Fanfic: Jogos Vorazes - Reerguendo das Cinzas | Tema: Jogos Vorazes
Abro meus olhos e descubro que estou num lugar mágico. O céu azul esta sobre minha cabeça, limpo de qualquer nuvem. O cheiro de terra fresca e molhada entra em minhas narinas, algo que nunca pude realmente sentir em toda minha vida. Uma grama dourada estava desenhada no chão, cobrindo um vale extenso a minha volta. Em um pequeno morro de terra ele está sentado. Aquele em quem eu poderia contar. Esquecer-se de tudo a minha volta e ficar ao seu lado.
Seus cabelos estavam desgrenhados ao vento me fazendo sentir o cheiro de alecrim que ele costumava trazer junto a si. Seus lábios estavam acentuados num sorriso. Aquele sorriso espontâneo de sempre. Sento ao seu lado, fazendo-o me encarar com seus olhos.
A me ver sua expressão no muda. E seus olhos continuam a sugar meus pensamentos. Onde estou? Sem resposta. Oque fizeram comigo? Sem resposta. Para aonde estão me levando? Sem resposta alguma.
Ele encosta seus cabelos negros sobre meu colo e o acaricio levemente. Ele ri e me faz ri também. Phil Matias. Esse não era ele. Phil está numa prisão agora, contando estrelas diante das selas e dos pacificadores.
Quando me dou conta, aqueles cabelos sedosos e negros se transformam em algo quebradiço e branco como neve. Os olhos não me atraiam mais, Muito menos seus lábios. Snow solta uma gargalhada mutua e cospe sangue em meu rosto. Seu riso é tão caótico que ele se engasga em seu próprio sangue.
Quando levanto. Vejo que não estou, mas naquela campina de lírios dourada, nem com o céu azul e com Phil ao meu lado. Mas vejo que estou num deserto, como a arena de Woof. Um sol escaldante racha meu crânio e ao meu lado a pessoa que eu sentia mais nojo no mundo.
Tento não lhe encarar, mas ele insiste em rir da minha cara. A areia me puxa pra baixo e me subterra no calor. O marfináceo estava em meu corpo, e só agora me dou conta disso. Esperneio, mas o calor e a sensação de sufocamento não me deixam de jeito algum. Tudo parado. Minhas veias, meus órgãos, minha mente. Estou boiando em meu próprio medo.
Acordo suando. A sensação mais horrível em minha vida. Como algo tão límpido poderia se transformar em algo tão tenebroso. Não quero mais dormir. Pois sei, que se cair no sono novamente Snow me perseguirá.
O meu braço marca da realidade. O hematoma sangrento que o pacificador desenhou, ainda está dolorido. No outro, tubos de morfináceos misturados com soro estão sendo injetados em meu organismo.
Arranco o morfinaceo com tudo, como se a droga estivesse me sugando para a lucidez. Ninguém por perto para me dizer oque fazer. Percebo que trocaram minhas roupas e me vestiram com algo cinzento.
Aonde estou? Mesmo sem o morfináceo as perguntas estão subterradas em minha mente. Um ser, especificamente um homem, não um garoto, esta a minha frente. Tento reconhece-lo mas não consigo. Minhas mãos tocam em seu braço, o fazendo mostrar sua face. Não o conheço, mas ele me trata com tanta gentileza que parece que já nos conhecemos.
- Você acordou! – Ele fala com uma voz totalmente estranha.
- Quem é você? Onde estou? Eles... – Ele me interrompe com uma voz mais calma.
- Que tal voltar pra sua cama, repousar um pouco e depois esclarecemos tudo? – Ele me pergunta com um tom suave.
- Por favor! – Berro. – Me responda! Me responda! Não me deixe sozinha...
Mesmo vendo que estou meio histérica, ele me leva de volta a cama e me traz um copo de água. – Irei chamar alguém!
