Fanfic: Bienvenido Amor - Laliter | Tema: Laliter

Após sairmos do café que ficava a algumas quadras da empresa, Peter ligou para Gimena, avisando que logo passaria para buscá-la. Ao contrário do que pensei, não voltamos para a empresa, seguiamos o rumo para o prédio.

Lali: Pitt, é sério... eu tenho um monte de projetos para definir e apresentar aos clientes. Me leva de volta.

Peter: Da para a senhorita parar de falar só por um minuto? Não vou te levar de volta e fim de papo. - parou na entrada do condomínio, esperando o portão terminar de se abrir. Tentei convencê-lo fazendo bico, mas isso só funcionou para que ele risse e me desse uma mordidinha no lábio inferior - não adianta fazer essa carinha. Chega de trabalho por hoje. 

Lali: Você não ia buscar a Vale?

Peter: Iremos... - parou o carro na vaga e tirou o cinto - assim que você estiver pronta, saimos para buscá-la na casa da minha mãe.

Lali: O que você está planejando? 

Peter: Surpresa. - sorriu o saiu do carro. Antes que ele alcançasse a porta do passageiro, eu mesma abri a porta e sai sozinha, fazendo questão de demonstrar toda a minha frustração. - Não fica assim...

Lali:Você sabe que eu odeio surpresas.

Peter: você vai gostar - me deu um selinho - tenho certeza que vai.

Quarenta minutos depois já estava pronta. Vestia um vestido mais leve, marcado na cintura e com um casaquinho por cima. Deixei meus cabelos soltos, e não calcei nada mais que uma sapatilha, não aguentaria passar mais um minuto sequer em cima de um salto. Peguei minha bolsa e desci. Peter me esperava impaciente na sala. O deixei "de castigo" me esperando. Ao ver como estava vestido, tive a certeza que não havia errado na decisão da roupa.

Lali: demorei muito? - perguntei já no último degrau da escada.

Ele voltou seu olhar para mim e sorriu. Levantou-se e veio em minha direção.

Peter: vendo o resultado, posso dizer que não muito - sorri e ele grudou nossos lábios.

O beijo ganhava intensidade e resolvemos parar antes que não estivessemos mais em condições de sair para lugar algum.

Valentina já nos esperava elétrica. Era incrível como nem parecia que havia sido internada há duas semanas. Parecia uma boneca elétrica. Minha pequenina estava linda e sorridente. Correu para meus braços assim que me viu. Peter dizia ficar com ciúmes de tudo isso, mas sabia que no fundo ele brincava e até gostava. Passamos alguns minutos conversando com Gime e tentando levar a Juliana com a gente, pra onde quer que fosse, mas ela estava na companhia das amigas e preferiu não ir.

Vale: papai, tá perto?

Peter: um pouco, filha.

E mal pude acreditar quando ele entrou no estacionamento do parque de diversões.

Meus olhos brilharam. Lugares assim me traziam boas recordações do tempo em que meu pai ainda era vivo. Me fazia recordar minha infância.

Peter me abraçou de lado e beijou minha cabeça. Levantei o olhar e o agradeci, mesmo sem palavras. 

Vale: Vamos, mamãe. Vem logo! - 

Me puxava para acompanhá-la no décimo brinquedo. 

Peter ria da minha cara e incentivava Vale na escolha do brinquedo da vez. 

Peter: em qual você quer ir agora? 

Vale: no cavalinho!

Lali: Pequena... você já foi no carrossel duas vezes.

Vale: Mas eu quero ir de novo - falou, manhosa.

Peter: e que tal irmos na roda gigante? - tanto eu quanto Vale fizemos uma cara apreensiva - iih, medrosas, olhando assim nem parece que moram no alto de um prédio.

Lali: mas isso não é tão seguro quanto um prédio.

Vale: eu tenho medo.

Peter: vamos, eu seguro vocês.

Do alto do brinquedo dava para ver o parque inteiro, olhando um pouco para trás, mais ao fundo, avistavamos o mar refletindo a lua cheia que dava mais um toque especial à noite. 

Peter me abraçava de lado, enquanto Vale aos poucos perdia o medo e arriscava olhar para baixo.

Peter: está bem? - perguntou quando saimos da pequena cabine. Assenti.

Lali: só estou um pouco tonta de tanto rodar, somado com o calor que está fazendo, o resultado não é muito bom.

