Fanfic: Promessa de Amor ♥ / Savirroni y Ponny *--* (com um pouquinho de Vondy) | Tema: Savirroni, Ponny, Rebelde, RBD

Era cerca de 9 hrs da manhã.

– Anda Dulce, vamos perder o voo! – Pablo gritou ao pé da escada.

– Não seria uma má ideia. – Dul falou irônica descendo as escadas carregando uma mala.

– Não me provoque Dulce Maria. – Pablo advertiu.

– Aff.. – Dul revirou os olhos.

– Então vamos! – Blanca se prontificou levantando-se do sofá em que estava sentada.

A família se dirigiu até o táxi que estava os esperando em frente a mansão. Entraram no táxi após guardarem as malas no porta-malas (¬¬).

O motorista do táxi deu a partida. Dulce olhava através da janela pela que seria a última vez, a casa onde crescera. Foram tantas coisas que vivera ali com seus amigos, com as pessoas que ela amava e com May. Uma lágrima rolou por sua face.

– Logo, logo você estará casada com o Christopher e começará uma vida normal, como todo o ser humano. – Pablo falou.

– Minha vida seria normal se eu pudesse viver ela ao lado da Maite.

– Não me fale o nome dessa garota. – Pablo avisou irritado. Depois de ter descoberto que Dulce namorava Maite, ele pegara um ódio incontrolável da morena. Não suportava ouvir esse nome. Achava que tinha sido ela quem influenciara Dulce a ser lésbica.

Depois de ter falado isso, um silêncio angustiante prevaleceu dentro do táxi até o aeroporto.

Depois de cerca de quarenta minutos, o táxi estacionou em frente ao aeroporto. Os Saviñón desceram do carro, pegaram as bagagens no porta-malas e adentraram no aeroporto. Se dirigiram até o saguão para fazerem o chek in.

Após fazerem os procedimentos necessários, foram aguardar na sala de espera já que ainda faltavam cerca de dez minutos para embarcarem.

Dulce tinha seu pensamento distante, colocara seus fones de ouvido e fechou os olhos se recostando na poltrona.

“Chamada para o voo 278 com destino a Londres, embarque no portão 3.” – foi anunciado no alto-falante.

– Anda Dulce, vamos. – Blanca a chamou despertando Dul do pequeno cochilo que ela tirava.

Dul se levantou e começou a caminhar atrás de seus pais que já estavam um pouquinho a frente.

– DULCEEEEE, ESPERA!

Dulce virou-se para ver a dona daquela voz e foi ai que viu Maite tentando passar entre as pessoas, apressada. A ruiva ficou estática, vendo a morena se aproximar cada vez, até que ela conseguiu passar entre a multidão e as duas ficaram cara a cara, se encarando, apenas com dois metros de distância. Depois de segundos tentando transmitir seus sentimentos pela troca de olhares, Dulce tomou a inciativa abrindo os braços, convidando Maite para abraçá-la. A morena sorriu balançando a cabeça e foi dando pequenos passos até ela. Correram uma ao encontro da outra até que se abraçaram fortemente. Maite fechou os olhos sentindo Dulce a abraçar enquanto a levantava poucos centímetros do chão. Ela lhe botou de volta na superfície e entrelaçou a mão nos cabelos dela enquanto sorria para a mesma. Dulce respirou fundo, sentindo mariposas no estômago, fraqueza ao mesmo tempo em que seu ar faltava e a única coisa que conseguiu dizer foi:

– Pensei que não viesse.

– Eu também. – confessou e continuou – Mas foi maior que eu. Precisava te ver pela última vez.
– Estou feliz que tenha vindo, de coração.
May aproximou, a abraçando e encostando a cabeça no peito de Dulce. A ruiva sorriu, começando a fazer carinho no cabelo dela.
– Não consigo acreditar que você está indo embora. – May falou – Você não sabe como está sendo difícil para mim.

– Pra mim também, amor, mas lembra da nossa pink promise tá? – pediu levantando o rosto de May para que a morena a olhasse nos olhos.