Eu me controlo, pois esse garoto deve estar mais nervoso que eu. Ele sai da sala e volta com alguém conhecido. Plutarch Heavensbee entra na sala e senta numa cadeira ao lado da minha cama.
- Obrigado Soldado hawthorne! – Ele sussurra para o garoto que se reverência e sai em silencio.
- Quem é ele? – Pergunto rapidamente antes que o morfinaceo suprima essa lembrança.
- Um garoto do 12 que chegou a poucos dias aqui! – Diz Plutarch.
- 12? Onde estamos!? – Pergunto.
- Bem vinda ao Distrito 13! – Diz ele rindo.
- 13!? Não acabaram com o 13? – Tento acabar com as perguntas, mas surgem muito mais em minha mente.
- Isso é uma longa historia! – Sua voz tremeluzida se esvai no ar. Ele calmamente me conta oque realmente aconteceu enquanto o morfinaceo consumia minha alma. Dormi durante 3 dias e o massacre está ocorrendo neste minuto.
Cecelia me substituiu, pois eu tinha que começar a revolução dentre os Distritos. Como Plutarch não conseguiu tirar o tordo dos jogos ele me trouxe ao 13 para começar com os levantes entre os Distritos, enquanto os jogos ainda estavam rolando.
Para me substituir não foi nada fácil. Noticias de que eu tinha me suicidado em meu quarto uma noite antes do massacre se espalharam. Plutarh fala que oque fiz no vidro do quarto de Marcus foi incrível, pois as pessoas acreditaram mesmo em minha morte. Então Cecelia se apresentou em meu lugar como tributo feminino. Automaticamente Plutarch me enviou secretamente ao 13, onde eu iria me preparar para começar o levante enquanto os jogos ainda estão ocorrendo. Os dois pacificadores eram rebeldes disfarçados e autocontrolados, um deles me cortou não para me ferir, mas sim retirar meu rastreador.
É um plano muito bem ensaiado não posso negar. Acho que antes mesmo de me apresentar como tributo, Plutarch já havia planejado tudo.
- Agora precisamos de você... O tordo esta na arena, mas a fênix esta conosco! – Ele diz rindo.
- Não me chame assim, não quero ser um símbolo como ela... Ao contrario, quero que ninguém me note! – Digo.
- Tudo bem... – Ele diz. – Vamos começar isso...
- Sim! Vamos começar! – Digo maliciosamente. – Meus irmãos?
- Conseguimos traze-los! – Ele diz alegremente. – Mas seu amigo...
- Meu marido! – Digo corrigindo-o.
- Bom... Não conseguimos retira-lo do excitamento! – Ele diz desapontado.
- Plutarch, eu posso mudar esse país... Mas sem ele, eu não tenho forças! – Imploro.
- Iremos dar um jeito! Tudo se dar um jeito! – Ele diz calmamente. – Agora repouse, pois suas sessões de treinamento começaram em breve.
- Treinamento? – Repito. – Achei que já estava treinada o suficiente!
- Quero lhe ver novamente, Tenente White! – Ele fala rapidamente. – Irei voltar para Capital antes que eles notem minha saída!
- Acho bom mesmo... – Digo baixo. Ele some literalmente dentre os corredores brancos do Distrito 13 me deixando com perguntas no cérebro. E Marcus? Será que também entrou junto com Cecelia?
Não, pois a resposta reluz sobre meus olhos.
Um garoto de cabelos dourados e com uma roupa de hospital, está sentado ao chão de um dos corredores. Ao seu lado uma garotinha de mais ou menos 7 para 8 anos. Seus cabelos eram avermelhados e seus olhos amarelados estavam nublados.
Ele estava desenhando. Como antigamente em nosso Distrito. Uma visão do passado sobe em minha mente, eu e ele, sentados ao fogo da lareira de casa. Em suas mãos um bloco de desenhos bem aperfeiçoados, que ele iria facilmente redesenhar nos tecidos. Minha mãe sentada na cadeira de balanço tricotava enquanto cantava musicas que deixavam o clima ainda mais agradável. Meu pai tocava sua flauta suavemente e via Marcus rabiscar flores, animais ou até mesmo estrelas.
