Fanfic: Bienvenido Amor - Laliter | Tema: Laliter

A semana passou-se regada por ansiedade, a sexta-feira então pareceu que as horas andaram à passos de tartaruga. Lali se encontrava no andar de cima, ajudando Heloise em alguns deveres escolares, quando ouviu uma movimentação a mais vindo de fora.

Heloise: Acho que ela chegou – disse animada, já prevendo que teria com quem brincar bastante no final de semana.

Lali: Vou lá ver – levantou-se ansiosa, já não aguentava mais esperar por elas. Havia conversado brevemente com Eugenia para confirmar tudo, dessa vez Cande levaria Valentina, que iria chegar sexta-feira à tarde, passaria o sábado e uma parte do domingo com ela e depois Cande buscaria a garota de volta. Lali pensou se Peter estava de acordo com aquilo, mas preferiu não perguntar nada relacionado à ele.

Heloise: Deixa eu terminar depois? – referiu-se às atividades, com as duas mãos coladas na frente do rosto – por favorzinho, maninha.

Lali: e quando é que eu consigo dizer não? – riu – vamos, mas depois nem tente fugir. – a menina levantou-se em um pulo e correu para o andar de baixo.

Lali ainda não podia ver o que se passava na sala, chegou a pensar que não seriam elas por ainda não ter escutado nenhum grito histérico vindo da Cande, mas logo se animou tendo a certeza de que se tratava mesmo delas quando ouviu Heloise gritar por Valentina. Acelerou o passo e viu as duas abraçadas, enquanto Valentina segurava mais um de seus ursinhos de pelúcia, mas antes de chegar ás meninas, pôde ouvir o que já esperava: um som agudo e muito alto bem próximo de onde ela estava. Candela havia dado o ar da graça; mas antes que ela tivesse visão da amiga, percebeu pelas vozes que ela não havia vindo apenas na companhia de Valentina. Virou-se e pôde constar a presença das pessoas que ela menos esperava que estivessem ali.

Juliana: Oh God! – disse paralisada, com uma expressão de pura surpresa, enquanto Cande batia palmas e dava pulinhos. – quando a Euge me disse que sua barriga já estava crescidinha, não achei que fosse assim.

Cande: AI QUE LINDO, SÃO GÊMEOS! – gritou novamente e correu, agarrando Lali pelo pescoço.

Lali: Menos, Cande, bem menos – tentou desfazer o abraço que já estava sufocando-a.

Cande: A barriga está linda, mas você continua a mesma chata de sempre – mostrou a língua e logo recebeu o mesmo gesto de Lali. As duas riram e voltaram a se abraçar.

Juliana: tem certeza que só tem um bebê aí? – perguntou voltando a atenção de Lali para onde ela estava e pôde ver a ex-futura-sogra ao lado.

Lali: Sim, Ju, só tem um bebê aqui. – sorriu, passando a mão pelo ventre, que logo foi tocado pelas mãos de Juliana e Candela – Oi, dona Gime. – disse um pouco receosa, não sabia sobre o que ela tinha conhecimento na história e qual era a opinião dela sobre tudo.

Gime: Oi querida, sem o “dona”, por favor, sei que serei avó pela segunda vez, mas não estou tão velha assim.

Juliana: MEXEU! – gritou de repente, fazendo todos ali se assustarem e consequentemente fazendo o bebê mexer novamente devido ao susto da mãe.

Cande: AI, SENTI TAMBÉM! – Logo Gimena se aproximou mais para sentir também, mas não conseguiu. – Oh, parou.

Lali: Já, já começa a mexer de novo – sentiu suas pernas serem agarradas, ao olhar para trás viu Vale sorrindo para ela. – Minha pequena! – ia abaixar-se para abraçar a menina, mas logo foi impedida pela avó.

D.Berta: Nem pense em fazer isso, você sabe que não pode tá fazendo esses movimentos. – advertiu.

Lali: Eu esqueci – rolou os olhos e todas riram.

D.Berta: Vamos, sente aqui e você poderá abraçar sua pequena – puxou a neta até que ela se sentasse no extenso sofá, sendo acompanhada por Vale que não largou-a.

Já acomodada recebeu Valentina em seus braços. A garota nada disse, apenas fez o que tanto esperava a semana inteira. Aconchegou-se como um bebê, e fechou os olhos apenas para sentir a presença de Lali.

Heloise: Vale, bora brincar com o Fubá – disse apressadamente – Vem!

Lali: Helô, deixa ela quietinha aqui, depois vocês brincam.

Heloise: Mas Lali...

D.Berta: Sem mas, Heloise, você já ouviu sua irmã... – disse e a garota bufou desanimada – aliás, não era para você estar fazendo as atividades?

Lali: Vó, deixa ela, eu disse que poderia terminar depois.

Heloise: Foi isso mesmo, agora posso ir brincar lá fora?

D. Berta: Pode... – mal terminou de falar e a menina já havia corrido para fora – essas crianças... bem, fiquem à vontade, eu irei voltar para a minha cozinha.

Gimena: quer ajuda?

D. Berta: Não será necessário, estou velha, mas ainda sei comandar um fogão – disse divertida e saiu do ambiente.

Cande: É impressão minha, ou a vó Berta disse que aquela menina era sua irmã? – Lali assentiu – mas é mais uma das netas postiças? Porque se for assim eu também sou neta dela e sou sua irmã. – recebeu uma negação como resposta – como assim, não?

Lali: A Heloise é mais uma das netas postiças, mas eu não – Candela franziu o cenho – A vó Berta é minha avó biológica e a Heloise é minha irmã – viu que Cande entendia cada vez menos – é uma longa história...

Cande: E que você irá contar agora mesmo.