Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 11 O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 11

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Anahi entrou no hospital com o coração acelerado. Não sabia por que estava nervosa, já que as chances de encontrar Alfonso eram mínimas. Ele podia estar no meio de uma cirurgia que duraria horas e também não poderia interrompê-lo caso estivesse em consulta.
Não precisava vê-lo naquele instante, pensando bem. Claro, ele não devia ter transferido Myrt para sua casa sem lhe falar antes, mas não se tratava de ofensa irreparável. Sentia-se disposta a brigar por qualquer motivo e, de fato, estava aborrecida por não ter resolvido ainda a questão da proposta de casamento. Havia algo errado com Alfonso. Ele agia de maneira muito estranha. Queria... precisava chegar ao fundo da questão, mas agarrá-lo no meio do dia de trabalho para uma conversa não resolveria nada.
Devia estar em casa. Ou no trabalho. Em qualquer lugar, menos percorrendo o corredor rumo à unidade de cirurgia plástica e queimaduras. Pessoas conhecidas a saudavam e ela apenas assentia em resposta. Todos na cidade sabiam que ela era policial de modo que podia andar pelo hospital sem que ninguém a questionasse. Felizmente, porque não saberia responder por que estava ali. Só queria ver Alfonso.
E, por algum motivo, queria vê-lo naquele instante. Não mais tarde. Queria brigar com ele, acusá-lo de ser manipulador e autoritário.
No entanto, mesmo encontrando uma boa desculpa, ainda sentia o coração disparado.
Parou junto ao balcão de atendimento.
— Já se encontrou com o dr. Herrera? — perguntou Mary Jo, enfermeira, reconhecendo-a. — Ele passou por aqui várias vezes esta noite... você sabe, houve um acidente com adolescentes na estrada de Cold Creek. Stevie cortou mesmo o rosto.
Oh, não — lamentou Anahi. — Stevie Richards? — Como se houvesse outro Stevie morando perto da estrada de Cold Creek.
Sim, os pais chamaram o dr. Herrera de madrugada, em caráter de emergência. A família toda estava aflita. O dr. Herrera conseguiu tranquilizar e os mandou para casa, ficando para assistir Stevie após a cirurgia... — Normalmente, Mary Jo não comentava os casos, mas Anahi não era qualquer pessoa. Já se conheciam havia anos, e a enfermeira sabia mais sobre acidentes e problemas com jovens do que os registros do hospital apontavam; por isso, era frequente trocarem idéias. — Sei que ele não estava no quarto de Stevie há uma hora, mas posso...
Anahi a viu pegar o microfone.
Não, não o chame. Não quero incomodá-lo se estiver com um paciente. Não era assim tão importante. — Se Alfonso ficara acordado a noite inteira, devia estar exausto. Sim, havia sua necessidade emocional, mas podia esperar. A policial Anahi era campeã em controlar as emoções.
Bem, ele ainda está no hospital, isso eu sei. — Mary Jo bateu o dedo no balcão. — Tenho quase certeza que o vi indo para o quarto de lady Helena. Pelo menos, ele mencionou que formaria uma junta de avaliação com a dra. Harding e o dr. Chambers. Isso foi há meia hora, assim, acho que chegou em boa hora para pegá-lo.
— Obrigada. Devo uma a você.
Anahi ouviu um helicóptero aproximando-se. O hospital de Royal não era como o dos grandes centros, mas a unidade de queimaduras ganhava reputação e chegavam pacientes de todo lugar. Não obstante, ao entrar na área de queimaduras, logo sentiu a mudança de ambiente. Ali era calmo, com aquelas paredes azuis e iluminação suave. Ninguém nem tossia na unidade. Alfonso colocaria para fora qualquer um que entrasse com gripe ali, pois infecção representava um sério risco a vítimas de queimaduras. Qualquer um internado naquela ala tinha sérios problemas e precisava de paz, além de cuidados médicos. Anahi tinha a impressão de que o local fora projetado para aliviar o espírito, além de curar o corpo.
Desconfiava de que Alfonso precisava daquele ambiente de cura também... que ele não criara a unidade de queimaduras apenas com base em normas técnicas de instalações hospitalares, mas levando em conta as necessidades de sua alma. Como se tratasse de algum ferimento que escondia de todos.
Ainda pensava nisso quando o localizou.
O quarto de lady Helena devia ser segredo por motivo de segurança... ela era uma das pessoas mais importantes que o hospital já abrigara... mas todo policial na cidade sabia onde ela estava. Anahi virou à direita e viu a dra. Harding e o dr. Chambers no corredor junto à porta. A voz de Alfonso vinha de dentro do quarto.
O dr. Chambers era ortopedista. Era muito falante e Anahi já levara muitas crianças espancadas para ele tratar. Sabia que era uma boa pessoa.
Impossível não gostar da dra. Harding. A especialidade dela era queimaduras e a compaixão no olhar tornava-a bonita. Alfonso nunca admitiu, mas Anahi sabia, através da rede de fofocas, que ele roubara a dra. Harding de Boston devido a seu trabalho inovador no tratamento das vítimas de queimaduras.
