Fanfics Brasil - Chapteur Le Segundo! Pokémon Johto – A Versão de Graça!!!

Fanfic: Pokémon Johto – A Versão de Graça!!! | Tema: Pokémon


Capítulo: Chapteur Le Segundo!

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Pokémon Johto – A Versão de Graça!!!


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Chapteur Le Segundo
—A Jornada Começa! Seguindo para a Cidade Violeta!—

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Alguns minutos se passaram desde que deixamos nossos andantes heróis ambulantes, e eles já chegaram em Grota das Cerejeiras. Atualmente, estavam no Mercado Pokémon, enquanto aguardavam a cura dos Pokémon de Marina.


— Então, o que gostaria? — o vendedor alegremente perguntou, surpreendendo Hiro. Amanda indicou a seção das Pokébolas.


— Por que que não tem nenhuma Grandebola ou Ultrabola aqui, senhor? — ela perguntou, surpreendendo o assistente.


— Me perdoe, senhorita, mas nós não vendemos essas.


As crianças piscaram. — Como assim, ‘nós não vendemos’? E se alguém que as usasse estivesse precisando desesperadamente de uma e viesse nessa loja? O que é que vocês fariam? — ela questionou, achando aquele disparate deveras estúpido.


Em resposta, o assistente deu de ombros. — Somente pessoas de Cascanova vêm aqui, então não podemos vender as Pokébolas mais avançadas. São gente pobre demais, afinal.”


— Tá bom, que seja… — Suando frio, Amanda mostrou-lhe sua compra, — cinco Pokébolas, por favor.


Com um assentir, o homem pegou um CredCom, um pequeno objeto computadorizado que servia de câmbio monetário entre as pessoas de Nihiron. Ele ligou a POKéAGENDA que Amanda lhe passou ao CredCom, e logo a transação fora efetuada. Assim que encerrou, ele devolveu a POKéAGENDA, que Amanda logo entregou a Hiro.


— Obrigada pela ajuda! — ela disse, com um piscar de olhos, antes de sair, pondo as Pokébolas na sua mochila. O menino piscou.


— Peraí! — ele chamou, enquanto a seguia de volta ao Centro Pokémon. — Que idéia foi essa de usar o meu dinheiro pra pagar?! Ele não é seu, não!


Marina acenou a mão com desdém. — Ai, sabe, é seu dever como meu guia pagar pelas minhas despesas, né? — Hiro assentiu na negativa, enquanto ela sorria de forma estranha.


— Eu tô aqui pra te levar numa viagem pela região, não pagar as suas coisas! Nem pense em usar o meu dinheiro assim de novo, você me ouviu? — Amanda parecia estar confusa a princípio, até quanto à cara amarrada que ele tinha, antes de se recuperar.


— Que seja… mesmo assim, vê se não reclama, tá? Foi você que falou pra eu ter as minhas próprias Pokébolas.


— Pra você não usar as minhas! Não quero saber de você usar as minhas coisas sem pedir!


Amanda sorriu. — Então, se eu pedir primeiro, você me deixa usar as suas coisas?


Hiro assentiu na negativa. — Não! Nem se pedir eu vou deixar você usar as minhas coisas!


A menina de cabelo azul ficou chateada, soltando um longo muxoxo. — Seu chato! Espera só até eu contar pro Professor Elm quando a gente voltar pra casa!


Enquanto ela seguia em direção ao Centro Pokémon, Hiro acabou parando por um momento, olhando para outra direção. — Quer dizer, se a gente voltar…


Dentro do Centro Pokémon, Flaviel e Leda estavam esperando no balcão, na frente de uma enfermeira de cabelo rosado e uma Pokémon grande, de formato ovóide e igualmente rosa com um grande sorriso. — Sejam bem vindos! — A enfermeira disse com um sorriso igual.


— Os meus Pokémon estão bem, Enfermeira Joy? — Marina perguntou, apesar do fato um tanto óbvio de que Leda parecia estar bem, e a enfermeira assentiu em resposta.


