Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 5 O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 5

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Anahi levava a primeira garfada à boca quando ouviu o choro do bebê.
Não conseguira almoçar naquele dia e, pelo jeito, ficaria sem jantar também. Não que se importasse.
Quem precisava de comida? Largou o garfo no prato e correu à sala.
— Estou indo, Angel... Estou indo!
Embora a distância entre a cozinha e a sala fosse pequena, chegar ao bebê tornava-se cada vez mais difícil.
A tarde, comentara o ocorrido com duas vizinhas, a notícia do bebê abandonado espalhou-se e a ajuda não parava de chegar. A vizinhança era cheia de crianças, por esse motivo escolhera o bairro, e quase todo mundo tinha um carrinho de bebê encostado na garagem ou na edícula dos fundos. Comprar qualquer coisa seria tolice. Anahi nem sabia se ficaria com o bebê, mas os vizinhos mostravam-se mais que generosos. Já tinha meia dúzia de bancos para carro, um par de cadeiras altas, vários cercadinhos e andadores, mochilas para carregar o bebê na frente, mochilas para carregar o bebê nas costas, bolsas, brinquedos, inúmeros cobertores e roupinhas. Aproximou-se do cesto de vime branco com fitas cor-de-rosa.
Dentro estava a princesa, já na quinta roupinha do dia. Era evidente que não aguentaria continuar naquele ritmo. Teria que apelar para as fraldas descartáveis.
Pronto, pronto... — Pegou nos braços o volume precioso e começou a cantar, acariciando e embalando... os movimentos eternos das mães. Por dentro, sentiu o pânico crescer.
Está com fome, fofinha? Fez xixi? Quer a televisão ligada? Desligada? Mais luz, menos luz? Mais barulho, menos barulho? Está com frio? Com gripe... não, pensando bem, tenho certeza de que não é isso. Está zangada? Aborrecida? Amuada? Triste? Seja o que for, eu vou cuidar de tudo, prometo. Só não chore. Pronto, pronto...
O pânico era novidade. Durante todo o dia, Anahi sentira-se no sétimo céu. Planejava ter um bebê havia um bom tempo. Claro, Angel não era sua e não era provável que ficasse com ela por muito tempo. Tinha que ser realista. Só que... carregar aquele bebê parecia tão natural quanto respirar. Precisara tomar inúmeras providências. Primeiro, levara o bebê ao hospital para fazer exames. Depois, levara-a à delegacia e expusera o caso a Wayne, registrando a ocorrência no computador, além de telefonar para algumas mães na vizinhança buscando informações. Passara numa mercearia para fazer compras. Quanto mais ocupada, mais o bebê parecia apreciar. Finalmente, voltaram para casa.
Sozinhas.
A pequena Angel fizera jus ao nome o dia todo, até perceber que Anahi estava sozinha. Como entender uma criança? O bebê mal balbuciara o dia inteiro e, agora, não parava de berrar. Ou sentia falta da mãe, ou percebera estar com a mãe errada.
A campainha soou. Anahi foi atender, implorando para que não fosse outro banco de carro ou cobertor. Estava com fome. Cansada.
Um pânico digno de pesadelo.
Antes que chegasse à porta, a maçaneta girou e Alfonso enfiou a cabeça pela fresta que se abriu. Ela sentiu o coração disparar e não havia como controlá-lo. Alfonso, após um longo dia de trabalho, parecia tão renovado quanto seu carro esportivo estacionado diante da casa. Parecia uma onda de energia, o rosto, os olhos, o sorriso, tudo radiante. Antes que ela dissesse algo, ele se adiantou:
Ani? Você está aí? Ali, bem, estou vendo que anda ocupada, hein?
Alfonso, não pensei que estivesse falando sério sobre passar aqui... Entre, entre! — Anahi desejou passar um batom e escovar os cabelos, mas que diferença fazia? Era só Alfonso. E não importava o quanto ele provocasse, estava espantada em vê-lo ali. — O que você sabe sobre bebês? — indagou ela, franzindo o cenho em meio ao berreiro.
Nada.
Claro. Anahi fechou a porta e a trancou. Alfonso estava preso. Não estava mais sozinha.
Você é médico, tem que saber alguma coisa...
Sim, eu tento convencer meus pacientes disso há algum tempo. — Ele despiu a jaqueta, entrou na sala e estacou. — Oh, mas o que foi que aconteceu aqui?
Que lhe parece? São coisas de bebê. Doações dos vizinhos. Ouça, Alfonso, sabendo ou não alguma coisa... você pode ficar com ela por um segundo, não pode? Eu só preciso de um minuto. Para lavar as fraldas e roupinhas e esquentar a mamadeira...
Está bem.
Eu não vou demorar...
Está bem.
Não se assuste por ela estar chorando. Ela é um amor. Eu só tenho que descobrir o que ela quer. É só isso. Você descobre qual é o problema, toma uma providência e ela pára...
Ora, Ani. Acredite, está tudo bem. Eu vim mesmo para ajudar.