May assentiu com um pequeno sorriso e sentiu os olhos quererem lacrimejar e os piscou três vezes para reprender as lágrimas. A olhou profundamente e vendo daquela íris castanha todo amor que ali tinha. Abriu um sorriso e falou em um sussurro:

– Não encontro mais palavras para dizer o adeus para você – sentiu um nó na garganta que rompeu sua voz – Eu te amo muito!
Foi a única coisa que conseguiu pronunciar, Dulce assentiu e tomando a inciativa de selar os lábios das duas, sem se importar com os olhares de preconceito e reprovação ao redor delas. O beijo era intenso, era verdadeiro e doloroso. Era difícil saber que seria o último. Após afastarem os lábios, Dul colou a testa de ambas e começou a falar de olhos cerrados:

– Nosso amor foi perfeito. Queria que nossa história não terminasse aqui e que fosse para sempre, mas agora eu tenho que ir embora – tragou a saliva, sentindo uma lágrima cair de seus olhos – Esse meu choro dói tanto porque eu sei que você vai sofrer por causa da minha ausência e eu daria a minha vida pra impedir isso. – afastou um pouco o rosto ao dela para olhá-la nos olhos – Amo quando você me olha profundamente – passou a mão de leve nas pálpebras de May – Quando você cora diante das minhas palavras. – acariciou a maçã do rosto da mesma – Amo esse teu nariz arrebitadinho. – apertou de leve o pequeno nariz da morena – Ou quando você morde o lábio inferior nervosa ou angustiada por algum motivo – contornou com as mãos o lábio de May – Mais o que eu mais amo é o que tem aqui. – desceu a mão e colou em cima do coração da morena – O que você tem em seu interior é o que eu mais admiro. – suspirou emocionada e continuou – Eu amo o seu jeito calmo e carinhoso de lidar as coisas, suas fragilidades. Amo o que você fala e amo seu silêncio, suas perguntas e suas respostas, o que mostra e suas insinuações, amo o que você afirma e o que você nega, amo seu sorriso e sua alegria, suas crises de ciúmes, amo o que você reprime e o que expõe, sua aparência e sua alma, o que você oculta e o que esconde, amo o que ama. – respirou fundo, e disse olhando ela nos olhos. – Enfim, eu te amo!

Maite que já derramava em lágrimas emocionadas, sentiu seu corpo amolecer e abraçou Dulce se segurando para não cair. Dulce beijou os cabelos de May e ela virou o rosto dando um beijo no pescoço dela. Em seguida, mais relaxada, se afastou e aproximou fazendo os lábios de ambos se tocarem. Cerraram os olhos apenas sentindo o toque dos lábios, sabendo que não teria sentimento maior que aquele que sentiam e nem sensação melhor do que seus corpos colados.

“Atenção passageiros do voo 278 com destino a Londres, última chamada, embarque imediato no portão 3.”
As duas abriram os olhos escutando a voz fina e insuportável da chamada em seus ouvidos. Ficaram se olhando, não querendo se separar, mas era algo inevitável e que tinha que acontecer.
De longe Pablo observava a cena, ele queria ter ido lá e acabar com aquilo que ele achava ser uma palhaçada mas Blanca o impediu.
– Chegou a hora do adeus pela segunda vez, né? – May forçou um sorriso, segurando o rosto de Dulce, que apenas assentiu com a cabeça – Nossa história então chegou ao fim? – falou sentindo um nó na garganta que a fez parar de pronunciar qualquer palavra.
– Ou apenas o início de outra.
– Você acredita que um dia teremos um final feliz? – May perguntou temerosa.
– Acredito que no infinito ou num lugar bem bonito, Deus tenha escrito uma história para nós duas, de novo.
May cerrou os olhos, afirmando com a cabeça, em seguida voltou a colar a testa com a da ruiva e disse num sussurro:
– Preciso dizer que te amo.

– E eu preciso dizer que a melhor coisa que me aconteceu foi amar você?
– Posso pedir uma última coisa? – May perguntou.
– Claro! – afirmou com a cabeça, de olhos cerrados.
– Você promete que um dia volta?