— Eles estão sim, senhorita! Aqui estão eles! — ela disse, enquanto a grande ovóide rosa lhe entregava uma Pokébola.


ela disse com uma voz doce de anos de prática, fazendo Leda sorrir amargamente e começar a cantar novamente.


<Ei, idiota, pode me falar quando é que eu posso bater em alguma coisa? Essa espera toda tá me dando nos nervos!> Flaviel reclamou, ficando ainda mais irritado quando Hiro suou frio em resposta à sua atitude.


O menino assentiu. — Tá, tá bom… vamos indo logo, então, tá bom? — ele perguntou para Amanda, enquanto os dois pegavam seus respectivos Pokémon.


— Sim, vamos nessa! Mal posso esperar para ver nosso próximo destino! — ela respondeu, antes de adicionar numa voz baixa e quieta, — para que eu possa retornar e me encontrar com o Professor Elm e observá-lo enquanto dorme e amá-lo para sempre e sempre e sempre…


Hiro ficou olhando para ela, nada entretido, e após alguns momentos ela olhou zangada para ele. — Que foi? Você não vai com a minha cara? — ela perguntou, até zangada. — Responde logo!


Leda escolheu essa hora para falar. ela pediu. Sua treinadora não ouviu-a, de tão ocupada que estava olhando mal para seu companheiro, que acabou só suspirando e andando, levando mais um chute no braço.


— Vamos logo embora antes que vire noite, tá bom? — ele pediu, irritado. Amanda resmungou, mas aceitou a idéia, tomando a liderança. Hiro estava prestes a reclamar, quando percebeu que ela estava zangada demais para prestar atenção nele.


E assim, introduzimos a mais nova parte desta estória…


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…a divisória entre partes.


Agora que já cuidamos disso, encontramos Hiro e Amanda e seus Pokémon se dirigindo à Rota 31, mas já que acabaram de entrar na Rota 30, eles levarão um bocado de tempo.


Ao finalmente alcançar o cruzamento levando à próxima cidade e à casa do Sr. Pokémon, Amanda olhou frio para seu companheiro. — E então? Por onde vamos, senhor geninho? — ela cinicamente perguntou, deixando-o de sobrancelha irritadiça. A expressão dela não deixou claro se ela havia percebido ou se estava rindo internamente, mas não houve tempo para saber, já que outra criança veio em sua direção.


— Com licença, vocês estão procurando pela Cidade Violeta? — a criança familiar perguntou, sendo que Hiro assentiu antes que Amanda pudesse dizer algum besteirol. — Bom, é só seguirem pelo caminho da esquerda e logo logo chegarão lá!


A menina de cabelo azul estava prestes a tomar a dianteira novamente quando um garoto de boné apareceu, segurando uma Pokébola na mão. — Ei, você! O garoto de boné estúpido!


Hiro olhou para ele boquiaberto, antes de ficar zangado.


Estúpido?! Do que é que você tá falando, o seu boné é mais estúpido que o meu! — O do boné rosnou ao ouvir isso.


— Não é não!


— É sim!


— Não é não!


— É sim!


— Não é não!


— É sim!


— Não é não!


— É sim!


— Não é não!


— É sim!


— Não é não!


— É sim!


— CALEM A BOCA! — Amanda eventualmente gritou, calando os dois, antes de olhar feio para o do boné. — O que é que você quer, hein, moleque?


O Moleque deu pra trás, um tanto assustado, antes de se recuperar. — Você parece ser um fracote! Vamos lutar! — ele declarou, antes de arremessar sua Pokébola ao ar, e dela saiu um rato roxo.


Hiro suou frio. — Essa é… AI! — ele gritou, dolorido, quando Flaviel chutou o seu braço com força, antes de saltar ao chão.


ele provocou, suas chamas acendendo com vontade, e o rato acabou engolindo em seco. Foi nesse momento que a Pokéagenda de Hiro apitou.


