Fanfic: Bienvenido Amor - Laliter | Tema: Laliter

# 27° Capítulo #

P.D.V LALI

Meu domingo se resumiu em ficar sentada, revezando entre o computador e o lápis e papel. Com várias formas de projetar uma decoração pelo computador, eu não dispenso o bom e velho lápis e papel. Não sei bem o que me dá, mas parece que as ideias fluem mais rápido do eu se estivesse trabalhando com uma seta e um programa.

 Me arrependi por não ter aceitado a ajuda do Peter, precisava pelo menos da opinião de alguém, mas preferia não incomodar.

Só percebi quanto tempo passei projetando tudo, quando meu estômago doeu de fome e a luz que vinha da varanda já não era suficiente para que eu enxergasse bem o que havia desenhado para passar para o computador. Peguei algo para comer e voltei para terminar.

Por volta das 22h já estava exausta e tudo o que eu queria era deitar na minha cama e dormir por dias, até que todo o cansaço já não pesasse tanto. E foi o que eu fiz. Não passei dias dormindo, mas sim o suficiente para que os efeitos de um domingo inteiro tralhando já não fossem perceptíveis. Acordei disposta e com uma decisão tomada, só espero não me arrepender depois.

P.D.V Peter

Segunda-feira, de volta ao trabalho, de volta à rotina. Deixei Valentina na escola mais cedo do que o normal e fui para a empresa. Depois de dias seguidos de compromissos, hoje, finalmente, estava livre de passar horas e horas dentro de uma sala de reunião. Mas isso não significava que estava livre de dor de cabeça.

Se aproximava a hora do almoço e eu ainda estava em meio à uma pilha de papeis para assinar, tinha que terminar tudo em pouco tempo. Com a ausência do Nico na empresa, sobrava tudo pra mim. Buscava por outro relatório, quando a porta do escritório abriu, dando passagem à dois furacões. Um deles com um pouco mais de um metro.

Vale: Oi papai! – largou a bolsa no meio da sala e correu em direção a mim, pulando no meu colo.

Juliana: Oi maninho! Sentou na cadeira de frente para a mesa.

Peter: O que fazem aqui?

Juliana: Nós não estaríamos aqui se você tivesse ido nos buscar no colégio como você havia combinado com a mamãe antes dela viajar. – Droga! Sabia que estava esquecendo de alguma coisa. – tentei ligar pra você, mas seu celular só dava desligado. – olhei para o aparelho em cima da mesa e tentei liga-lo.

Peter: Sem bateria. – joguei de volta para onde estava.

Vale: Papai, tô com fome – suspirei, cansado, também estava com fome, mas não poderia sair dali agora.

Tirei uma certa quantia da carteira e dei para Juliana

Peter: Vão lá na lanchonete e comam algo leve, não vão exagerar porque daqui a pouco vamos almoçar.

Saíram e em menos de meia hora estavam de volta, mas agora com companhia.

Peter: Mas que bela surpresa!

Vale: A gente encontrou a tia Lali lá embaixo – disse sorridente, agarrada ao pescoço de Lali.

Peter: Que milagre é esse você aparecer na sua própria empresa, Dona Mariana? – brinquei com ela que rolou os olhos

Lali: Em partes, Juan Pedro, em partes! – colocou Vale sentada na cadeira, continuando em pé – Vim tratar de um assunto sério.

Peter: E o que seria?

Lali: Será que aqui tem uma vaga para uma certa designer que não decide de uma vez por todas o que quer da vida? – falou seriamente, para logo no final sorrir.

Não respondi nada. Tirei o telefone da base e liguei para minha secretária.

Peter: Helena, entre em contato com a equipe que será comandada pela senhorita Espósito, quero todos aqui amanhã pela manhã, e deixa os estagiários avisados sobre o início dos trabalhos.

Desliguei e pude ver a expressão surpresa de Lali.

Lali: Você já tinha uma equipe formada? – perguntou, incrédula

Peter: Desde a primeira proposta que eu te fiz de vir pra cá. Digamos que eu já sabia que você aceitaria

Lali: Ah então quer dizer que eu sou tão previsível assim, é? – cruzou os braços, tentando parecer irritada, mas não conseguia. Isso só a deixava mais linda ainda.

Juliana: Liga não, Lali, esse aí gosta de bancar o “sabe tudo”

Peter: Fica quieta, oh pirralha! – Lali riu e Juliana fez careta.

Lali: Mas então deixa eu ir, porque pelo o que eu estou vendo você está mais do que ocupado. Acho melhor você cancelar a vinda da equipe pra amanhã, temos que conversar ainda. – pegou a bolsa que estava em cima da cadeira e deu um beijo em Vale – tchau, princesa!

