Fanfic: Bienvenido Amor - Laliter | Tema: Laliter

Juliana: Nesse meio tempo você já pensou em escrever um livro baseado na sua história? – perguntou após ouvir toda a história – cara, daria um best seller! – Lali sorriu fraco.

Gimena: O que mais me impressiona é você ainda conseguir sorrir depois de tudo isso.

Lali: É difícil, mas no início foi bem mais complicado aceitar... minha cabeça dava voltas e mais voltas e eu não conseguia processar tudo de uma vez só.

Cande: A Euge não me disse nada disso... – falou parecendo perdida, olhando para um ponto fixo – ela só disse que você estava mal, que não era mais a mesma. Disse que você esteve a ponto de uma depressão, não saia do quarto, não se alimentava direito, e que havia parado o acompanhamento do pré-natal. Mas não disse a causa de tudo isso, o que sabíamos era apenas que você havia se afastado de tudo e todos – elevou os olhos marejados para a amiga – e sabe o que mais dói? Não é só o fato desse distanciamento repentino, o que dói ´´e saber que você não confiou suficientemente em mim para dizer o que se passava. – Lali não esboçava reação, ainda estava surpresa por ver sua amiga à ponto de chorar, logo Candela que vivia sorrindo e fazendo escândalos por onde passava, vê-la chorar era raridade. Mas agora ela chorava, e a culpa era toda sua. – Nos conhecemos desde pequenas, você é como uma irmã que eu não pude ter, nunca escondemos nada uma da outra, mas é como se tudo isso não valesse de nada desde o dia em que você voltou. – lágrimas já banhavam os olhos de Lali. Gimena e Juliana apenas observavam caladas, Valentina continuava aconchegada no colo de Lali, tão quieta que a morena poderia jurar que estava dormindo. – e não pense que eu estou te julgando, ou algo do tipo... eu só sinto a sua falta, caramba. – não aguentou segurar as lágrimas e escondeu o rosto com as mãos.

Lali esticou o braço que estava livre e abraçou a amiga como pôde, sendo retribuída prontamente.

Lali: Desculpa por todas as vezes que eu falhei com você, eu não queria que fosse assim.... – disse já deixando a lágrima rolar – desculpa, mas eu precisava de um tempo só pra mim. – Cande não conseguia falar nada, apenas soluçava e abraçava a amiga cada vez mais forte, mas com a limitações por ela está com Valentina deitada em seu colo.

Gimena: Nós entendemos, Lali, qualquer pessoa no seu lugar faria algo parecido. É fácil julgar quando não é o sujeito que está passando por aquilo. Quando chegamos pude perceber no seu olhar o quanto você estava insegura quando a minha presença, mas não se preocupe, não vim aqui pra te recriminar ou algo do tipo. Me preocupei quando Eugenia contou pelo o que você havia passado e ainda por cima grávida. – suspirou pensando bem se deveria parar por aí, ou se mencionaria Peter – se tem uma pessoa que eu não tenho concordado com os atos e que está me enfurecendo, essa pessoa é meu filho. E não se preocupe, se depender de mim você continuará vendo a Valentina dentro da possibilidades, queira ele ou não – Lali baixou a cabeça e prendeu os lábios entre os dentes. – Enfim... o que eu quero te dizer é que eu estou aqui pra o que precisar, só te peço que me deixe acompanhar o desenvolvimento do meu neto, me deixe participar das preparações pra sua chegada. Não pude fazer isso com a Vale, e queria te pedir que me permita esse prazer.

Lali: Claro – sorriu abertamente – nunca foi minha intenção mantê-las longe do bebê.

Gimena: Eu sei que não. Mas então, de quanto tempo você tá? – procurou mudar de assunto.

Lali: Tô entrando na vigésima semana.

Juliana: Pode colocar isso em meses? Tô com preguiça de contar. – fez careta.

Lali: Entrei no quinto mês, mas não está completo, seria algo em torno de quatro meses e meio.

Gimena: Já tem certeza do sexo? Porque a preferência de uma certa pessoinha aqui eu já sei qual é – sorriu olhando pra neta e Lali a acompanhou.

Lali: Não, ainda não sei, não fiz nenhuma ultrassom nesse último mês.

Cande: Já começou a comprar roupinhas? As mais básicas, claro...