Peter: quer comer alguma coisa? - neguei e meu olhar voltou-se para uma barraca de tiro ao alvo. 

Olhei para ele com uma cara pidona e logo fui puxada em direção ao local, parando antes para comprar maçã do amor para mim e algodão doce para Vale.

Peter comprou cinco fichas. Ele atirou uma vez e conseguiu um super urso para Vale. A outra tentativa foi minha, mas digamos que a coordenação motora para essas coisas não é das melhores.

Para levantar meu astral, atirou mais uma vez e conseguiu um urso muito parecido com o da pequena, mas um pouco maior.

Errou uma outra, mas acertou a última, conseguindo uma camisa dos smurfs, que acabou servindo em mim. 

Peter levou todas as coisas para o carro, enquanto eu e Vale esperavamos por ele.

Vale foi mais uma vez no carrossel enquanto nós dois ficavamos apenas olhando ela nos dar tchau. 

Peter: e essa vontade toda de comer a maçã? - ironizou ao me ver dando apenas mais uma mordidinha na maçã do amor que ainda não estava nem na metade. 

Lali: sabe quando você seus olhos falam mais alto do que o estômago? - ele riu - parecia tão boa, mas tá doce demais para o meu gosto, meu estômago não ta aprovando muito ela - ele mordeu um pedaço da maçã e me beijou. 

Peter: e agora... - falou entre selinhos -... tá bom?

Lali: Humm... não pude apreciar bem, mal deu tempo de sentir - rimos e unimos nossos lábios novamente, parando apenas quando Vale veio até nós, pedindo para ir para a cama elástica, voltando minutos depois, toda suada e ofegante, mas com um sorriso lindo no rosto.

 De volta ao carro, dispensamos o ar condicionado, dando preferencia ao vento que entrava pelas janelas.

Peter foi diminuindo a velocidade aos poucos, na medida em que se aproximava da orla. Olhei para ele que sorriu para mim. Ouvimos a comemoração da Vale no banco de trás ao notar que estavamos na praia. 

Algumas pessoas ocupavam a areia, outras se rendiam à água do mar, que era convidativa devido à onda de calor que tomou o dia inteiro e parecia querer se estender noite a dentro.

Deixei as sapatilhas no carro, e ajudei Vale a tirar a sandália de tiras.

Ela logo correu em direção à areia, parando quando a água tocou seus pés.

Lali: Juro que se a areia o e sal não incomodassem tanto depois, eu iria cair no mar agora mesmo, estou quase derretendo - comecei a amarrar meu cabelo em um coque. 

Senti os lábios de Peter em meu pescoço, me fazendo arrepiar por completa - não faz isso - me encolhi - estou toda suada.

Peter: adoro seu cheiro - roçando a ponta do nariz no local - seu suor misturado com perfume...

Sorri e fechei os olhos, me deixando relaxar pelas sensações e pela brisa que aliviava o calor. Logo seus beijos deixaram meu pescoço, passando a ser meus lábios o alvo de suas carícias.

 Ao fim dos beijos, o abracei forte. Não entendi o motivo, mas parte de mim pedia para que eu fizesse isso. Tinha uma necessidade quase gritante de tê-lo por perto, de sentir seu cheiro, de me sentir protegida. Desde o momento em que resolvemos tentar algo, ele vem se tornando, cada vez mais, parte essencial em minha vida. E eu não queria soltá-lo por nada nesse mundo.

Ele sorriu para mim e me puxou para sentarmos na areia. Ficamos olhando Valentina brincar com algumas crianças. Ela catava conchinhas e nos presenteava as mais bonitas, guardando as outras no bolso do short rosa. 

Lali: o que foi? - perguntei ao sentir Peter apertar mais os braços em minha volta.

Ele mordeu os lábios, parecendo pensar em algo e me virou para olhá-lo.

 Peter: er... - suspirou - eu sei que posso colocar tudo a perder, mas... não dá mais. - Aquilo me pegou de surpresa. Fiquei confusa por tudo o que já tinha acontecido e principalmente por não ter percebido nenhum comportamento que denunciasse a vontade de terminar o que tinhamos. - já disse diversas vezes o quanto eu te amo... - franzi o cenho e ia falar, quando ele continuou - .... e pretendo dizer muitas mais. Eu te amo e não suporto mais isso. Eu quero passar o tempo todo com você. Quero que conheça todos os meus amigos e uma outra parte de minha família. Mas não quero te apresentar como minha amiga... quero que seja minha namorada!