Fanfic: Bienvenido Amor - Laliter | Tema: Laliter

PDV Peter

Adentrei a casa sem ao menos tocar a campainha. Ainda do lado de fora ouvi o choro desesperado de Valentina, o que aumentou mais ainda a minha preocupação. Meus músculos congelaram ao entrar na sala e ver Lali desmaiada, enquanto Eugenia tentava reanimá-la com álcool. 

Peter: O que aconteceu? - Me apressei em perguntar, analisando se estava tudo bem. Um quase alívio me bateu ao ver que ela não estava sangrando, mas imediatamente me perguntei se aquilo seria mesmo um bom sinal.

Euge: Eu estava dormindo e acordei com os gritos desses dois, quando cheguei aqui na sala, encontrei ela já assim. A Ana disse que eles estavam discutindo feio e... ai, pelo amor de Deus, faz alguma coisa.

Nico: Dá pra você parar de fazer tempestade em copo d`água, Eugenia? Isso só é mais um showzinho da Mariana.  

Peter: O que você disse a ela? - quastionei, já alterado.

Nico: Nada mais do que verdades que um ser mimado como ela já deveria ter ouvido há tempos. E como sempre, ela se faz de vítima.

Peter: Seu imbecil, ela está grávida! - por instinto, avancei e o prendi pela camisa - se a Lali perder meu filho, pode se considerar um homem morto.  

O soltei e voltei para onde Lali estava, a pegando no colo e levando-a até o carro, Eugenia vinha logo atrás e estava a ponto de entrar no carro quando a interrompi.

Peter: Euge, por favor, fica e acalma a Vale, e não fala nada do bebê, ela ainda não sabe de nada. 

Euge apenas assentiu e pediu para dar notícias. 

Arranquei com o carro sem ter noção de velocidade, meu unico objetivo era tentar salvar a vida da minha mulher e do meu filho. A estrada parecia não ter fim. O desespero já havia tomado conta do meu ser no momento em que finalmente estacionei na entrada de emergência e gritei por socorro. Informei que ela estava grávida e a levaram em uma maca, me deixando do lado de fora, desolado.

Cerca de uma hora depois, fui informado que Lali já estava acordada e que tudo não passara de um susto. Logo ela receberia alta, mas enquanto isso, ficaria de observação.

Entrei no quarto e a vi olhando pela janela, me aproximei devagar e beijei seus cabelos. Ao virar, pude ver que estava com um semblante triste.

Peter: Como você tá?

Lali: Deita aqui comigo - disse dando espaço ao seu lado, não questionei, apenas fiz o que ela pediu, deixando meu branço a rodeando e pousando a outra mão em sua barriga. Um calafrio percorreu meu corpo ao lembrar dos momentos de agonia - ei, fica calmo. Ele ou ela está bem, eu já estava consciente na hora que fizeram a ultra. 

Peter: Tive medo que algo ruim acontecesse. - beijei seus cabelos e ela se aconchegou mais em meu peito. Nada mais foi dito, até que a ouvi fungar levemente. Levei minhas mãos até seus olhos e enxuguei as lágrimas que já desconfiava que caiam por seu rosto. - Seja o que for, não chora - mas o choro se intensificou e eu a apertei mais contra mim. 

Ela levantou o rosto e me olhou, com os olhos cheios de lágrimas. 

Lali: A Heloise é minha irmã - foi inevitável não ficar surpreso com a notícia. Mas antes de falar algo, ela continuou - ou melhor, só no papel, porque descobri que a mulher que eu pensava ser minha mãe, na verdade não era. Minha vida inteira foi um mentira, Pitt... - falou com a voz embargada, chorando mais forte.

Peter: Não fica assim, deve ter uma explicação pra tudo. Tenta se acalmar, nem tudo é mentira. O que eu sinto por você é verdadeiro, e a prova disso está bem aqui - afaguei sua barriga - para de pensar em tudo o que aconteceu hoje, descansa um pouco que em algumas horas estaremos em casa. 

Comecei a acariciar seu rosto e quando achei que ela já dormia, colocou o rosto na curva do meu pescoço e sussurrou as palavras que pareciam estarem presas durante todo esse tempo.

Lali: Eu te amo!

Sabia que ela podia sentir meu coração bater mais forte no peito, mas não me importei. Baixei o rosto e juntei nossos lábios. 

Peter: Eu também te amo!