Fanfic: antes que amanheça ☼

  Andamos pelo pátio, subimos outra escada onde havia mais alunos, depois outro corredor, enquanto andávamos, Maite me contou algumas coisas e depois de me desejar boa sorte foi com outra menina para o lado oposto.

  A sala não era grande, no máximo umas trinta carteiras estavam perfeitamente colocadas em cinco fileiras, a lousa era simples daquelas que se escreve com giz e uma mesa grande perto de um armário barato; coloquei minha mochila na terceira carteira da última fileira ao lado de uma enorme janela com a vista para um lago que agora estava congelado, em volta algumas arvores secas e mais neve ao redor. Em cima da lousa o alfabeto colorido, alguns cartazes com avisos e alguns trabalhos escolares em exposição.

  Eu esperava ansiosamente que aquela mesa não pertencesse a ninguém, enquanto eu pensava com meus botões, alguns alunos foram entrando na sala, ocupando sua determinada mesa e se perguntando ‘quem é aquela garota’. Comecei a futucar a linha da minha jaqueta enquanto esperava alguém simpático aparecer.

  A pessoa que apareceu não era bem quem eu esperava, um rapaz alto, com aparência muito jovem, segurava alguns livros no braço e uma mochila no ombro, observei ele andar em minha direção, tossi e me endireitei na carteira. Ele parou a três carteiras de mim, colocou os livros sobre a mesa grande e a mochila, pendurou na cadeira.

  - Bom dia – disse diretamente para mim. Seus cabelos eram dourados, pele clara com algumas sardinhas, olhos claros e lábios finos.

  - Bom dia. – tentei não demonstrar nervosismo quando ele me olhou bem nos olhos e sorriu.

  - Aluna nova?

  - Sim.

  - Posso olhar o seu formulário? – desviei meus olhos e retirei as folhas que estava por baixo da minha mochila, levantei que fiquei de frente para ele. Enquanto ele lia, eu balançava a perna freneticamente – Hm – disse – Seja bem vinda Srtª Susan Pettreli. – sorri sem jeito quando seus olhos fitaram os meus novamente.

  - Obrigada. Você é o – dei uma pausa – professor. – quase nem foi uma pergunta. Ele sorriu como se fosse óbvio – É que bom, não parece – disse com ar de desculpa.

  - Tudo bem – disse rindo – Sou professor de Matemática, Fabrício.