Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 9 O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: O milagre do amor - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 9

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Alfonso foi ao Clube dos Pecuaristas do Texas, estacionou seu carro esportivo, desligou o motor, porém permaneceu parado. A reunião com os membros estava marcada para as oito horas. Já estava um pouco atrasado. Viu as luzes no prédio, reconheceu alguns veículos no estacionamento. Precisava concentrar-se no acidente de avião e no diamante desaparecido; enfim, em assuntos sérios. Contudo, só pensava em Anahi.
Estava tão apaixonado por ela.
Tecnicamente, amá-la não era novidade. Sabia disso havia muito.
Mas, somente após o primeiro beijo, passara a acreditar que ela poderia sentir o mesmo por ele. O bebê foi a primeira necessidade que viu em Anahi, a primeira falha na armadura, a primeira emoção que ela demonstrou... só que o beijo nada tinha a ver com Angel. Tinha a ver com eles. Tinha a ver com algo forte e poderoso que se firmava entre os dois.
Tamborilando com os dedos no volante, concluiu que, quando se provava um pedacinho do paraíso, era difícil não querer todo o resto. Incluindo os problemas e alegrias. Anahi poderia querer adotar cada criança abandonada no condado, mas era teimosa, determinada e independente demais para contar com ele, mesmo sabendo que era favorável. Mas não se importava. Ela estava confusa com as emoções que os cercavam; porém, como dizia Shakespeare, valia tudo no amor e na guerra. Ani sapateara em seu coração a vida toda; não faria mal inverter os papéis um pouco.
Não quando o motivo era justo.
Assobiando, saiu do carro e caminhou para a entrada. Ao chegar, ficou sério, pois não era hora de cantar na chuva.
Um jogo de pôquer acontecia num canto distante, alguns homens vestiam o casaco ao sair de salas enfumaçadas. Por hábito, deu uma olhada no lema "Liderança, Justiça, Paz" na parede oposta. A placa não era imponente, nem grande. A maioria dos estranhos raramente notava o símbolo. Mas, para Alfonso, era como fazer contato visual com um velho amigo. Dirigiu-se à ala leste, esperando encontrar os demais na área de reuniões, à direita... e não se decepcionou.
A sala estava carregada de tesfosterona. O fogo ardia na lareira. Uma cabeça de javali enfeitava a parede sobre o aparador. Sobre a mesa sólida, as luzes brilhantes de um lustre caro. Os móveis eram todos de couro, sofás e cadeiras, divãs para descanso... mas ninguém estava sentado. Alfonso ficou tenso, a exemplo dos demais. Matt andava feito um puma enjaulado, Dakota fitava a noite pela janela, pensativo e quieto. Aaron ainda não voltara de Washington, mas Ben estava ali. De família árabe, ele usava um kaffíyeh, o típico lenço sobre a cabeça, feito um guerreiro do deserto.
— Desculpem o atraso. — Alfonso entrou, sentindo-se culpado. — Mas vocês estão com uma cara péssima. Más notícias? Dakota, você ficou de procurar o diamante vermelho...
— Sim, cheguei mais cedo, conforme combinamos, para ver se o diamante vermelho estava aqui — afirmou Dakota. — Só que, quando cheguei aqui, a porta da adega estava aberta.
Alfonso praguejou. Dakota continuou:
— Podia ter avisado a todos, mas achei melhor esperar até informar Hank Langley, já que ele é o proprietário do clube. Ele disse que informaria aos outros membros, mas nós cinco, incluindo Aaron, deveríamos tomar a frente e investigar. Portanto, precisamos descobrir o que está acontecendo. Tenho um plano. A tarde, havia muito mais gente aqui e achei melhor esperar anoitecer. O jogo de pôquer na outra sala logo vai acabar e seremos só nós aqui. Mas quero saber de Aaron, porque precisamos da opinião dele.
Matthew remexeu os ombros para aliviar a tensão e ajudou a inteirar Alfonso da situação:
A princípio, encontrar a adega aberta não devia espantar, pois já sabemos que alguém roubou duas pedras. Obviamente, o ladrão conseguiu entrar aqui, de algum jeito.
Sim — concordou Ben. — Só que o vigia teria visto a porta e avisado.
Riley Monroe não reportou nada? — indagou Alfonso.
Não por escrito — disse Dakota, frustrado.
Bem, isso é estranho. — Alfonso sabia que o zelador era cem por cento confiável e leal. — E ainda não localizaram Aaron?
Não. — A expressão de Matthew era de pura frustração. — Sabemos que ele ainda está em Washington...
Precisamos deixar um recado no hotel para que ele entre em contato urgente — opinou Dakota.
Bem, sabemos que ele telefonará assim que puder. Com tantas pessoas de Asterland e Obersburg envolvidas no acidente... e possivelmente com o roubo das pedras... Aaron é o único com experiência diplomática — comentou Alfonso.
O jogo de pôquer prosseguia na outra sala. Numa noite fria como aquela, em dia de semana, era curioso que ainda não tivessem encerrado. Alfonso analisou os companheiros.
— Vocês todos parecem achar que há algo errado. Quero dizer... além do que já sabemos.
