Fanfics Brasil - 12 Vingança Refinada [Finalizada]

Fanfic: Vingança Refinada [Finalizada] | Tema: Vondy


Capítulo: 12

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CAPÍTULO DOIS


 



Christopher acabara de confirmar o pior medo dela. Ele a frustraria a qualquer custo.
Dulce ergueu a mão para apertar a que ele lhe oferecia. O efeito foi instantâneo; como um reator nuclear explodindo dentro dela.
Ela retirou rapidamente a mão.
Rigidamente, falou:
— Sinto muito por não conseguir fazer você repensar seus planos de investimento. Bom dia, sr. Uckermann.
— Não sinta. Este encontro com você foi, sem dúvida, interessante.
A vergonha a percorreu. Interessante parecia um tapa na cara. Ela vivia num mundo distante do dele, que ela imaginava ser povoado por todos os tipos de prazeres e mulheres sensuais.
Dulce se virou e foi até a porta, percorrendo o que pareciam quilômetros de carpete cinza-escuro.
A secretária de meia-idade e aparência austera se levantou para a acompanhar.
— Bom dia, srta. Saviñón. Preciso acompanhá-la até o elevador?
Dulce agradeceu e disse que não era necessário. Ao entrar no elevador, ela finalmente foi atingida pelo significado do que acabara de acontecer.


Um delicado perfume formigava nas narinas de Christopher; o perfume dela. De alguma forma, era opulento e sexy. Totalmente contrastante com a imagem séria que ela passava. Contudo, ao pensar naquela camisa totalmente abotoada dela, ele sentiu uma onda de luxúria muito indesejada.
Dulce Saviñón era um enigma. O que diabos ela estaria tramando ao pedir que ele não investisse na O’Brien Construções? Por que aquilo era tão importante a ponto de ela se dispor a gastar milhões para o impedir?
Uma voz etérea veio do telefone.
— Christopher, a videoconferência está pronta. O pessoal de Nova York está esperando.
— Obrigado, Deborah. Só um minuto.
Ele se lembrou da forma como ela recuara ao mais leve contato com a mão dele. Sem dúvida, gay, concluiu ele, não gostando nada do fato de que algo dentro dele se rebelava contra aquela ideia.
Amaldiçoando sua nada característica falta de concentração, Christopher voltou sua atenção para o próximo item da agenda.


Dulce estava em sua cobertura duplex. Vestira uma folgada calça de moletom, um top e um suéter de caxemira com gola V. O resto do apartamento estava escuro; a única luz vinha da cozinha.
Ela costumava achar a vista de Londres àquela hora da noite tranquilizante. Aquilo sempre fazia com que ela se lembrasse do longo caminho percorrido: da criança monossilábica, triste e traumatizada, até uma mulher que controlava uma empresa multimilionária e que fora eleita Empresária do Ano por uma organização financeira de ponta.
Fora uma menina cheia de fúria cega e tristeza e descobrira que era capaz de fugir da vida real na escola, sendo melhor que todos à sua volta. Aquilo não a fizera conquistar amigos, mas, gradualmente, ela percebera como poderia usar sua inteligência para escapar de sua difícil situação e conseguir uma bolsa de estudos numa universidade.
Seu ódio se transformara em algo mais ambicioso: um desejo de poder ficar diante de seu pai um dia e lhe mostrar que fora ela quem arquitetara a queda dele. Mostrar-lhe que ela não esquecera, que ele não escapara ileso de seus pecados. A mãe de Dulce poderia ter sido salva se tivesse recebido um atendimento médico adequado a tempo. Porém, o pai de Dulce estivera bêbado e preocupado demais consigo mesmo para se importar.
Dulce cerrou os punhos ao se lembrar do confronto com ele na semana anterior. Era apenas a segunda vez que o via desde que era criança. A primeira fora no evento no qual ela literalmente esbarrara com Christopher Uckermann, um ano antes.
No encontro da semana anterior, o pai dela não tinha ideia de que o DM da DM Holdings significava Dulce Maria. Não a reconhecera, e Dulce odiara a pontada de mágoa que sentira ao perceber isso.
Ele logo começara a falar sobre sua necessidade de um considerável investimento para não ir à falência. Enquanto isso, Dulce resistira a ondas de enjoo, como se tivesse sido lançada de volta no tempo para quando ele assomara sobre ela, suando, seu cinto marcado com o sangue dela.
Ela interrompera o apelo dele e se levantara. Quando ele se dera conta de quem ela era, transformara- se imediatamente num tirano. Também se levantara.
— Não me diga que isso é algum tipo de vingança mesquinha. Você passou noites acordada, sonhando com este momento?
Dulce corara, pois passara, sim. Fora a única coisa que a mantivera firme durante os longos e aterrorizantes meses após a morte de sua mãe. O mundo se tornara um lugar profundamente hostil, inseguro e assustador, com assistentes sociais sem rosto e agitados pais adotivos.
— Você é patética — disparara seu pai. — Assim como sua mãe foi patética e ingênua. Eu devia tê-la obrigado a se livrar de você quando tive a oportunidade, mas ela me implorou para que eu a deixasse ter você, e é assim que você retribui?
— Este momento é apenas a culminação dos meus esforços para ver você destruído.
Dulce estremeceu com a desgostosa lembrança. Queria uma sensação de triunfo para sobrepujar o torpor. Porém, tudo o que ela sentia era cansaço.
Ela foi até a janela. A ironia do espesso vidro entre ela e a vista a atingiu com uma triste sensação. Passara a vida inteira se sentindo separada de tudo à sua volta.
Dulce sabia o que havia atrás de si: a natureza muito rarefeita e ascética de seu apartamento, que espelhava sua vida pessoal. Ainda que ela o tivesse comprado três anos antes, os únicos móveis que ela possuía eram a cama, a poltrona e algumas coisas na cozinha. Apesar de sua riqueza, ela ainda temia que seu mundo pudesse ser virado de ponta-cabeça a qualquer momento.
A única certeza que ela tivera em sua vida fora a da inconsistência. Toda vez que começara a confiar num assistente social, ele seguira em frente; toda vez que se sentira segura num lar adotivo provisório, fora mandada para outro lugar. Fazia muito tempo que ela aprendera a confiar apenas em si mesma.
Não cultivara amigos, nem uma vida social. Uma vez, ela sucumbira à sedução de um homem, pois desejara contato humano, ternura. Contudo, quando ele fizera amor com ela, aquilo não a tocara. Ela se sentira como gelo.


