Fanfic: Bienvenido Amor - Laliter | Tema: Laliter

# 55° Capítulo #

Lali levou alguns minutos para conseguir destrancar a porta de entrada, tremia descontroladamente e sentia que a qualquer momento poderia cair. Quando conseguiu, apressou-se até o sofá e desabou, literalmente. Sabia que aquele momento não seria fácil, mas não esperava que tudo fosse ao chão em apenas alguns minutos.

Passou a perguntar-se se em algum dia da vida seria feliz por um tempo consideravelmente bom. Já estava por acreditar que esse dia nunca chegaria, que havia nascido apenas para apanhar da vida uma e outra vez mais.

 Sem se dar conta do tempo, passou a olhar para um ponto fixo enquanto viajava no tempo e revivia cada momento desses últimos meses. Não sabia ao certo o que estava sentindo: medo, dó, raiva, ódio... Peter, com toda certeza, era responsável pelos dois últimos sentimentos. Mas não sentia somente por ele, mas por mim mesma. Se odiava por não conseguir odiá-lo tanto quanto queria no momento. O amor que tinha guardado no peito era bem maior do que qualquer outra coisa. Demorou para admitir, mas não podia negar, o amava... e como amava!

Já o medo e a dó que sentia era por Valentina. Chorou mais forte ao lembrar da reação da pequena pedindo que a levasse junto com ela. Seu peito apertou mais ainda à recordação do pequeno rosto banhado por lágrimas. Sua vontade era de aconchega-la em seu peito e impedir que qualquer sofrimento se aproximasse mais uma vez dela. A realidade é que, ao tomar a decisão de viajar, não havia pensado que Peter iria se alterar tanto, nem que causaria tanto sofrimento à sua pequena. Se arrependia por ela, mas já estava feito. A decisão já estava tomada e não voltaria atrás, mesmo porque Peter havia deixado claro que não deveria voltar. O que não seria seguido, não pretendia ficar longe de Valentina por muito tempo, precisava apenas de um tempo para colocar tudo no lugar, e agora, deixar a poeira abaixar.

Já um pouco mais calma, subiu decidida à banhar-se, na tentativa de aliviar mais a dor na cabeça e a queimação no rosto devido ao choro excessivo, mas algo a fez parar e seus batimentos acelerarem.

Havia sangue em sua calcinha. Uma pequena mancha, mas estava lá. Lembrou-se da leve pontada que havia sentido no ventre no momento em que carregou Valentina nos braços, seguida do estresse e de toda a situação anterior que já havia feito parar no hospital, pondo em risco a vida de seu filho. Respirou fundo. Não iria entrar em pânico, pelo menos não agora, o momento exigia cautela. Tomou um banho rápido para logo após ligar para a portaria pedindo para que chamassem um táxi, sabia que não estava com cabeça para dirigir e seria melhor prevenir uma fatalidade.

Ao fim de todos os exames, o recomendado foi repouso absoluto. Viu e ouviu o coração de seu bebê mais uma vez e se emocionou ao ter certeza que apesar de tudo, ele estava bem. Tomou conhecimento que, se comparada com as demais, sua gravidez já possuía um leve risco, deixando-a mais apreensiva. Questionou se ainda poderia viajar e recebeu uma resposta positiva, sendo liberada logo em seguida.

Voltou para casa quando o relógio já marcava 01:27am, às 5:00 já estava de pé novamente. Sua cabeça pesava e o corpo clamava por mais algumas horas na cama, mas perderia o voo se o fizesse. O dia amanheceu nublado, dificultando mais ainda sua tentativa de criar disposição. Terminou de arrumar-se e juntou suas malas, mas acabou lembrando que não poderia carregar todo aquele peso. Mais uma vez pediu ajuda da portaria, um dos homens subiu ao seu andar, levando as malas no elevador de serviço, já Lali ficou para trás. Carregando apenas uma pequena mala de rodinhas e sua bolsa, entrou no elevador social. A pulsação ficou alterada quando viu que a cabine havia parado poucos segundos depois de tomar movimento. Não, não podia ser. Quando as portas deslizaram Lali teve a confirmação do que previa. Aquele era o andar dele.

Carrancudo, Peter esperava o elevador acompanhado por Valentina, vestida com o uniforme escolar, aparentava estar cabisbaixa. Ao levantar o olhar para dentro do ambiente, seus olhinhos brilharam e já ia tomar impulso para adentrar mais rapidamente, quando foi impedida pelo pai.

Vale: Mas papai...

Peter: Sem mais, Valentina. – a menina entristeceu-se novamente.

Lali: Peter.

Peter: Esperaremos o outro. -  as portas se fecharam, não dando oportunidade para mais nenhuma palavra.

Chegou ao térreo e seguiu para a entrada, logo o táxi que a levaria ao aeroporto apareceu. Quando suas coisas já estavam sendo colocadas na mala e se preparava para entrar no veículo, viu o carro de Peter saindo da garagem. Ao vê-la novamente, Valentina, com os olhos cheios de lágrimas, colocou uma das mãos no vidro da janela, tentando de alguma forma se comunicar com a morena.

Lali: Te amo! – silabou para a menina segundos antes do carro tomar às ruas.

Entrou no carro e algo veio em sua cabeça quando já estava no caminho. Então logo avisou sobre a mudança de rota e esse o fez. Iria distanciar-se, mas não tanto.

Cá estou eu finalmente postando pelo pc \o/ só o feriado mesmo pra proporcionar isso, porque tá difícil kkkk então meus amores, tô perdida no lance dos comentários, até pq responde-los e escrever os caps pelo cel é barra, mas enfim... leio todos e agradeço à vocês pela paciência que ainda têm comigo rsrsr’

thali47: tá mesmo e ele continuará assim por mais um tempinho :/

emile: realmente desnecessária essa estupidez dele com a própria filha.

dricaesposito: iiih, se for mesmo um espírito ruim, não vai querer sair dele nem tão cedo. Postado, linda :)

e por fim: amylaliter (vulgo Amanda revoltada) Shiu aê! fique quieta u.u kkkk

Beijinhos e até mais!