Matthew assentiu.
E há. Dakota concordou:
Algo terrivelmente errado.
Acho que devemos aguardar até ficarmos sozinhos no prédio — declarou Ben. — Mas é como aguardar um furacão. Sinto que devia ter uma espada, ou arma aqui comigo, como se algo ameaçador estivesse à espreita.
Shh. Vocês estão me deixando nervoso — declarou Alfonso, resumindo o que já sabiam: — Temos um ladrão. Como ou por que aconteceu, não sabemos. Mas quem roubou as pedras estava no vôo para Asterland, com certeza. E, já que recuperamos duas pedras, estamos na dianteira do ladrão, mas ele... ou ela... já pode estar fora do país. Na verdade, pelo que sei, a maioria dos passageiros já não está mais em Royal.
Robert Klimt? — indagou Ben.
Está em coma.
Lady Helena? — quis saber Matthew.
— Ainda está no hospital, com uma perna quebrada e queimaduras.
Matthew franziu o cenho.
Havia mais alguém. A professora. Pamela alguma coisa...
Sim, Pamela Miles, a professora que estava dançando com Aaron na festa. — Alfonso lançou as mãos ao alto. — Vocês a viram, não? Mesmo que não a conhecessem, quero dizer, ela só pode ser ladra em história em quadrinho... Ela não é o "nosso homem". E outra residente local que estava no vôo era Jamie Morris, mas ela seguia para Asterland para se casar, é pouco provável que seja a ladra.
Sim, sim. — Dakota sorriu. Sabia o que Alfonso estava fazendo. O médico sempre adotava o papel do ponderado em situações de crise, aliviando a tensão para que todos pudessem trabalhar melhor juntos. — Não ouvi mais barulho depois que a porta se fechou há pouco. Acho que os últimos sócios saíram. Vamos lá ver.
Ben tomou a frente. Na verdade, não havia nada de misterioso naquela galeria. Alfonso, assim como os demais, achava que segredos eram perigosos. A melhor atitude quando se queria guardar algo importante era torná-la pública, como fizeram com as três jóias da lenda.
Alfonso tinha as duas pedras encontradas no avião no bolso do paletó.
No fim do corredor, além do vestiário e toaletes, havia uma cozinha enorme. Nos fundos, uma ante-sala e uma despensa espaçosa. Por uma porta na despensa, chegava-se à adega, no subsolo. No fundo da adega, havia uma porta que deveria estar trancada; porém, como Dakota já informara, estava aberta. Com um leve empurrão na maçaneta, passaram a um corredor de pedra, estreito, iluminado com lâmpadas a intervalos regulares. Não estava muito frio, mas era de arrepiar.
Na época da guerra do México... quando o soldado texano com as pedras morreu... havia uma igreja nesse local. Tratava-se da missão original; por isso, Tex Langley comprara as terras ao lado e construíra o clube... para proteger a herança local. As leis não favoreciam a preservação da memória naqueles tempos.
Nem atualmente, pensou Alfonso. Por isso mesmo, o grupo insistia em permanecer unido. As leis não conseguiam acertar todas as injustiças... nem proteger a todos. Não paravam de aparecer bebês abandonados, como Angel. Contratempos nas vidas das pessoas. Mazelas que a lei não consertava e nunca se consertariam se algumas pessoas não se comprometessem pelo menos a tentar.
— Oh, não... — murmurou Dakota, em choque.
Alfonso adiantou-se, bloqueando a visão dos outros homens, pois sentia que era um problema para ele resolver. Imbuído de profissionalismo, fitou o corpo no chão e reconheceu Riley Monroe. Agachou-se, tomou o pulso e confirmou aquilo de que já desconfiava.
Riley não tinha pulso havia muito. Provavelmente, alguns dias. O zelador do clube estava morto.
Agitados, os companheiros recordaram o motivo de estar ali.
— Verifiquem a caixa com o diamante — disse Ben.
Nada, o diamante vermelho sumiu — respondeu Matthew.
Alfonso? — indagou Dakota.
Alfonso entendeu que Dakota... bem como os demais... contavam com ele para obter respostas. Ninguém mencionou a palavra assassinato, mas todos sabiam que era o que acontecera ali.
Bem... há uma marca na cabeça de Riley, mas não creio que tenha sido a causa da morte. Parece que ele foi imobilizado. Não foi um tiro, nem ferimento a faca. Não há sangue. Minha aposta é em injeção de alguma substância... o que implica em premeditação do crime. E está tão frio aqui embaixo que não posso calcular quando ocorreu, mas creio que há uns dois dias...
Duas noites, quer dizer. Na noite em que o avião decolou? — indagou Ben.
Alfonso usou o paletó para cobrir o rosto de Riley e fitou os amigos.
— Eu diria que sim.
Todos trocaram olhares, até que Matthew suspirou e manifestou-se:
Que confusão. Um morto, um diamante roubado, um acidente de avião. Conte à polícia e teremos um incidente internacional... a pior coisa que poderia acontecer, quando Asterland acaba de assinar um tratado de paz com Obersbourg. E nem sabemos se o ladrão é americano ou estrangeiro.
Também não temos por que relacionar o acidente de avião ao roubo das jóias — observou Dakota. — Pode ter sido apenas coincidência.
Alfonso levantou-se.
