Fanfic: Um Marido Contratado (Hired) Terminada | Tema: Vondy
“Dulce”... ele apoiou a faca, limpou as mãos com o guardanapo de linho e prosseguiu com a mesma paciência com que falaria a uma criança. “Sua secretária nos viu sair juntos ontem à tarde. Você passou a noite comigo. Viu que eu não mordo. Então, não há razão para esperarmos... para que você fique exposta a boatos ou rumores no trabalho. Se formos para o trabalho hoje de manhã e anunciarmos que estamos casados, toda a fofoca vai se concentrar nisso. Receberemos os parabéns por sermos tão espertos em esconder nosso relacionamento e por conseguirmos agarrar um ao outro.”
Bem no fundo, Dulce sabia que ele tinha razão, que sua lógica era irrefutável. Ainda assim, com a mesma sensação de pânico que a possuíra na noite anterior, ela protestou.
“Ah, Chris, não sei. Foi tudo tão de repente. Eu... eu não tenho certeza se estou preparada.”
“Esperar mais alguns dias não vai livrá-la dessa incerteza, meu bem. Você teve uma experiência ruim com Andersen e por isso perdeu a confiança em todos os homens. Você mesma já admitiu isso. Então, o que você está sentindo não tem nada a ver comigo pessoalmente, mas com os homens em geral. É provável que nosso casamento seja bom para você, Dul. Você terá a chance de viver perto de um homem... de mim... e ter um relacionamento sem ser pressionada por expectativas sociais ou compromisso emocional. Isto lhe dará a oportunidade de aprender que nem todos os homens são como Andersen e que nem todos os relacionamentos com um homem seguirão o mesmo padrão negativo.”
“Pensei que você fosse doutor em química, não em psicologia, Chris.” Dulce observou, seca, ainda que soubesse, do fundo do coração, que ele fizera um diagnóstico acertado do que lhe magoara e receitado o que parecia um remédio apropriado.
“Química foi a profissão que eu escolhi, é verdade. Mas isso não impede que eu tenha uma compreensão perspicaz da natureza humana, meu bem. Então, decida e não discutiremos mais sobre isso. Você quer se casar comigo ou não?”
Essa era sua chance de escapar, pensou Dulce, com o coração disparando. Ela só tinha que responder que não.
“Sim” foi o que ela se ouviu dizendo.
“Ótimo. Agora termine seu café e saímos.”
Quando eles terminaram de comer, tiraram a mesa juntos e limparam os pratos, colocando-os no lava-louças. Após ajeitar as mangas da camisa, Chris enfiou as abotoaduras nos punhos, arrumou a gravata e ajeitou o paletó nos ombros. Ajudou-a com o casaco de lã de camelo, vestiu o sobretudo preto e pegou sua pasta e a dela. Depois disso, apagou as luzes.
Na semi-escuridão da cozinha, iluminada tão-somente pela luz cinzenta de inverno que se infiltrava pelas janelas sem cortina, ele tomou o queixo de Dulce com a mão, erguendo o rosto dela em direção ao seu.
“Pobre criança” ele sorriu para ela, gentil e pesaroso. “Você parece mesmo um cordeiro sendo levado para o abatedouro. Você me acha realmente um ogro?”
“Não” ela admitiu, assustada e comovida pela gentileza e compreensão que via nos olhos dele. “Chris, antes de sairmos, eu só quero lhe dizer que, embora saiba que não sou a esposa que você escolheu, tentarei pelo menos ser uma boa esposa para você pelo tempo em que formos casados.”
“E eu serei um bom marido para você, Dulce. Eu entendo e agradeço o sacrifício que vocês estão fazendo por mim, e você nunca terá motivo para se arrepender desse dia, eu juro.”
Como Minnesota é um estado do norte, acostumado a invernos longos, duros e frios, as Cidades Gêmeas estavam bem equipadas para lidar com as piores nevascas, e o faziam com eficiência. Os limpa-neve haviam sido usados de manhã cedo, e a estrada até Mineápolis estava limpa. Naquele momento, Chris parou o carro em frente ao cartório. Ele desligou a chave na ignição e virou-se para Dulce.
“Está preparada?” perguntou ele, com um sorriso encorajador.
Ela respirou fundo.
-“Sim.”
