Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 19 O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 19

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Alfonso preparara um discurso para comunicar tudo aquilo, principalmente porque queria contar-lhe... mas também para distraí-la e impedi-la de recusar o presente.
Ela se atirou nele, enlaçando-o pelo pescoço, arrastando a colher e prato de sobremesa, fazendo barulho o bastante para chamar a atenção dos demais clientes. Ele viu o brilho nos olhos da amada e quase morreu ao perceber que ela chorava.
Foi quando ela o beijou.
Ou ele a beijou. Nessa altura, quem podia saber? Só importava o beijo exuberante, ávido, que aos poucos se tornou suave. Reverente.
O beijo era uma promessa, um voto. Raios, Anahi se apoderara de seu coração novamente. Toda vez que a tinha nos braços, Alfonso sentia as entranhas se derreterem. Tinha a nítida sensação de que a vida era maior com ela, de que seu coração se fortalecia, de que o universo todo se enriquecia... apenas com seu amor.
E amava-a. Profundamente. Pouco importava que todos estivessem olhando. Nada importava, a não ser declarar como se sentia, quanto a queria. O amor impregnava-se neles como ouro líquido trazendo calor e poder. Sem falar no desejo sexual. Ardente, travesso e impulsivo. Desejá-la também era bom. Alfonso mal podia esperar para tirá-la dali, arrancar-lhe o vestido, vê-la sem uma peça de roupa sequer, exceto o anel... mas era engraçado. Apenas beijá-la naquele momento também parecia bastar.
Finalmente, ela interrompeu o contato. Ambos ofegantes, entreolharam-se.
— Ora, estou achando que você gostou do anel — murmurou ele.
Não me provoque, doutor. Eu não suportaria. Ele ficou sério.
Eu te amo, Ani. Sem brincadeira. Sempre amei. Não é por causa do bebê, nem por mais nada em nossas vidas. É simplesmente amor.
— Também te amo. Escolha uma data. Qualquer data que você quiser, Alfonso.
No momento mais importante de sua vida, Alfonso de repente congelou.
Duas noites depois, Alfonso dirigia para o Clube dos Pecuaristas pelas ruas desertas... desertas por um bom motivo. Todos que podiam estavam enfurnados em casa. Caía uma chuva fina e gelada, o asfalto apresentava uma camada de gelo e o vento frio rodopiava varrendo a cidade.
Valente, Alfonso estacionou, saiu do carro esportivo sem ligar para o frio e caminhou até a porta da frente do clube.
Pensava em Anahi. Ela agora usava o anel de safira. Naquela noite, foram para casa e fizeram amor até tarde. Só que ele acordara às quatro da madrugada com um pesadelo e nada foi o mesmo desde então. Havia algo errado. Terrivelmente errado. Com ele.
O mais estranho era que tudo parecia certo pela primeira vez em sua vida. Adorava Anahi. E ela aceitara seu pedido de casamento. Pensava nela noventa por cento do tempo livre e sentia como se nada na vida lhe fosse inconquistável. Entretanto, na hora de marcar a data do enlace, congelara.
Homens no mundo inteiro sentiam-se petrificar na hora do compromisso... mas não ele. Sempre quisera se comprometer com Ani; portanto, essa reação quanto a marcar uma data era inesperada. E, enquanto não descobrisse qual era o problema, não admitiria nada a Ani. Talvez devesse conversar com algum psicólogo?
Alfonso! Que bom ver você! — Matthew devia estar a sua espera, pois aparecera para lhe abrir a porta no momento certo. Deixou de sorrir ao ver sua expressão. — Raios, homem. O que aconteceu?
Nada, só estou um pouco atrasado. — Com um olhar, Alfonso percebeu que todos já haviam chegado, exceto Aaron. Ben segurava uma caneca de café e os demais optaram por bebidas mais fortes. O cheiro familiar de uísque, couro e cigarro pairava no ar. Entrar no clube sempre evocava um sentimento confortável de confraria masculina.
Dakota avançou um passo, sorrindo.
— Ora, Alfonso, você está horrível. — Como Matthew, assim que o observou melhor, ficou sério. — Eu não quis aborrecê-lo... você está bem? Não está doente, está?
— Não, estou ótimo. Desculpem o atraso. Acho que ando trabalhando demais. — Ele dissera o mesmo a Anahi, mas achava que ela não se convencera. Os amigos também não pareciam aceitar a desculpa.
O fato era que tinham assuntos importantes a tratar naquela noite e não havia tempo para papo furado. Primeiramente, definiriam um novo esconderijo para a esmeralda e a opala preta multicolorida. Escolheram o vão sob o lambri de madeira, atrás da placa do clube. Alfonso trouxe uma escada e os demais providenciaram uma caixa de ferramentas.
