Fanfics Brasil - 38° Capítulo Bienvenido Amor - Laliter

Fanfic: Bienvenido Amor - Laliter | Tema: Laliter


Capítulo: 38° Capítulo

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Já era madrugada, o sol já se preparava para nascer e Peter permanecia ao lado da cama de Valentina. Constantemente médicos e enfermeiros vinham para examinar a pequena, mas sempre a resposta era a mesma: É preciso esperar.

Peter continuava com a mesma roupa que o tinha visto na empresa horas antes. Os primeiros botões da camisa branca estavam abertos, sua expressão era de cansaso, as olheiras já aparentes denunciavam isso.
Mais uma vez, o médico apareceu, mas dessa vez a noticia era boa. Muito boa.

Dr.: Os exames apontaram para uma meningite bacteriana, como já era esperado. A boa notícia é que a paciente já está fora de risco. O perigo é no momento em que a doença se instala e já conseguimos reverter a situação. Ela irá passar para a semi-UTI e depois poderá ser transferida para o quarto.
Após a saída do médico, voltei a olhar para Peter que, pela primeira vez desde que chegamos ao hospital, chorava.

O abracei, tentando conforta-lo e ele retribuiu o abraço, me apertando contra seu corpo.

Lali: Hey, não chora, ela está bem, ja não corre mais risco...

Peter: Milha filha poderia ter morrido... e tudo por minha culpa. Eu não cuidei dela direito, não estive presente o bastante nesses ultimos dias. Eu não queria acreditar em você por puro orgulho, e tudo isso poderia custar a vida dela - seu abraço era apertado, mas por algum motivo isso não me incomodava. - Desculpa...

Lali: Você não tem que me pedir desculpas e muito menos ficar se culpando. Isso pode acontecer com qualquer um e aconteceu com ela. - sua cabeça estava apoiada em meu ombro e uma de minhas mãos afagava seus cabelos. A aproximação era perigosa e eu tinha plena conciência disso, mas não me importei - ninguém acerta em tudo e o seu crime nessa história foi amar demais a Valentina. Você ganhou dois presentes, um quando ela nasceu e outro agora. - senti seus braços se apertarem mais ao meu redor.

Peter: Obrigada! -

Passou a desfazer o abraço lentamente, até que nossos olhos se encontraram. Seu rosto estava um pouco vermelho devido as lágrimas que já haviam parado de cair. Se aproximou mais e colou nossos lábios.

Era um beijo calmo, que de alguma forma transmitia tudo o que eu não conseguia falar. Paramos aos poucos, com alguns selinhos.

Lali: vai pra casa, acalma sua mãe, descansa... depois você volta. Eu fico aqui com ela.

Peter: Não quero sair de perto dela.

Lali: mas você precisa tomar um banho, se alimentar e descansar, daqui há um tempo a Vale irá acordar mais animadinha e você não aguentará o ritmo dela.

Peter: mas e você? Que eu me lembre não fui o único a passar a noite aqui.

Lali: esqueceu que já trabalhei em um local assim? Digamos que ainda estou treinada a perder algumas horas de sono. Vai lá que eu fico aqui. - ele assentiu e pressionou nossos lábios novamente. Deu um beijo em Valentina, pegou o terno que estava jogado na poltrona e saiu.

Cai sentada no mesmo canto onde ele estava há pouco tempo, me perguntando se não me arrependeria da decisão que havia tomado. Minutos depois Vale começou a despertar.

Vale: Mamãe...

Falou baixinho, mas mesmo assim pude ouvir.
Estranhei o fato de Valentina chamar pela mãe e me perguntei se ela já havia feito isso antes. Me aproximei da cama, para ver o que ela precisava. Seus olhinhos se voltaram para mim.

Vale: mamãe, tira. - levantou o braço que estava com o soro.

Por um instante pensei que poderia cair se não estivesse apoiada na cama. Valentina havia me chamado de mãe. Me faltava reação diante da situação. Até que seu choro me trouxe de volta para a realidade.

Lali: não chora, princesa, a tia vai chamar alguém pra tirar isso do seu braço, tá? - ela assentiu.

Chamei a enfermeira que veio junto ao médico que examinou Vale, permitiu a retirada do soro e equipamentos e autorizou a transferência para a semi-UTI, além de passar o cardápio do que ela deveria comer durante o dia, começando pela salada de frutas sem leite condensado, o que não a agradou muito.

