Fanfic: Os encantos de uma adolescente | Tema: Laliter

Fomos para a cozinha onde todos já estavam na mesa. O jantar estava ocorrendo normalmente quando escutamos o campainha tocar. Bartôr foi atender e Paula entrou com um sorriso entristecido nos lábios.

Paula: Oi para todos! (sorriu de canto)

Emi: Junte-se a nós menina! (minha mãe como sempre educada)

Paula: Não, obrigada! Vim trocar algumas palavras com Peter. (estava entristecida) Claro se não incomodar. (olhou para mim)

Peter fez mensão de levantar quando Bartôr o impediu.

Bartôr: Acaba de jantar primeiro, se não a comida esfriará. Creio que Paula não esteje com pressa, esta? (olhou para ela)

Paula: Não Bartôr, espero no escritório. (saiu da sala de jantar)

Após isso o clima ficou tenso, o que será que ela tinha que falar com Peter? Fiquei intrigada! Assim que Peter acabou de comer ele saiu de lá nos deixando com certa curiosidade.

Euge: Ai miuga, se fosse eu não deixava! Vai saber o que aquela piriguete tá querendo com teu noivo!

Emi: Ah mas também vai saber o que está se passando pela vida dela, talvez esteje com problemas! (disse antes de mim responder)

Lali: Ai não sei não mamãe, essa ai sempre planta sementes de discórdia em meu relacionamento! (disse negando com a cabeça)

Euge: Tia Emi, essa dai é uma cobra! (disse cruzando os braços)

Emi: Nossa, me parece uma menina tão doce. (surpresa)

Lali: Mãe foi ela que atendeu o telefone daquela vez, lembra?

Emi: A que disse que era namorada dele só que era mentira?

Euge: Essa mesmo!

Emi: Não acredito! (abismada)

Bartôr: Ela é uma boa pessoa, é que por amor às vezes fazemos coisas sem pensar.

Euge: Que seja ¬¬

Lali: Ah então já vou me deitar (disse sorrindo de canto)

Euge: De novo?

Lali: Sim, estou com sono (dei um falso bocejo)

Euge: Mas acabou de acordar!

Lali: Eu sei é que estou cansada Euge!

Euge: Mas a gente ia escolher o sabor dos docinhos, precisamos dar a resposta amanhã!

Lali: Escolhe com minha mãe, confio em vocês! (me levantei)

Euge: Mas…

Emi: Deixa ela Euge, é normal que esteje cansada por conta da gravidez. (a interrompeu)

Euge: Tudo bem (entristecida)

Fui indo para meu quarto e o escritório ficava no mesmo corredor, não estava cansada de verdade, eu estava mesmo era curiosa para saber o que ela queria com Peter. A porta estava fechada, me aproximei tomando cuidado para não ser vista pelos outros.

Peter: E porque vai embora?

Paula: Porque eu amo você!

Peter: Não diga isso!

Paula: Digo a verdade Peter!(pela sua voz percebi que ela estava chorando) Você vai se casar semana que vem e já não há mais nada que eu possa fazer meu amor. Não sabe como sofro todas as noites por não ter você, por não estar com você, por não ser a mulher que você ama. A verdade é que você nunca me amou e nem vai amar porque seu amor é dela, e todo mundo pode ver isso(pausou) Por isso vim me despedir, não suporto mais ver você tão longe de mim e antes que eu fasse alguma besteira vou embora para sempre.

Peter: Mas Paula eu deixei bem claro quando a gente terminou que seríamos apenas amigos e….....o que vai fazer? (sua voz era de espanto)

Paula: Apenas me beije pela ultima vez!

Peter: Eu não posso fazer isso, sou incapaz de trair Mariana! (estava alterado)

Paula: Mas vai!

Meu mundo parou e as palavras dela se repetiam em minha mente. Me senti confusa e perdida sem saber o que fazer. Entreabri a porta e vi que eles estavam prestes a se beijar. Meu mundo caiu, sai correndo do apartamento mas antes peguei a chave do meu carro. Entrei no carro e dirigi sem rumo, queria não ter escutado e nem visto essa conversa. Minhas mãos estavam geladas e meus olhos cheios de lágrimas, eu me negava acreditar que aquilo tivesse acontecido. Estava totalmente perdida e sem saber para onde ir.