Rattata, o Pokémon ratazana. Mede 0.3m de altura e pesa 3.5kg. Seu gênero é masculino. Um Pokémon muito faminto que pode comer qualquer coisa e viver em qualquer lugar. Não só ele acha comida muito rapidamente, mas também procria muito rapidamente. — Amanda olhou para a fonte daquele som com grande surpresa, enquanto Hiro estava completamente focado na batalha.


— Rattata! Ataque Investida! — o Moleque ordenou, seu Pokémon correndo adiante para tentar atacar Flaviel. Hiro pensou rápido.


— Flaviel! Salte sobre ele e contra-ataque! — ele comandou, Flaviel saltando como ordenado… mas em vez de atingi-lo com o corpo todo, ele apenas chutou o Pokémon pra longe.


Amanda piscou. — Hiro, você não mandou ele usar uma Investida? Ele só chutou esse Rattata por quê? — ela perguntou, sem receber resposta. Flaviel ficou com um sorriso metidabesta no rosto, antes de pular no rato e bater na sua cabeça. — E você não mandou ele fazer isso… quê que tá acontecendo?


Hiro parecia estar bem pensativo, e quando Flaviel estava prestes a atacar novamente, ele deu outra ordem. — Flaviel, pule pra longe dele, mas fique de olho!


A toupeirinha olhou para ele, completamente chocado. <Quê?! Mas eu tô ganhando, seu besta!> ele retrucou, irado. Hiro mal se conteve.


— Faz logo o que eu tô mandando! Confia em mim! — O Pokémon resmungou, mas deu um mortal para trás, e logo abaixo dele o Rattata tentou cabeçotear o chão, numa tentativa de esmagar seu oponente. A única coisa que conseguiu foi uma dor de cabeça ao batê-la no chão.


Flaviel pareceu surpreso por um momento, antes de sorrir ferozmente; antes que Hiro pudesse ter dado alguma ordem, ele correu contra o Rattata numa investida total, nocauteando o pobre Pokémon.


O Moleque prendeu a respiração de puro choque. — V-v-você… você venceu! Como é possível?! — ele gritou, enquanto Hiro só andou até Flaviel e pegou-o, as chamas se apagando.


— Eu só fui mais esperto que você. Na próxima vez, vê se usa uma estratégia de verdade, pode ser? — ele disse, tentando parecer humilde apesar de tudo. O menino assentiu, antes de perceber a POKéGEAR no seu pulso.


— Peraê, essa é uma PokéGear? — Hiro piscou de surpresa, antes de assentir. O Moleque sorriu de verdade. — Uau, do barato! Vamos trocar números, cara!


A mudança no seu humor foi surpreendente; o menino mostrou a sua POKéGEAR, que era amarela e cinza. — Você não é fracote coisa nenhuma, cara, e eu te respeito por isso! Então eu tenho que me tornar mais forte pra vencer o meu rival número 1!


Estava bem claro quem o tal ‘rival número 1’ seria, e Hiro suou frio. — Bom… tudo bem, eu acho…


Após um procedimento bem entediante que levou alguns minutos, Hiro e Amanda seguiram adiante, a garota um tanto chateada por ter ficado de poste durante a batalha.


— Você devia ter deixado eu lutar com ele! Eu podia ter acabado com ele sozinha! — ela reclamou bem alto, fazendo Hiro se perguntar pela décima-primeira vez naquele dia por qual razão ele tinha que viajar com ela.


‘Ah, é, o Professor Elm me pediu pra ir com ela… mas que chato.’ ele pensou consigo mesmo, já entediado. Ainda assim, pelo menos eles estavam indo adiante…


— Parados aí! — alguém adiante gritou ainda mais alto, e Hiro quase gritou ao ver outro Moleque se aproximando. — Nossos olhares se encontraram, então temos que lutar!


Amanda sorriu, no entanto, e tomou um passo adiante. — Muito bem! Vamos lutar! — ela declarou, segurando sua única outra Pokébola e exibindo-a ao seu oponente com um sorriso. — E qual vai ser a sua escolha? Um-contra-um, ou dois-contra-dois?


