Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 7 O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 7

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Ela emitiu outro som e lhe agarrou os braços, como se fosse empurrá-lo. Mas não fez isso. Ao contrário, alojou-se melhor para aproveitar o beijo e fechou os olhos, como se a iluminação da sala de repente irritasse. Um noticiário na televisão, que eles deviam estar acompanhando, entrou no ar e foi ignorado.
Aqueles primeiros beijos tornaram-se mais profundos, mais sedosos, mais sedutores. Anahi levou a mão ao pescoço enquanto suas línguas se reconheciam. Alfonso aprofundou o beijo, percebendo que Anahi se contorcia, gemendo zangada, suspirando. Quando pensasse naquilo mais tarde, teria que rir. Anahi nem sabia que o desejava.
Nem Alfonso. Ele tinha certeza de que o desejo brotava somente nele. Sim, havia algum tipo de amor. Do tipo fraternal, que, apesar do afeto, podia levar a atos de violência num momento de irritação. Do tipo que se tinha por um amigo que conhecia seus segredos de infância. Era um bom amor. Toda forma de amor valia a pena. Mas não era o tipo de amor entre homem e mulher.
Alfonso queria tirar as roupas de Anahi, vê-la nua e sensual. Queria tocar sua pele.
Mas havia um bebê adormecido a menos de um metro. E aqueles beijos geravam perguntas que ele nunca imaginara poder formular. Fogo ou não, desejo ou não, Alfonso temia perder as respostas se fosse rápido demais.
Com isso, encerrou a sessão. Recuperou o fôlego, acariciou-a e encostou a testa na dela, de olhos fechados, adorando ouvi-la ofegante.
Por fim, relaxou e sorriu.
— Ora, Ani... Eu sou muito rico. Você sabia, não sabia?
Ela franziu o cenho, parecendo confusa.
Eu devia me importar com isso?
Sim. E importante. É importante porque eu consigo viabilizar nosso casamento rápido. E consigo obter a guarda temporária legal. Você quer o bebê? Nós podemos garantir isso.
Alfonso... — Ela engoliu em seco quando ele se levantou.
Ele calçou os sapatos e procurou a jaqueta, mas acabou encarando-a novamente.
— Não sei sobre você e eu. Mas nos conhecemos há muito tempo, Anahi. E volto a lembrar que tenho recursos para agilizar essa questão. Os recursos que tornarão tudo mais fácil para nós... Não tenho compromisso com nenhuma mulher no momento. Você tem algum namorado?
Ela piscou.
Não.
Vamos. Quero que seja franca. Deve haver algum camarada...
Não há.
Alfonso não conteve um riso. Depois de afofar os cachos dos cabelos dela, pegou a jaqueta e saiu. Sim, deixara uma proposta pairando entre eles. Mas não permitiria que Anahi Raye dissesse sim no calor do momento.
Saindo naquele instante, ele lhe daria a chance de dizer não.
Não era apenas um progresso. Para Alfonso, era meio caminho para o céu.
Anahi ajeitou o bebê junto ao ombro e andou pela casa, de uma janela a outra, embalando, confortando. O carro esportivo de Alfonso não estava mais na frente havia uma hora, mas ela continuava olhando para a rua. Talvez a visita tivesse sido uma miragem. Ou talvez o dr. Webb houvesse colocado alguma droga em seu café, porque sentia caminhar na terra de Oz.
Angel balbuciou adormecida e Anahi sorriu. Continuou andando e embalando, andando e embalando. Imaginava se Alfonso a pedira em casamento seriamente.
Ora, era engraçado.
Tão engraçado que, embora o bebê dormisse profundamente e apesar de estar muito cansada, continuava andando pela casa no escuro.
Ele lhe perguntara se tinha namorado. E pareceu feliz quando ela disse que não havia ninguém.
A meia-noite, abriu a geladeira para pegar o leite. Serviu-se de meio copo e voltou para o quarto. Enfiou-se debaixo do lençol azul, ajeitou o travesseiro e contemplou a lua cheia e as estrelas pela janela.
O que Alfonso pretendia, beijando-a e pedindo-a em casamento... Francamente... Tinha que conversar com ele. Tinha que ajudá-lo, já que eram amigos. Deixaria claro que entendia que ele não a pedira em casamento de verdade.
Dois dias depois, dirigindo seu carro até o local do acidente de avião, Alfonso pensava em Anahi, em casamento, em amor. Mas, ao aproximar-se do cenário de destruição, concentrou-se no trabalho.
Ainda havia uma barreira policial cercando o local, protegendo a aeronave de estranhos e curiosos. Um policial reconheceu o carro de Alfonso e deu passagem.
