Fanfics Brasil - 6 Jogos Vorazes - Reerguendo das Cinzas

Fanfic: Jogos Vorazes - Reerguendo das Cinzas | Tema: Jogos Vorazes


Capítulo: 6

173 visualizações Denunciar


Um Deus grego. Ele parecia um Deus grego. Seus cabelos levemente aparados numa franja acima de seus olhos. E seus olhos. Eram tão azuis quanto os meus. Em um dos seus braços havia uma espécie de tatuagem. Um grande sol. Com raios cintilantes. Lembrei-me do meu colar, que ainda estava em meu pescoço, desde o dia da colheita. A roupa o deixava, mas atraente.


   James era um garoto fechado. Reservado. Era da mesma turma que a minha, mas se preocupava mais com os estudos. As garotas não falavam muito nele. Pois era, mas centrado nos livros. Seus braços fortes com algumas cicatrizes me deixavam entusiasmada.


- Você esta tão diferente... – Digo.


- Um grupo de loucos cortou meu cabelo! – Ele diz com sua pequena boca.


- Já estava na hora de cortar! Aqueles fios rebeldes iriam de deixar louco na arena! – Diz Gary.


- Gary você também é estilista dele? – Digo. Normalmente cada tributo tinha seu estilista reservado. Nunca vi um estilista para uma dupla de tributos.


- Sou. Gostei do casal deste ano! – Diz Gary com a cara lisa. – Agora subam, vão entrar em um minuto! – Comenta. James como um cavalheiro me ajudou a subir na carruagem. Seu silencio tinha sumido junto com sua franja. Ele absolutamente queria fazer ou uma aliança ou amizade mesmo. Soltava umas piadinhas sobre mim. Tipo ‘’ como você esta bonita hoje Sr. White’’. Agora dava para ver o quanto esse garoto é abusado.


   Em questões de minutos a carruagem começa a se mover sozinha. Só poderia ser cavalos treinados. Quatro cavalos cor de ouro. Tudo estava um pouco dourado. Gary ajeita os últimos retoques da minha roupa e me diz a seguinte frase – Acenem, e quero ver seus dentes mostra! Tem muitos patrocinadores ricos ai fora! – Diz ele gritando, por causa do barulho. No fundo do meu coração eu não queria aparecer. Não queria ir ou acenar para as pessoas. Não queria que eles me bancassem. Mas depois eu pensei para fugir da arena vou precisar de remédios e esses otários podem comprar para mim! Então decidir fazer oque Gary falou. Eles vão me ajudar a fugir de qualquer jeito.


   Senti um calor entre meu vestido. Na parte superior do tórax. Perto do seio esquerdo. Era um sol dourado. Cravado que brilhava como uma espécie de símbolo.


- Gary. Era para isso acontecer? – Digo.


- Fui eu que implantei em suas roupas. Gostei do símbolo, quando vi em seu pescoço. – Diz ele.


O sol brilhava cara vez que eu Mexia meu tórax com força. Parecia uma espécie de fogo, que queimava a armadura em forma de raio solares. Não sentia mais o calor. A carruagem sai entre as ruas da Capital. Olho para o lado e vejo James como um tronco de arvore morta. Parado. Imóvel. Quando olho para o outro lado vejo uma espécie de arquibancada montada, esta cheias de aberrações. De pessoas totalmente modificadas. Giro um pouco a cabeça e vejo Gary fazendo um sinal estranho, implorando para que nos dois demos um sorriso. Cutuco James com o cotovelo e digo num sussurro – Temos que sorrir! – E ele não expressa nada. De repente as pessoas vibram e gritam meu nome. Como sabiam? Algumas dizem que estão apaixonadas por mim. Não ligo. Dou uns sorrisos falsos e aceno um pouco. Meu capacete estava emperrado entre meus dedos.


- Vamos jogar no 3! – Diz James.


- 1... – Digo nervosa.


- 2...3! – Diz ele com a voz fanha.


Jogamos nossos capacetes dourados para a multidão! Vejo as pessoas brigando para pegar as duas peças. E James finalmente levanta sua mão para saldar alguém. Garotas em alguns prédios mandavam beijos. Chamavam-no de Deus dourado. Garotas malucas da capital. Ele não dava muita atenção para essas loucas.


- Arrasando corações em, Deus dourado? – Digo – lhe, tentando brincar com a situação.


- Não tenho culpa de ser tão atrativo! – Diz ele com um sorriso no rosto. Pela primeira vez dava para notar que aquele sorriso não era falso.


   As ruas se silenciaram por alguns segundo e de repente as pessoas gritaram feito primatas. Alucinadas. Loucas. Gritavam `’ Katniss!’’ `’ Katniss!’’. 12. Sabia que era ela. Olhei de relance num dos telões e vi a garota totalmente em chamas. Suas roupas eram negras, mas grandes chamas se alastravam entre seu traje. Estava feliz. Não queria ser notada. Não queria tomar a atenção. Então em minha mente pensei Obrigado 12 por me deixar irreconhecível! Queria efetuar minha missão sem ter muitos patrocinadores no meu pé.Poderia ate conseguir me aliar a ele lá dentro. Mas meu foco não é ganhar e sim vingar.


