Fanfic: Um Marido Contratado (Hired) Terminada | Tema: Vondy
Fiel à sua palavra, Kate havia deixado o jatinho da Saviñón à disposição de Dulce e Chris. Uma limusine, também providenciada pela avó, levara os dois ao aeroporto. Outra limusine os apanhara ao final da viagem e os levara até Maplewood Lodge.
Era um lindo retiro rústico, às margens de um lago, no meio de uma floresta de bordos. Em vez de quartos, havia chalés individuais, e enquanto a limusine passava pela trilha de terra escorregadia pelo gelo e neve, pareceu a Dulce que ela e Chris haviam sido enviados ao mais isolado e recolhido de todos.
“Vovó deve ter vindo aqui no verão, quando aposto que esse lugar é maravilhoso” comentou Dulce ao olhar pelas janelas escurecidas do carro, em que a neve batia suavemente pouco antes de ser derretida pelo aquecedor. “Provavelmente ela nem imaginou que não seria a mesma coisa no inverno.”
“Ainda assim, é adorável” disse Chris. “Me faz lembrar a Rússia.”
“Você deve sentir muita falta do seu país.”
“Sim... mas não o suficiente para voltar para lá de vez. E agora, graças a você, não precisarei fazer isso. Sei que meus motivos para casar foram terrivelmente egoístas, Dul. Mas, ainda assim, serei sempre grato pelo que você fez por mim.” Os olhos escuros dele a admiraram, calorosos, e ela enrubesceu.
“Nem pense nisso. Do meu ponto de vista, era a única coisa a fazer para salvar a fórmula secreta de juventude da vovó. Meu motivo também foi muito egoísta, Chris.”
Com um solavanco, a limusine parou em frente ao chalé. O motorista saiu para abrir a porta do carro enquanto o mensageiro que os acompanhara desde o alojamento entrou no chalé e desapareceu. Tomando a mão de Dulce, Chris a ajudou a sair da limusine. E, antes que ela percebesse, ele a suspendeu em seus braços fortes, carregando-a pelo jardim até a entrada do chalé.
“Chris! Ponha-me no chão!” ela gritou, constrangida pelos sorrisos largos que via nos rostos do motorista e do mensageiro ao assistir sua luta inútil para se libertar.
“Quieta, Dul” exigiu Chris. “E pare de me bater, pelo amor de Deus! Estou apenas cumprindo minha obrigação como marido.” No chalé, ele finalmente a pôs no chão, com um sorriso tão largo quanto os dos dois outros homens. Gentil, ele tirou um restinho de neve do cabelo dela. “Um noivo deve carregar a noiva pelo umbral... ou estou errado quanto a isso ser um costume nos casamentos americanos?”
“Não, você está certo. Eu... bem... tinha me esquecido, foi isso” Dulce disse, hesitante. Na verdade, como o casamento deles era arranjado, ela não esperava que ele seguisse as tradições. Mas, como estava começando a aprender, não havia nada sobre Chris que ela pudesse tomar como certo. Ele sempre a surpreendia.
Quando o motorista da limusine trouxe a bagagem deles e as compras que haviam feito a caminho do hotel, o mensageiro abriu as cortinas e ligou o aquecedor do chalé, que estava frio. Dulce tirou o casaco e as luvas e parou para olhar em volta.
O interior do chalé não era tão rústico quanto o exterior. Para manter o tema rural, a mobília era uma mistura eclética dos estilos inglês e francês; no entanto, era luxuoso, o que a fez lembrar da casa de Chris. Sofás confortáveis de dois lugares ocupavam os dois lados da lareira de pedra, que subia até o telhado de vigas. Cristaleiras, aparadores e mesas de estilo antigo se espalhavam pelo espaço. Tapetes ornamentais se estendiam sobre o chão de madeira de lei. Ao lado da sala de estar havia uma pequena cozinha. Por uma porta no lado oposto da sala chegava-se a um quarto e um banheiro.
Chris havia dado gorjeta ao motorista e ao mensageiro, e eles já haviam saído, deixando os recém-casados a sós.
“Chris!” Dulce gritou para chamá-lo enquanto olhava firme para o quarto dominado por outra lareira, um armário e uma enorme cômoda de pinho, e uma cama de dossel, coberta com uma colcha dobrada na forma de aliança de casamento. “Chris! Acho que houve algum engano... devem ter reservado o chalé errado para nós.”
