Fanfic: Bienvenido Amor - Laliter | Tema: Laliter

Não percebi o tempo passar até ver que havia acabado de estacionar na frente da casa do Nicolas. Respirei fundo e saí do carro, tirei Vale da cadeirinha. Minha pequena estava mais quieta que o normal, desconfiava que ela sentia a tensão no ar.  

Assim que a empregada abriu a porta, tratei de perguntar onde meu irmão estava, mas antes que ela fosse chama-lo, Nicolas apareceu na sala. 

Lali: Precisamos ter uma conversa séria.

Nicolas: Ana, por favor, leve a Valentina para comer algo. - ele rapidamente foi atendido, ficando somente nós dois no local - então, o quê de tão sério você quer falar?

Lali: Quando você ia me falar sobre a morte da nossa mãe? - seu semblante se fechou mais do que o normal, ele engoliu o seco e desviou o olhar - me diz, Nicolas! Quando é que você ia me dar essa notícia heim? Ou você pretendia que eu passasse o resto da minha vida sem saber de nada? 

Nico: Quem foi que te contou?

Lali: Não interessa por quem eu fiquei sabendo, a única coisa que me interessa agora é de onde você achou que tinha o direito de controlar a minha vida. - alterei um pouco mais minha voz, estava com muita coisa engasgada pra tentar controlar o tom.

Nico: Eu só quis seu bem. Vi com meus próprios olhos como tudo que relacionava aquela mulher, te fazia mal. 

Lali: Nada justifica, você não tinha esse direito! 

Nico: Isso, me crucifica agora, vai. Me julgue por amar demais a minha irmã e só querer o bem dela. 

Lali: Amar demais a sua irmã... qual delas Nicolas? - Sorri sarcástica - sim porque, pelo que eu saiba, com a Martina você não tem mais contato. O amor que você diz sentir por mim passou a ser duvidoso. E que tipo de amor é esse que renega a própria irmã?

Nico: Do que você está falando? - franziu o cenho.

Lali: Ora, do que estou falando? - cruzei os braços e o encarei mais séria. - Heloise. - ele revirou os olhos e sorriu sem humor - pelo visto você não faz a mínima questão de esconder o "amor" que sente por ela, não é mesmo?!

Nico: olha Lali, se você veio até aqui pra falar dessa garota...

Lali: Essa garota é sua irmã e minha também, e eu vim aqui pra falar dela sim, mas não é só isso. Vim pra perguntar onde está a procuração que eu devo ter assinado permitindo que você tome todas as decisões da minha vida por mim. 

Nico: Quem precisa de procuração quando se sabe que sua irmã é uma mulher irresponsável e mimada desde sempre? - recebi essas palavras como um golpe no estômago. Passei a não reconhecer aquele que agora esbravejava em minha frente - que foi agora? Já parou com suas acusações? A verdade dói tanto assim, Mariana? Qual a vontade da menininha do papai, heim? O que ela queria que fosse feito? - as palavras estavam presas em minha garganta, por mais que eu quisesse, não conseguia falar absolutamente nada - pra você é tudo muito fácil, não é mesmo? Sempre teve seus desejos atendidos. Resolve fazer uma faculdade fora do país, pra quando voltar, desistir da carreira e ir se aventurar em outra, até porque você não depende disso pra viver. Enquanto eu estava aqui movendo mundos e fundos pra não deixar aquela empresa fechar, você estava lá brincando de ser adulta responsável. E olha que a brincadeira incluiu esquecer de vir passar o natal com o irmão e recusar vir ao casamento do mesmo, por pura criancice.

Lali: Não desvie do assunto.

Nico: Não estou desviando de nada. Estou apenas mostrando a verdade. Enquanto eu me preocupava com você e fazia tudo pra te ver bem, a bonequinha só se preocupava com ela mesma. Agora vem cobrar satisfações? 

Lali: A questão não é essa. Nada disso justifica você ter escondido tudo isso de mim, além disso, ainda negou abrigo a uma criança orfã. Criança essa que é sangue do seu sangue. Como você teve coragem? - nossos tons de voz se encontravam além do que imaginavamos. Sentia um mal estar crescendo, um gosto ácido vinha em minha garganta a todo momento - se não a queria, que tivesse dado meu número para as autoridades. 

Nico: Você não tinha a obrigação de carregar esse peso no lugar daqueles dois imundos. Eles não pensaram na filha quando resolveram pegar a estrada com um motorista alcoolizado.

Lali: Não importa! Ela é só uma criança e não tem culpa de absolutamente nada. E eu tinha a obrigação sim. Ela é minha irmã e eu nunca negaria apoio, ao contrário de você!

Nico: Ela não é sua irmã. - disse seco.

Lali: Mas como não?! Apesar de tudo, temos o mesmo sangue, ela não tem culpa dos erros da nossa mãe.

Nico: Ela não era sua mãe! - quase gritou.

Lali: O quê? 

Nico: Isso mesmo, a Verônica não era sua mãe biológica. Você foi fruto de uma traição, Mariana, você foi o começo da ruína do casamento dos meus pais. Portanto, a criatura que você protege com unhas e dentes agora, não é sua irmã. Satisfeita?

Não, não, não. Eu só podia estar vivendo um pesadelo. Minha mente não conseguia processar mais nada. Senti o mundo rodar e o gosto ácido voltar para minha boca. Antes de mais nada, vi tudo escurecer.

Iiih, a coisa ficou tensa :/ 

Aproveitando que a minha querida internet melhora pela madrugada e passando aqui pra postar.aah, e desculpa se tiver algum erro, como eu já havia dito antes, venho  escrevendo e ppstando os caps pelo celular,  que complica um pouco. Muuito obrigada pelos comentários, vocês são umas lindas ♡ raih_cortes, mandei mensagem pra vc, fofa, olha lá ;) 

Beijo e até mais :*