Fanfics Brasil - 7 Jogos Vorazes - Reerguendo das Cinzas

Fanfic: Jogos Vorazes - Reerguendo das Cinzas | Tema: Jogos Vorazes


Capítulo: 7

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- Para um lugar que certamente não é de seu interesse! – Digo indignada. Ao me virar vejo James com praticamente a mesma roupa que a minha. Meu uniforme só era um pouco mais ‘’dourado’’ e suas vestimentas tinham um tom, mas envelhecido.


- Me desculpa por ontem. Eu acho que exagerei nas brincadeiras... – Diz ele com a voz calma.


- Tudo bem... Eu estava um pouco estressada ontem! Podemos ser amigos. - Digo – lhe


- Podemos falar disto depois por que Mirla está te procurando feito louca. – Diz ele.


Comi uma simples maçã que estava numa fruteira a minha vista. Corremos entre os corredores do 8° andar. Mirla nos esperava na boca do elevador. – Sempre chegando atrasada não é Sr. White? – Diz ela resmungando. Entrei no elevador sem dar nenhuma palavra. Meu estomago não doía, pois era acostumada a ficar dias sem comer. Em menos de um minuto o elevador nos deixou num pequeno e fechado centro de treinamento.


   Não sei por que mas eu me sentia sem ar naquele lugar apertado. Dava-me uma dor no peito em pensar que estávamos a milhares de metros embaixo da terra. Outra invenção louca da velha Capital. Porque esses energúmenos não nos colocaram num lugar aberto? Mentes ingenuamentes maléficas.


   Alguns idealizadores metidos estavam sentados em poltronas aveludadas. Alguns nos observavam com frequência. Outros estavam ali por causa das conversas e pela bebida. Seneca Crane. O idealizador chefe. O trabalho mais inútil de todos os tempos. Ele era oque mais me observava desde que entrei ali.


   Muitas Facas. Facões. Adagas. Flechas. Todo tipo de arma que possa matar, existia ali! Uma mulher com grandes músculos entre as pernas e entre os braços nos dava pequenas instruções antes das seções. Os carreiristas imbecis foram logo para as armas, não para ‘’treinar’’, mas para mostrar aos outros suas forças. Olhava de relance para os do 2. Clove uma garota sádica que atirava facas sem dó e Cato que estava ali para mostrar seu valor. Não tinha absolutamente medo algum. Treinava em casa desde pequena. Sabia manusear uma espada, uma lança, um arco qualquer coisa. Eu não seria tão louca a ponto de entrar nos jogos sem saber ao menos pegar em uma faca.


  Não fui nas armas. Não queria me mostrar. Nem para os outros tributos nem para os idealizadores. Fui para as estações mais civilizadas. Como identificar frutas. Como conseguir abrigo. Camuflagem – O garoto do 12 era tão bom que chegava a humilhar os outros tributos. – No últimos dias de treinamento em conjunto me juntei a James e treinamos nossas pontarias. Com lanças e com o bom e velho arco.


   Eu sabia como me defender adequadamente na arena. Pensava no que ia fazer antes dos combates corpo a corpo. O pai do Phil era um velho pacificador chefe que treinava seus filhos. Depois que meu pai morreu e eu fiquei sozinha no mundo, seu pai me ofereceu treinamento. Ele encontrou um velho galpão abandonado que alguns anos atrás, servia de armazenador de tecidos. Phil desenhou algumas silhuetas humanas e alguns olhos de touro para servirem de alvo. Implantamos alguns sacos de areia pendurados para treinar os confrontos corpo a corpo. Sr. Matias usava armas de verdade, usadas por pacificadores mesmo. Por isso que não tinha medo de dar ou levar uma facada. Não treinávamos para os jogos basicamente. Treinávamos para sobreviver. Para se defender. Phil apesar de ser mais forte que eu era melhor com o arco. Ele atirava como ninguém. Eu era mais centrada no meu alvo, não tinha medo do meu inimigo. Isso que me fazia forte no combate corpo a corpo. 


     Depois de dias enfurnada um uma sala minúscula, tendo que treinar oque eu já havia treinado, vinha as seções individuais. O momento em que os tributos autoritários o suficientes ganhavam notas boas, e os inúteis como sempre notas medíocres. Todos os anos eram as mesmas coisas, já tinham em mente as notas. Tributos carreiristas de 9 para cima. Tributos avulsos de 7 para baixo. Todo ano eram as mesmas notas.