Anahi hesitou, decidindo se valia a pena interromper a junta médica. Devido à comoção que o acidente causara na cidade e aos boletins diários nos noticiários, mais ou menos sabia do estado de lady Helena. Alfonso não estava diretamente envolvido, mas apenas acompanhando o caso, pois cirurgia plástica só seria cogitada dali a um bom tempo, quando os ferimentos já estivessem bem cicatrizados. Anahi lembrava-se de como lady Helena era bonita e de como estava elegante na festa. A voz dela naquele instante, entretanto, parecia fraca e assustada:
Quando poderei ir para casa?
Creio que ficará conosco por algum tempo. Semanas ainda. Mas prometo que terá grandes progressos — respondeu a dra. Harding.
Poderei mexer a minha mão novamente? E a perna?
Os médicos trocaram olhares no corredor.
Acreditamos que sim, Helena. — Então, afastaram-se, deixando Alfonso sozinho com lady Helena.
Dr. Herrera, com que aparência eu vou ficar? Por favor, diga a verdade. Ninguém quer me responder direito. Não posso lidar com o problema se não souber sua extensão. Como ficarão as cicatrizes?
Nesse momento, Anahi quase deu meia-volta e fugiu. Mudara completamente de idéia sobre conversar com Alfonso. Seu assunto podia esperar. Era egoísmo querer vê-lo, sabendo que tivera uma noite difícil e o dia também não fora dos melhores... As perguntas de lady Helena comoviam qualquer pessoa... e Anahi não imaginava atormentá-lo naquele momento.
Não obstante, permaneceu. Não ouvia bem o que ele dizia à paciente, mas se acalmava com seu tom gentil, familiar. Finalmente, ele saiu, guardando a caneta no bolso, o sorriso que dedicara à paciente ainda estampado no rosto... e que desapareceu assim que ele se viu no corredor.
Ele pensava estar sozinho no corredor. Anahi viu quando ele relaxou os ombros. Estava pálido de cansaço.
Não havia como passar despercebida.
— Alfonso?
Antes de voltar-se, ele recompôs a expressão e endireitou o corpo. Imprimiu um sorriso nos lábios e seus olhos brilharam, embora ainda escondesse os sentimentos.
—Ani. Você por aqui de novo?
Ela sempre se irritava com as provocações dele. Tinha vontade de esmurrá-lo... e de beijá-lo. No fundo, queria tocá-lo. Como não percebera isso antes?
Devia saber que eu viria atrás de você após o que fez — censurou ela.
O quê? Eu não fiz nada.
Não banque o inocente comigo, doutor. Está encrencado... e todo mundo sabe que não deve se meter com uma policial. E hora de encarar a verdade. O que vai fazer agora à tarde?
Bem, já visitei meus pacientes hoje, mas devia receber uma corretora de seguros agora à tarde. E tenho uns relatórios para redigir. — Ele sorriu. — Mas posso cancelar tudo. Prefiro me encrencar com você. Mas, tenho que admitir, Ani, não posso prometer ser uma grande companhia. Estou um pouco cansado. Um pouco? Aquele sorriso não a enganaria jamais. Quanto mais o avaliava, mais percebia que ele teria sorte se conseguisse chegar em casa sem dormir ao volante.
— Bem, eu prometo ocupar só alguns minutos do seu tempo...
Ele franziu o cenho, como se se lembrasse de algo muito sério.
— Na verdade, eu preciso conversar com você. Devia ter lhe telefonado bem antes, mas fiquei ocupado aqui e não consegui nem um tempinho. Ainda bem que nos encontramos...
Anahi temia que ele quisesse falar sobre casamento.
— Está bem. Que tal se formos para a sua casa e, enquanto você come um sanduíche, conversamos?
Depois, eu volto para a minha casa.
Ele ergueu o sobrolho.
— Está bem para mim, mas não parece tão conveniente para você. Desde quando você gosta de ir para a minha casa?
Desde nunca. Ela sabia onde Alfonso morava, mas nunca se sentira à vontade sozinha com ele. Não que não confiasse em Alfonso... mas temia os sentimentos que ele lhe despertava. Naquele momento, porém, nada daquilo importava. Queria que ele se alimentasse, descansasse e dormisse, e seria bem mais fácil se fossem para a casa dele.
Anahi seguiu o carro esportivo e, no trajeto, ligou do telefone celular para Myrt.
Até que horas a senhora pode ficar?
Já disse. A noite toda, se precisar. Até você chegar.
Bem... como está Angel?
Ela é um anjinho mesmo. Anahi ficou mais tranquila.
Bem, encontrei Alfonso e ele está realmente cansado. Estou seguindo-o até a casa dele, para fazê-lo descansar. Acho que não vou ficar muito tempo, mas não sei a que horas vou chegar.
Tudo bem. Sei onde você estará e telefono se precisar. Fique tranquila, mamãe. Divirta-se. Se ficar muito tarde, eu durmo no quarto de hóspedes e deixo a porta aberta para ouvir o bebê. Você tem chave?
Anahi piscou. Nem sua mãe adotiva alguma vez lhe perguntara se tinha a chave de casa. Myrt comportava-se como mãe honorária, querendo ou não.
O bom humor desapareceu quando estacionou o carro na garagem da casa de Alfonso. Não era longe da sua, mas pareciam estar em universos diferentes. A construção em estilo espanhol com telhado de cerâmica vermelha, dois andares e pilares adornando a porta de entrada tinha um pátio coberto que avançava até os jardins com uma fonte de mármore e piscina com jatos de água.
Ele abriu a porta e deu-lhe passagem. O silêncio absoluto dentro da casa a deixava nervosa. Despiu a jaqueta e descalçou os sapatos, tentando acalmar-se para conversar normalmente.
Já faz tempo que estive aqui. Na verdade, acho que nunca fui lá em cima... Quantos quartos tem?
Quatro, e três banheiros, acho... mas não vou jurar — disse ele. — Eu também não vou muito lá em cima.
Anahi sorriu.
— Nunca perguntei por que comprou uma casa tão grande. — A área do térreo era enorme. Além da sala de jantar e de estar, havia uma biblioteca, um escritório, um jardim de inverno e uma sala de jogos. Ainda no térreo, existia uma suíte principal em algum lugar.
Na época, pareceu certo. Eu queria uma casa na cidade, perto do hospital e do consultório. Mas não queria no mesmo bairro de meus pais... eu os amo, mas ficaria muito perto. E, embora adore a fazenda do meu avô, não poderia morar na zona rural. É longe demais do trabalho.
Mas você não precisava desse espaço todo!
Eu sei. Mas Myrt e o jardineiro vieram com a propriedade. E a escada confinada torna fácil manter a parte de cima isolada. Assim, tenho todo aquele espaço, mas não preciso me preocupar com ele. A família pode ficar lá nas férias e feriados.
Ela respirou fundo... não havia como obter uma resposta se não fizesse a pergunta certa.
— Pensava numa casa para uma família quando a comprou?
Ele levantou o rosto. Por um segundo, ela se esqueceu do quanto ele estava cansado.
— Se está me perguntando se eu consigo imaginar você e nossos filhos vivendo aqui... sim, posso. Andei pensando nisso. Embora imaginar você e eu produzindo essas crianças tenha me ocupado mais...
Ela era uma policial, experiente e vivida demais para enrubescer, mas o fato era que tinha as faces afogueadas. Ainda não conseguia acreditar que Alfonso gostava dela como mulher, nem entender como não percebera a química entre eles todos aqueles anos.
Alfonso, eu não estava perguntando sobre nós... Ele sorriu, parando de provocar.
Eu sei, você só perguntou por que comprei a casa. A verdade é que... não sei, Ani. Na ocasião, gostei do lugar... não foi uma decisão prática. Gostei das lareiras, da mesa de jogos e destas duas árvores aqui.
As árvores tinham uns três metros de altura e ficavam na sala. O projeto arquitetônico trazia a natureza para dentro e amenizava a escuridão, destacando as janelas e o teto em madeira nobre.
Anahi admirou as plantas e as telas de arte contemporânea nas paredes.
Você mesmo escolheu os quadros?
Está brincando? A casa já veio assim. Eu só preciso regar as plantas.
Homens — murmurou ela, desanimada.
Ora. — Ele foi para a cozinha, acendendo as luzes pelo caminho. Passaram pelo vestíbulo, onde havia um aparador com um maço de correspondência, e pelo escritório, com lavabo grande como uma sala de estar. Anahi notou os azulejos azuis e as toalhas da mesma cor.
Lá em casa, o acabamento também é em tons de azul, mas não parece tão bonito quanto o desta casa.
Eu insisto para que se case comigo, não é? Pense, você poderia colocar as mãos em todo o meu dinheiro. Não parece bom?
Colocar as mãos nele parecia bom... Bom demais. Principalmente para uma mulher que não se considerava faminta por sexo... até porque tinha outras prioridades. Alfonso mal caminhava em linha reta. Estava cansado e sua voz saía sonolenta.
Quando passaram pela sala de jogos... antes da cozinha... ela mesma acendeu a luz porque desconfiava de que ficariam por ali. O local tinha o espírito de Alfonso. Entre as janelas amplas, havia estantes de livros lotadas. A mesa de jogos ficava no centro e a lareira não era a gás, mas a lenha de verdade. Completavam a decoração um tapete oriental antigo e espesso, um sofá de couro vermelho e luminárias nas paredes.
Arregaçando as mangas e refutando os protestos do dono da casa, Anahi foi para a cozinha.
Hoje é o seu dia de sorte. Enquanto você toma banho e depois se instala no sofá com as pernas elevadas, eu preparo alguma coisa para você comer. Farei o que quiser... desde que não seja mais complicado do que sanduíche de queijo derretido e batatas fritas. Não, não me agradeça. Sei que está acostumado com os pratos elaborados de Myrt, mas estou inspirada e vou acrescentar biscoitos de chocolate como sobremesa...
Hum... posso mudar de idéia sobre emprestar Myrt e chamá-la de volta?
—Não. — Ela indicou a porta. — Vá tomar banho.
— Eu não sabia que você era autoritária e abusiva — reclamou ele, rindo... mas obedeceu.