Vale: Não vai agora não, tia – fez beicinho

Lali: Ow meu deus – imitou a carinha dela – estou indo almoçar com a Euge, posso leva-las?

Juliana: É claro que ele deixa, vamos, vamos!

Peter: Pode ir parando aí, Juliana.

Vale: Own, papai, por favorzinho! – juntou as mãos, fazendo uma carinha que ela sabia que eu não resistia. Suspirei derrotado.

Peter: Tudo bem! – Valentina pulou da cadeira, comemorando.

Lali: Eu levo elas quando for pra casa – dito isso, terminou de se despedir e saiu por aquela porta. O que só fez aumentar mais ainda minha vontade de terminar logo tudo o que tinha que fazer e ir embora.

P.D.V Lali

Antes de chegar à empresa do Rodrigo, recebi um telefonema da Euge, falei para ela a decisão que havia tomado e acabamos combinando de passarmos a tarde juntas. Cheguei à empresa e resolvi tudo o que estava pendente. Quando terminei de apresentar todo o projeto para a cliente, que dessa vez, finalmente, havia ficado satisfeita, me dirigi à sala da presidência.

A conversa foi um pouco difícil. Rodrigo queria saber se algo não havia me agradado, me fez várias perguntas e questionou mais ainda se eu não queria pensar mais um pouco. Mas já estava decidido. Saí de seu escritório com a promessa de que manteríamos o contato e, quando possível, os negócios. Agora era torcer para que eu tivesse tomado a decisão correta.

Já estávamos chegando na casa da Euge quando resolvi parar em uma confeitaria que havia ali por perto. Descemos e deixei a cargo das meninas escolherem qual seria nossa sobremesa. Elas escolheram uma torta de chocolate com morango, parecia ser deliciosa, mas meus olhos não saiam da de limão, logo ao lado. Mandei embalarem as duas e partimos.

Chegamos e Euge atendeu a porta falando ao telefone, levantei o embrulho com as tortas e ela apontou para a cozinha. Coloquei-as no refrigerador e voltei para a sala. Euge já havia dado fim à ligação e estava em pé na frente do sofá, mimando Vale, que estava em pé no mesmo. Seu semblante era diferente dos outros dias, parecia um pouco satisfeita com algo.

Lali: O que se passa nessa cabecinha? – perguntei enquanto sentava no sofá, sendo acompanhada pelas duas.

Euge: Acho que hoje é o dia mundial de tomar decisões – deu um meio sorriso – vai começar quando lá na empresa?

Lali: Não sei ainda, tenho que parar e conversar com Peter, por ele eu já começaria amanhã mesmo.

Euge: Acho que você fez bem.

Lali: Tomara que sim! Mas e a sua decisão, qual foi?

Euge: Quais foram – corrigiu – não foi somente uma. A primeira é que vou voltar a trabalhar. Acho que vai me fazer bem, esses últimos dias praticamente sozinha em casa, sem fazer nada vem me angustiando cada vez mais. Fotografar é minha terapia e pra começar bem, acabei de marcar uma sessão infantil pra amanhã à tarde.

Lali: Sério? Ai que fofura meu Deus! Você sabe que tem meu apoio, não é?! Tenho certeza que meu irmão não gostaria de te ver tristinha, tem que fazer de tudo pra não deixar toda a situação te abater ao ponto de te privar de tudo e de todos, e tocar a vida pra frente porque já já ele estará de volta. – ela sorriu pra mim e silabou um “Obrigada” – e qual é a outra decisão?

Euge: Er... eu queria que você projetasse a decoração do quarto do bebê.

Lali: Mas já? Como assim você descobriu o sexo e não me disse nada?

Euge: Então, é isso. Só vou descobrir o sexo quando ele ou ela nascer. – por essa eu não esperava

Lali: Não acredito que eu vou ter que passar cerca de seis meses pra saber se vou ser tia de uma menina ou um menino. – realmente não estava conseguindo acreditar naquilo – mas porque isso?

Euge: Tenta me entender, por favor. Eu tinha combinado com o Nico, assim que descobri a gravidez, que ele me acompanharia à todas as consultas, já se foram duas sem a presença dele. Não quero descobrir o sexo do nosso filho sem ele do meu lado.

Lali: Mas porque você só vai descobrir na hora do parto? – vi Euge direcionar seu olhar para Vale, que agora estava sentada no chão, desenhando.

