Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 18 O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 18

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Ouvi, sim. A cidade toda está encantada por ver você trabalhando com um bebê a tiracolo.
Anahi assentiu.
Eu sei que você trabalha com crianças menores e não tem contato com adolescentes, mas até agora não encontrei uma pista que levasse à mãe de Angel. Também não sei se a mãe era uma adolescente... mas deve ser alguém da cidade, porque me conhecia pelo nome. Então, tinha esperança...
Tinha esperança de que eu soubesse algo?
Sim. Eu sei que é pouco provável... mas todas as medidas padrão não levaram a nada. Como comentam que crianças de todas as idades conversam com você, tinha esperança de que pudesse ter ouvido sobre alguma garota com problemas...
Bem... Na verdade, sei de alguém. — Pamela bateu o dedo na mesa. — Estou tentando me lembrar do nome da mulher. Ela estava na festa... alguém comentou que ela perdeu um bebê antes do Natal, mas na hora, só achei estranho. Você sabe como é aqui em Royal. A cidade inteira teria comparecido ao funeral para dar apoio. Só que não houve nada... — Meneou a cabeça. — Isso é bobagem. Não sei nada. Foi só uma fofoca que ouvi e, para dizer a verdade, não estava prestando atenção em nada naquela festa...
Entendo. — Angel começou a se mexer e Anahi ofereceu a mamadeira. — Eu a vi dançando com Aaron Black.
Pamela enrubesceu.
— Eu me senti a própria Cinderela... e acredite, não sou fã de contos de fada. Nem gosto de festas. Só fui porque era um evento ligado a Asterland, onde eu iria fazer o intercâmbio... pensei que encontraria outros estrangeiros lá... mas eu não pertencia ao grupo.
Anahi notou a insegurança da outra mulher.
Ora, o que isso quer dizer?
Vamos. Você conhece Aaron... ele parece um príncipe. Alto, sofisticado, bonito...
E, ele é bonito. — Anahi conhecia Aaron. Ele trabalhava com relações exteriores e sempre viajava. Era muito difícil vê-lo na cidade, exceto nos feriados importantes.
Eu a vi na festa também, Anahi. Não admira você não prestar atenção em Aaron... Só tinha olhos para um outro alguém.
Hein? Do que está falando?
— Vamos. Eu a vi dançando com vários rapazes, mas só ficava olhando para o dr. Herrera.
Anahi ficou atônita com a declaração de Pamela. Seria possível que todos percebessem a química entre ela e Alfonso antes que ela mesma se desse conta? Tudo ia bem, mas sentia que algo na vida de Alfonso ainda não estava certo, algo no coração, e que ele não queria lhe contar.
Está bem, vou parar de aborrecê-la — disse Pamela. — Se não quer falar sobre o doutor bonitão, não vou pressionar. Mas estou atenta a qualquer comentário que possa conduzir à mãe de Angel. Você quer ficar com ela, não quer? — especulou, gentil.
Quero. Já sinto como se fosse minha, mas a melhor forma de protegê-la é descobrindo a verdade.
É, acho que sim. — Pamela levou a mão ao abdome. — Desculpe-me, tenho que ir.
Anahi percebeu o gesto.
Você está bem? Precisa de ajuda?
Não, estou ótima. É que, desde o acidente, nada parece cair bem no meu estômago. Talvez seja estresse pós-traumático ou algo assim. Vou dar mais um tempo antes de procurar um médico. — Ela se levantou, apertou a mão de Anahi e beijou a testa do bebê.
Angel acabou a mamadeira e Anahi levou-a ao ombro para arrotar. Ainda pensava em Alfonso. De repente, não tinha certeza se ele realmente precisava dela.


