Fanfic: Bienvenido Amor - Laliter | Tema: Laliter

Cinco dias depois...

E mais um dia onde o sol castigava a todos. Havia acabado de sair do restaurante com minha pequena. Almoçamos com o Pitt, que teve que voltar para o escritório, e agora iamos para o lugar onde eu me sentia em paz. A casa da minha avó postiça. Só em pensar nela um sorriso já se abriu em meu rosto. Contaria sobre a minha gravidez. Falando nisso... Valentina ainda não sabia de nada. Preferimos esperar completar os três meses e sair da fase e risco, para só aí dar a notícia de que ela teria um irmãozinho... ou irmãzinha.

Vale: Mamãe

Lali: Oi, princesa - olhei para ela pelo retrovisor. Brincava com um boneco de neve de pelúcia e levantou sua mirada para mim. 

Vale: Eu não quero mais ir na casa da sua vovó - fez um bico e cruzou os bracinhos.

Lali: Porque, minha linda?

Vale: Lá tem o cachorrinho da Heloise e ele corre muito, e o papai diz que eu não posso correr, então não tem graça ir pra lá. 

Lali: Vocês podem bricar de outra coisa que não precise correr tanto.

Vale: Mas eu quero brincar com ele - falou com a vozinha manhosa.

Lali: você pode brincar com ele, mas tem que tomar cuidado para não correr muito, combinado?

Vale: Aham - pelo retrovisor pude ver que ela sorria e abraçava o boneco de neve.

E pelo resto do caminho Vale fez planos para suas brincadeiras. Assim que chegamos ela mal se aguentava na cadeirinha.

Pulou do carro e logo estava na varanda. Terminava de pegar minha bolsa e travar o carro, quando a porta se abriu.

D. Berta: Mas que surpresa boa - disse olhando para Vale, que sorria tímida. 

Terminei de subir os degraus que davam para a varanda e a abracei.

Vale aproximou-se e segurou na barra de minha blusa. 

D. Berta: E você, bonequinha... - pincelou o nariz da pequena com um dedo - gosta de bolo de cenoura com cobertura de chocolate? - Vale assentiu rapidamente - então entrem, vamos.

Entramos e logo me sentei em uma das poltronas da extensa sala. Vale sentou em meu colo e tentou cochichar em meu ouvido.

Vale: Mamãe... cadê a Heloise? - bom, deveria ser um cochicho.

D. Berta: Suba, ela está no quarto dela.

Vale olhou para mim pedindo permição silenciosamente. 

Lali: Vai lá, princesa. Cuidado com os degraus!

 Ela rapidamente pulou do meu colo e subiu.

Lali: porque me olha assim? - ela me mirava com um sorriso no rosto e o brilho nos olhos.

D. Berta: Nada não... é que me enche o coração ver minha menininha tão crescida, tão mulher - sorri envergonhada

Lali: Sabe que as vezes eu nem acredito em tudo o que já aconteceu comigo e o que vem acontecendo?! - deitei minha cabeça em seu colo e ela começou a mexer em meu cabelo - e é por isso que eu vim aqui.

D.Berta: Olha que eu não sou a melhor pessoa para te fazer acreditar que é real - disse em tom de brincadeira.

Lali: Na verdade eu vim dar uma notícia. - Pude perceber a ansiedade em seu olhar, o desejo de saber logo do que se tratava. Sabia que nela eu podia confiar, o que me dava mais segurança de falar logo o que eu queria já ter espalhado para o mundo inteiro ouvir. - eu estou grávida!

 A expressão de surpresa logo foi acompanhada por um sorriso. As mãos macias passaram pelo meu rosto e logo após para minha barriga. Foi quase impossível conter as lágrimas.

D.Berta: minha menina.... grávida? - sorriu mais abertamente com lágrimas nos olhos. 

Lali: Shiii - coloquei o dedo indicador a frente da boca, olhando para a escada e depois para ela - ninguém além de nós duas e o Peter sabe disso.

D.Berta: Nem a pequena?

Lali: Nem a Vale, queremos esperar sair da fase de risco pra depois dar a notícia. Creio que será mais fácil se aqui dentro tiver uma menina, mas senão, teremos um pouquinho de trabalho para fazê-la aceitar.

 Mal acabei de falar e vi Vale correndo pelas escadas. Parou do meu lado e olhou receosa.

Lali: o que foi, meu amor? Cadê a Heloise?

Vale continuou nos olhando receosa, mas enfim falou.

Vale: Eu fui lá em cima chamar a Heloise, mas ela tava chorando e não queria sair de lá.

Vi minha avó levantar e subir as escadas, dei a mão à Vale e a acompanhei. Ao chegar no quarto, ela já estava por sentar-se ao lado da menina que se encontrava totalmente coberta.

D.Berta: o que aconteceu, minha pipoquinha? - não obteu respostas, apenas se ouviam os soluços - Helô, diz pra vovó, o que aconteceu? - o corpo foi descoberto, o pequeno rosto estava vermelho e banhado por lágrimas, mas abaixo pude ver que ela tinha um porta-retrato em mãos. Aos poucos vi o que tinha alí.

 Uma foto de uma mulher com uma bebê de mais ou menos um ano e meio. As duas sorriam. Um choque percorreu meu corpo ao focar no rosto daquela mulher. Não era possível que fosse a mesma pessoa. Não. Não podia ser.

 Aproximei-me mais e peguei o porta-retrato, pude perceber um olhar nervoso sobre mim. Não me importei e continuei a olhar aquela foto. 

Não podia ser, mas era.

Era a mesma mulher que há um pouco mais de dez anos abriu mão dos três filhos. A mulher que deveria ter me protegido e me dado conforto quando eu precisava. A mulher que provocou grande parte do meu sofrimento. Aquela era minha mãe. 

Heloise: Vó, eu sonhei com a mamãe, trás ela de volta, eu tô com saudade - falou entre fortes soluços. 

Senti uma forte palpitação no peito. A mulher da foto era minha mãe, e a bebê, a Heloise. O ar faltou.

Lali: Porque ninguém me disse antes?

 Vi que Heloise olhou para mim, parando de chorar aos poucos. Eu olhava para ela e para o porta-retratos. Sabia que ela me lembrava alguém, seu rosto era quase igual ao da Martina quando menor.

 Martina. Onde ela estaria? E porque a Heloise chorava com saudades da mãe? Teria sido ela mais uma criança abandonada? A cada pergunta, um nó se formava na minha cabeça. 

Lali: me diz, porque ninguém me contou nada antes? Porque me esconderam isso? 

D.Berta: Lali, por favor, depois eu te conto, mas agora não.

Assenti e respirei fundo, devolvendo o porta-retrato. Olhei para a Heloise, que me olhava confusa. A essa altura, Vale estava agarrada às minhas pernas. Segurei sua mão e assenti.

Lali: Estarei esperando na sala.

Olha eu aqui de novo! 

Estava com metade desse cap pronto, ver que vocês não me abandonaram (mesmo depois da idiota aqui passar meses sem dar sinal de vida) me inspirou e consegui terminar ele rapidinho. Não é um dos melhores capítulos, mas é necessario. Ah, e falando nele: muita coisa vai vir por aí, aguardem, não estamos nem no começo das descobertas. É melhor eu me calar :x kkkk

Bem-vindas novas leitoras, espero que gostem! E as "velhas", obrigada por continuarem acompanhando, obrigada mesmo!  

Aah, e pra quem pediu face e whats, já enviei por mensagem (estão autorizadas a acompanharem a Amanda me cobrando os capítulos, só assim eu crio vergonha na cara) kkkkk

Beijos e queijos! :*