 


 



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Autor(a): luzvondy

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CAPÍTULO DOIS   Christopher acabara de confirmar o pior medo dela. Ele a frustraria a qualquer custo.Dulce ergueu a mão para apertar a que ele lhe oferecia. O efeito foi instantâneo; como um reator nuclear explodindo dentro dela.Ela retirou rapidamente a mão.Rigidamente, falou:— Sinto muito por não conseguir fazer você rep ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 80



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  • stellabarcelos Postado em 23/12/2015 - 17:23:34

    Que lindos! Amei!

  • luh_webs Postado em 13/01/2014 - 20:49:27

    Que lindo esse final. Ele uma fofura sem fim <3

  • babar_slon Postado em 13/01/2014 - 08:37:00

    NÃOOOOOOOO, EU NÃO QUERO QUE TERMINE!!!!!! POSTA MAIS, KKKKKKKK!!!! MUITO FOFO O FINAL DA WEB, VOU SENTIR SAUDADES DAS CONFUSÕES, BEIJINHOS, BIANCA

  • a_letiicia Postado em 11/01/2014 - 01:41:41

    Ahhhhh to apaixonada!!!! Claro que fica um pouquinho de tristeza por ter acabado, mas o final foi incrível! Eu adorei, mesmo!!!!

  • karinevondyprasempre Postado em 10/01/2014 - 23:55:56

    Awnnnnnnn Que lindo! Parabéns!

  • a_letiicia Postado em 10/01/2014 - 19:03:18

    Ahhhhhh até que enfimmm! Agora eu quero ver o final!

  • brendadevonne2410 Postado em 10/01/2014 - 16:27:04

    Cooontinua no fundo quem é normal?

  • karinevondyprasempre Postado em 10/01/2014 - 02:13:36

    Condordo com a Leticia hahaha Eu amei a declaração do Uckermann e por mais que a Duce tbm o ame, ela poderia ser fazer um pouco de dificl pra ele jogar sujo <3 POSTA LOGO PFVVVV

  • a_letiicia Postado em 10/01/2014 - 00:34:04

    Oh!!! To apaixonada pelo Christopher (mais). E apesar de saber que a Dulce também, queria que ela se fizesse de difícil só pra ele ter que jogar sujo. Deve ser muito prazeroso ver esse homem jogar sujo pra seduzir ela.

  • luh_webs Postado em 09/01/2014 - 23:48:28

    Arrume um Christopher desse pra mim,tipo,pra ontem. Quero já. Ele é muito fofo. Me seduza também Christopher *---*


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