É verdade — concordou. — Se não fosse o acidente, não saberíamos do roubo por algum tempo. O que me leva a crer que os dois eventos não estão relacionados. Mas, agora, temo que nada disso importe. Riley está morto e não há opção senão chamar as autoridades.
Eu sei. — Matt avançou um passo. — Mas a questão é, qual autoridade? Riley foi assassinado. Claro, temos que chamar a polícia. Mas isso significa que teremos que contar tudo sobre o Clube dos Pecuaristas do Texas, sobre as três pedras e a nossa história de missões ao redor do mundo? A questão é: vamos comunicar o assassinato de Riley... mas temos que revelar todas as circunstâncias do crime? Gostaria de ter alguém que nos aconselhasse. Estamos com um problema sério.
— Não se trata de omitir informações — declarou Ben. — Não é essa a questão. Mas, se as embaixadas forem envolvidas, teremos um pesadelo. E, a menos que resguardemos informações sobre as atividades passadas do clube, vamos ameaçar nossos objetivos. Acho que precisamos de um policial que saiba de toda a história, mas tem que ser alguém de confiança. Qual quer decisão precipitada pode piorar tudo.
Alfonso pensou imediatamente em Anahi.
— Bem... vamos comunicar à polícia. Mas, quanto ao policial de confiança, tenho uma sugestão...
Uma campainha eletrônica estridente começou a soar. Era o pager de Alfonso, pelo qual recebia tele-mensagens do hospital. Ele praguejou. Não podia estar em três lugares ao mesmo tempo, mas aquela era uma noite em que tinha que estar.
Anahi tinha o telefone colado ao ouvido quando Wayne colocou o rosto pela fresta da porta. Hesitante, ele nem entrava, nem saía, enquanto ela entabulava conversa. Esfregando, avaliou o local de trabalho.
Antigamente, Royal não tinha um departamento da infância e juventude... o que significava que não havia sala para Anahi quando ela fora contratada. Ela mesma transformara um almoxarifado em escritório. Na melhor das hipóteses, havia espaço ali para um homem pequeno. Agora, descontando as pilhas de pastas de arquivo e a escrivaninha que não via a luz do sol havia muito tempo, via-se uma parafernália relativa ao bebê... e Angel, num pequeno espaço entre cobertor, brinquedos e mamadeira. Ela balbuciou ao vê-lo. Wayne suspirou de seu lugar junto à porta.
Até que enfim consigo falar com você — disse a Anahi, assim que ela desligou o telefone. — Já sabe que Riley Monroe foi assassinado?
Já.
Não gosto de confusão na minha cidade e nesta semana já tivemos muita movimentação. — Wayne esfregou o queixo novamente. — Quanto tempo ainda vai manter o bebê no escritório, Raye?
O bebê não me impede de trabalhar em tempo integral — defendeu-se ela.
Não respondeu à minha pergunta. Tenho duas filhas pequenas em casa e sei como elas demandam atenção. Quanto tempo acha que vai aguentar com esse esquema, Anahi?
Você sabe... estou procurando a mãe.
De novo, não foi isso que eu perguntei. Já está tão apegada a essa criança que transparece no seu rosto. E está driblando a lei... sabe que está... não entregando-a ao serviço social.
— Eles não pressionaram.
Ocasionalmente, Wayne era muito lógico.
— Porque estamos em Royal. E porque todos a conhecem e admiram. Mas isso não justifica desrespeitar as normas e você sabe como sou rigoroso nesse aspecto. Se um policial não cumpre a lei, como pode exigir que os outros a cumpram?
Eu não estou transgredindo nenhuma lei.
Eu sei. Eu não disse que estava. Pare de evitar o assunto.
Anahi baixou a cabeça.
Desculpe-me. — E lamentava de fato. Por mais difícil que o chefe fosse às vezes, Wayne sempre estivera do seu lado, e sabia que precisavam ter aquela conversa. — Está bem. Espero encontrar os pais e a busca só começou. Mas, se descobrir algo ruim, gostaria de adotar Angel. Se não adotar, pelo menos cuidar dela.
Bem, essa foi uma resposta direta. — Wayne passou a mão no rosto cansado. — Se você precisar de uma declaração sobre a sua pessoa para candidatar-se a mãe adotiva, pode contar comigo, Raye — declarou, meio contrariado.
Ela não ia beijar o chefe. Seria totalmente inadequado e ele detestava essas manifestações.
Obrigada — limitou-se a dizer.
Hum... esse não foi o único motivo de eu passar aqui. Você conhecia Riley Monròe?
Sei que era o zelador do clube e trabalhava como barman nas festas. Parecia boa pessoa. Não consigo imaginá-lo envolvido em problemas. Mas não o conhecia a nível pessoal.
Wayne assentiu.
Bem, a sua impressão é igual à de todo mundo. Era a última pessoa com algum motivo para ser assassinada. Estamos tentando afastar a imprensa e pouca gente vai comparecer ao enterro, já que ele não tinha família. Se algum jornalista pressionar, não diga nada.
Tudo bem. — Avisado de um telefonema, Wayne voltou para sua sala praguejando.
Anahi também retomava o trabalho quando seu telefone também tocou.
Anahi? — indagou uma voz feminina.
Sim.
Estou na sua casa, querida...
Como?
Só queria saber se você é alérgica a algum produto ou alimento.
Bem, não, mas...