A lembrança me faz tão bem que me junto a ele do outro lado do seu corpo, vendo suas mãos reinventarem um mundo. Agora eu me lembro do antigo Marcus, seu trabalho nas fabricas não eram como os nossos. Ele tinha um trabalho especifico. Tecidos caros não poderiam ser impressos, poderia danifica-los. Então os pintores como Marcus, pintavam os desenhos todos à mão. Era cansativo, mas o trabalho saia perfeito.
-Marcus... – Sussurro perto de seu ouvido, mas ele estar muito concentrado nos traços de seu desenho. Permaneço imóvel ao seu lado olhando pra seus rabiscos e para os olhos enfezados da garotinha que também estava fascinada.
- Pronto! – Ele corta o clima pesado que abitava ali. No papel um lindo lírio desenhado. Ele lembra minha flor favorita. Lírios eram tão raros no 8 que me faziam esquecer dos problemas.
- Obrigada! – A voz tremula da garotinha ecoava dentre o corredor. Ela deu um ligeiro beijinho na bochecha barbuda de Marcus e voltou pra seu alojamento.
- Eu também quero um! – Digo a ele. Seus cabelos foram modificados de algum modo, fazendo-o parecer mais novo. Fazendo-o parecer com o Marcus que desenhava para mim quando pequena. Observo seu rosto com mais clareza e vejo que um de seus olhos está roxo. Ele deve ter passado dos limites.
- Lembra, quando você tinha apenas 10 anos e eu ficava noites desenhando pra você? – Ele pergunta com uma voz infantil.
- É... Bons momentos... Como as pessoas podem ser tão cruéis a ponto de tirar estes momentos de nós! – Digo.
- As pessoas acham que nós somos fracos, acham que somos uma poeira que só é útil para eles mesmos... – Marcus fala enquanto desenha uma lagarta. – Podemos ser discretos...
Ele rabisca mais o papel fosco e transforma a lagarta numa linda borboleta. – Mas quando nos transformamos, podemos causar medo em nosso inimigo!
- Snow deve está morrendo de raiva ao saber que não entramos naquela arena! – Digo soltando alguns risos.
- E esse aqui é pra você! – Ele entrega o papel em minha mão. Uma borboleta cintilante voa sobre o esbranquiçado da folha. Dou-lhe um abraço confortante. Como aqueles abraços de antigamente. Sinto o cheiro de seus cabelos, com minhas mãos contorno suas costas largas.
- Obrigada irmão! – Sussurro. – Por ter sobrevivido todo esse tempo e ter voltado de alguma maneira para me proteger!
- Eu que agradeço, por você ter me compreendido! – Ele fala calmamente e então percebo que em seu braço uma pulseira está pendurada – Transtorno mental – Meu irmão estava sendo julgado como louco. Mas de louco ele não tem nada.
Um sinal estranho toca e ele se levanta rapidamente. – tenho que ir! – As palavras saem mais espremidas e rápidas dessa vez e ele sai correndo dentre o corredor branco.
-Marcus! – Berro, mas ele não me escuta. Deixo-o ir e me dirijo novamente ao meu quarto hospitalar. Ando com os pés descalços e com o desenho entre meus dedos, minha cara mais fechada possível.
Chego a minha cama e deito-me um pouco. Vejo que Plutarch deixou algo para mim. Uma caixinha minúscula na cabeceira. Quando abro, vejo um broche meio customizado. Algo como um bater de asas de um tordo. Guardo novamente meu presente e cochilo um pouco.
Tento juntar tudo que sei até agora: Eu sou vingativa. Participei dos Jogos. Eu fugi. Snow me pegou. Abrigou-me a entrar no Massacre. Eu desafiei o presidente. Irei começar a revolução. Alguns estão ao meu lado, outros não. Não sou nenhum símbolo. Queria que Phil estivesse aqui comigo.