Estava tentada a acreditar em Alfonso, mas aquela oferta de ajuda parecia tão improvável... A cidade sempre considerara Alfonso um solteirão incorrigível, mas Anahi tinha outra opinião. Ele vivera alguma experiência na Bósnia e voltara diferente... mais quieto, mais reservado, e trocara a traumatologia por cirurgia plástica. Mas era tão talentoso que sua fama de ótimo cirurgião plástico já se espalhava pelo sudoeste do país.
A participação dele no Clube dos Pecuaristas do Texas também era outra atividade desconhecida pela maioria. Anahi nunca se esqueceria de como o conheceu, aos doze anos, em seu primeiro dia com a família Gerard. Achara-o o rapaz mais bonito do universo. Mesmo adolescente, ele já tinha aqueles olhos sexy e o sotaque mais arrastado do Texas. E tinha um jeito de olhar para as mulheres... E um jeito de ajudar uma garotinha... e sua bicicleta... na calçada.
Entretanto, o relacionamento entre eles sempre fora de provocações incessantes. Alfonso aparecia para conhecer o camarada que a levaria ao baile de formatura, enfurecia-se quando ela tomava banho de sol de biquini e a pedia em casamento regularmente, como se achasse engraçado. Ensinou-a a dirigir e... bolas, até a assistira enquanto vomitava após sua primeira, e última, experiência com bebidas. Resumindo, ele sempre fora seu amigo... quando não se mostrava insuportável.
Como assim... veio para ajudar? — indagou, desconfiada.
Exatamente isso. — Ele tirou o bebê dos braços dela. — Mas não dá para conversar com a srta. Berreiro aqui. Vá. Faça a mamadeira. Posso trocar a fralda se me disser onde fica o Q.G.
Ela levou a mão ao peito. Só vinte e oito anos e já prestes a sofrer um ataque cardíaco.
— Você está se oferecendo para trocar a fralda? Já teve esses sintomas antes? Está com febre? Tumor no cérebro? Algum caso de loucura na família que nunca mencionou?
Em resposta aos insultos, ele lhe esfregou seus cabelos... como seja não estivessem desgrenhados... antes de se afastar com o bebê. O telefone tocou seis vezes na hora seguinte e mais dois vizinhos doaram bancos de bebê para carro e cobertores. Entretanto, por algum motivo, toda a confusão e correria pareciam diferentes com Alfonso ali. O fator terror desaparecera. Ao contrário do que alegara, ele parecia veterano com a fralda e com o truque do arroto. Angel pareceu fazer as pazes com o mundo. Já reconhecia a voz de Alfonso, à qual respondia balbuciando.
Como todas as mulheres da cidade — resmungou Anahi.
O quê?
Eu disse que Angel apaixonou-se por você assim que a tomou no colo.
É, eu notei que ela parou de chorar. Você acha que ela reconhece um camarada boa pinta, assim tão novinha? Alguém com classe, estilo, inteligência... ai!
Ani dera com a almofada na cabeça dele. Alfonso riu. Já eram oito horas. Angel tomara a mamadeira, arrotara, mudara de roupa e já estava no berço de vime. Anahi nem se lembrava de como Alfonso a fizera se sentar e se alimentar. Agora, deitada no sofá, balançava o berço com a ponta do pé em meia. Alfonso... pela primeira e talvez única vez na vida... estava ajoelhado a seus pés. Tinha de lhe dizer o quanto aprovava aquela posição.
E onde todos os homens deviam ficar. Em posição submissa a seus superiores... no caso nós, mulheres, claro. Aguardando. Obedecendo-nos. Trabalhando para nos satisfazer...
Se não parar já, vou aí lhe fazer cócegas. Então, você vai rir e o bebê vai acordar...
Está bem, está bem. Você tem razão. Eu não quero acordá-la. — Mas era difícil não provocar Justin quando ele estava tão bonito.
Ajoelhado no chão, ele tentava consertar um dos andadores, cercado de ferramentas e parafusos. Costumava vê-lo voando baixo no carro esportivo, ou elegante nas festas. Talvez ele procurasse cultivar essa imagem, mas acreditava que ele também apreciava descalçar as botas e relaxar.
A televisão estava ligada, mas nenhum dos dois assistia ao seriado. Só se mantinham atentos a alguma reportagem sobre o acidente. Fora isso, era como se estivessem numa ilha sozinhos... mais o bebê adormecido.
Então... o que o seu chefe disse sobre a situação de Angel? — indagou Alfonso.
Bem, crianças abandonadas e maltratadas geralmente vêm parar na minha mão, de qualquer forma; assim, Wayne não teve que pedir autorização ao juiz para me entregar Angel. Foi automático. Mas ele ficou surpreso quando apareci na delegacia com o bebê. Todos estavam numa correria por lá, atarefados com o acidente. Royal está cheia de policiais estaduais, federais, repórteres de televisão, de jornais, funcionários do departamento de aviação e das relações exteriores...