Lali: Vale, só um pouquinho... - ela negou, continuando com a boca bem fechada. - então eu acho que o avião terá que voltar para o aeroporto - falei direcionando a colher de volta à taça.

Vale: não! - se ajeitou na cama - eu deixou o avião pousar - disse e abriu a boca para receber a salada, mas quando eu já estava perto de colocar em sua boca, ela fechou, fazendo um bico manhoso

Vale: mas eu queria com leitinho doce...

Lali: se vc comer tudo eu prometo que quando você sair daqui, nós duas vamos fazer uma super salada com muito leitinho doce, combinado? - ela abriu um sorriso.

Vale: combinado!

Lali: então abre um bocão - ela fez e passou a comer sem reclamar mais.

Desde a hora em que tentei corrigi-la sem constrange-la, Vale não voltou a me chamar de mãe, mas também não havia me chamado mais de "tia".

Gime: pode entrar? - deu algumas batidinhas na porta, deixando apenas a cabeça aparente.

Vale: vovó! - gritou animada, ficou em pé na cama e abraçou a avó.

Gimena havia vindo para o hospital com o propósito de ficar com Vale enquanto Peter não voltava. Mas quando me preparei para sair, Valentina pareceu não concordar com a decisão.

Vale: Não! não quero que a mamãe vá embora, quero que ela fique comigo - Gimena pareceu surpresa com o que Vale disse, mas não falou nada a respeito.

Gime:Você não quer que a vovó fique aqui com você? - fez uma cara triste tentando convencer a pequena.

Vale: quero, mas também quero que a mamãe fique.

Lali: Gime, pode ir, eu fico aqui até o Peter voltar...

Foi difícil, mas consegui convence-la. Gimena ficou mais alguns minutos mimando Vale e perguntando diversas vezes se ela ja estava melhor e foi embora deixando uma pequena mala rosa com roupas e o urso de pelúcia preferido da Vale, e com a promessa de que voltaria mais tarde.

Lali: que tal tomarmos um banhinho?

Vale: nãaao!

Lali: Sim, sim e sim! Ou você quer virar a namorada do cascão, heim - comecei a fazer cócegas nela, que se encolhia na tentativa de não sentir.

Sua gargarlhada era contagiante e os pequenos gritinhos que soltava enchiam o meu coração que horas antes estava comprimido de tanta preocupação com aquele mesmo serzinho.

Vale: para... - não conseguia falar mais de tanto que ria - para, mamãe!

Automaticamente parei o que estava fazendo e fiquei olhando para ela que continuava rindo.

Lali: Vale... - ela me olhou atenta - você não pode me chamar de mamãe, pequena?

Vale: porque não? - seu sorriso sumiu, dando lugar a sua famosa carinha manhosa.

Lali: porque seu pai pode não gostar.

Vale: ele vai gostar sim, ele ama você e eu também! - vi a verdade em seus olhinhos. A simplicidade com que Valentina falava chegava a me assustar. - mas você não quer ser minha mamãe...

Lali: não é isso, pequena... - seus olhos brilhavam pelas lágrimas que já ameaçavam cair.

Passei a imaginar a necessidade que ela tinha de ter uma figura materna. Lembrei de cada dia das mães que passei sem a minha e pude ter uma noção do que ela sentia por passar essa data sem ter o que comemorar, apenas vendo os colegas na escola preparando lembrancinhas para entregar a suas mães e falando como tinha sido seus dias acompanhados delas e a pequena sem poder participar, sem ter o que contar, pois nunca viveu algo assim.

Um nó se formou em minha garganta e a necessidade que tive de abraça-la e protege-la de todo mal foi enorme. Mirar aqueles olhinhos cheios de lágrimas foi o fim para qualquer tipo de resistência.
Uma lágrima caiu de seus olhos e eu rapidamente sequei.

Lali: Não chora, senão a mamãe vai chorar também - sorri em meio às lágrimas que insistiam em querer cair.

Vi o brilho de antes voltar aos seus olhos, em um único movimento ela ergueu o corpo e me abraçou o mais forte que pôde.

Vale: Eu te amo, mamãe, muitão! Daqui até o céu! - esticou os bracinhos, apontando para cima. Sorrir foi inevitável.

Lali: Mamãe também te ama! Limpei minhas lágrimas e dei um sorriso. - agora é hora do banho.

Vale: nãaao...

Lali: siiim, vamos!