A estrada continuava por vários metros e se fundia a um deserto plano e duro. Após as chuvas de primavera, o solo se tornaria mais acolhedor à vegetação, a uma forração rasteira, no mínimo; porém, no momento, não era o local mais hospitaleiro do Texas. Muitos carros podiam atravessar o deserto sem problemas, mas Alfonso tomava o maior cuidado com seu esportivo. Finalmente, a fuselagem do avião surgiu no horizonte. Quando Alfonso saiu do carro, um vento frio lhe lambeu o rosto e irritou os olhos.
— Alfonso!
Eleja reconhecera os outros dois membros do Clube dos Pecuaristas do Texas... e seus carros práticos e robustos... mas, por um segundo, a visão do que sobrara do avião tomou-lhe toda a atenção. Ao ouvir o chamado, entretanto, foi ao encontro dos amigos. Como sempre, Dakota Lewis não se intimidava com a manhã fria de janeiro e tinha a jaqueta aberta. Matthew Walker apresentava o nariz e o rosto avermelhados como o seu.
— Desculpem o atraso — pediu. — Tive problemas para ligar o carro. Um dia desses, viro adulto e compro um carro sério.
Acabamos de chegar — afirmou Dakota. Mais uma vez, Alfonso olhou ao redor.
Uau, é de gelar a espinha.
O avião estava quase intacto e era bizarro ver aquele volume prateado, estranho ao deserto, parado e silencioso. Uma concentração de tecnologia em meio a cobras e coiotes.
Ainda estou surpreso com o chamado dos policiais — comentou Matthew, enquanto se aproximavam do avião.
Não acho que tenha sido idéia da polícia. Desconfio de que tenha sido a família da princesa Anna. Ninguém em Asterland ou Obersbourg tem contato na América, exceto pelo clube. Assim, acho natural que eles nos queiram nas investigações. Eles nos conhecem e confiam em nós. — Dakota entrou primeiro no avião. — Seria diferente se alguma evidência tivesse sido descoberta como causa do pouso de emergência. Claro, um incêndio é o modo mais eficaz de destruir provas. Mas, no momento, acho que todo mundo está preocupado com sabotagem. Se algumas respostas não surgirem logo, não ficaria surpreso se Asterland enviasse sua própria equipe de investigação.
Bem, eu entendi, mas você está aposentado da Força Aérea — disse Matthew a Dakota. — Se alguém está em casa aqui, é você. Eu gostaria de ajudar, mas não consigo imaginar nada.
Eu também — disse Alfonso. — Mas acho que podemos ver o local com outros olhos. Especialistas já fizeram uma varredura por aqui, mas nós somos os únicos que conheciam os passageiros. Podemos encontrar algo que os outros não acharam importante. — Franziu o cenho. — Mas pensei que Aaron e Ben também viriam.
Dakota assentiu.
Ben vem. Ele ligou no meu celular há pouco dizendo que ia se atrasar. Aaron, não, pois viajou para Washington há alguns dias e ainda não voltou.
Ele foi para Washington? Por causa desse acidente? — indagou Matthew.
Dakota meneou a cabeça.
— Não sei o que Aaron foi fazer. Pensei que ele estivesse de licença do trabalho diplomático para as festas de fim de ano. Ele parecia descontente com alguma coisa.
Eu tive a mesma impressão — concordou Alfonso.
E eu tentei conversar com Aaron na festa, mas ele não largava aquela professora de sorriso amável. Qual é o nome dela? Pamela?
Pamela Miles — confirmou Alfonso. — Ela também estava no avião.
Bem, ela não pensava em livros e cadernos na hora da festa... Nem cheguei a falar com Aaron e ele viajou naquela noite mesmo. E enquanto isso...
Enquanto isso, eles percorriam a cabine do avião.
Mas que caos — resmungou Matthew.
Podia ter sido pior — comentou Alfonso.
Muito pior. — Dakota avaliou a cabine do piloto, com a qual era muito mais familiarizado do que os outros. — Você viu como estava, Alfonso.
Porque cheguei logo após o acidente? Sim, acho que sim. Mas só vi as pessoas. Pacientes. Só estava procurando por gente. Não prestei atenção ao avião.
Bem, vou dizer o que acho. O fogo começou aqui... — afirmou Dakota, indicando dois bancos. — Robert Klimt estava sentado aqui e lady Helena, aqui. Por isso mesmo, os dois foram os que mais se feriram.
Os três tinham uma lista de passageiros e um diagrama mostrando onde cada um estava sentado. Ainda não fora permitida a retirada de pertences pessoais e o local continuava molhado, com cheiro de queimado e de produtos químicos.
Ainda que pareça ruim, é como olhar para um milagre — comentou Matthew. — Não sei como alguém saiu andando daqui. É fácil imaginar o local em chamas.
É. Se foi um ato terrorista, espero agarrar o culpado. E logo.