CAPÍTULO X


Alfonso levou Anahi para jantar e estava tão abalado que riu de si mesmo. Nunca foi o tipo nervoso. Não podia. No trabalho, realizava cirurgias que duravam horas, durante as quais não podia hesitar, nem permitir que emoções lhe distorcessem o julgamento. Mesmo assim, naquela noite, sentia o estômago azedo, a pulsação acelerada, a palma das mãos úmidas... e a caixinha no bolso parecia pesar uma tonelada.
Esperava sentir-se melhor ao vê-la... só que não foi bem assim.
Anahi deteve-se ainda mais alguns minutos, instruindo Myrt sobre os hábitos do bebê. Então, vestiu um casaco, muito necessário naquela noite fria de janeiro, sobre o vestido de seda preta. Quando se arrumava, Anahi nunca usava roupas extravagantes, nada que chamasse a atenção sobre ela. Mas havia algo diferente nela... algo perigoso, preocupante. Não tinha idéia do que podia ser... o corpete tentador, a sombra nos olhos, o leve perfume.
Seu coração, que já estava acelerado, disparou.
Alfonso afrouxou a gravata antes de estacionar o carro e acompanhar Anahi até o restaurante elegante na rua principal da cidade, passando pela área comercial e pelo hotel antigo. Flocos de neve flutuavam ao redor, criando uma atmosfera de magia na noite.
Royal era uma cidade rica por causa do petróleo, mas não sofisticada. Aquele restaurante era uma exceção. Lá dentro, o som era abafado, as mesas tinham toalhas de linho branco, com arranjo de rosas naturais no centro. O menu não apresentava preços. O tapete era cor de vinho e o papel de parede tinha uma textura macia em vermelho. Num canto, um pianista de smoking tocava canções de amor.
Alfonso ajudou Anahi a despir o casaco.
— Uau, este restaurante continua impressionante — comentou ela. — Já estive aqui antes. Sabe como é, os Gerard vinham aqui para comemorações especiais, como todo mundo... pelo menos todo mundo que pode pagar. Mas sempre fico imaginando... o que acontece se alguém tropeça? Ou arrota?
Apesar da caixinha "pesada" no bolso, Alfonso relaxou. Como pudera se esquecer? Era natural estar com Anahi, apesar de ela estar tão sedutora naquele vestido.
Está tudo bem — assegurou ele. — Nada ruim pode acontecer aqui, portanto, não tem que se preocupar com isso.
Ah. E assim que funciona? Eu sempre tenho a impressão de que a minha meia vai desfiar quando entro aqui. Ou melhor, que eu sou a única mulher no restaurante com uma falha notável na meia.
Ora, pode ser. Mas, se isso acontecer, você tira a meia e o que estiver por baixo desse vestido e passa para mim.
Alfonso!
Talvez devêssemos ir para casa. Não está com fome, está? Eu estou, mas não de comida...
Anahi abriu o cardápio.
Você é mau e uma péssima influência — acusou, severa, e então sorriu, angelical, para o garçom.
Vamos começar com o melhor vinho que tiver na adega — disse Alfonso, só para chamar a atenção de Ani.
Fala daquele vinho que chegou com os colonizadores? — desdenhou ela.
Pode apostar. Aquele suco de uva só estava esperando por nós. — Alfonso dirigiu-se ao garçom: — Não se importe conosco. Estamos abobalhados. Enquanto isso... queremos os melhores bifes que você tem lá atrás... e não estou falando daqueles que vêm do Kansas. Queremos bifes texanos ou nada... e mais mal-passados do que promessas de políticos.
Sim, senhor. — O garçom se foi contendo o riso.
Tire os sapatos, Ani. Você está comigo. Vamos nos esbaldar hoje ou morreremos tentando. Não pense em bebês, nem em nenhuma outra preocupação, está bem?
Ela sorriu e Alfonso teve vontade de cantar. Em público. Ela ergueu a mão e entrelaçou os dedos nos dele, como se não houvesse mais ninguém no restaurante. Alfonso não sabia como vivera sem ela. Estava eufórico por saber que conseguia fazê-la relaxar, embora essa sensação não durasse muito tempo, infelizmente.
Ela deixou de sorrir.
— Alfonso, eu queria mesmo conversar com você... mas há dois homens sentados na mesa do canto junto à janela. Não devem ser da cidade, porque nunca os vi antes e há algo estranho nas roupas.
A questão é que eles ficam olhando para você...
Alfonso não olhou por sobre o ombro. Reparara nos dois homens quando entraram.
Eu sei. Seus nomes são Milo e Garth. Que par, hein? Eles me lembram cães de guarda.
Cães... — Ela olhou para os dois e mal conteve o riso. — Alfonso, não seja maldoso!
Mas é verdade, não é? — O garçom trouxe uma garrafa aberta e Alfonso dispensou-o, pois queria servir ele mesmo as taças.
Bem, então você os conhece? Oh, eles estão vindo para cá.
Raios. Só havia dois seres humanos que Alfonso gostaria de ver naquela noite... uma era o bebê e a outra... a única que ele realmente queria... era Ani. Mas forçou-se a erguer o olhar. E, como Anahi alertara, as más notícias pareciam cair sobre eles.
Milo, o mais alto, parecia mesmo um cão de guarda, tipo rottweiler. Garth, por sua vez, lembrava mais um buldogue.
Ambos aproximaram-se da mesa com um sorriso cortês.