O Moleque pegou apenas uma de suas Pokébolas também. — Pfeh. Eu só vou precisar de um Pokémon pra te derrotar! — ele provocou, com um sorriso bem malvado. — Afinal, uma garota fracote como você não deve ter nenhum Pokémon forte, né?


Ela ficou parada por um segundo, paralisada, antes de enraivecer. — Você acabou de me chamar de ‘fraca’? — ela perguntou, antes de arremessar a Pokébola tão forte que ela acertou o Moleque bem na cabeça.


— Ai! Essa doeu, sua– — ele rosnou, detendo-se quando ela olhou para ele com tanta raiva que ele acabou tremendo. — –er… deixa pra lá. Vamos logo com isso…


Seus Pokémon saíram de suas Pokébolas, de um lado o Sentret de Amanda e do outro um Rattata. — Tudo bem, é hora do duelo! — ela declarou, numa pose bem legal, antes de perceber que seu corpo não era bem disposto a tais poses, já que a zanga do Moleque havia se transformado num babado tarado que resultou em outra Pokébola na cabeça. — Pára de babar, seu tarado!


O menino esfregou o lugar machucado, antes de olhar mal para ela. — Tá bom… Rattata! Ataque Investida nesse Sentret! — ele exigiu, e o Pokémon rato rosnou antes de saltar adiante, tentando bater no outro rato Pokémon.


— Sentret! Pára ele com o seu Ataque Investida! — ela ordenou, o Sentret resmungando antes de ambos baterem de cabeça um contra o outro, voando para trás e sentindo a dor. — Agora… de novo! — A ordem lhe trouxe desespero, já que ele não fazia idéia porque ele tinha de obedecer àqueles comandos.


Ainda assim, a obediência compulsória superou a auto-preservação, e ele correu uma vez mais até o Rattata, batendo nele com um ombro. O rato gemeu antes de cair, nocauteado.


Amanda sorriu largo. — Isso! — ela declarou com um salto, antes de dar uma pirueta em um pé só. O Sentret sorriu também, prestes a saltar no que agora era um belisco delicioso, mas ela o agarrou num abraço bem apertado, forçando o ar para fora de seus pequenos pulmões. — Muito obrigada muito obrigada muito obrigada! Sem a sua ajuda, eu nunca teria conseguido!


Embora ela estivesse falando bem dele, o Sentret só tentava escapar de seus braços. <Socorro! Alguém me salve! Essa coisa vai me comer! Eu sou novo demais pra morrer!!!> O Pokémon estava em pânico, falando de forma burra, enquanto Leda e os outros se aproximavam dela; a Chikorita tinha um sorriso bem malvado no rosto.


<É isso aí! Ela vai te comer, a menos que você coopere com a gente! Agora mostra logo onde é que a comida tá escondida, ou você vai descer goela abaixo!> ela ameaçou, claramente gostando do poder que tinha, e os dois machos do grupo suaram frio. Pra variar, Hiro não foi chutado dessa vez.


— Ignora ela… — ele disse pro Sentret, antes de olhar para sua companheira, coçando o pescoço. — Amanda, eu acho que você tá sufocando o bicho…


Ela precisou de alguns segundos para perceber o quão fortes suas mãos eram, e logo o Sentret estava solto. — Ah! Me desculpa! É que eu tava tão feliz, já que ganhei a minha primeira luta e tudo o mais… — Enquanto ela pedia desculpas, o Sentret correu até Hiro e se escondeu atrás da sua perna, completamente apavorado.


ele exagerou, fazendo Leda sorrir ainda mais maldosamente e aproximar-se deles. <Não! Não! Eu te conto! Só não me machuque!!!>


Vendo a cena, Amanda percebeu que o Sentret provavelmente tinha medo de Leda devido à derrota anterior, e reagiu de forma muito racional. — CHIKORITA! Sua menina levada! Você tá assustando o seu amigo novo! Pede desculpas agora! — ela ordenou bem zangada, e Leda se virou para confrontá-la.