   Finalmente chegamos. Estava já com enjoada de olhar para tanta gente inútil. Vidas inúteis. Vivem para gastar e para mudar. Coisa fútil. As carruagens foram preenchendo o circulo em volta da cidade.


   Agora dava para ver as roupas dos outros tributos. Os dois tributos do 1 pareciam dois flamingos depenados, com plumagens em volta dos ombros e da cabeça. Os do 2, tinham quase a mesma roupa que a nossa. É por isso que nos olhavam tanto. Suas roupas eram feitas com um tecido cor de ouro queimado. Mas nossas armaduras brilhavam mais. Os outros Distritos tinham quase as mesmas roupas. Chapéus exagerados demais. Muita purpurina. E garotos enfezados. Rir por alguns segundos ao olhar para os do 10. Pareciam uns cowboys com purpurina. Ai vinha os do 11. Uma garota lindamente pequenina com cabelos negros e vestida com um simples macacão. E o 12. Duas pessoas encasacadas. De mãos dadas. Irônico. Eles estavam de mãos dadas na cerimonia, mas iriam se matar na arena. A garota tinha a mesma idade que a minha. E o garoto me fez lembrar-se do meu irmão. Marcus só era um pouco mais alto e forte, mas as feições eram as mesmas daquele garoto.


   O presidente começa o velho e longo discurso. Presidente Snow. Um pequeno velho que poderia ser meu bisavô. Sues cabelos eram grisalhos. James já estava suando dentro da famosa lata de sardinha.  


- Calma garotão, já vamos chegar ao centro de treinamento! – Digo – lhe.


- Você esta dizendo isso, porque suas pernas estão respirando! – Retruca.


   O presidente Snow acaba o discurso que só enganava a mãe dele! E os cavalos começam a andar para dentro de um grande galpão. Gary me ajuda a descer da carruagem e James desce aliviado.


   Os tributos estão ao nosso lado. Só vejo alguns. Outros são muitos reservados. Como os do 1,2 e do 12. Eu acho que o ano é do 12. A aparição fantástica na cerimonia já dava para perceber. Eles devem ter filas de patrocinadores. Eles tem grande chance de ganhar. Gary diz que todos gostaram de nós. E nos elogia e fala que gamou do apelido de Deus Dourado.


- Vocês foram Magnificamente Magníficos! – Diz Gary com o irritante sotaque da Capital. Nunca tinha visto ele falado assim.


-  Vamos subir! Estou ficando enjoada... – Digo com a cara fechada.


- Nossa Deusa Dourada está com frescurinha. Logo a Garota Ousada da colheita? – Diz James tentando descontrair.


-  De onde eu te conheço menino? Estamos num fogo cruzado. Daqui a alguns dias irei te matar para sobreviver! – Digo estressada.


   Jogo as luvas douradas no chão. E subo no elevador sozinha junto com alguns tributos menores. O centro de treinamento era uma grande torre. Cada Distrito tinha um andar. Distrito 1, 1° andar. E assim sucessivamente. Não tinha medo. Mas tanto entulho junto me deixava nervosa. O elevador era de puro cristal. Dava para ver as pessoas conversando entre si lá embaixo. A cara de idiota de James. Gary esperando o elevador para me seguir. As belíssimas luzes da Capital. Tudo!


   Mirla estava sentada num sofá numa sala, tomando uma taça de uma bebida rosada.


- Oi fofinha! Não vi você ai! Estava lá embaixo vendo vocês, mais decidir subir primeiro! – Diz ela com um tom de embriagues. 


- Tudo bem...Eu só vou tomar uma ducha! – Digo, dispensando-a.


Entrei no quarto e escutei Derick e Lindsey me chamando. Me escondo. Entro no banheiro com armadura e tudo. E jatos gelados penetram minha pele dentro da grande `’lata de sardinha’’ dourada. Escutava Derick e Gary batendo na porta e pedindo para eu sair. – Chamem a Lindsey! Só saiu daqui com ela! – Lindsey não era a pessoa que eu queria ver. Nem Gary, ele iria me dar um sermão! Derick é um cara simpático, mais muito hostil. E eu odeio pessoas hostis. A pessoa que eu queria bater um papo agora era o Phil. Queria extravasar minha raiva da Capital. Queria só uma pessoa que me escutasse.


- Lisa querida abra a porta! – Diz Lindsey.


Toda molhada tiro a chave da fechadura e abro só para ela entrar. Depois fecho de novo. Quero privacidade. Coisa que não conseguir ter. Lindsey fica de boca aberta. De me ver toda molhada.


- Oque aconteceu com você? – Diz ela com a mão na boca.


- Eu estava com uma dor de cabeça daquelas sabe...


- Mas para que molhar um traje tão bonito! – Diz.