Dr. Herrera, é bom vê-lo noyamente. Não queremos interromper o seu jantar, mas, quando o reconhecemos, achamos que devíamos dizer olá.
Que bom — mentiu Alfonso e apresentou Winona... embora nem que o matassem convidaria a dupla para se sentar à mesma mesa. — Milo e Garth são de Asterland, Anahi...
Milo ampliou o sorriso.
Sim, chegamos ontem — afirmou o rottweiler.
... e vão investigar os problemas com o avião. Com certeza, juntando esforços de Asterland e do Texas, poderemos encontrar respostas mais depressa, certo, cavalheiros?
Assim esperamos. — Milo meneou a cabeça. — Já que está aqui, dr. Herrera... eu e Garth estávamos vendo a lista de passageiros. Por acaso, conhece bem a srta. Pamela Miles e a srta. Jamie Morris? Alfonso sentiu o olhar de Anahi em seu rosto e roçou o tornozelo nela, indicando que queria lidar com aquilo sozinho.
Sim, as duas são moças que moram na cidade. Embora eu esperasse que considerassem todos os passageiros da lista e não apenas essas duas, que, inclusive são americanas.
Claro, claro. Acontece que os americanos são os mais desconhecidos para nós.
E seria muito mais fácil culpar um americano pelo acidente, pensou Alfonso.
Bem, para ser sincero, não estou em posição de responder sobre elas. Nem a srta. Raye aqui. Mas tanto a srta. Miles quanto a srta. Morris sempre moraram em Royal e acredito que não encontrarão nada que as desabone.
Claro. Obrigado. — Garth assentiu a Alfonso e, então, a Anahi.
Quando se afastaram, Anahi franziu o cenho. — O baixinho me deixou nervosa, doutor. Alfonso deu de ombros.
Não estou surpreso com a presença de enviados de Asterland para investigar o acidente. Não vejo nada estranho nisso. Mas foram atrás de mim em busca de informações assim que chegaram. Tive a impressão de que achavam que conseguiriam mais de um médico do que das autoridades. O que me deixou desconfiado foram as perguntas estranhas... Mas vamos esquecê-los, certo?
Certo.
E como está o meu bebê hoje?
O seu bebê começou a manhã encantando todo o departamento de proteção à juventude. Juro que ela só chora quando está sozinha comigo. Em público, justifica o nome.
Myrt vai ficar triste em ouvir isso. Adoraria ficar de babá dia e noite... — A conversa seguiu leve durante o jantar. Saborearam bife com molho Béarnaise, ervilhas e puré de batata. Quando retirou os pratos, o garçom sugeriu como sobremesa um creme brúlée e Anahi gemeu.
Eu não posso.
Claro que pode. — Alfonso pediu duas porções.
Você não entende. Tenho um fraco por sobremesas. Não posso me render ou vou ficar gorda como uma baleia.
Tenho quase certeza de que eles não incentivam a demonstração de orgasmos diante de sobremesas aqui.
Vê. Esse é o problema. — Relaxada, Anahi se parecia mais consigo mesma. Atrevida e valente... valente para mergulhar na sobremesa. — Você trouxe o carrinho de mão para me tirar daqui, não é?
Não. Mas trouxe outra coisa. — Ele enfiou a mão no bolso e percebeu que estava trêmulo.
Alfonso... — Talvez Anahi sentisse que um momento importante aproximava-se, porque começou a falar sem parar. — Vamos conversar sobre alguns problemas, está bem? Não sei o que o está aborrecendo, mas ocorreu-me que pode ser sobre a casa. Sabe o que eu quero dizer. Em que casa vamos morar? Para mim não importa, mas minha casa é tão pequena que a sua casa parece ser a melhor opção.
Bem, a sua casa é pequena demais para nós três, mas isso não nos impede, Ani. Se não gosta da minha casa, podemos procurar outra ou construir uma.
Está falando sério?
Eu quero o melhor para você. E para o bebê.
Bem... eu adoro a sua casa. Então, a menos que você queira se mudar, acho que é ideal. Embora...
Não ia dar certo. Alfonso sabia que não conseguiria conversar normalmente enquanto seus pensamentos estivessem na caixinha. Por isso, aproveitando um instante em que ela levava mais um bocado de sobremesa à boca, pousou a caixinha sobre a mesa. Quando ela baixou a colher, percebeu o item novo.
Embora ainda não tivesse terminado a sobremesa e desejasse continuar... Anahi largou a colher e encarou Alfonso.
Posso... abrir?
Terei um ataque cardíaco se não abrir. Você não precisa gostar, Ani. Eu queria lhe fazer uma surpresa. Mais tarde, quero que tenha uma lembrança que goste de ver todos os dias. O melhor joalheiro que conheço fica em Austin. Podíamos pegar um avião até lá e encomendar uma peça...
Anahi não prestava mais atenção e Alfonso desistiu de falar. Ela abriu a caixinha. Era só um anel. Não de diamante porque, depois que se tornara membro do Clube dos Pecuaristas, certas gemas tinham um significado especial. A safira azul significava individualidade, originalidade, como a própria Anahi. Não optara por uma pedra grande porque sua eleita não gostava de ostentação, mas aquela jóia apresentava um corte único. O tom azul-claro não era comum entre as safiras, mas combinava com os olhos de Anahi.



