Fanfic: Vingança Refinada [Finalizada] | Tema: Vondy

Christopher pegou um bloco de notas e uma caneta e anotou algumas coisas enquanto ouvia as mensagens. Então, desligou e olhou para Dulce.
— Não muito surpreendentemente, tenho várias ligações iradas do pessoal de O’Brien, perguntando o que está acontecendo.
Dulce nem sequer conseguiu se sentir satisfeita. Sentia-se entorpecida por dentro quando pensava naquele homem.
Ela estava prestes a desconectar o fio quando CHristopher falou:
— Espere. Quero ligar para minha irmã e dar outro número para ela ligar caso haja uma emergência. Dulce lutou com sua consciência. Não podia acreditar totalmente que a história de Christopher fosse verdade.
Porém, e se fosse? E se sua irmã precisasse dele?
Relutantemente, ela anotou um número num papel.
— Dê esse número a ela. Se ela ligar, eu aviso.
Ela digitou os 12 dígitos novamente, e Christopher fez a ligação. Dulce voltou a seu lugar ao lado da tomada e esperou que Christopher fosse revelar algo à secretária dele ou a alguma outra pessoa. No entanto, ele lhe deu as costas, e ela o ouviu deixar uma mensagem.
— Eva, meu amor, sou eu. Espero que você, mamãe e George estejam tendo uma viagem maravilhosa. Se acontecer alguma coisa e você não conseguir falar comigo pelo meu telefone, tenho outro.
Ele deu o número e disse delicadamente ao telefone:
— Vejo você logo, querida. Tome conta da mamãe. Tchau.
Dulce viu a mão dele descer para encerrar a ligação e, assim que ele fez isso, ela retirou o fio da parede e voltou, enrolando-o na mão.
Christopher se virou e pôs as mãos na mesa, inclinando-se à frente. Seu rosto ficou subitamente próximo do de Dulce, e ela ficou sem fôlego. Ele levantou uma das mãos e percorreu o maxilar dela com o dedo, fazendo a pele de Jesse formigar.
— Você vai pagar por isso, Dulce Maria. Vou descobrir todos os seus segredos, e você vai pagar.
Dulce recuou a cabeça.
— Não tenho segredos, Uckermann.
— Nada mais de Uckermann, Dulce. É Christopher. Já fomos longe demais para voltarmos agora.
Com aquilo, ele saiu do quarto. Dulce segurou o telefone contra o peito durante um longo tempo. Sentia-se ridiculamente emotiva, pois a verdade era que ela não tinha ninguém para quem telefonar. Ninguém que se importasse de verdade com seu paradeiro. Já fomos longe demais para voltarmos agora. Ao guardar o telefone de volta no cofre, Dulce afastou aquele pressentimento incômodo.
Quando foi para a cozinha um pouco depois, encontrou-a vazia, mas havia panelas na pia, evidência do jantar de Christopher. Ela tentou não se sentir magoada por ele não ter lhe oferecido nada. Então, percebeu como isso era ridículo, já que ele era seu prisioneiro e não lhe devia nada. Contudo, nos últimos dias, Dulce se acostumara a ver Christopher pensando nas necessidades dela também.