Depois de limpa, com a roupa trocada e cabelos penteados, o efeito dos remédios começaram a aparecer.
Mesmo sonolenta, Valentina me pediu para contar uma história, o que não pude negar. Deitei junto à ela na cama e em menos de 10 minutos já estava dormindo. Sem me dar conta, acabei dormindo também, só acordando assustada quando recebi um leve beijo em meus lábios.

Peter: acho que alguém aqui não está tão acostumada assim a perder noites de sono - sorriu e eu o acompanhei.

Tirei Valentina de meus braços, tomando cuidado para não acorda-la, me levantei na cama enquanto tentava arrumar os fios caidos do rabo de cavalo.
Peter me rodeou com seus braços, grudando nossas testas.

Peter: sua vez de ir em casa.

Lali: devo concordar, já estou começando a feder.

Peter: tem razão - riu e eu bati em seu braço. Ele afundou sua cabeça en neu pescoço, passando o nariz de leve no local me fazendo arrepiar. - seu cheiro sempre é bom - deu um beijo atrás da minha orelha - mas você já passou tempo demais aqui, está cansada.

Lali: vou e volto rapidinho.

Peter: não, você vai pra casa descansar e se quiser voltar será na hora da vizita.

Lali: se for pra ser assim, eu não vou mais, vou ficar aqui mesmo. - ele revirou os olhos.

Peter: ok, você pode voltar, certo? - concordei e ele me deu um selinho - vai lá.

Saí da ala da semi-UTI e resolvi passar no quarto do Nico antes de ir em casa. Ainda do lado de fora não pude acreditar no que via pelo extenso vidro do quarto.
Um médico conversava com Euge enquanto a mesma estava sentada ao lado de Nico que alisava sua barriga.


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Autor(a): mihlaliter

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 415



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  • Gi_Laliter Postado em 14/11/2016 - 21:06:08

    Volte a postar!!!! Saudades dessa historia (:

  • kailanee Postado em 04/06/2016 - 00:03:41

    Eu sou nova aqui mais eu adoro a fanfic eu adoraria que você continua-se mais se quiser parar eu vou entende eu também escrevo fanfic mais não aqui e também as vezes acontece isso comigo eu quero escrever mais não sai nada. Se você quiser parar eu te apoio

  • hayunlugar Postado em 22/01/2016 - 14:24:57

    Eu entendo que ñ deve ser fácil levar uma web e fazer faculdade nessa área sem q vc fique devendo em um dos dois mas não consigo aceitar q vc pode ñ voltar a escrever. SUA WEB É A MELHOR E DEVERIA SER CRIME UMA ESCRITORA TÃO BOA FICAR SEM CONSEGUIR ESCREVER. eu preciso saber o que vai acontecer, quero ler quantas vezes mais a Valentina vai aprontar, quantas vezes mais o Peter será um idiota gostoso, quero mais laliter. A tua web é como um analgésico p mim. Ri e chorei muuuita vezes enquanto lia e relia. O jeito q tu escreve é único, faz com q a gente se sinta o próprio personagem e eu amo isso. Pfvr volta logo e mata essa vontade de ler cada vez mais essa web incrível.

  • dricaesposito Postado em 19/01/2016 - 20:44:32

    Eu sei o que você esta passando porque passei pela mesma coisa com a minha fic. Eu adoro a fic, é muito boa um das melhores do site. Espero que volte, mas se não a gente entende.

  • julliana.drew Postado em 16/01/2016 - 13:16:36

    to aqui e vou continua sempre pq eu adoro ler a sua fanfic

  • emile Postado em 14/01/2016 - 02:47:01

    To aqui sim, e sempre vou esperar vc voltar

  • jessicasantos Postado em 13/01/2016 - 00:37:37

    oiiii eu quero continuar a lendo sim <3 gosto mt dessa fic mas se vc achar que deve parar td bem

  • julliana.drew Postado em 12/12/2015 - 15:10:33

    Menina cade o resto ja to ficando louca de ansiedade e curiosidade

  • hayunlugar Postado em 24/11/2015 - 21:18:28

    Sabe o que seria uma boa? vc aparecer, garota. Não tem graça isso de deixar a gente morrendo aqui por capítulos. Eu sei que deve ser bem corrido pra vc mas da um jeitinho de vir postar, plmdds!

  • Lari Postado em 30/10/2015 - 11:26:28

    Meu Deus morri e voltei um milhão de vezes nesse dois últimos capítulos....


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