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Autor(a): ayaremember

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Alfonso preparara um discurso para comunicar tudo aquilo, principalmente porque queria contar-lhe... mas também para distraí-la e impedi-la de recusar o presente.Ela se atirou nele, enlaçando-o pelo pescoço, arrastando a colher e prato de sobremesa, fazendo barulho o bastante para chamar a atenção dos demais clientes. Ele viu o bri ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 20



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  • franmarmentini Postado em 15/01/2014 - 14:35:37

    aiiiiiiiiiiiiiiiiii to amando pena que não mostrou o casamento deles :(

  • franmarmentini Postado em 15/01/2014 - 13:50:06

    voltei...

  • lyu Postado em 29/12/2013 - 10:51:49

    acho q foi esse aaron q roubou as joias

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 15:47:53

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 23:25:06

    nossa...que lindos...disseram que se amam...adorei a descrição do anel...imagino os olhos de ambos brilhando ...

  • franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 09:36:32

    aiiiiiiiiiiiiiiii meu deus que perfeitos!!!!!!!!!!!!!! continua ta muito muito maravilhoso...

  • franmarmentini Postado em 11/12/2013 - 10:04:40

    aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii até que enfim...só falta a any agora dizer que o ama :)

  • belle_doll Postado em 11/12/2013 - 00:50:07

    Preciso me atualizar! \o/

  • steph_maria Postado em 10/12/2013 - 23:41:36

    FINALMENTEEEEEEEEE PRIMEIRA NOITE DELES!!!! Sabia que Anahi não ia resistir por muito tempo ao Alfonso *--*

  • daycris Postado em 05/12/2013 - 21:03:30

    posta mais suas webs são perfeitas


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