<Humanos… gah. Dá pra você falar pra ela parar de me chamar disso e usar o meu nome de verdade?> ela perguntou, mas Hiro só deu de ombros e se aproximou de Amanda, fazendo o Sentret tremer feito vara curta.


— Será que… você pode ajudar aqui? — ele pediu, e ela assentiu antes de usar a Pokébola para chamar o Pokémon de volta. O Sentret gemeu, mas foi absorvido pelo raio de luz e levado embora. Após guardar a Pokébola, eles partiram para longe do Moleque chorão, ignorando suas reclamações de ter perdido pruma garota, especialmente depois dessa garota bater nele até ele ficar quieto.


Mas claro, nem mesmo o poder do script poderia salvá-los dos perigos que logo viriam atrás deles…


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— Mas que tédio! A gente já chegou? — Amanda perguntou enquanto eles passavam por uma garotinha que estava espirrando, uma anã tão pequetitinha que ela não conseguia olhar acima da grama um pouco alta que estava espalhada por quase toda aquela rota por alguma razão.


— Não… — Hiro admitiu, um pouco chateado, — ainda temos que chegar na Cidade Violeta antes do pôr do sol. Seja lá quanto falta até lá.


Amanda deu um tabefe na cabeça dele. — Alô? Quem que tem a PokéGear aqui, hein? Eu ou você? — ela perguntou, enquanto ele esfregava a cabeça na parte machucada. — E vamos logo, então? É você que tem que me levar até lá!


Depois olhar irritado para ela, Hiro deu uma olhada no relógio. — Já tá tarde… acho que o fim de tarde já vai começar. E ainda nem tamos muito perto…


— Bom, que seja… — ela disse, antes de sorrir ao olhar longe. — Ei, olha lá, tem uma criança com um chapéu gozado! Eu vou lutar contra ela! — E assim ela seguiu para o embate, deixando-o para trás. Hiro estava prestes a segui-la quando percebeu que Leda estava cheirando o chão, curiosa.


— O que foi? — ele perguntou, e ela indicou um tronco próximo.


ela respondeu, e Hiro quase suou frio antes de lembrar que Flaviel estava chutando ele toda vez que suava frio.


— Tá bom, tá bom… só vai lá ajudar a sua treinadora, tá bom? — ele pediu e ela assentiu, deixando-o para trás. Quando ele chegou perto o bastante, Hiro soltou Flaviel no chão, tentando examinar o interior do tronco com suas mãos.


Se os olhos dele estivessem abertos, o Cyndaquil poderia ter feito o movimento de erguer uma sobrancelha irritadamente. <Quê que você tá fazendo?> ele perguntou, mas Hiro só fez psiu pra ele. <Não, é sério, o que é que você tá fazendo? Tá querendo que eu me repita de novo? Se for pra isso eu vou te dar uma intvestida, seu imbecil!>


— Quer ficar quieto?! — Hiro olhou amargo para ele. — Tô tentando entender o que é que tá nesse tronco, eu acho que tem alguma coisa presa aqui ou algo assim, porque tipo… é como se eu sentisse vocês.


 Flaviel estava prestes a fazer outra pergunta, quando o tronco se debateu de surpresa. Os dois olharam para ele, surpresos, enquanto Hiro pôs a mão ainda mais fundo dentro dele. — Acho que achei… tá bom… tem alguma coisa macia e redonda aqui, e eu tô sentindo outras coisas macias… e agora ele tem… — Enquanto Hiro ia narrando, Flaviel começou a ficar nervoso, mais ainda quando o menino hesitou por alguns segundos. — …mas… o quê que é isso?


<Toki?> eles ouviram um som abafado vindo do tronco, logo antes de um ainda mais alto sair de lá. <TOKI!>


E então um CHOMP muito alto foi ouvido por todos.