Abro meus olhos e vejo Anna sentada numa cadeira ao meu lado. Não expresso nada e nenhuma palavra sai de minha boca. Minhas mãos estão embaixo das mantas grossas que não me deixam tocar o corpo de minha irmã. Ela da um sorriso a me ver acordada e da um pequeno grito para o corredor.
Um garoto salta na minha frente, esbaforido e com um sorriso na cara. Ele joga seu corpo contra mim e eu sinto todo seu calor. Mesmo ainda imóvel Nicolas me fazia sentir feliz.
- Achei que te perderia... – Ele sussurra em meu ouvido. – Mas ti disse que iria dar um jeito de te tirar de lá!
Claro! Nicolas conseguiu de algum modo colocar na cabeça de Plutarch que eu não poderia entrar naquela arena. Ele obrigou o idealizador a fazer esse truque e me deixar viva.
Sinto seu cheiro doce. Seus cabelos que foram aparados como os de Marcus e suas roupas idênticas as minhas e as de Anna. Como num quartel todos com as mesmas mudas de roupa.
- Ainda bem que conseguir te tirar a tempo dali... – Ele sibila novamente como se estivesse frustrado. Acho que a ideia de me ver morta no massacre já havia subido a sua mente e ele já estava literalmente louco.
Olho para o lado e vejo Anna fazer alguns gestos com a mão se referindo ao estado mental de Nicolas. Quando vejo uma garotinha de cabelos loiros atrás de Nicolas entendo que ele estava passando por problemas mentais.
A garotinha pega ele pelo braço e rapidamente leva ele para outro setor no hospital. Como se ele não soubesse nem a aonde ir. A garotinha era uma espécie de guia mental dele.
- Oque aconteceu com ele? – Pergunto.
- Ele pirou ao ver que você iria para a arena com o Marcus... – Anna fala com um tom neutro.
- Todos nós ficamos surpresos! – Afirmo. – E você?
- Eu oque? – Ele pergunta novamente.
- Não ficou ressentida de saber que Marcus estava vivo... – Paro um pouco para ver meus braços ensanguentados. – E que iria para arena comigo?
- A surpresa foi grande, mas eu confiava em vocês! Eu sabia que mesmo vocês entrando ali, ele não iria deixar ninguém te matar!
- Isso é verdade... – Falo calmamente. – Oque aconteceu com Cecelia?
- Infelizmente ela e Woof morreram no primeiro dia! – Diz Anna. – Woof era muito velho para sobreviver e Cecelia ainda tentou combater com Enobaria...
- Parece que os Carreiristas só iriam nos usar! – Digo.
- Vocês iriam fazer aliança com eles? – Pergunta Anna indignada.
- Iriamos... Mas Marcus estava muito indeciso sobre isso! – Digo.
- Vamos ver oque esta ocorrendo agora! – Diz ela ligando a TV e tentando mudar de assunto mutuamente.
Caesar estava se pronunciando sobre algo. Sua expressão era seria e suas palavras não tinham o tom de imaturidade como nas entrevistas.
- O Distrito 12 acaba de ser bombardeado novamente! – Grita ele e fotos do Distrito devastado são postas na TV. – Até agora os únicos Distritos que estão contra a Capital são o 8, 7 e 12! Voltaremos com mais notícias à seguir, fique agora com a edição especial dos Jogos Vorazes!
Olho friamente para Anna e vejo que ela estava tremula. – Parece que as pessoas não recuaram dessa vez... – Suplico.
- Tudo se tornou um caos depois que saímos de lá! Tudo destruído, arruinado, sujo... – Ela fala cautelosamente.
- Deve ter ficado desastroso, pois o Distrito 8 já era sujo quando sai de lá! – Falo. Ficamos em silencio e focamos na TV.
Os Carreiristas estavam sendo filmados no meio da mata. Um discursão feia entre Brutus e Gloss acontecia.