Euge: Pelo simples fato de não saber se daqui pra lá ele irá acordar desse coma – baixou a cabeça e mordeu os lábios tentando conter as lágrimas – dói pensar na possibilidade desse momento chegar e ele não poder me acompanhar.

Lali: Hey, calma! Ele vai estar lá sim! Tenha fé que ele vai. – sequei suas lágrimas – não chora.

Euge: São os hormônios – terminou de enxugar o rosto e respirou fundo – mas então, vamos almoçar? – levantou-se e me puxou – Vamos, princesa da dinda?! Juh, larga esse celular, pelo menos pra almoçar, vamos, vamos! – saiu praticamente arrastando todas até a mesa.

O almoço foi descontraído, a hora da sobremesa então nem se fala. Euge colocou na cabeça que a torta de limão estava com um cheiro ruim e saiu correndo para o banheiro. Quando voltou, antes mesmo de entrar na sala, me obrigou a levar a torta de volta pra a cozinha.

Me empolguei com a ideia de projetar um quarto para o meu sobrinho e passei a tarde comentando com a Euge todas as ideia que me vinham à cabeça. A princípio a decoração seria baseada em cores neutras, com alguns ursos de pelúcia espalhados por ele. Vale tentava ajudar e até surgiu com a ideia de colocar um urso de verdade para tomar de conta do bebê, levamos alguns minutos para convencê-la de que aquilo era impossível. Juh não saia do celular, quando fazia menção de socializar logo seu celular apitava e ela voltava a atenção para o aparelho.

Já era noite quando fui deixar as meninas em casa. Toquei a campainha e Peter abriu a porta, perecia ter acabado de sair do banho. Vestia apenas uma bermuda e tinha os cabelos molhados. Fiquei um pouco sem jeito, ele nos deu passagem e pegou Vale no colo Juh entrou correndo e subiu as escadas.

Peter: Educação mandou lembranças – falou com a voz um pouco mais elevada.

Juliana: Diga à ela que mandei um beijo! – ironizou. Peter revirou os olhos e eu ri da cara dele -  mas então, se divertiram?

Vale: Aham, menos a Jujuba, ela não parava de mexer no celular.

Peter: Ah, foi mesmo? Darei um jeito nisso. Agora a senhorita – desceu Vale de seu colo – vai já pro banho.

Vale: Me espera aqui, tia, não vai embora, hem! – depois de dizer isso, saiu depressa

Peter: Valentina! – a chamou quando a pequena já estava nos primeiros degraus – nada de correr, ou você quer ter mais uma crise?

Vale: Tá bom, papai! – voltou a subir, mas dessa vez com uma velocidade bem menor.

Virei meu olhar para Peter e o vi com as sobrancelhas arqueadas, parecia surpreso.

Lali: Que foi? Porque está com essa cara?

Peter: Geralmente travamos uma batalha na hora do banho e agora eu mando e ela vai sem nem reclamar. Meu Deus, é um milagre! – continuou com a mesma expressão – você só pode ser uma feiticeira, não é possível! Valentina tomando banho sem reclamar? Muito bom pra ser verdade – dito isso, subiu as escadas e eu fui atrás dele sem saber o que se passava por sua cabeça. Abriu a porta do quarto da Vale e ouvimos o barulho do chuveiro ligado – na minha lista está: passar uma festa inteira sem fazer birra, dormir em uma tarde de sábado e agora ir tomar banho sem eu precisar mandar duas vezes. Seja o que for, você precisa me ensinar o seu truque pra conseguir isso da Vale.

Lali: Deixa de bobagem, Lanzani! – Rimos e voltamos para a sala

Peter: Que eu me lembre temos um assunto pendente.

Lali: Temos mesmo, mas acho que agora não é um bom momento, só vim deixar as meninas e já estou indo pra casa.

Peter: nada disso, você vai ficar aqui até resolvermos tudo.

Lali: Peter...

Peter: “me espera aqui, tia, não vai embora, hem!” – fez aspas com os dedos enquanto fazia voz de criança

Lali: Golpe baixo, Juan Pedro. Golpe baixo!

Oi meus amores! 

Passando aqui rapidinho pra deixar esses dois capítuos pra vcs. Como estou com pressa, não vou poder responder os comentários agora. Tenho mais dois capítulos prontos (acontecerá algo meio que... ham... bastante esperado neles, pelo menos eu acho que é esperado haha), possívelmente amanhã terá mais um. Sei que não tenho mt direito de pedir isso, mas eu adoraria que dessem a opinião de vocês, estão gostando? têm alguma opinião? crítica? sintam-e à vontade para falarem o que for. então... é isso!

Até mais!