Fanfic: Bienvenido Amor - Laliter | Tema: Laliter

Foi como um choque percorrendo todo meu corpo. As palavras não saiam de minha boca, por mais que eu tentasse de tudo. No entanto, as palavras que tinham acabado de sair da boca dele tumultuavam minha cabeça. 

"Eu te amo..." 

"...quero que seja minha namorada."

Lágrimas surgiram em meus olhos. Ele me olhava como se nada mais existisse ao nosso redor. 

Deixei de lutar para que algo saisse da minha boca e levei minha mão ao seu pescoço, puxando-o para juntar nossos lábios.

Era um beijo que dizia tudo o que eu sentia, tudo o que estava guardado. Um beijo que falava o quanto eu queria ser dele, somente dele.

Maldita necessidade por oxigênio. Paravamos para respirar, dando selinhos rapidos que logo voltavam a ser beijos.

Peter: Isso seria um sim? - assenti, sorrindo e o abracei mais forte.

Ele voltou a me beijar, até que...

Vale: ECA!

Sorri me separando dele e vendo a pequena em pé na nossa frente, fazendo carinha de nojo. A puxei para meu colo e ela aproveitou o embalo para se jogar em cima de nós dois.

Vale: Tô com sede, papai... quero sorvete de uva. 

Peter: Quer alguma coisa, amor? - um turbilhão de sensações me envadiu ao ouvi-lo me chamar assim. Sorri involuntariamente.... embora eu ache que desde o momento que estou com ele, não tiro o sorriso do rosto.

Fazia um castelo de areia com Vale, quando Peter voltou com um sorvete de uva e uma água de côco. 

Peter: Para as mulheres da minha vida. - nos entregou e voltou a se sentar atrás de mim. Me encostei em seu peito.

Lali: quer? - levantei o côco, oferecendo. Ele negou - não queria dar, mesmo... - ele arqueou as sobrancelhas.

Peter: agora eu quero - tomou de minhas mãos, rindo da minha cara. 

Lali: Pitt, devolve.. - fiz biquinho e ele negou, se segurando para não rir mais. Virei para ver se Vale estava por perto e pude ver que ela estava um pouco afastada. - Pitt... - baixei mais meu tom de voz, falando bem perto de seu ouvido. Minhas unhas passeavam por sua nuca. - por favor, devolve - terminei mordiscando sua orelha e o vendo ofegar. Aproveitei para tomar o côco de suas mãos.

Sorri enquanto sua expressão de incredulidade. 

Peter: Terá volta, Mariana... apenas me aguarde.

Lali: odeio quando me chama assim... - levei o canudo até sua boca. Tomou alguns goles e tirou novamente o côco de minhas mãos, colocando-o na areia.

Peter: Não odeie. - beijou meu pescoço, me apertando mais forte.

Levei minha boca à sua, iniciando mais um dos muitos beijos que demos enquanto ali ficamos.

Ao chegar ao elevador do prédio, Peter apertou o botão do meu andar. Não entendi muito o e olhei intrigada.

Peter: Vamos passar lá para você pegar algumas coisas. 

Lali: Pitt...

Peter: Shiu! Sem reclamar.

Lali: Eu não ia reclamar, mas a Vale está dormindo, é melhor você ir com ela, depois eu apareço por lá - o elevador parou

Peter: Tarde demais...

Arrumei uma pequena bolsa com algumas coisas essenciais, e desci de volta com ele. 

Peter: Vou colocar a Vale na cama - disse indo em direção às escadas.

Lali: Não! - ele parou ainda no primeiro degrau e virou-se para mim. Fui até onde ele estava. - não pode colocá-la na cama assim. Ela tá toda suadinha, além de ter areia pelo corpo, vai acordar incomodada. - ele olhou para a pequena e voltou a olhar para mim, com a duvida nos olhos. 

Peter: e agora? - voltou a subir as escadas, enquanto eu o seguia.

Passei a pensar em um jeito para resolver esse pequeno problema, sem acorda-la, mas nada vinha a minha cabeça.

Lali: Não da para limpa-la com uma toalha úmida, a areia arranharia a pele dela.

Peter: então não tem outro jeito, a não ser acordá-la. - sentou-se na poltrona rosa no canto do quarto. - Vale... filha, acorda.

Vale franziu o cenho, resmungando. 

Lali: princesa, acorda, você precisa ficar limpinha. Bebê...

Vale: eu quero dormir, mamãe.

Lali: você vai dormir quando estiver limpa e cheirosinha, tá bom? - ela negou - vamos.

Peter a levou para o banheiro, coloquei a banheira para encher em uma temperatura mais alta. 