Os olhos de Hiro quase estouraram e ele teve de morder o lábio, enquanto tentava puxar seu braço pra fora do tronco, não conseguindo fazê-lo muito bem. Flaviel perguntou, enquanto via o menino se esforçar para sair de dentro do tronco, usando a outra mão e ambos os pés para fazê-lo.


— Tem… alguma… coisa… puxando… isso… dói… AAAAGH! — ele gritou, finalmente conseguindo arrancar a mão do tronco e caindo alguns metros para trás. O menino estava sem ar enquanto se levantava, ainda sentido dor na mão, e ao olhar para ela, ele mal conseguiu suprimir o próximo grito. — …mas o quê?!


Em sua mão direita, quase como uma prensa, estava um pequeno Pokémon amarelo de corpo achatado, olhos brancos com linhagem azul, listras azuis e brancas em suas costas, asas pequenas demais para seu corpo, e um tipo de furadeira cônica como cauda. Claro, nada disso importava muito para Hiro nesse momento, já que sua mão fora mordida pelo Pokémon, que havia de alguma forma aberto sua boca o bastante para a mão caber nela.


<Tchoki?> ele perguntou, voz abafada, fazendo o menino tremer… antes de começar a sacudir seu braço loucamente.


— TIRAISSODEMIMTIRAISSODEMIMTIRAISSODEMIM!!! — ele gritou com todos os pulmões, tentando forçar o Pokémon fora de sua mão o quanto podia, embora sua boca ainda estivesse presa completamente ao redor de sua mão e não queria soltar por nada. Flaviel assistiu, um tanto divertido, Hiro tentando arrancá-lo pela cauda, ou então batê-lo contra uma árvore qualquer, ou então usar o Cyndaquil como aquecedor


Peraê, o quê?


ele gritou quando foi levantado de supetão no ar, as chamas acendendo de imediato. Hiro se esforçou para fazer os Pokémon entrar em contato para que Flaviel pudesse ferir a coisa serpente esquisita.


— Tô tentando salvar a minha mão aqui! — foi a resposta, segundos antes do Pokémon estranho gemer de dor e soltar a mão do menino de sua prisão, caindo dolorosamente no chão devido às feridas do fogo e o impacto no chão. Um segundo olhar em sua mão, e Hiro pôde ver que apesar da mordida ser forte, não seria o bastante para que ele sangrasse… bem… mais que alguns minutos. — Mas que coisa…?


A Pokéagenda foi mirada no Pokémon momentos depois. — Dunsparce, o Pokémon serpente de terra. Mede 1,50m de altura e pesa 14,0kg. Seu gênero é feminino. Esse Pokémon tende a se esconder em cavernas muito profundas aonde a luz não chega, e fica virtualmente imóvel dentro delas. Se for detectado, tentará escapar num recuo ao cavar furiosamente o chão com sua cauda. Com suas pequenas asas, ele pode flutuar apenas um pouco acima do solo. — Hiro piscou ao ver o Pokémon se debatendo no chão.


— Essa coisa não tentou cavar pra fugir depois que eu toquei nela… — Antes que ele pudesse continuar seu pensamento, porém, ele percebeu que estava sozinho demais. — Essa não! A Amanda tá bem na nossa frente! Vamos lá, Flaviel, vamos correr antes que ela fique brava!


Flaviel só seguiu adiante, sem se importar com seu treinador, enquanto os dois deixavam o Dunsparce lá para ser esquecido.


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Pouco depois, após felizmente conseguirem achar o caminho certo pela rota, eles encontraram uma Amanda irada e uma Leda irritadiça, ambas em frente a uma caverna escura e tenebrosa que parecia chamá-los.


— Por quê demoraram tanto? Eu já tava quase indo pra cidade sozinha, se você não tivesse voltado logo! — ela reclamou, fazendo Hiro suspirar.


— A gente acabou distraído. Desculpa. Bom… quê que tem a caverna? — ele perguntou, tentando evitar que ela ficasse mais nervosa, e com sorte eles chegariam na próxima cidade logo. Ela olhou para a entrada e deu de ombros.