- Temos que voltar a praia, aqui dentro está um inferno! – Gloss berra.
- Você quer morrer!? Precisamos estar preparados para enfrentar aquela menina do arco e Finnick que certamente estará armado com seu tridente! – Ele retruca.
- Nem parecemos carreiristas! Se escondendo assim... Temos força, somos mais fortes! – Enobaria entra na discursão.
- É luta que vocês querem! É luta que vocês terão! – Brutus encerra a briga e anda silenciosamente entre a mata fechada.
Cortam para os tributos normais. A Cornucópia foi posta no meio de um vão de água e raios de terra cortavam a praia. Os tributos estavam na borda da praia falando entre si. Katniss limpando Wiress na água salgada. Johanna discutindo com Finnick por causa de algo que não sei. Beetee mexendo em algo parecido com um rolo de fio e Peeta vigiando os arredores da arena.
Tudo normal. Tudo estranhamente quieto na arena. Anna desliga a TV rapidamente. – Não temos nada a assistir ai! – Ela sibila. Estava certa. Não quero ver a desgraça dos outros.
Tento sair debaixo das cobertas quentes, mas não tenho força em meu corpo. – Tenho que ir! – Anna se esvai no corredor.
- Quero te ver novamente! – Digo.
Ela me responde com um sorriso. Meus olhos procuram por verdades. Aonde Marcus se meteu desde que eu lhe vi? Será que Plutarch conseguiu tirar Phil do Distrito 8? Ou ele morreu nos destroços dos bombardeios? Só agora me dou conta que ele foi engolido junto à destruição. Meus pensamentos ficam claros. Phil pode estar morto! A única pessoa que sabe como eu sou verdadeiramente.
Forças sobrenaturais suplicam de meu corpo e me arranco na cama novamente. Lembro-me que as únicas pessoas que conheço são meus irmãos. Pois Plutarch nem me apresentou a PresidentA Coin.
Tentei manter a calma, mas precisava de notícias novamente. Encontro-me com Anna no corredor e ela tenta me parar. – Oque esta fazendo? – Não respondo apenas tento passar por cima dela. – Lisa! Responda!
Ela consegue me arrastar de volta a meu leito hospitalar e arrancar respostas de minha boca. – Oque é! Você parecia normal há uns 20 minutos atrás e agora esta parecendo uma maluca!
- Eu preciso saber Anna... Phil, morreu? – Pergunto. Não, eu imploro.
- Não! Ele não morreu tá satisfeita! – Ela responde duramente. – Paylor conseguiu retirar ele do excitamento antes que ele virasse pó.
- preciso ver ele! – Digo.
- Você precisa tomar um banho! – Ela afirma com um sorriso. Com calma, Anna me joga no banheiro no meu leito, me fazendo tomar um banho decente. – Agora, esfria a cabeça ai! Você poderia falar com a Coin, ela sabe de tudo que está acontecendo aqui!
Sinto seus passos mais abafados e depois presumo que ela havia me deixado sozinha. – Falar com a presidenta! Como se fosse fácil! – Sussurro para mim mesmo.
Tento me acalmar de algum modo. Estou bem. Estou no 13. Não conheço ninguém. Mas de algum modo, irei ter que conhecer.
Tomo um banho rápido, visto um uniforme negro que deixaram pendurado em meu cabide e coloco o presente de Plutarch sobre meu Seio. Não era um tordo como o símbolo da rebelião, mas algo parecido com uma águia.
Arrumo meus cabelos num rabo de cavalo simples e pequeno, saio do meu leito hospitalar. Minhas roupas negras destacam-se sobre as paredes brancas e pálidas.
Muitas pessoas me olhavam por sinal. Elas sabiam que eu era a garota que deveria estar no Massacre neste momento. Não dou atenção, só ando sem desviar meu olhar do chão.
Chego a alguns corredores acinzentados e encontro o garoto do 12 novamente. – Ei! – Grito para ele. Não me lembro de seu sorriso muito menos de seu nome.