Continuaram vasculhando o local à procura de pistas. Algo chamou a atenção de Alfonso. Ele se ajoelhou, franziu o cenho e, no chão acarpetado, perto do lugar de lady Helena, viu algo espantoso.
Matt. Dakota.
O quê? — Matthew inclinou-se, mas Alfonso o impediu de tocar no objeto.
Dakota aproximou-se, sentindo que algo importante fora localizado.
— Isso não pode ser o que eu acho que é — disse Alfonso.
As duas pedras estavam lado a lado no carpete, não se diferenciando do resto de material queimado ao redor. Um lenço. Uma luva preta. Cinzas e restos de material queimado. Mas as duas pedras contrastavam do restante.
Uma era a opala preta multicolorida.
A outra, uma esmeralda de três quilates.
Os três entreolharam-se. Não havia dúvida sobre as pedras. Alfonso lembrou-se de Riley Monroe na festa, narrando a lenda local a um dos visitantes de Asterland.
Matthew meneou a cabeça.
Não estou entendendo. Alguém tentou roubar as nossas pedras? Mas não achava que alguém acreditasse que elas existiam... e muito menos que alguém desconfiasse de onde elas estavam escondidas todos esses anos.
Nem eu. Na verdade, nada disso faz sentido. Se houvesse uma tentativa de roubo à noite, Riley Monroe teria nos chamado imediatamente e, de dia, há muitas pessoas no clube e logo saberíamos também. — Alfonso levantou-se. Dakota também se endireitou. — O mais assustador é que... elas foram roubadas e então... onde está o diamante vermelho?
Os três praguejaram e começaram a procurar por toda parte.
Não faz sentido o ladrão levar essas duas pedras e deixar o diamante — murmurou Dakota.
O roubo não faz sentido — afirmou Alfonso, e então praguejou.
O que foi? — indagou Dakota. — Encontrou? O diamante vermelho?
Não, não encontrara o diamante. Era só um pedaço de papel e não teria lhe dado importância se não tivesse lido a palavra "esmeralda". Após breve análise, concluiu que era papel de Asterland.
Não sei o que é — avaliou Alfonso. — Não é uma carta. Não parece ser endereçada a ninguém. Mas alguém transcreveu a lenda sobre as jóias. A história toda. O soldado texano... o encontro com o companheiro quase morto na guerra do México...
Que mais? — Matthew não estava lendo, como os dois.
Acaba com a explicação do lema do clube: liderança, justiça, paz — concluiu Dakota.
Não entendo — disse Matthew, irritado. — Todo mundo sabe sobre a lenda. Mas quem sabia que as pedras existiam de verdade? E quem sabia onde estavam guardadas? E o diamante vermelho? E... vocês acham que há relação entre o roubo e o acidente?
Alfonso ergueu a mão.
— Não sei como poderia, mas não dá para ignorar a coincidência.
Dakota logo tomou uma decisão.
— Precisamos nos reunir... com Ben e Aaron. Mas, antes disso, alguém precisa ir ao clube e ver se o diamante ainda está lá. Precisamos falar com Riley Monroe e descobrir o que aconteceu.
Alfonso passou a mão nos cabelos.
— Posso ir ao clube, se quiserem... mas, para ser honesto, vou ter dificuldade em comparecer a uma reunião... só é possível à noite... digamos, às oito. Tenho que cuidar de alguns pacientes até lá. Também posso cancelar tudo...
Não, Alfonso. Eu também prefiro deixar para mais tarde — comentou Matthew. — Assim, Ben poderá nos encontrar e Aaron talvez esteja de volta, também.
Sim, eu concordo. — Dakota assentiu. — Mas eu mesmo vou ao clube, pois tenho que saber o que aconteceu ao diamante. Estamos combinados para as oito horas, então.
Você quer levar as pedras? — indagou Alfonso.
Não. Se o cofre estiver quebrado, precisaremos decidir o que fazer. Fique com elas até lá. Ali... eu queria sugerir que você tomasse cuidado com o que diz a Anahi Raye.
Alfonso ficou espantado.
Por que acha que vou ver Anahi?
Porque todos nós vimos como você olhava para ela na festa — acusou Dakota. — No momento, a polícia não sabe sobre as jóias ou o roubo... muito menos uma possível ligação com o acidente. Se a informação vazar pode ser pior. Mas ela bem que poderia nos avisar de qualquer novidade sobre o acidente entre os policiais, pelo menos até sabermos mais sobre o ladrão e decidir o que fazer.
Alfonso assentiu e os três separaram-se.
Já fazia dois dias que não via Anahi, só lhe falara por telefone. Não pretendia envolvê-la no caso das jóias. Só queria envolvê-la num relacionamento pessoal. E nenhuma pedra valiosa o manteria afastado dela. Não naquele dia. Já lhe dera tempo suficiente para pensar.