— Eu sei lá. Eu nunca vim tão longe sozinha… sem falar que ela é mais escura que todo o resto aqui. Mas será que é importante mesmo? A gente não pode ir direto pra próxima cidade logo? — Hiro só assentiu e tomou a liderança novamente, enquanto iam para longe da caverna. Ele decidiu que eles deveriam falar de algo que não o desapontaria tanto assim.


— Tá bom, então… como que foi a batalha? — ele perguntou, e logo se arrependeu de fazê-lo, já que ambas começaram a falar felizes e ao mesmo tempo.


— Oh! Essa foi uma batalha bem fácil mesmo. A pirralhinha mandou uma Weedle, e eu–


<–um monstro imenso do tamanho de uma cidade com um chifre maior ainda apareceu diante de mim! A menina tava assustada, mas eu não tinha absolutamente medo nenhum, enquanto estava diante dele, apesar do rugido horrível que soltou–>


— –a Weedle tentou usar a Investida, mas a Chikorita só evitou ela e seguiu minha ordem perfeitamente ideal, batendo nela de frente, causando dano severo! Daí, depois de uma tentativa falha de Espinhos Venenosos, ela–


<–aquela criatura acertou o chão com as patas, mas eu gritei ‘NEM VEM, SLOWPOKE!’, e disparei um monte de espinhos venenosos no chão, que o acertaram nas pernas, matando-o! Então eu decidi mandar um insulto junto com a ferida e bati nele mais e mais! Mas, daí então, um novo monstro apareceu–>


— Um Caterpie foi enviado! Ele usou o Tiro de Estilingue, mandando um monte de coisas feito fios branquelos nas pernas dela, forçando-a ao chão. Mas aí, depois que eu mandei ela se livrar com os dentes, ela me obedeceu e se libertou, antes de uma investida nele, e o nocauteou em um golpe só!


Quanto mais as duas garotas falavam, comentando as suas próprias versões da batalha, pior o suor frio de ambos os rapazes (uma razão pela qual Flaviel ainda não o tinha chutado) ficou, enquanto eles não podiam deixar de se perguntar o quão insana cada uma era.


— E aí, o que achou? — Amanda perguntou eventualmente, e Hiro teve de coçar o pescoço com uma mão, tentando ignorar essa sensação de terror vindouro.


— Bem… é… — ele tentou dizer, mas daí outra anã apareceu diante dele, andando em pernas-de-pau.


— Me desafie, seu baixinho de boné fedido! — ela provocou, fazendo o menino mencionado se irritar.


— Retire o que disse, sua anãzinha deficiente de altura, extremamente… pequeniníssima! — ele retrucou, fazendo todos ao seu redor suar frio, inclusive os dois doces, inocentes, maldosos e horríveis Pokémon aracnídeos com que ninguém se importa.


— …mas que trocadilho horrível, seu burro idiota imbecil! — a anã reclamou, e Hiro só resmungou.


— Tá, que seja… vamos lá, Flaviel! — foi a resposta, enquanto sua oponente pegou sua própria Pokébola, pronta para libertar seu Pokémon de dentro dela.


No entanto, desta vez, veremos as coisas a partir do Ponto-de-Vista da Amanda™, o que significa prestar mais atenção a ela que ao Hiro, e infelizmente para ele, ela já estava seguindo adiante, já que estava meio irritada com as mostras excessivas de teimosia masculina, embora a anã fosse uma garotinha e que ela própria tivera tais mostras, se não mais, embora fossem de uma classe que ela acreditava ser diferente da sua.


— Mas que bando de idiotas! — ela resumiu, olhando para Leda. — Você não concorda, Chikorita? — Seu Pokémon pareceu ter fechado a cara, antes de dizer algo em seu linguajar que parecia ser completamente normal e comum e nem um pouco irritada com coisa alguma. Não. Completamente normal e comum, de fato.