Entrei em uma rua desconhecida por mim e meu celular começou a tocar, era Peter, me inclinei para pegar o celular e nem percebi um carro em alta velocidade vindo em minha direção, quando o notei me apavorei. Tudo aconteceu muito rápido, eu até conseguir desviar do carro mas mesmo assim bati meu carro com tudo no poste que havia um pouco a frente.

Não cheguei a desmaiar, estava consciente. Senti o gosto de sangue na boca e olhei no espelho de fora do carro e havia sangue escorrendo de meu nariz e meus lábios estavam machucados, também não era para menos pois bati a cabeça com tudo no volante. Estava assustada e em estado de choque, meu corpo inteiro tremia e lágrimas já percorriam meu rosto. O lado direito de meu carro estava deplorável, se eu tivesse alguns centimetros para a direita provavelmente estaria gravemente ferida ou morta.

- A senhora está bem? (não pude responder apenas acenei que não com a cabeça) Tranquila, minha mulher já ligou para uma ambulância.

-Amor tira ela dai de dentro! (era voz feminina)

-Não posso, sempre passa na televisão que quando acontece acidentes não podemos mecher nos feridos pois pode trazer sequelas depois. (olhou para a mulher) Já ligou para a âmbulancia?

-Já estão vindo!

Olhei em volta e vários curiosos já cercavam o carro. A unica coisa que me preocupava era se minha filha estava bem. Estava com muito medo de perde-la. Foram cinco minutos em tempo real mas para mim foi uma eternidade, que a ambulância chegou.

-A senhora está bem? (o médico perguntou)

Lali: Eu estou, mas acho que minha filha não esta! (disse apavorada)

-Onde ela está? (ele a procurou pelo carro)

Lali: Estou grávida!

-Calma senhora, a gente vai te tirar daqui e te garanto que você e sua filha vão ficar bem.

Consegui ler seu crachá e vi que se chamava Rafael. Foi com a ajuda de dois enfermeiros que eles me tiraram do carro e me colocaram em uma maca. Pude ouvir meu celular tocando mais eu não o via. Enquanto me colocavam em uma ambulância uma enfermeira me fez perguntas básicas como nome, idade, endereço e telefone para contato para avisar o ocorrido, passei o numero de Peter pois se ligasse para minha mãe ela provavelmente infartaria.

No caminho para o hopital os segundos viraram horas e a angustia só aumentava em meu peito. Me sentia diferente e foi ai que notei que eu estava com sangramento,  entrei em desespero. Minha filha Não!

Lali: Estou sangrando! Socorro! Minha filha!

-Rafael! Ela pode perder o bebê! (disse diminuindo o tom de voz só que eu consegui ouvir)

Lali: Meu bebê!

Chegamos no hospital e me levaram direto à sala de operação. Não sei por quanto tempo ficamos lá, mas a boa notícia era que eles conseguiram evitar o sangramento a tempo.Teria que pelo menos passar a noite pelo hospital em observação, então me encaminharam a um quarto só para mim pelo convênio que pagava. Primeiro fizeram um curativo em meu rosto e depois troquei de roupa pois a que eu vestia estava coberta de sangue. Já podia andar e foi assim que fui até meu quarto, quando entrei minha mãe, Euge, Peter e Bartôr me aguardavam.

Emi: Minha filha! (deu um pulo e saiu correndo para me abraçar) Que susto que nos deu em Mariana!

Não sei por que mas senti um nó na garganta e estava prestes a chorar. Fiquei me lembrando do acidente e só voltei para a "terra" novamente quando o médico falou comigo.

Rafael: Entendeu?

Lali: Sim, entendi sim! (menti)

Rafael: Então já pode ir Mariana!

Lali: Já pode ir onde?

Rafael: Se deitar na cama do quarto! Não estava prestando atenção?

Lali: Estava, só não sabia que era agora (menti de novo, que feio kk)

Caminhei até a cama e me deitei o mais confortável que achei, enfim, ele me colocou para tomar soro. Olhei para Euge e coitada, a menina estava com o rosto até inchado por tanto chorar. Bartôr e Peter estavam muito preocupados, principalmente Peter que agora carregava a tristeza no olhar. Agora só não sei o motivo ¬¬

Continua...