“Por quê?” ele aproximou-se.
“Bem, veja. Só tem... só tem um quarto de dormir. Não pode estar certo. Vovó sabe das circunstâncias do nosso casamento. E certamente teria reservado um chalé de dois quartos. Você devia ligar para a recepção e falar com eles.”
“Falar o quê, Dul? Que, apesar de sermos recém-casados, não queremos o chalé de lua-de-mel? Porque foi o que o mensageiro me disse que esse chalé é. Veja lá fora.” Ele se moveu em direção às janelas, pelas quais ela via que já estava escurecendo e que a neve caía mais forte. “Você realmente quer recuar, benzinho? E se o SIN começar a dar umas incertas, mandar alguém até aqui para investigar nosso casamento? Você quer que eles descubram que eu reclamei com a recepção e troquei o chalé de lua-de-mel por outro de dois quartos em nossa noite de núpcias?”
“Não, claro que não” ela respondeu, percebendo o que aquilo poderia parecer para o SIN.
“Então vamos fazer o melhor possível nessa situação, está bem? Vou dormir num dos sofás ou algo assim.”
“Isso... não vai ser muito confortável para você” -Dulce falou, relutante, esperando que ele não interpretasse suas palavras como um convite para ir para a cama com ela. Para ter certeza disso, ela prosseguiu: “Eu sou menor que você. Só faz sentido se eu dormir no sofá.”
“Não.” Ele balançou a cabeça. “Agradeço a intenção, mas receio que o cavalheirismo exige que seja eu quem se acomode em algum lugar na falta de uma cama. Mas não se preocupe. Não será tão incômodo. Então, o que você acha de desfazermos as malas e prepararmos alguma coisa para comer?”
“Acho uma boa idéia.”
Seguindo Chris de volta à sala de estar, Dulce reparou que, antes de sair, o mensageiro havia acendido as lâmpadas e a lareira, que ardia, criando uma atmosfera de recolhimento para amantes. Com tudo isso, ela não conseguia parar de pensar no único quarto.
O que sua avó estava pensando? Kate não era do tipo que lida de modo incompetente com qualquer situação, e Dulce não conseguia imaginar que, naquelas circunstâncias, sua avó tivesse deliberadamente lhes reservado o chalé de lua-de-mel. Ou o próprio hotel havia cometido um erro, ou Kate estava finalmente ficando senil.
Dulce não podia acreditar na segunda hipótese. Ela não queria acreditar. A idéia de que sua avó não viveria para sempre, onipresente, inteligente e enérgica, causava-lhe medo e desânimo. Não, o hotel havia cometido um erro, era isso.
“Por que não desfaz suas malas primeiro, Chris, enquanto eu ponho as compras no lugar” Dulce sugeriu, ao entrar na cozinha e acender as luzes. Elas eram fluorescentes e bruxulearam irregulares por um momento antes de acender, desfazendo a atmosfera romântica do chalé, para seu alívio.
Dulcee começou a tirar as compras dos sacos de papel marrom sobre o balcão. No caminho para o hotel, Chris havia instruído o motorista da limusine a parar em um dos mercados locais. Ali, Dulce havia enchido o carrinho de compras com comida suficiente para uma semana. Depois que sua avó os havia alertado que o restaurante do hotel fechava cedo e que não havia serviço de quarto vinte e quatro horas, seria uma boa idéia ter alguns itens básicos à mão, se eles precisassem cozinhar.
“Todos os chalés têm cozinha equipada” havia explicado Kate. “Vocês terão tudo de que precisam em matéria de panelas e outros utensílios.”
Ao abrir os armários da cozinha, Dulce viu que isso era verdade.
“Que tal se eu preparar alguns desses bifes hoje à noite, Chris?” Ela pegou um pacote de carne embrulhado em papel.
“Que tal prepararmos juntos?” ele respondeu, sorrindo para ela. “Afinal, é nossa noite de núpcias, e não parece justo que apenas um de nós tenha a tarefa de cozinhar.”
“Suponho que nós poderíamos pedir para entregarem alguma coisa” ela disse, hesitante.