“Não, você não está, na verdade... não muito.” Então, antes que ela percebesse sua intenção, Chris se abaixou, pegou seus cabelos, envoltos no coque costumeiro, e começou a tirar os grampos, deixando que eles escorressem pelos ombros, num longo e brilhante emaranhado de cabelo negro.
“Chris! Chris, o que você está fazendo?” gritou Dulce, horrorizada, tentando, sem sucesso, fazê-lo parar.
“Eu não gosto do seu cabelo desse jeito, então estou arrumando” respondeu ele, tranqüilo e ignorando os protestos dela.
Ela tentou arrancar os grampos da mão dele, mas ele apertou o botão do vidro automático do carro e atirou-os no estacionamento. Depois, agarrou os óculos de tartaruga sobre seu nariz esbelto e finamente esculpido. Levando-os aos próprios olhos, disse, em voz arrastada:
“Exatamente como eu pensei. Você não precisa mesmo deles para enxergar. Ora, se essas lentes são de grau, eu como meu jaleco.” Em seguida, para constrangimento de Dulce, ele também atirou seus óculos no estacionamento.
Dulce estava a ponto de se jogar do carro para recuperá-los, quando, antes que pudesse abrir a porta, um automóvel passou com os pneus da frente por cima dos óculos, esmagando-os.
“Meu Deus! Não acredito no que você acaba de fazer” Ela olhou para ele como se nunca o tivesse visto antes, chocada e abalada. “Por que você fez isso?”
“Porque você tem um cabelo lindo... que me lembra uma marta-da-sibéria, encorpado, lustroso e tão incrivelmente suave ao toque... E grandes e bonitos olhos castanhos que se parecem melaço derretendo sob uma chama. Quero ver seus cabelos e seus olhos, Dul. Como seu marido, o que serei em apenas alguns minutos, tenho esse direito. E, como acho que você não mudaria por mim, eu mesmo faço isso por você. Agora você está com a aparência que uma mulher deve ter: adorável, feminina, vulnerável e convidativa... do modo como quero que minha noiva pareça. Vamos?”
Postado meninas...
Autor(a): olhoslindos
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Por mais que tivesse ficado contrariada, Dulce percebia que não fazia sentido discutir com Chris. Apesar de reivindicar o contrário, ele não tinha o direito de ter feito o que fez. Ainda assim, suas palavras sobre o cabelo e os olhos dela faziam com que ela se arrepiasse, se sentisse lisonjeada, e amansavam a moça tanto quanto os gestos dele a irr ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 96
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stellabarcelos Postado em 14/11/2015 - 14:23:45
Muito top!
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simonecristina Postado em 20/12/2013 - 12:16:57
Eu favoritei essa web quanto ela já tinha acabado valeu muito apena porque a web é muito boa Parabéns e tu não ficou de enrolação deixando se tornar chata mandou bem garota
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pathy Postado em 19/12/2013 - 19:02:24
Parabéns pela fanfic,ficou muito legal.
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mundovondy Postado em 19/12/2013 - 18:38:48
eu amei essa fic e achei curiso ter deixado tantos misterios assim a mente pode viajar ! por exemplo p mim kate virou uma india ashuashu paul era o intruso q se juntou com a voz misteriosa p vingança e a voz misteriosa p mim era uma concorrente ou sla uma ex de chris ashuashu enfim parabens gostei msm
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a_letiicia Postado em 19/12/2013 - 13:04:08
Eu não achei nada demais. Toda história no final deixa alguma curiosidade não tem jeito de resolver todas as dúvidas. E não achei falta de educação, nem grosseria nada disso, mas enfim
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pathy Postado em 18/12/2013 - 15:37:37
Também não precisava falar desse jeito.
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juju_simoess_ Postado em 17/12/2013 - 22:45:24
Delicadeza mandou lembranças! Credo!
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juju_simoess_ Postado em 16/12/2013 - 14:13:31
Algumas coisas ainda estão para ser contadas...como oq aconteceu com Kate, que fim deu os caras que queriam deportar Ucker, o sexo do bb, o fim de Paul e quem era o intruso do laboratório e o sequestrador do avião! Já da pra fazer uma 2 temporada..
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juju_simoess_ Postado em 16/12/2013 - 14:10:50
2 temporada? Ameeei!!
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debrbd2009 Postado em 15/12/2013 - 20:04:59
mto bom o final da web parabéns ficou demais mas oq aconteceu com a kate?!