— Eu sei. — Alfonso aumentou o volume da televisão quando o noticiário anunciou novos dados sobre o acidente. — O pessoal do Clube dos Pecuaristas estava particularmente envolvido com os cidadãos dos dois países. Nós nos oferecemos para ajudar e espero que as autoridades aceitem. Sei que eles têm que recolher todas as evidências... mas você pode imaginar como esse episódio está afetando a cidade. Todos querem saber a mesma coisa. O que obrigou o pouso forçado? Talvez uma falha mecânica, mas podia ser um ato de terrorismo ou sabotagem?
Alfonso continuou com as considerações:
— Pelo que sei, esse jatinho em particular tem um histórico impressionante e é considerado um dos mais seguros na categoria. E era uma versão super luxuosa; não fizeram economia nos itens de conforto e segurança. É difícil acreditar na tese de simples falha mecânica... como se não houvesse manutenção.
Anahi pegou uma almofada e a pousou no colo. Não conseguia desviar o olhar de Alfonso. Pelo que sabia, ele já era um multimilionário... o que tornava mais divertido vê-lo brigando com uma chave de fenda.
E lá na delegacia? Os policiais desconfiam de alguma sabotagem?
Não havia nenhuma evidência disso hoje à tarde... mas é cedo para afirmar. Eles podem ter colhido todas as evidências, mas levarão semanas para emitir um laudo. Todo mundo sabia da tensão que havia entre Asterland e Obersbourg... por outro lado, a festa foi a primeira atividade conjunta dos dois países em mais de uma década. Acho que tem razão, Alfonso. Você e os membros do clube deviam entrar na investigação, tanto para questionar quanto para aconselhar. Ficarei surpresa se não pedirem a sua ajuda.
Eu não estava tão envolvido quanto outros membros. Mesmo assim, quero ajudar, se houver chance. Só que não conhecia todas as pessoas envolvidas. — Alfonso acabou de montar o andador e o experimentou sobre o tapete. Insatisfeito, virou o aparelho para ajustar mais. — E assustador. Pensar que jantou com alguém, cumprimentou, brincou e riu... e essa pessoa podia estar fazendo algo que poderia levar a um acidente fatal.
Ou que alguém tinha a intenção de machucar aquelas boas pessoas. — Anahi se inclinou para a frente para ver o cesto. Importava-se com o acidente, importava-se com o trabalho; entretanto, naquele momento... o dia inteiro na verdade,., só uma coisa dominara sua mente e seu coração.
— Você não vai acordá-la novamente, vai?
Anahi ficou boquiaberta.
— Está louco? Posso ser mãe há poucas horas, mas foi uma das primeiras coisas que aprendi. Nunca acorde um bebê. E se você a acordar, vou matá-lo.
Ele riu, mas logo ficou sério.
Então, o que vai acontecer com ela? Qual é o procedimento legal?
Bem, a primeira providência você já sabe. Uma criança abandonada começa fazendo um exame médico para saber se há alguma doença. Não há como alojar um bebê... mesmo temporariamente... sem saber o quadro clínico. Mas essa etapa já foi cumprida. Ela não podia ser mais saudável.
Sim, você disse hoje cedo. E depois?
Depois, normalmente, ela seria levada ao serviço social e eles providenciariam um lar adotivo provisório. — Anahi abraçou a almofada. — O juiz vai entrar em cena assim que soubermos mais sobre os pais. E esse é o meu serviço. Encontrar os pais. Principalmente a mãe. E preciso conhecer a história e o motivo do abandono.
E como você fará isso?
Era estranho, mas ela e Alfonso nunca conversaram sobre seu trabalho.
Há várias formas de buscar pistas. Agora que sei a idade aproximada do bebê, posso verificar os registros nos hospitais procurando identificar as mães que deram à luz no período. Então, analiso as fichas. Pesquiso também as ocorrências nas salas de emergência, nos serviços contra abuso e violência, mortes, tudo o que aconteceu por volta da data do abandono do bebê. Tento estabelecer alguma ligação.
E depois?
Então... bem, depois disso, vou direto para os casos de crianças em risco. Apesar de Royal ser uma comunidade rica, os problemas existem. Tanto entre os ricos como entre os pobres, há crianças crescendo sozinhas, sem atenção, filhas de pais viciados em álcool ou drogas. Divórcios, ausência. Sempre essas crianças acabam se encrencando. Então, procuro no computador os casos de desaparecimento, fuga.
E...
Então, verifico o banco de dados que listam os vadios, os detidos. Vou às escolas e seleciono as meninas com muitas faltas. Converso com as assistentes que tiveram casos de gravidez. Comecei um trabalho hoje à tarde, mas é muito difícil encontrar respostas da noite para o dia. Geralmente leva algum tempo.
— Está bem, Ani... mas e se você não conseguir localizar a mãe depois disso tudo?
Ela franziu o cenho.