   Nesse dia tomei um simples copo de café.


- Ei, não vai comer mais nada? – Diz Derick.


- Não preciso, mas obrigado por se preocupar! – Digo.


- Hoje é sua sessão individual, mostre para que você veio, entendeu?  - Diz ele.


- Luto há anos e sei muito bem usar armas de porte físico, pode relaxar! No máximo eu tiro um 8. – Digo – lhe tentando conforta-lo.


- Não vai comer nem um pãozinho, querida é serio? – Diz ele insistindo.


- Bom, já que você esta quase implorando... – Pego um pãozinho com queijo e dou um beijo em sua testa.


- Me deseje Sorte. – Digo.


- Vencedores não precisam de sorte querida! – Diz ele com um sorriso entre a boca.


  Corri ate o elevador com o pãozinho entre os dentes. Estava sozinha. As ruas da Capital estavam cheias. Cheias de pessoas e suas cores, dava para se notar de longe. De repente tudo escure-se no elevador. Estava chegando ao centro de treinamento. Por incrível que pareça ainda estavam no Distrito 3! Que alivio sente-me junto a James entre alguns Tributos na sala de jantar.  As seções individuais começam depois do almoço. Mas a Capital me deixava tão cansada. Enfadada. Fadigada. Que sempre me atrasava para os compromissos.


- Ainda com o café da manhã? – Diz James irônico.


- Por que, algo contra isso? – Digo, cuspindo um pouco de migalhas de pão.


- É porque já almoçamos senhora do tempo. – Diz ele limpando as pontas da minha boca com os dedos.


- Como assim já almoçaram? – Digo num tom extremamente alto.


 Nós dos Distritos pobres somos acostumados a comer em intervalos demorados. Comemos um pouco de manhã e comemos um pouco a noite. Não temos os horários regulados das alimentações.


- Para falar a verdade estou sem fome... – Digo – Quer um caramelo? Amo comer doce, quando estou ansiosa! – Digo tirando algumas balas confeitadas do meu bolso.


- Tem veneno? – Diz ele com ar de ironia. – Tem sim. Coloquei para não ter trabalho de te matar na arena! – Digo resmungando. Seus cabelos lisos e ruivos tocam meu ombro. Como se ele estivesse se apoiando sobre mim.


- E você James, ansioso? – Digo, voltando a seriedade.


- Irei fazer oque sei de melhor. – Fala ele.


- Oque necessariamente? – Diz.


- Enganar. Sou o mestre do fingimento. – Diz.


- Só espero que consiga uma nota memorável! – Digo. – Mudando de assunto. Precisamos falar mais com nossos mentores não é! – Digo entusiasmada.


- O Derick vive gastando seu tempo e seu dinheiro nos Cassinos e Lindsey não quer nem saber da gente! – Diz ele com um tom de murmúrio.


- Hoje eu vou conversar com eles, eles não podem nos desprezar. Só eu posso fazer isso! – Digo rindo.


Sentamos um pouco, conversamos sobre estratégias de jogo, chupamos alguns caramelos ate que. Chamam James. A sensação amigável se desfaz. Não conheço mais ninguém naquela sala em que possa confiar. Olho para o lado e vejo Rue a pequenina do 11. Como era linda. Seus olhos negros realçavam sua pele negra. Seus cabelos ondulados se desfaziam em seus ombros. Como a Capital pode assistir a morte de uma garota como essa? Como aqueles animais não sentem a dor de matar uma criança inocente? Minha raiva da Capital aumenta e tento não ficar histérica de mais. Poderia perder a cabeça e acabar com meu plano. Tento mudar de visão. Vejo os garotos autoritários do 12. Katniss Everdeen e Peeta Mellark. Poderiam ser um casal magnifico. Desde o começo eu estava com os olhos nela. Suas feições. Seus sorrisos. Ela deveria servir para alguma coisa, não seria inútil como o resto dos tributos. Peeta era como James. Mas era um pouco mais despojado. Penso numa mesclada mistura de Phil e James que se resultava em Peeta. Eles poderiam ser os ganhadores penso. Se não houvesse a irritante Clove e o Chamativo Cato. Depois de alguns instantes de doçura na boca. Chamam meu nome.


Elizabeth White – Diz uma robótica irritante.


