Fanfic: Bienvenido Amor - Laliter | Tema: Laliter

Oi, meus amores! Como eu sei que venho sendo uma péssima escritora, principalmente por deixar vcs esperarem tanto tempo por capítulos, entendo que muitas já não lembrem mais de alguns detalhes da história, então, recomendo que antes de lerem esse cap, vcs leiam o Cap 17 ( http://fanfics.com.br/?q=capitulo&fanfic=28751&capitulo=18 ) onde  a Lali conta a história dela pra o Petet, pra não ficarem voando com o que acontecerá de agora em diante. Espero que não me matem, mas muita coisa chata estar ppr vir. É melhor eu me calar :x 

BOA LEITURA :*

D.Berta: Helô, leve a Valentina para brincar lá fora. - disse ao descer as escadas acompanhada da menina, agora já mais calma.

Lali: Vai lá, pequena! - disse baixinho, dando um sorriso de canto para desfarçar a bagunça que se encontrava em meu interior. Valentina percebia que eu não estava bem, relutou, mas eu a convenci de ir.

D.Berta: Em primeiro lugar eu te peço que não fique chateada. Tente entender que... 

Lali: Eu só quero saber o que aconteceu durante o tempo que eu estive fora - a interrompi - e o porquê de ninguém ter me avisado que eu havia ganho uma irmã. Que, pelo o que eu vejo, também foi abandonada. - a vi negando, enquanto esfregava as mãos uma na outra. 

D.Berta: Heloise não foi abandonada.

Lali: Ah, não? E o que explica a cena que eu presenciei há alguns minutos? - falei com um tom de arrogância maior do que pensava, me arrependendo logo após.

D.Berta: Não. A mãe de vocês faleceu em um acidente de carro, há pouco mais de cinco anos.

Senti meu corpo gelar no mesmo segundo que ouvi suas palavras. A mágoa que eu sentia pelo que ela havia feito ainda estava viva em mim, mas jamais desejaria sua morte. Muito pelo contrário. Me senti estranha. Fui atingida por uma vontade imensa de chorar, mas as lágrimas pareciam não querer cair.

Lali: Como assim? - tentei forçar minha voz, mas foi inevitável sair falha.

D.Berta: Foi um acidente grave, por sorte, Heloise e Martina se salvaram, mas as outras vítimas não resistiram, entre elas estava sua mãe. Heloise ficou orfã de mãe e pai até mais cedo que você, minha menina.

Tentava processar aquela informação, mas nada me fazia acreditar no que acabara de ouvir.

Lali: Por Deus! Porque ninguém me falou sobre nada disso antes? 

D.Berta: Como eu já tentei dizer, não dependia só de mim. Seu irmão deu ordens claras pra que ninguém falasse nada que envolvesse a Verônica. Segundo ele, notícias dela só iriam te fazer mal.

Lali: Continuo não entendendo - meu olhar estava perdido, não conseguia focar em nada. - porque a Heloise ficou aos seus cuidados? Cadê a Martina? Ela ou o Nico teriam a guarda legal da menina, porque ela não está com nenhum deles?

Um suspiro longo foi de qualquer forma a primeira resposta que tive. A vi nervosa, como se estivesse em um conflito interno onde decidiria se me contava ou não o que quer que seja.

D.Berta: Martina culpa a Heloise pelo acidente, já o Nicolas nunca quis aproximação com ela. Os dois fingem que a criança não existe, e assim vem sendo.

Lali: Ela não tinha só eles dois de parente. Que eu saiba, ela tem uma terceira irmã. Mesmo não tendo conhecimento de nada, eu teria vindo para cuidar dela assim que soubesse. 

D.Berta: Até tentaram, mas ao pedirem informações suas, Nicolas alegou que você também não queria a guarda. A Helô foi mandada para um abrigo, até eu conseguir a tutela.

Aceitar todas essas informações era uma tarefa quase impossível.

Lali: Isso já é demais pra mim - Levantei-me rapidamente e peguei minha bolsa.

D.Berta: onde está indo?

Lali: Vou tirar essa história a limpo com o responsável por grande parte dessa confusão.

D.Berta: Lali, por favor

Lali: Não vai adiantar a senhora falar nada, o Nicolas não tinha o direito de controlar a minha vida. - abri a porta e já da varanda pude ver Valentina brincando em baixo de uma árvore - Vale, vamos! 

Vale: Ow mamãe, só mais um pouquinho, por favor.

Lali: Vamos, Valentina! - fui mais firme, me condenando ao ver os olhinhos se enchendo de lágrimas.

Ela se aproximou, cabisbaixa, e se posicionou a frente da porta do carro.

Lali: Desculpa a mamãe, tá? - ela assentiu e me abraçou.

Vale: Deixa a Heloise ir com a gente?

Pela primeira vez depois de saber de tudo, olhei nos olhos daquela criança. Não, ela não tinha culpa de nada. Quem diria que por trás dos sorrisos e de toda a animação, havia sofrimento? Eu tinha uma irmã mais nova e nem ao menos sabia de sua existência. Os olhinhos receosos me miravam, desviei, não aguentaria sustentar toda situação por muito tempo. Se continuasse olhando, acabaria desmoronando alí mesmo, e era a ultima coisa que precisava. 

Lali: Outro dia, tá bom?