— Poxa… você não tem que responder se não quiser, mas ao menos podia dizer alguma coisa, sabe? — ela perguntou, e Leda se virou para ela como qualquer Pokémon normal faria, ou seja, com a mesma expressão sem sal como de costume.


Enfim, logo quando ela estava prestes a fazer outra interjeição inútil, um Caterpie voou na sua cabeça, mal evitando seu cabelo mas ainda rápido demais para ela perceber com os olhos. Assim, ela acabou levando uma dúzia de chutes na cara de uma vez, caindo no chão de forma estranha e seus membros espalhados.


— Você… tá bem? — ele perguntou, suando frio ao tentar não prestar atenção na posição de Marina, diferente de sua oponente. A garota de cabelo mutante se levantou, esfregando sua cabeça, e pegou o Pokémon desmaiado ao seu lado, antes de girá-lo bem rápido.


— BEM? VOCÊ CHAMA ISSO DE BEM?! — ela perguntou, furiosa, antes de arremessar o Caterpie direto à sua frente, evitando-o por alguns centímetros e batendo direto na anãzinha, que caiu ao chão dolorosamente. — Podemos andar logo e não pararmos de novo? — ela adicionou, com um olhar capaz de fazer até a Sra. Larai dar meia-volta e não dizer algo insosso para alguém.


— …bom… eu acho… — ele respondeu, mas daí a anã ergueu uma POKéGEAR, desesperada, e chorou.


— Hã… por favor, vamos trocar números de telefone… antes que eu desmaie…


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Depois desse segmento meio insosso, as duas duplas de dois gêneros seguiram o caminho restante uma vez mais, já podendo ver, não muito longe, os prédios da Cidade Violeta parados sobre si mesmos.


— Bom… a gente já tá bem perto agora, né? — Amanda comentou, os dois passando por um cara roncando bem alto, enquanto ele praticava seus truques circenses como lavar fogo e respirar espadas e nadar em correntes durante seu sono.


Hiro só deu de ombros, pegando uma fruta da árvore mais próxima como de costume. — Acho que sim. Mas quanto tempo você acha que nós vamos passar lá?


Amanda levou uma mão ao queixo, pensativa. — Pra ser sincera, eu não sei. Você não vai enfrentar o Líder de Ginásio?


Aquela resposta fez ele tremer sem pensar, embora Hiro ainda tentasse manter a calma. — É que eu tava me perguntando se não teria outra coisa pra fazer lá, sabe…


Amanda olhou para ele como se ele fosse um tremendo idiota. — Não é você que é o meu guia? Você já devia saber disso! — ela reclamou, e ele tremeu tanto que Flaviel chutou seu braço de novo.


— … — foi sua resposta extremamente bem-pensada e muito preparada, criada em apenas um segundo. Antes que ele pudesse continuar, no entanto, eles haviam chegado perto o bastante da entrada da cidade para perceber algo bem estranho.


As portas estavam quebradas. O jovem atrás do balcão, provavelmente lá para receber visitantes, parecia estar desacordado, enquanto que tinha uma garota toda assustada e encolhida não muito longe.


— O quê… o que foi que aconteceu aqui?! — Amanda quase gritou, quando eles correram até lá. Hiro olhou a sala por alguns momentos, um tanto preocupado, até que ele percebeu que Flaviel estava sentindo algum cheiro.


— …o que é que você tá sentindo, Flaviel? — ele perguntou, a voz bem quieta.


<É o cheiro daquele Totodile de antes… ele tava aqui!> o Cyndaquil anunciou, antes de saltar dos seus braços.


— C-como?! — Hiro deixou escapar, logo quando Flaviel começou a correr. O menino mal começou a segui-lo quando Amanda percebeu, vendo ambos indo embora o mais rápido que podiam.


— Ei, esperem por mim! — ela pediu, seguindo-os o melhor que podia, Leda indo logo atrás.


E, alguns metros atrás deles, uma forma se moveu.


<Toki?>



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Autor(a): Soujiro Mafuné

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