Não encaro o resto dos tributos. Ando em direção à mesma sala de treinamento fechada e vazia. Que silencio. Sem sussurros. Sem chiados. Parecia mais agonizante do que nunca. Lembrei-me de uma tarde na floresta que estava tão silenciosa, que eu achei que os pacificadores iriam me pegar.


   Vejo alguns bonecos de espuma centralizados e algumas espadas. Facas. Arcos. Oque usar? Olho para Seneca. Ainda não havia caído na embriagues. Então decidi tentar alguns movimentos de combate. Vi duas adagas afiadas que poderiam matar duas ou ate mesmo 3 pessoas ao mesmo tempo. Peguei firme nas duas facas afiadas e curvas e corri contra alguns bonecos na pista. Que maluca. Era assim que eu iria fugir da arena. Correndo que nem uma primata para matar o primeiro que me aparecesse? Decidir pensar como arrancar a cabeça dos dois bonequinhos sem ser mutilada. Parei um pouco. Os idealizadores me seguiam com os olhos. E quando eu parava para visualizar os ângulos ele ficavam se perguntando Oque ela está fazendo? Achei meu foco. Mirei nos dois bonecos bem na barriga. Dei um salto incrivelmente assustador. E acertei os dois ao mesmo tempo. Alguns idealizadores me olhavam como se quisessem falar Hum...Não seria nada mal bancar essa menina. Outros se levantaram e bateram palmas pelo incrível show de acrobacias.


   Decidir mostrar também que não era boa só com adagas ou com facas. Peguei um arco de madeira rustica e mirei para um dos olhos de touros. Pareciam com os olhos pintados por Phil. Pensei nele indelicadamente. Os idealizadores esperaram meu tiro num silencio. Ainda estava um pouco elétrica por causa do salto por isso errei um pouco o alvo. Tentei de novo. Respirei. E lembrei-me das palavras de Derick. Vencedores não precisam de sorte querida. Centralizei minha raiva numa pequena flecha. Acertei.


   Quando vi que alguns estavam satisfeitos coloquei as armas em seus devidos lugares e disse.


- Foi tudo oque pude fazer... – Digo, com a respiração um pouco forçada.


- Alguns me chamaram de Deusa Dourada e me cumprimentaram. Fiz amizades com alguns idealizadores com finalidade de faturar! Depois de alguns minutos me ofereceram ate bebida. Recusei. E me retirei por outro elevador implantado para os tributos.


Ao subir pelo elevador sinto uma leve dor de cabeça. Daquelas passageiras. Entrei em nossa sala e James estava sentado conversando com Mirla.


- Garota Ousada! Como foi suas sessões? – pergunta.


- Foi magnifica. Fiz ate amizade com alguns idealizadores. - Quando faço força para falar minha cabeça explode literalmente. Vejo-me cuspir um pouco de sangue. E sinto minhas pernas perdendo o fluxo de sangue. Caio no chão como um tronco de madeira. E as ultimas coisas que vejo antes de desmaiar é James correndo para me socorrer. 



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Autor(a): Bonnie

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Acordei. Gary estava ao meu lado cochilando. Estava com uma bata branca, coberta por lenções grossos. Meus braços estavam presos por alguns tubos de plástico. Fiquei nervosa. - Gary... Oque aconteceu? – Digo um pouco Zonza. - Há... A querida você acordou...Esta bem? – Diz ele ainda saindo do sono. - Um pouco enjoada... ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



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  • giuliaperruci Postado em 15/04/2014 - 01:53:19

    Gente me desculpem pelo atraso dos cap's, o pc estava com alguns problemas, mas agora irei postar em tempo real, todo mes tem Cap novo :3 irei acabar no Cap 40 :P Aproveitem

  • giuliaperruci Postado em 24/12/2013 - 10:16:41

    Vllw, espero que todos estejam gostando :)

  • faruk Postado em 18/12/2013 - 19:51:28

    Muito legal, parabéns!

  • cisne Postado em 06/12/2013 - 15:20:39

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • cisne Postado em 04/12/2013 - 12:14:52

    continuaaaaaa

  • cisne Postado em 03/12/2013 - 22:56:46

    continuaa amo Jogos Vorazes

  • giuliaperruci Postado em 23/11/2013 - 17:55:26

    Obrigada! irei continuar com a fanfic :)

  • cisne Postado em 17/11/2013 - 19:24:56

    Ta ficando perfeita


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