“O quê? E fazer algum coitado carregar uma bandeja pesada até aqui, no escuro e com esse tempo? Não, isso é cruel até de se ver, benzinho” insistiu Chris. “Ele pode escorregar no chão coberto de gelo, cair em um barranco e ser devorado por lobos ou por algum urso atraído por nosso jantar de núpcias. Provavelmente, os ossos do pobre rapaz não serão encontrados até a primavera. Além disso, somos recém-casados, lembra? E casais em lua-de-mel valorizam a privacidade. Temos tudo de que precisamos bem aqui... e de qualquer maneira, teremos alguma coisa para fazer.”
Dulce enrubesceu sob o olhar dele, que a admirava com um sorriso insolente no rosto. Ela teve a inequívoca impressão de que cozinhar era a última coisa que ele queria estar fazendo em sua noite de casamento. E também não era exatamente a maneira como, ao longo dos anos, ela havia imaginado passar essa noite. Mas, até então, ela nunca havia sonhado com um casamento arranjado, de papel, ou qualquer coisa parecida com o que havia acontecido nos últimos dias. Ela ainda se sentia como se estivesse em um sonho, dando voltas em algum carrossel maluco. Mas uma aliança de metal provava se ela fosse capaz de entender?
Ela não sabia.
Para desviar o pensamento de que estava sozinha com um homem atraente e viril que agora era seu marido, Dulce concentrou-se em arrumar as compras no lugar. E ficou aliviada quando Chris desapareceu no quarto para desfazer as malas. O efeito que ele tinha sobre ela era muito próximo do devastador. Ela não sabia como resistiria em ficar sozinha com ele naquele chalé por uma semana inteira.
Ela gostaria de poder dizer o que estava pensando ao encarregado de reservas na recepção por ter cometido tal erro, pensou, irritada, os nervos à flor da pele.
Christopher Uckermann mais um quarto. Por uma semana.
Ela não precisava ser química para descobrir que aquela era, com certeza, uma equação explosiva.
Me desculpem por não postar antes, meu PC ta dando problema desliga sozinho. Ontem eu ate tentei postar mas site tava dando direto erro. Mas Aqui estou postando pra vc... Divirtam-se
Autor(a): olhoslindos
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Dulce desembrulhou o espinafre fresco e as alfaces romana, roxa e crespa e começou a cortar as folhas, enchendo a pia com água fria para lavá-las. Decidiu preparar uma salada mista para acompanhar os bifes, algumas batatas coradas e legumes. Uma mistura de brócolis, couve-flor e cenouras cozidos no vapor seria uma boa idéia. Mas se deu cont ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 96
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stellabarcelos Postado em 14/11/2015 - 14:23:45
Muito top!
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simonecristina Postado em 20/12/2013 - 12:16:57
Eu favoritei essa web quanto ela já tinha acabado valeu muito apena porque a web é muito boa Parabéns e tu não ficou de enrolação deixando se tornar chata mandou bem garota
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pathy Postado em 19/12/2013 - 19:02:24
Parabéns pela fanfic,ficou muito legal.
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mundovondy Postado em 19/12/2013 - 18:38:48
eu amei essa fic e achei curiso ter deixado tantos misterios assim a mente pode viajar ! por exemplo p mim kate virou uma india ashuashu paul era o intruso q se juntou com a voz misteriosa p vingança e a voz misteriosa p mim era uma concorrente ou sla uma ex de chris ashuashu enfim parabens gostei msm
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a_letiicia Postado em 19/12/2013 - 13:04:08
Eu não achei nada demais. Toda história no final deixa alguma curiosidade não tem jeito de resolver todas as dúvidas. E não achei falta de educação, nem grosseria nada disso, mas enfim
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pathy Postado em 18/12/2013 - 15:37:37
Também não precisava falar desse jeito.
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juju_simoess_ Postado em 17/12/2013 - 22:45:24
Delicadeza mandou lembranças! Credo!
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juju_simoess_ Postado em 16/12/2013 - 14:13:31
Algumas coisas ainda estão para ser contadas...como oq aconteceu com Kate, que fim deu os caras que queriam deportar Ucker, o sexo do bb, o fim de Paul e quem era o intruso do laboratório e o sequestrador do avião! Já da pra fazer uma 2 temporada..
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juju_simoess_ Postado em 16/12/2013 - 14:10:50
2 temporada? Ameeei!!
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debrbd2009 Postado em 15/12/2013 - 20:04:59
mto bom o final da web parabéns ficou demais mas oq aconteceu com a kate?!