Não é o caso. Ainda é cedo. Acredite em mim, eu vou encontrar a mãe. Já fiz isso antes.
Mas e se não encontrar? — insistiu Alfonso.
Bem, então, há outras possibilidades. Uma garota com problemas é a possibilidade mais lógica. E, modéstia à parte, eu sou mais que qualificada para encontrar essa garota.
Eu sei que é, Ani. — A voz de Alfonso saiu baixa. — Você sabe como se sente a criança abandonada. Eu não me surpreendi quando decidiu trabalhar com jovens. Mas você pode não encontrar os pais...
Sim, claro. E quanto a Angel... a mãe possivelmente é casada com um marido violento ou algo assim... isso significa que não vai aparecer em nenhum registro. Na verdade, alguém assim é quase impossível de se encontrar. E outra possibilidade...
Qual?
Outra possibilidade é uma garota ter escondido a gravidez durante os nove meses. Parece impossível, mas sabemos que acontece... você ouve essas histórias de vez em quando nos noticiários. Mas, no caso, seria mais difícil, pois o bebê já tem alguns meses. De qualquer modo, deve haver algum registro. E se alguém tentou manter a gravidez em segredo, com apoio, talvez nunca saibamos quem é a mãe.
Certo. Então, cobrimos os cenários possíveis. Mas o que vai acontecer com esta princesinha aqui enquanto você faz essa busca?
Anahi levou a mão ao estômago, sentindo um aperto diferente.
Bem, o juiz vai mandá-la para um lar adotivo ou orfanato, através do serviço social. Como eu já lhe disse.
Eu sei o que você me disse, Ani — afirmou Alfonso, gentil. — É por isso que estou pedindo detalhes, para entender melhor a situação.
Potencialmente, lá no final da linha, ela poderá ser adotada. Ela é novinha, saudável e tem o tipo físico mais procurado. Mas, para que isso aconteça, teremos que encontrar os pais, descobrir se eles deliberadamente a abandonaram e não a querem mais. Ou podemos descobrir que os pais morreram. Por outro lado...
Sim, esse "por outro lado" aconteceu com você, não foi? — Alfonso sentou-se no sofá a seu lado. — Você estava no sistema de lares adotivos desde os seis anos, certo? Mas, por algum motivo, você não pôde ser adotada. Eu me lembro dos comentários quando os Gerard trouxeram-na para casa. Só não me lembro dos detalhes.
Não havia muitos detalhes. Eu não podia ser adotada porque minha mãe era viva e podia me requerer a qualquer momento. Assim, fiquei no sistema de lares adotivos até os dezoito anos.
Você nunca mencionou a sua mãe antes, nem sobre sua infância.
Ela deu de ombros.
— A história dos meus pais é a mesma que se repete desde o começo da história. Dois jovens apaixonados. Quando minha mãe engravidou, abandonaram os estudos. Dois adolescentes inexperientes, sem dinheiro e sem profissão... provavelmente achavam que podiam viver de sexo e amor. O engraçado é que não durou muito tempo. Meu pai morreu... um acidente de carro ou algo assim. Não me lembro dele, mas fiquei com minha mãe até os seis anos.
Foi quando ela sumiu.
Eu acreditava que um dia a encontraria e ainda procuro nos bancos de dados, às vezes. A questão é que na época eu não entendia, mas agora consigo me colocar no lugar dela. Sozinha, sem dinheiro, com uma criança pequena, um pouco de drogas aqui e álcool ali, sem profissão e ficando mais desesperada a cada perdedor com quem se juntava.
Alfonso olhava-a pasmo.
Ani... por que nunca contou isso antes?
Porque não havia nada a dizer. Trabalho com garotas como a que minha mãe foi todos os dias. O erro dela foi se apaixonar... ou melhor, cair em tentação... quando era muito jovem.
Alfonso meneou a cabeça.
— Eu me lembro de minha mãe conversando com meu pai. Sei que você foi abandonada quando era criança com um bilhete onde sua mãe dizia que voltaria tão logo pudesse, ou algo assim. Lembro-me dos Gerard ficarem furiosos.
Anahi piscou, espantada.
— Os Gerard ficaram furiosos? Por quê?
Ele ergueu a mão.
— Eu tinha dezessete anos, Ani, e não prestava muita atenção aos acontecimentos da vizinhança. Mas parece que Sissy Gerard viu você numa feira estadual com sua família adotiva. Ela não gostou nada da maneira com que eles a tratavam e contratou um advogado para obter sua guarda... e garantiu que os Gerard seriam sua família definitiva até a idade adulta.
Eu não sabia. Nem me lembrava disso — admitiu Anahi. — Eu me lembro dos Gerard. De Sissy e Paget no escritório do serviço social. Sissy abraçou-me como se me conhecesse. Eles são tão bons.
Sim, são. — Alfonso levou a mão ao queixo. — E você foi terrível. Esmurrava quem era gentil com você. Cuspia nos meninos. Brigava no parque...
Ela riu.
Ora, seu bandido, de que lado você está?
Do seu. Sempre do seu. 