— Cuidado, agora. Deslocar a madeira é fácil, mas do outro lado é tijolo maciço. Se não tomarmos cuidado, vamos acabar com um buraco enorme do outro lado — observou Dakota.
Se estivesse de bom humor naquela noite, Alfonso induziria os amigos a comentários espirituosos. Todos eram destemidos, homens que atuavam voluntariamente, sem esperar agradecimento ou recompensa, para salvar uma criança ou um inocente. Cada um deles honraria seu título de membro do Clube dos Pecuaristas do Texas.
Não obstante, na hora de executar uma tarefa como aquela, o mesmo grupo confrade soltava palavrões em fileiras, discutindo sobre a forma correta de se fazer isso ou aquilo.
Alfonso teria contribuído com sua cultura inútil. Naquela noite, entretanto, quando a pequena cavidade ficou pronta... e os comentários cesssaram... apenas subiu na escada para guardar as pedras.
Todos olharam as gemas uma última vez. Alfonso envolveu-as num veludo, guardou-as rum tubo de filme de máquina fotográfica e o alojou na cavidade. Em seguida, recolocou a placa com o lema do clube: Liderança, Justiça e Paz.
— Não podia ficar melhor — aprovou Matthew.
— Quero dizer, ainda precisamos encontrar um local mais seguro, mas, até sabermos o que aconteceu com o diamante, está ótimo.
Limparam todos os vestígios da obra.
— Agora, vamos repassar as últimas novidades — sugeriu Matthew. — Não há nenhuma pista do assassino de Riley Monroe, há?
Não, não havia... o diamante vermelho ainda estava desaparecido. Eles sequer tinham uma evidência que relacionasse o roubo ao acidente de avião... mas o ladrão, com certeza, era alguém, que estava no vôo. Klimt, o único que poderia dar algumas respostas, ainda não saíra do coma. O assassino de Riley Monroe obviamente era o ladrão das jóias, mas a polícia ainda não tinha nenhuma pista dele.
— Bem, algo deve surgir — comentou Matthew.
— A espera é que me deixa louco.
E duvido de que haja outra pedra como o diamante vermelho. Se ela aparecer em algum lugar, através do mercado negro, ficaremos sabendo — comentou Dakota.
Alfonso? — invocou Ben, percebendo-o muito quieto.
Concordo com todos. Vai levar mais algum tempo. Nunca aceitamos uma derrota e não começaremos agora.
Os outros concordaram com entusiasmo, mas Ben não se deixou enganar.
Você estava pensando em algo, Alfonso.
É, estava.
Alfonso não sabia explicar, mas a sensação lhe ocorreu ao dar uma última olhada nas pedras. Sentira o coração descompassado e o motivo era o diamante desaparecido. Aquela gema representava a liderança e a honra.
Com o coração acelerado, recordara eventos da Bósnia. Um motivo nobre o levara a se apresentar como médico voluntário para trabalhar no pequeno país destruído pela guerra: queria salvar vidas. Na ocasião, considerava-se a pessoa ideal para a tarefa... era um dos melhores traumatologistas em exercício.
Só que mergulhara num pesadelo. As condições de trabalho eram precárias; às vezes, não havia medicamentos, faltava aquecimento, eletricidade... às vezes, até água corrente. Tinha a habilidade, a compaixão, mas não podia salvar aquelas pessoas. De volta aos Estados Unidos, mudara de especialidade, para a cirurgia plástica, incapaz de exercer qualquer especialidade em que os pacientes morriam.
Fez sentido na época.
Fez sentido por muito tempo.
Fez sentido até pedir Anahi em casamento.
Com a vida sentimental resolvida, Alfonso percebeu que algo ainda o incomodava. Agora, temia não ser o homem forte e honrado que Anahi acreditava que fosse. Ben tocou no ombro do amigo.
— Está com algum problema. Quer se sentar? Quer conversar?
Matthew também ficou preocupado.
Alfonso, você parecia arrasado quando chegou. O que foi? Conte-nos. O que podemos fazer para ajudá-lo?
Nada — respondeu ele. Não sabia se estava mais aliviado ou mais preocupado por identificar o que o incomodava. De qualquer forma, não imaginava o que fazer.
O telefone tocou. O clube estava fechado e devia ser engano ou algo sem importância, mas Alfonso quis atender para quebrar a tensão.
— Alfonso? Oh, ainda bem que é você. Eu não sabia onde você estava... — Ele ouvia a voz transtornada de Anahi. — Eu preciso de você. Agora. Angel não está respirando direito. Tenho medo de levá-la ao hospital, tenho medo de fazer qualquer coisa que possa piorar seu estado, eu...
Alfonso nem esperou o restante. Anahi precisava dele.
— Estarei aí em cinco minutos. Prometo.