 



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 20



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  • franmarmentini Postado em 15/01/2014 - 14:35:37

    aiiiiiiiiiiiiiiiiii to amando pena que não mostrou o casamento deles :(

  • franmarmentini Postado em 15/01/2014 - 13:50:06

    voltei...

  • lyu Postado em 29/12/2013 - 10:51:49

    acho q foi esse aaron q roubou as joias

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 15:47:53

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 23:25:06

    nossa...que lindos...disseram que se amam...adorei a descrição do anel...imagino os olhos de ambos brilhando ...

  • franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 09:36:32

    aiiiiiiiiiiiiiiii meu deus que perfeitos!!!!!!!!!!!!!! continua ta muito muito maravilhoso...

  • franmarmentini Postado em 11/12/2013 - 10:04:40

    aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii até que enfim...só falta a any agora dizer que o ama :)

  • belle_doll Postado em 11/12/2013 - 00:50:07

    Preciso me atualizar! \o/

  • steph_maria Postado em 10/12/2013 - 23:41:36

    FINALMENTEEEEEEEEE PRIMEIRA NOITE DELES!!!! Sabia que Anahi não ia resistir por muito tempo ao Alfonso *--*

  • daycris Postado em 05/12/2013 - 21:03:30

    posta mais suas webs são perfeitas


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