

- Pelos céus, Dulce! O que está fazendo aqui?

- Vocês se conhecem? - Christopher cambaleou de encontro a uma coluna de madeira, colocando a mão para trás a fim de se apoiar.

- Eu fui chamado numa festa na casa do pai dela para resolver um assunto de negócios, rapaz. Não faço ideia do que a trouxe aqui.

A mulher chamada de Dulce limpou a garganta. 

- Bem, eu achei que... Isto é, aconteceu de a Sra. Uckermann perguntar a respeito de seu... filho, e uma vez que o senhor havia mencionado que ele estava aqui no Cisne, achei que... quero dizer, a Sra. Uckermann era uma convidada em minha casa hoje, como o senhor também. Com exceção de que era uma convidada dos Velasco, a família do noivo. E parecia tão ansiosa para localizar o senhor... isto é, o capitão Uckermann que concluí que haveria grande chance de o encontrarmos a bordo.

Christopher se perguntou se a dama também estivera bebendo rum, considerando quanto sua explicação fora confusa. Observou-lhe os ombros inquietos, as mãos que torcia nervosamente. Céus, a mulher estava apavorada.

- Sr. Herrera - a voz de Ale soou como agradável música em meio à conversa tensa. - A Srta. Savinon teve a bondade de me trazer até aqui em sua carruagem quando soube que eu estava procurando meu filho.

O timbre melodioso de sua voz arrancou um sorriso encantado do velho. Alexandra Uckermann tinha esse talento. Era como um rouxinol com sua voz, seu sotaque, sua entonação. Com o mais suave dos comentários, tinha o poder de hipnotizar seus ouvintes. Apenas Christopher pôde distinguir a frieza por trás do tom aveludado de sua voz. Especialmente quando disse as palavras “meu filho”.

Ele estava em apuros. Em sérios apuros. E, como de costume, não se importava nem um pouco.



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Autor(a): chrisdul

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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- E agora, graças a você - prosseguiu Alexandra, lançando um sorriso adorável, suplicante, a Arthur - eu o encontrei. Como galante cavalheiro que é, talvez queira ter a gentileza de nos levar de volta para casa, Sr. Herrera. - Seria uma honra - respondeu ele. - Posso resolver meu assunto aqui num momento ou dois. - Virou-se para Christopher ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



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  • carolinevondyzinha Postado em 15/04/2015 - 20:09:41

    Meu deuses cadê vc posta +

  • lalita_vondy Postado em 15/07/2014 - 16:40:06

    Oieeeee LEITORA nova!! Posta mais por favor to curiosa!! Nao abandona nao por favor!!! Posta vai!! Bjoes!!

  • mariaeduardavondy Postado em 30/05/2014 - 15:20:42

    Oii! Sou leitora nova!por favor não abandona a web!Por favor!è uma das webs mais perfeitas q eu já li aq no site!por favor volta a postar!

  • samandra Postado em 08/03/2014 - 09:43:26

    Oi, posta mais :)

  • lolawho Postado em 24/02/2014 - 15:15:42

    POSTA MAIS!!! PLEASE...

  • taisa Postado em 03/02/2014 - 16:05:57

    Um MÊS SEM CAPÍTULO NOVO :/

  • taisa Postado em 22/01/2014 - 23:23:52

    QUERO POSTS...

  • lolawho Postado em 18/01/2014 - 19:18:39

    Por favor continua a web!!!! *---*

  • a_letiicia Postado em 03/01/2014 - 20:49:47

    Ahhh espero que você dê-nos esses capítulos enormes todos os dias, todos os dias! hahaha Porque é tão gostoso ir descendo, descendo e descendo o capítulo e ainda ter mais coisa pra ler hahahahahh na verdade é bom porque dá continuidade, não fica aquela história toda picada com meia dúzia de palavras por capítulos, interrompendo as coisas que tem que acontecer sabe? não sei explicar, mas é ótimo!!! hahaha Enfim, eu sabia!!!! Sabia que a timidez, a tristeza, e a inibição da Dulce eram culpa daquele bando de imbecis que ela tinha que conviver. Olha como ela está feliz nesse navio? Ela como ela está se divertindo, se soltando... Ela encontrou o seu lugar ali, perto das pessoas que a 'alta sociedade' provavelmente despreza. Claro que a Dulce tá se livrando pouco a pouco das 'máscaras', o cabelo grande com esses penteados horríveis, os óculos, as roupas enormes e pesadas, os sapatos antiquados... E isso é culpa do Christopher também, que a propósito já está louco por ela.

  • vemkgaabi Postado em 03/01/2014 - 11:37:36

    Por favor posta maaais estou amando a web *---*


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