Lali: Ainda tá cedo, pra isso.

Juliana: Não necessariamente. A Vale, por exemplo, nasceu prematura de cinco meses. Tivemos que comprar quase tudo em cima da hora. Se bem que era porque a Maria não cuidava da gravidez e.... – se deu conta do que falava e levou a mão à boca, sendo repreendida com o olhar da mãe – desculpa!

Gimena: Isso não irá acontecer. Esse bebê virá ao mundo no tempo certo, e quando isso acontecer estará tudo pronto para sua chegada.

Cande: E por isso a madrinha aqui já tratou de comprar algumas coisas para a minha afilhada.

Juliana: Ah não, nem sonhe que você será a madrinha, eu sou a tia, então eu tenho o direito.

Cande: Por isso mesmo que a madrinha serei eu, você já é a tia, já tem um posto na vida dela.

Gime: Dá pra vocês duas pararem? – Cande e Juliana se calaram – quem decide isso é a Lali, não vocês.

Lali: Vejo que a Cande faz parte da torcida por uma menina – disse rindo da pequena discussão.

Juliana: Eu quero um menino, já fui desbancada pela Vale nas prioridades da mamãe, o Peter também tem que ser, e pra isso o que melhor do que um netinho?

Gime: Quem te ver falando assim, pensa que eu te entreguei pra adoção depois que a Vale nasceu.

Juliana: Quase isso – brincou e recebeu um beliscão da mãe – Ai!

Cande: Então se for menina eu sou a madrinha, se for menino é a Ju, combinado?

Juliana: Ei, não é justo! Vai que a Vale é pé quente e acaba sendo mesmo uma menina?!

Cande: Não quero saber, será assim. – Levantou-se – espera aí que eu vou buscar os presentinhos ali no carro.

Lali: O que você comprou, Candela?

Cande: Nada demais, apenas coisas que uma princesa recém-nascida deve ter. – parou pra pensar – Ju, vem comigo? Acho que precisarei de ajuda – as duas saíram e deixaram Lali de boca aberta.

Lali: O que foi que ela comprou? – disse ainda surpresa pelo fato de cande precisar de ajuda.

Gime: Acredite, não é tão pouca coisa assim – as duas sorriram.

Vale: Mamãe, manda a Victoria para de me chutar – disse manhosa. Estava com a voz rouca e isso não passou despercebido por Lali.

Lali: É só uma forma do bebê dizer “Oi” pra irmãzinha dele – falou tentando imitara voz de uma criança – minha princesa está com a vozinha rouca?! – beijou a cabeça da menina.

Gime: Percebi ela um pouco resfriada hoje, perguntei ao Peter e ele não soube responder se ela esteve gripada por esses dias – o tom de sua voz mostrava a decepção de Gimena quanto ás atitudes do filho.

Lali: A Vale não tem mais ficado com a senhora depois da aula?

Gime: Não, o pai dela mudou o horário na escola. Vale agora estuda em tempo integral. E quando ele tem de ficar trabalhando até mais tarde, chama uma babá – Lali arqueou a sobrancelha de surpresa – além de tudo, só vejo minha neta agora no fim de semana, que é quando ele a deixa lá em casa e só Deus sabe para onde vai.

Lali suspirou triste. Preferia não ter escutado o que Gimena havia dito. Para sua sorte, Candela e Juliana entraram pela porta carregadas de embrulhos fazendo com que o assunto anterior morresse.

Lali: Candela, não era pra ter comprado o enxoval – brincou com a quantidade de coisas cor de rosa que via. – quero nem ver se não for uma menina, o que você vai fazer com tudo isso?!

Cande: Simples, guardo pra próxima vez que você engravidar, mas acho que isso não irá acontecer, até porque minha intuição diz que irei ganhar uma afilhada daqui há poucos meses.

Juliana: Já pensou em algum nome caso seja um menino? – Lali negou – e se for menina, vai deixar Victoria mesmo?

Lali: Sim, me agrada esse nome, e acharia muito difícil pararem de chama-la de Victória se eu escolhesse mudar o nome. - sorriu e voltou a olhar Valentina. – ela tá muito quietinha.

Gimena: Deve ser sono, ela não dormiu no caminho – Lali assentiu, mas não estava convencida de que seria apenas isso.