Vale: Papai, eu quero leite - falou manhosa, enquanto eu tirava sua roupa. 

Peter: Você da banho nela, enquanto eu vou preparar o leite? - assenti e ele veio até a mim, me deu um selinho e saiu. 

Coloquei Valentina na banheira, limpando-a da forma que podia. Ela estava sonolenta, o que não contribuia muito. Ao terminar, a enrolei no roupão e levei-a no colo para o quarto.

Depois de um tempo procurando, acabei achando uma roupinha para minha pequena dormir. A vesti e logo ela estava acomodada em meu colo. 

Peter chegou com um copo de leite. Após verificar se estava bem tampado, deu para Vale que tratou de beber, mas dormiu antes de terminar.

Peter: Ainda me pergunto de onde vem todo esse jeito com crianças - perguntou quando estavamos no corredor, indo para seu quarto.

Lali: esqueceu qual seria minha profissão? - o senti me abraçando por trás.

Peter: não esqueci, mas tem que ter uma outra explicação... ninguém nasce sabendo lidar assim com crianças.

Lali: Existe um brinquedinho chamado boneca, você já deve ter visto uma - ironizei - as meninas costumam fingir que são suas filhas. Deve ser uma forma de treinamento.

Peter: oh... acho que já sou avô desde o momento em que Valentina aprendeu a brincar com elas. - sorriu e se sentou na cama, me puxando para si.

Lali: sinceramente não sei de onde vem. Não sei... sempre tive isso de querer cuidar das pessoas, principalmente das crianças. Elas sempre foram meus apeguinhos. - olhei para ele que me olhava atento - e você... gostava de crianças ou teve que aprender a gostar na marra? 

Peter: eu gostava um pouquinho, e não pretendia ser pai nem tão cedo... mas mudei de ideia quando Valentina chegou à minha vida. Com ela eu apredi a ser alguém melhor, aprendi o que é ter responsabilidade - olhou para o nada, com um leve sorriso, e voltou a me olhar - agora pretendo ser rodeado por elas. Muitas delas!

Lali: Coitada da mãe dessas crianças...

Peter: Não tenha dó de si mesma - apertou minha bochecha e me deu um selinho.

Lali: De mim? Não, não... amo os pequenos, mas não pretendo montar uma creche como você.

Peter: Ah é mesmo? - assenti, passando a ponta do meu nariz em seu rosto - olha que eu posso te fazer mudar de planos. - arqueei uma sobrancelha - já fiz isso uma vez, uma segunda não seria tão complicado assim. - dei um tapa em seu braço e ele me puxou de surpresa, juntando nossos lábios.

Sua língua adentrou minha boca, explorando cada canto, até que o ar nos faltou e os beijos passaram para o pescoço e colo.

Lali: tranca a porta - falei ofegante depois dele tirar minha blusa.

Peter: Não precisa... - voltou a me beijar, mas o parei.

Lali: A Vale pode acordar.

Ainda relutante, ele levantou rapidamente. Com a porta já trancada, tratamos de nos livrarmos de cada peça de roupa.

Apesar do desejo que crescia cada vez mais, decidimos ir com calma, aproveitando cada momento, cada carícia. Mostrando em gestos o quanto nos queriamos.

O clímax chegou intensamente. E a sensação era melhor cada vez que o atingimos pelo resto da noite.

...

Sentia a barba rala passar por meu pescoço, me fazendo sentir um pouco de cócegas. Me encolhi e senti um desconforto em algumas partes do corpo. Estava dolorida e com razão para isso. 

Ele passou a distribuir beijos pela parte do meu rosto que estava exposta.

Peter: Eu sei que você está acordada - falou em meu ouvido, me fazendo arrepiar. Murmurei e voltei a me aconchegar no travesseiro - vamos, acorda porque tem alguém lá em baixo que está louca para entrar aqui e não seria uma boa ideia ela te ver assim. - Sorri e, ainda de olhos fechados, me virei para ele. - amor... - selou nossos lábios - levanta, preguiçosa.

Lali: Que horas? - perguntei abrindo os olhos e agradecendo pelo quarto ainda esta escuro. 

Peter: Um pouco mais que nove horas. 

Lali: Droga - resmunguei cansada - estou atrasada. 

Peter: Não... - se deitou ao meu lado e me puxou para seus braços - você não está atrasada pelo simples fato de que você não irá a lugar algum.

Lali: E porque não? - me encolhi enquanto ele me abraçava.

Peter: Porque eu não vou deixar.