CAPÍTULO XI


Anahi já sentira medo antes, mas nunca tanto assim. Naquela tarde, descobrira quem era a mãe de Angel. Na hora, imaginara que nada poderia ser mais importante ou traumático do que aquilo... mas estava enganada.
Naquele instante, carregava o bebê porque estava aterrorizada demais para fazer qualquer outra coisa. Chegara do trabalho e tudo corria bem em casa... até Angel acordar, emitindo sons estranhos, como se estivesse engasgada.
Ficara com medo de colocar o bebê deitado. Tinha medo de carregá-la também, de fazer algo que a prejudicasse. Claro, como policial, tivera um bom curso de primeiros socorros, mas de que adiantava? Não havia nada no manual sobre a ansiedade de ver seu bebê sofrendo e como controlar o medo de fazer algo que piorasse tudo.
Ouviu a porta da frente abrindo-se.
— Alfonso? Aqui! Rápido!
Anahi ainda não sabia o que se passava na cabeça dele, mas havia dois dias tinha uma teoria. Por vários dias, ele insistira em que se casassem para que pudessem cuidar de Angel. Ou seja, ele queria um casamento de verdade. Deixara isso claro... provara que a amava, de todas as formas que um homem podia amar uma mulher.
Na hora de marcar a data, porém, ele desconversara várias vezes.
Ela imaginara que tivessem algo especial. Durante tantos anos, nunca considerara a possibilidade de se casarem por conveniência. Era uma idéia absurda. Então, percebera que Alfonso a amava. E como se esforçava para esconder isso. Analisara-o em vários papéis, como pai, como amante, até se convencer de que seria capaz de externar todo o seu amor quando finalmente se abrisse.
Só que o homem a fizera se apaixonar também. Praticamente a obrigara a se apaixonar. E congelava na hora de marcar a data do casamento?
Bolas, isso incomodava. Na verdade, magoava tanto que não dormia havia duas noites. Naquele momento, entretanto, não tinha tempo para mágoa ou raiva. Só tinha uma coisa na cabeça... o bebê.
Sentiu a presença de Alfonso no quarto antes de ele dizer qualquer coisa. Ouviu quando ele jogou o paletó de lado, mas nem o olhou porque estava assustada demais para desviar o olhar de Angel por um segundo sequer. Em vez disso, começou a passar o histórico:
— Ela está meio engasgada há quase vinte minutos. Talvez devesse ter levado ao hospital, mas não sabia o que estava acontecendo... também não queria sair com ela nesse frio, nem fazer nada que piorasse a situação. Mas sei... qualquer um sabe... que há algo errado. Ela não está respirando direito...



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Autor(a): ayaremember

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Pare de falar. Apenas conte-me o que aconteceu.Eu a coloquei para dormir há uns quarenta e cinco minutos. Ela esteve bem o dia todo. Muito bem. E dormiu logo, mas deve ter engolido alguma coisa, porque começou a tossir. Corri da cozinha para cá e parecia que ela tinha engasgado. Eu a levantei e bati nas costas, achando que poderia ajudá-la a vomit ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 20



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  • franmarmentini Postado em 15/01/2014 - 14:35:37

    aiiiiiiiiiiiiiiiiii to amando pena que não mostrou o casamento deles :(

  • franmarmentini Postado em 15/01/2014 - 13:50:06

    voltei...

  • lyu Postado em 29/12/2013 - 10:51:49

    acho q foi esse aaron q roubou as joias

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 15:47:53

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 23:25:06

    nossa...que lindos...disseram que se amam...adorei a descrição do anel...imagino os olhos de ambos brilhando ...

  • franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 09:36:32

    aiiiiiiiiiiiiiiii meu deus que perfeitos!!!!!!!!!!!!!! continua ta muito muito maravilhoso...

  • franmarmentini Postado em 11/12/2013 - 10:04:40

    aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii até que enfim...só falta a any agora dizer que o ama :)

  • belle_doll Postado em 11/12/2013 - 00:50:07

    Preciso me atualizar! \o/

  • steph_maria Postado em 10/12/2013 - 23:41:36

    FINALMENTEEEEEEEEE PRIMEIRA NOITE DELES!!!! Sabia que Anahi não ia resistir por muito tempo ao Alfonso *--*

  • daycris Postado em 05/12/2013 - 21:03:30

    posta mais suas webs são perfeitas


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