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 20



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  • franmarmentini Postado em 15/01/2014 - 14:35:37

    aiiiiiiiiiiiiiiiiii to amando pena que não mostrou o casamento deles :(

  • franmarmentini Postado em 15/01/2014 - 13:50:06

    voltei...

  • lyu Postado em 29/12/2013 - 10:51:49

    acho q foi esse aaron q roubou as joias

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 15:47:53

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 23:25:06

    nossa...que lindos...disseram que se amam...adorei a descrição do anel...imagino os olhos de ambos brilhando ...

  • franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 09:36:32

    aiiiiiiiiiiiiiiii meu deus que perfeitos!!!!!!!!!!!!!! continua ta muito muito maravilhoso...

  • franmarmentini Postado em 11/12/2013 - 10:04:40

    aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii até que enfim...só falta a any agora dizer que o ama :)

  • belle_doll Postado em 11/12/2013 - 00:50:07

    Preciso me atualizar! \o/

  • steph_maria Postado em 10/12/2013 - 23:41:36

    FINALMENTEEEEEEEEE PRIMEIRA NOITE DELES!!!! Sabia que Anahi não ia resistir por muito tempo ao Alfonso *--*

  • daycris Postado em 05/12/2013 - 21:03:30

    posta mais suas webs são perfeitas


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