 


 


daycris, obrigada amor <3 


 


 


Beijo



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 20



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  • franmarmentini Postado em 15/01/2014 - 14:35:37

    aiiiiiiiiiiiiiiiiii to amando pena que não mostrou o casamento deles :(

  • franmarmentini Postado em 15/01/2014 - 13:50:06

    voltei...

  • lyu Postado em 29/12/2013 - 10:51:49

    acho q foi esse aaron q roubou as joias

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 15:47:53

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 23:25:06

    nossa...que lindos...disseram que se amam...adorei a descrição do anel...imagino os olhos de ambos brilhando ...

  • franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 09:36:32

    aiiiiiiiiiiiiiiii meu deus que perfeitos!!!!!!!!!!!!!! continua ta muito muito maravilhoso...

  • franmarmentini Postado em 11/12/2013 - 10:04:40

    aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii até que enfim...só falta a any agora dizer que o ama :)

  • belle_doll Postado em 11/12/2013 - 00:50:07

    Preciso me atualizar! \o/

  • steph_maria Postado em 10/12/2013 - 23:41:36

    FINALMENTEEEEEEEEE PRIMEIRA NOITE DELES!!!! Sabia que Anahi não ia resistir por muito tempo ao Alfonso *--*

  • daycris Postado em 05/12/2013 - 21:03:30

    posta mais suas webs são perfeitas


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