Fanfic: Bienvenido Amor - Laliter | Tema: Laliter

Recebi alta poucas horas depois. No fim de tudo fiquei apenas com as recomendações de não fazer esforços ou me estressar com frequência. Estava cansada fisicamente e mentalmente. Ansiava chegar em casa, tentar relaxar e esquecer de tudo por pelo menos um tempo. 

Lali: e a Vale? - perguntei ao ver que estavamos na rua do condomínio. 

Peter: Liguei para minha mãe e ela foi buscá-la pouco depois que fomos pro hospital. Amanhã cedo ela está de volta. 

Balancei a cabeça e voltei a repolsar no banco. Ele estacionou o carro na vaga e deu a volta para abrir a minha porta. Aceitei sua ajuda para descer do carro sentindo minhas pernas fraquejarem por um instante, mas logo seus braços me impediram de ir ao chão. Já no elevador ia contestar pelo fato de ele ter apertado apenas o botão de seu andar e impedido a minha tentativa de apertar o que levava ao meu apartamento, mas resolvi me manter calada, não estava com forças para questionar nada, muito menos argumentar contra suas decisões. 

Encostei a cabeça em seu ombro, fechando os olhos para ver se conseguia suportar a dor de cabeça por mais alguns minutos. Senti Peter me erguer, mas nada disse, apenas envolvi meus braços em seu pescoço, apoiando meu rosto na curva do mesmo. Só percebi que já haviamos entrado no momento em que ele me colocou na cama.

Peter: Onde está a chave do seu apartamento?

Lali: dentro da bolsa - susurrei sonolenta, voltando a fechar os olhos logo em seguida.

 Acordei sentindo um pequeno peso sobre mim. Ao abrir os olhos pude ver o motivo. Valentina dormia sobre meu peito. Um frio de ansiedade me subiu a espinha ao notar que sua mãozinha repolsava sobre minha barriga. Será que Peter já havia dado a notícia? Comecei uma leve carícia em seus cabelos e rosto enquanto imaginava a reação dela ao receber a notícia da chegada de um bebê.... se é que ela já sabia. 

Continuei alí deitada sem noção alguma do tempo, as cortinas cobriam qualquer imagem que pudesse vir do outro lado da janela, percebia uma luz fraca que ainda conseguia passar por alí, mas nada que tirasse o quarto da penumbra que estava. 

Vale se mexeu em meus braços, pouco tempo depois levantou a cabeça e vi que havia despertado.

Lali: Bom dia, minha pequena - beijei sua testa e ela se aconchegou mais - já tá na hora de acordar, dorminhoca. 

Vale permanecia calada, o que de certa forma me deixava apreensiva. A abracei forte e finalmente ela se pronunciou.

Vale: Eu não sou dorminhoca, mamãe, eu dormi na casa da vovó e acordei cedinho, quando eu cheguei aqui você e o papai ainda estavam dormindo.

Lali: foi mesmo? - ela assentiu. - e onde está seu pai? 

Vale: Não sei - ela colocou uma mão na boca e soltou uma risadinha - é que eu dormi de novo. Só sei que a vovó ficou lá em baixo.

Relaxei tendo a comprovação de que ela ainda não sabia de nada. 

Lali: e você não foi pra escola porque, mocinha?

Vale: Porque eu queria ficar aqui com você e a vovó deixou. - ela se calou por um momento e voltou seu olhar para mim - mamãe... 

Lali: hum.

Vale: Você não vai virar uma estrelinha, né?

Lali: porque da pergunta, pequena? 

Vale: por que eu tenho um novo coleguinha que não tem mamãe. Eu disse pra ele que também não tinha, aí eu pedi pro anjinho da guarda uma pra mim e ele me deu. O João disse que antes ele tinha mãe, mas ela morreu e virou uma estrelinha. - a partir daí passei a entender onde ela chegaria com tudo aquilo e meu coração apertou antecipadamente. - ontem eu tive medo que você também virasse uma estrelinha, mamãe. Eu não quero! - ela começou a chorar e se agarrou em mim.

Um nó formou-se em minha garganta. Apertava Valentina contra mim e ela parecia não se incomodar com isso, me abraçando com toda a força que podia. 

Lali: Olha aqui pra mamãe - segurei seu rosto entre minhas mãos - eu não vou virar uma estrelinha, não vou a lugar algum. Vou ficar aqui abraçadinha com você.

Vale: Promete? 

Lali: Prometo!

Vale voltou a deitar-se sobre mim, falando mais sobre seu novo coleguinha, até que a porta do quarto se abriu.

Peter entrou carregando uma bandeja de café da manhã, deixando-a na mesinha próxima à cama. Veio em nossa direção me dando um selinho ao chegar para logo depois beijar a cabeça da Vale, e por fim me surpreendendo com um beijo em meu ventre.