- Estou cheia. Cheia deste povo que quer mandar em mim! Eu molho oque eu quiser! Eu irei morrer daqui a alguns dias não se preocupe, a roupa ainda estará intacta. – Digo.


- Eu te entendo... Também estava aflita. Nervosa, quando entrei nos jogos! – Diz ela com um tom suave. – São 24 tributos e só 1 sai vivo! Mas se você não perder a cabeça, há uma esperança! – Tiro as botas de ouro encharcadas.


- Você pode extravasar sua raiva na arena! – Diz ela aos risinhos. – Vista uma roupa seca e vamos jantar. – ela termina a frase e anda para a sala.


   Consigo tirar o vestido sem problemas. Termino o banho que tinha começado e me sinto bem. Fico com minhas roupas de baixo e miro para as luzes na Capital. Milhares de pessoas. Pessoas com vidas inúteis. Pessoas que são tão ricas, que não sabem com oque gastar. Mentes vazias que seguem a moda. Pessoas que se divertem com a morte, todos os anos. Deitei sobre a cama e lembrei-me das palavras de Lindsey Mas se você não perder a cabeça, há uma esperança! Esperança. Palavra não contida em meu dicionário. Esperança. Era tudo que absolutamente não poderia morrer.


   Vestir uma espécie de vestido amarelado. Era tudo que tinha nas gavetas. Andei ate a sala de jantar olhando para baixo. Queria dispensar comentários desnecessários. Sentei numa das cadeiras estranhamente desenhadas em volta de uma mesa de mármore puro. Derick me oferece uma taça de vinho. Não recuso. Não sou de beber. Mas não terei outra oportunidade. James está ao meu lado. A minha frente estão Mirla e Lindsey. Não vi Gary. – Desculpa por tudo lá embaixo! – escuto num sussurro saindo da pequena boca de James. Não dei ouvidos e continuei minha refeição.


- Você estava divina lá embaixo querida!  - Diz Mirla.


- Fiz oque pude... – Digo.


- Você poderia ser um pouco mais...Gentil! – Diz Derick limpando sua boca em um pano.


- Gentil? Vocês querem que eu seja gentil? Erei morrer daqui a alguns dias, gentileza não ira me salvar daquele matadouro! – Digo com raiva. – Perdi minha fome... – Digo, correndo para o quarto.


  Eles acham que eu tenho cara de idiota? Estou nessa baboseira por causa de uma simples pessoa. Não tenho que dar satisfação a ninguém. Deixei sobre a cama e olhei para um cardápio encima da minha cabeceira. Quero algo doce. Sou obcecada por doce. Quando os dias eram tristes demais lá no distrito, eu mandava o Phil trazer aquelas balas de caramelo para mim. Ficava horas e horas deitada na cama, sentindo aquele gosto de alegria na boca. Claro que as balas da Capital eram mais exageradas e mais calóricas, mas eu não ligava. Apertei um botão e um frasco de caramelos surgiu encima da cabeceira.


   Dormir com o gosto doce em minha boca. O frio da noite na Capital me enroscava em uma grande manta na cama. Acordei com os raios solares invadindo as frestas dos meus olhos. Tomei um banho e estranhamente pensei em Phil. Como ele estaria? Será que acolheu mesmo meus irmãos? Tomo uma ducha escaldante e me visto com um uniforme deixado no banheiro.


   Um buffet foi montado na sala de jantar. Ninguém está por perto. Encho meu prato e vou andando para o quarto. Iria me trancar novamente se uma estranha voz não me interrompe-se.


- Ei mocinha, para onde você esta indo? - Diz.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Bonnie

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

- Para um lugar que certamente não é de seu interesse! – Digo indignada. Ao me virar vejo James com praticamente a mesma roupa que a minha. Meu uniforme só era um pouco mais ‘’dourado’’ e suas vestimentas tinham um tom, mas envelhecido. - Me desculpa por ontem. Eu acho que exagerei nas brincadeiras... – Diz ele com a ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • giuliaperruci Postado em 15/04/2014 - 01:53:19

    Gente me desculpem pelo atraso dos cap's, o pc estava com alguns problemas, mas agora irei postar em tempo real, todo mes tem Cap novo :3 irei acabar no Cap 40 :P Aproveitem

  • giuliaperruci Postado em 24/12/2013 - 10:16:41

    Vllw, espero que todos estejam gostando :)

  • faruk Postado em 18/12/2013 - 19:51:28

    Muito legal, parabéns!

  • cisne Postado em 06/12/2013 - 15:20:39

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • cisne Postado em 04/12/2013 - 12:14:52

    continuaaaaaa

  • cisne Postado em 03/12/2013 - 22:56:46

    continuaa amo Jogos Vorazes

  • giuliaperruci Postado em 23/11/2013 - 17:55:26

    Obrigada! irei continuar com a fanfic :)

  • cisne Postado em 17/11/2013 - 19:24:56

    Ta ficando perfeita


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais