Fanfic: O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA

Anahi balançou a cabeça, para ter certeza de que ouvira bem.
— Você confia em mim?
Alfonso ia e voltava diante da lareira. Estacando, voltou-se de cenho franzido.
— Claro que confio em você. Que pergunta é essa?
Ele hesitou. — A minha preocupação é colocá-la em risco, Ani. Não é justo. Você não é obrigada a ajudar o Clube dos Pecuaristas. O problema é nosso.
Levou a mão à testa. — Bolas, fui eu que sugeri o seu nome e devia ter pensado em como isso a afetaria. Na hora, só pensei em alguém que tivesse integridade e discernimento... Você parecia a candidata perfeita. Todos concordaram. Confiamos em você, nós a conhecemos há muito tempo e podemos ser honestos com...
Alfonso calou-se, espantado ao ver Anahi lançando-se em sua direção, como se tropeçasse no tapete oriental.
Durante toda a vida, ela se esforçara para não reagir impulsivamente. Por ser uma criança abandonada, sentia que devia se empenhar para conquistar a consideração das outras pessoas.
Ao mesmo tempo, aprendera a valorizar a si mesma. Sabia que era uma boa policial e que realizava um excelente trabalho com crianças e jovens. Era respeitada e querida na comunidade... ou seja, ganhara o respeito das pessoas. Mas nunca imaginara ter a confiança e a consideração de Alfonso.
Alguém que ela valorizava.
Alguém que ela amava... ainda que temesse usar essa palavra importante, significativa.
Acabava de se atirar nos braços dele. Atônito, ele a amparava. Com certeza, não esperara um abraço naquele momento, quanto mais uma mulher lançando-se contra ele tão impetuosamente. Tampouco estava preparado para sentir lábios trêmulos e desajeitados contra os seus.
Mas ele não levou nem três segundos... talvez menos... para perceber tudo. Antes que ela se desse conta de como agira impulsivamente, apertou-a entre os braços... contra seu próprio corpo... e os dois compartilharam um beijo selado. Só se ouvia o fogo crepitando na lareira, o mesmo que projetava sombras nas paredes. A noite parecia envolvê-los com um silêncio particular e especial.
Alfonso a beijou, e repetiu mais uma vez, e outra, como se houvesse passado anos no deserto. Como se houvesse apenas sobrevivido desde a última vez. Como se o gosto de Anahi bastasse para sustentar sua vida.
Mas aquilo não era tudo de que ela precisava. A princípio, imaginara que seu sentimento selvagem por Alfonso não passasse de carência afetiva. Agora, porém, a necessidade que lhe percorria os nervos de cima a baixo parecia ganhar energia a cada segundo. Passou a tocar, acariciar, agarrar. Inclinou a cabeça para trás para aproveitar melhor o beijo e, então, contorceu-se para aplacar o desejo no corpo.
Anahi estava de calça jeans e camisa de algodão, mas não ficaria assim por muito tempo. Puxou a camiseta de Alfonso, querendo sentir sua pele. Ele começou a desabotoar sua camisa, beijando as áreas que iam se expondo, do pescoço aos seios. Então, quando lhe alcançou a cintura, puxou a peça ao longo dos braços. Retomou os carinhos, agora visando se livrar do sutiã.
Ela prendeu a respiração, os pulmões exigindo oxigênio. Alfonso preparava-se para beijá-la novamente, desta vez nos lábios. O beijo começou doce, mas se tornava travesso e exigente.
Acalorado, ele levou a boca a seus ombros desnudos, como se fossem zonas erógenas. A camisa parara de descer nos punhos abotoados. Ele sorriu... satisfeito por tê-la imobilizada. Quando abriu o fecho do sutiã, os seios projetaram-se contra sua mão. Baixando a cabeça, massageou e provocou um mamilo com os dentes.
Anahi provocara aquela explosão; desejara. Quando Alfonso iniciou outro beijo provocante, entretanto, ela demonstrou insegurança e ele se deteve.
Não faremos nada que você não queira, Ani.