- Você novamente! Está melhor? – Ele me pergunta.
- Claro... Desculpe, mas eu ainda não sei seu nome... – Tento não desfocar da conversa.
- Ah! Nem me apresentei, pode me chamar de Gale se quiser! – Ele fala junto a um sorriso.
- Eu estou meio perdida aqui! Queria muito falar com a Presidenta Coin! – Digo meio baixo para não mostrar minha vergonha.
- Venha comigo, Tenente White! – Ele solta junto a um risinho. Como ele sabe que eu sou Tenente aqui?
Chegamos a uma porta envidraçada, Gale digita algumas coisas em um monitor. A porta abre automaticamente e nós dois entramos rapidamente.
- Saudações Tenente! – Uma voz ríspida e fina sai da boca da presidenta do Distrito 13. Uma mulher de idade, com cabelos grisalhos e corpo magro. Alma Coin poderia ser uma residente do Distrito 8. Mas mesmo sem cuidados ela é a mulher com mais autoridade aqui.
- A senhora queria me ver? – Pergunto rapidamente.
- Sim, Sim! – Ela exclama. – Muitas coisas estão ocorrendo em seu Distrito!
- Como? – Pergunto.
- A Capitã Paylor me enviou esse relatório há alguns minutos atrás! – Ela liga uma pequena tela na mesa que se ilumina. O rosto sujo da mulher cansada que se chamava Paylor aparece no centro, atrás dela, destruição e caos. Ela pede reforços. Muitos reforços por sinal. As pessoas estão lutando como podem, mas elas não iram sobreviver aos bombardeios.
- Temos que ajudá-la! – Digo num tom razoavelmente alto.
- Estou tentando entrar em contato com os esquadrões de ajuda... Mas ninguém responde! – Ela diz calmamente. Vejo a expressão rígida na cara de Paylor enquanto tudo em sua volta vira cinzas. Ela fala que alguns aerodeslizadores estão levando refugiados, mas que as bombas estão continuando a cair.
- Tenho que voltar! – Digo.
- Não! – Coin interrompe de algum modo. – Não podemos perder nem você muito menos nosso tordo!
- Não posso deixar que eles morram! – Berro.
- O Distrito 8 já está na revolução, iremos lhe mandar para o 6 onde muitos precisam ser convencidos! – Coin completa. Eu tinha a necessidade de atender a suas instruções, mas ao ver um corpo jogado ao chão eu me rebelo.
Meu marido estava caído atrás de Paylor em meio a toda a poeira do chão. Imóvel, rígido e morto.
Autor(a): Bonnie
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
A única coisa que sinto neste momento é à força dos braços de Gale me segurando. Meus nervos estão enlouquecidos e minha mente frigida por causa da imagem que vi na tela. Ao olhar de novo vejo que Phil não estava mais ali, certamente alguma pessoa consciente o levou para ser enterrado numa das covas comunitá ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 8
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
giuliaperruci Postado em 15/04/2014 - 01:53:19
Gente me desculpem pelo atraso dos cap's, o pc estava com alguns problemas, mas agora irei postar em tempo real, todo mes tem Cap novo :3 irei acabar no Cap 40 :P Aproveitem
-
giuliaperruci Postado em 24/12/2013 - 10:16:41
Vllw, espero que todos estejam gostando :)
-
faruk Postado em 18/12/2013 - 19:51:28
Muito legal, parabéns!
-
cisne Postado em 06/12/2013 - 15:20:39
continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
-
cisne Postado em 04/12/2013 - 12:14:52
continuaaaaaa
-
cisne Postado em 03/12/2013 - 22:56:46
continuaa amo Jogos Vorazes
-
giuliaperruci Postado em 23/11/2013 - 17:55:26
Obrigada! irei continuar com a fanfic :)
-
cisne Postado em 17/11/2013 - 19:24:56
Ta ficando perfeita