Lali: Pitt... já basta ontem eu ter passado a tarde fora. - me afastei um pouco para olhá-lo - preciso terminar umas decorações e mandar o projeto dos móveia para a fábrica...

Peter: Não gaste seus argumentos. Eu vi a data de entrega e acho que a pressa é a sua companheira. Relaxa porque você só terá que entregar isso daqui a dois meses e meio. Além disso, você tem uma equipe e pode muito bem mandar eles adiantarem algumas coisas, são pagos para isso. - revirei os olhos e ia contestar, mas ele não permitiu - Hoje você não vai sair daqui.

Dei-me por vencida e voltei a me encostar nele. Apenas o lençol me cobria, mesmo tendo noção do que poderia acontecer, não queria me mover. Fechei meus olhos, mas abri rapidamente ao ouvir um barulho seguido do choro de Valentina.

Peter correu para ver o que havia acontecido, levantei e peguei um roupão dele que estava jogado proximo à cama. 

Desci as escadas seguindo o choro da minha pequena. Vinha da cozinha e já da porta vi Peter com ela no colo, tentando acalmá-la. 

Havia cacos de vidro por todo o chão. Corri em direção à eles, preocupada se minha pequena estava machucada. 

Lali: O que aconteceu? - vi a mãozinha dela suja de sangue - ai meu Deus!

Peter: Fica calma, foi só um corte superficial. - ele sentou na cadeira e a ajeitou em seu colo - tem uma caixinha de primeiros socorros dentro do armário, pega pra mim, por favor.

Lali: vem, deixa que eu cuido disso - me ajoelhei onde não havia cacos. - terá que lavar primeiro. 

Ao ouvir isso, Vale começou a chorar mais forte. Peter a segurou mais firme enquanto a água corrente batia em sua mão, tirando o sangue que escorria a alguns minutos. Ela gritava para que eu parasse. Meu coração se encontrava apertado.

Lali: Calma, bebê... já passou - me sentei e Peter a colocou em meu colo.

Ao terminar o curativo, Vale soluçava. Estava deitada de lado, com a face encostada em meu peito. Acariciei seus cabelos, esperando ela se acalmar mais. Peter já havia tirado os cacos do chão.

Lali: Pequena, fala pra mamãe como isso aconteceu - ela continuou quieta, sem falar nada. Seu rostinho estava vermelho e ela olhava para a mão, agora enfaixada. 

Peter: Pelo o que me parece, ela tentou pegar uma taça no armário. Acabou desequilibrando da cadeira e caiu.

Lali: Foi isso, bebê? - ela assentiu.

Peter: Não pode fazer isso, filha, o papai já disse... você poderia ter se machucado mais.

Vale: E-u queria fazer uma surpresa p-a ma-mãe... falou com a vozinha falha, entre soluços.

Peter: Mas a gente já tinha preparado a surpresa, o papai já tinha ido chamar a mamãe...

Vale: Mas você disse que ela ta-va cansada e eu ia levar a nossa surpresa pra ela não ficar mais cansada. 

Olhei para Peter e ele tinha um meio sorriso no rosto.

Só aí fui perceber a mesa posta.

Peter: Ela me ajudou a preparar tudo... mas parece que ela não achou isso sufuciente.

Lali: Own, minha pequena - a abracei mais forte - a mamãe amou a surpresa, viu?

Vale: de verdade? - perguntou já mais calma, esfregando os olhinhos.

Lali: De verdade! - sorri para ela e senti Peter dar uma beijo em minha testa. Levantei o rosto e lhe beijei - obrigada!

Minutos depois eu estava de volta ao andar de baixo. Dessa vez, vestida adequadamente. Me sentei à mesa, sentindo-me a pessoa mais feliz do mundo, o que já não era novidade.

Me sentia amada, completa... realizada. Se há alguns meses me falassem que eu estaria aqui, sentada a mesa com o homem que soube me conquistar e pôr por terra todas as barreiras que eu havia colocado em volta do meu coração, com uma pequena me chamando de mãe... certamente eu diria que estava delirando.

De fato, agora eu digo que não poderia estar mais feliz. Esse é o meu lugar. Já não me via sem eles, e era assim que eu queria passar o resto dos meus dias.

OLHA EU AQUI DE NOVO... Desculpa pela demora pra postar, mas ta tudo uma correria aqui (Dona Amanda sabe bem do que  eu to falando hahaha). Tentei fazer um cap fofo e grande para compensa, mas nao deu muito certo, nao  saiu como eu queria, mass... :/

Obrigada pelo comentários, queria responder cada uma, mas fica complicado fazer iaso pelo celular e com uma internet que não ajuda muito.

Até mais!! :*