Voltou para pegar a bandeja e sentou-se ao nosso lado. 

Pães, queijo, café, suco, bolo, salada de frutas e... sapatinhos de bebê. 

Um par desigual, um lado era rosa; o outro, azul.

Os sapatos que mandei Vale escolher no dia de compras com a Euge. 

Euge! A essa altura ela já deveria saber. Não só ela. 

Vale pulou no colo dele e pegou o lado rosa.

Vale: porque você trouxe isso pra cá, papai? - ele pegou o lado que ainda estava na bandeja e tirou o que ela segurava de suas mãos. 

Peter: o papai trouxe esses dois sapatinhos porque daqui a uns meses o dono ou a dona de um deles vai estar aqui com a gente... bem, na verdade já está aqui.

Vale: como assim? Onde ele tá agora? 

Peter: bem aqui, oh! - colocou a mão em minha barriga e um arrepio me atingiu.

Vale: Tem um bebê na barriga da mamãe? - ela me olhou com os olhos arregalados.

Lali: Aham.

Vale: Mas como ele foi parar aí?

Toda a desenvoltura dele com o assunto sumiu em questão de segundos. Peter se engasgou com a própria saliva me fazendo explodir em uma gargalhada enquanto Vale nos olhava intrigada.

Comecei a dar tapinhas nas costas de Peter, que tentava se recuperar. Assim que se recompôs me lançou um olhar desesperado, respirei fundo segurando a risada. Vale nos olhava confusa. 

Vale: Porque você está rindo mamãe?

Lali: Por nada, não- segurei o riso olhando pro Peter.

Vale: Vocês não vão me responder? - disse irritada

Lali: Bom, vou te explicar...

Vale: E quero a verdade, nem venha com essa história da Cegonha porque sei que é mentira - Ao escutar isso, Peter quase engasgou de novo.

Lali: Calma amor - disse rindo - Claro que vou contar a verdade

Vale: Promete?

Lali: Prometo, o seu pai plantou uma sementinha na minha barriga, e essa sementinha vai crescendo e crescendo até virar um bebê - Vi que Peter ficou mais aliviado.

Vale: Que legal! - disse animada - Papai, posso ver você plantando a sementinha na barriga da mamãe? - arregalei os olhos olhando pro Peter e caí na risada ao ver sua cara.

Peter: Princesa, vai demorar muito, mas muito pra você saber como isso acontece - disse nervoso, tentando por um fim naquela conversa, mas Vale não facilitava.

Vale: ah... mas porque? Eu quero saber - disse emburrada.

Peter: Porque... Porque- me olhou desesperado por uma ajuda.

Lali: Porque só adultos que ja namoram que podem saber.

Vale: Mas... eu ja tenho um namorado - disse sussurando pra mim na tentativa do Peter não escutar.

Peter: O QUÊ? - Disse engasgando novamente e eu caí na risada.

Lali: Mas só quem é adulto... e a senhorita ainda é uma criança.

Vale: eu não sou criança, sou uma moça já - disse fazendo bico.

Peter: Ta legal, ja deu. Vale, porque você nao me aprensenta esse seu namorado heim? - disse bravo.

Lali: Peter! - disse o repreendendo - É namoro de criança

Peter: Vamos comer? - disse mudando de assunto e eu ri com o desespero dele.

Por favor, não me matem antes que eu me explique pra vocês!

Então, meus amores, eu sei que vocês já devem estar mais do que cansadas de sempre esperarem e eu aparecer aqui com qualquer desculpa, mas agora é mais sério do que nunca. É o seguinte, a burrinha aqui finalmente usou a cabeça um pouquinho e conseguiu uma vaga na UFRN (viva! Viva!) Tá bom, parei kkkkk voltando.... o ultimo ano do ensino médio não foi nada puxado se comparado ao que eu estou enfrentando agora. Praticamente moro na universidade, volto pra casa só no fim da noite pra já madrugar lá no outro dia. Acho que se tiver alguém aqui que cursa alguma área da saúde deve saber do meu drama.  Enfim, com tudo isso eu acabo não tendo tempo pra absolutamente nada, menos ainda pra escrever. Sinceramente não sei o que vou fazer com a fic. Não quero cancelar (até pq odeio quando fazem isso), mas também não quero deixar vcs esperando por uma eternidade, até pq não faço nem ideia de quando terei tempo de escrever o proximo cap. Só queria pedir (pela milésima vez) mil desculpas para todos vcs!

a respeito desse cap: Agradeçam à Amanda, graças a ela o cap foi concluído pq a anta aqui tava mais do que travada na hora de escrever o ataque do Peter kkkk além de que não sirvo pra essas coisas. 

Bem, acho que não esqueci de mais nada....

Beijinhos e até mais!