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Autor(a): ayaremember

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Ela procurou os ingredientes para o jantar simples. Quando ele voltou, de calça jeans e camiseta, ela levou a bandeja para a sala de jogos, acendeu a lareira e as luminárias sobre o aparador. A iluminação difusa deixou o sanduíche de queijo e toicinho defumado e as batatas fritas mais apetitosos.Hum, está quase tão bom quan ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 20



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  • franmarmentini Postado em 15/01/2014 - 14:35:37

    aiiiiiiiiiiiiiiiiii to amando pena que não mostrou o casamento deles :(

  • franmarmentini Postado em 15/01/2014 - 13:50:06

    voltei...

  • lyu Postado em 29/12/2013 - 10:51:49

    acho q foi esse aaron q roubou as joias

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 15:47:53

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 23:25:06

    nossa...que lindos...disseram que se amam...adorei a descrição do anel...imagino os olhos de ambos brilhando ...

  • franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 09:36:32

    aiiiiiiiiiiiiiiii meu deus que perfeitos!!!!!!!!!!!!!! continua ta muito muito maravilhoso...

  • franmarmentini Postado em 11/12/2013 - 10:04:40

    aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii até que enfim...só falta a any agora dizer que o ama :)

  • belle_doll Postado em 11/12/2013 - 00:50:07

    Preciso me atualizar! \o/

  • steph_maria Postado em 10/12/2013 - 23:41:36

    FINALMENTEEEEEEEEE PRIMEIRA NOITE DELES!!!! Sabia que Anahi não ia resistir por muito tempo ao Alfonso *--*

  • daycris Postado em 05/12/2013 - 21:03:30

    posta mais suas webs são perfeitas


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