– May... – suspirou, sabendo que aquilo talvez não pudesse acontecer.
– Só promete. – sentiu uma lágrima cair dos seus olhos – Por favor, promete!
– Eu te prometi ontem. – tragou a saliva, sentindo a lágrima de May cair no seu rosto – Prometo!
– Te amo, Dul! – roçando seus narizes, dando um beijo de esquimó em Dulce – Para sempre.
– Para todo o sempre! – Dul completou.
May sorriu e deu outro selinho nela e disse por fim:

– Nunca se esqueça que você pode estar em qualquer outro lugar, mas aqui no México, sempre vai ter uma idiota, ciumenta, criança, marrenta morrendo de amores por você e com a esperança que um dia terei você de novo, aqui, comigo.
– May... – tentou pronunciar, mesmo que palavras lhe faltassem no momento – Olha, para que você nunca esqueça de mim... – se afastou um pouco da morena, tirando uma pequena corrente de seu pescoço – Vou lhe dar meu escapulário, ele me protegia sempre, mas como eu estarei longe e não terei como te proteger, deixo você nas mãos dele.
May sorriu e Dulce correspondeu, sorrindo cúmplice. Dulce foi até atrás de May e prendeu a corrente no pescoço da mesma. A morena sorriu, segurando com a mão a corrente e dando um beijo na santinha que ali tinha. Dul beijou a testa dela e falou sorrindo:

– Sempre que sentir minha falta, olhe para essa correntinha, que ela é um pedaço de mim em você.
– Obrigada! – May falou profundamente emocionada – Ain eu não tenho nada que possa te dar! – olhou pelo corpo até que avistou um anel de madeira que tinha comprado há muito tempo na vez que foi de férias ao Brasil em seu dedo polegar – Serve?

– Contanto que seja seu, serve qualquer coisa. – Dul sorriu.

A morena sorriu e tirou o anel e tentou por no dedo médio de Dulce, sorriu ao ver que era impossível.
– No mindinho deve caber. – a ruiva falou sorrindo.
May sorriu assentindo e colocou o anel no dedo mindinho de Dulce, embora tenha ficado um pouco apertado. Ela sorriu e a olhou, imitando as palavras dela.
– Sempre que sentir minha falta, olhe para esse anel, ele é um pedaço de mim, em você.
– Valeu a intenção. – sorriu, apertando o nariz dela – Só tirarei ele se prender minha circulação e meu dedo cair, ok?

– Tá muito apertado? – May perguntou analisando o anel.
– Daqui a pouco cede! – a morena sorriu assentindo.

– ANDA DULCE! – Pablo gritou impaciente.

Dulce, suspirou, ficando séria.

– Enfim, agora já está na hora mesmo, né? – May perguntou entristecendo-se.

– Sim. – respirou com dificuldade e olhou para o pai que gesticulava pra que ela se apressasse.
– Tomara que você seja muito feliz, eu desejo isso de coração!
– Digo o mesmo para você. – afirmou com a cabeça como se agradecesse – Se um dia eu voltar você promete que vai estar aqui, no mesmo lugar? – Dulce perguntou.
– Não se preocupe. – May abriu um sorriso carinhoso – Eu estarei sempre aqui, te esperando! – sorriu acariciando de leve o rosto de Dulce e ela continuou – E você? Jura que nunca vai se esquecer de mim? – insegura.
– Tarde demais. – soltou um sorriso sincero, dando uma piscadela – Tarde demais para esquecer.
May correspondeu o sorriso e a abraçou forte, depois se separaram lentamente e ficaram se encarando um bom tempo não sabendo mais o que falar. A ruiva precisando do último toque entre os lábios, puxou Maite lhe dando, agora, o último beijo. Tinham quase certeza que ali seria a última vez, então tentaram dizer apenas com um beijo, mesmo sendo quase impossível, tudo que sentiam. Aproveitaram cada segundo que lhes restavam sem deixar acabar o toque dos lábios. Sabiam que mais um pouco, era muito pouco e que por mais pouco que fosse, para elas aquele momento foi muito, foi tudo. Falaram mil coisas, sem dizer ao menos, uma única palavra, mostraram os mil dias de agonias, tristeza e sofrimento que estavam por vir pela frente em apenas um gesto. Com lágrimas se misturando mostraram a dor de um sentimento calado, sabendo que aquelas lágrimas não doíam e o que doía era os motivos que faziam elas caírem.

Naquele mesclo de mensagens abstratas, separaram-se do beijo dando mais um abraço forte, sussurraram com um vazio no peito mais uma vez o quanto se amavam. Mesmo com a presença de Dulce ali, a nostalgia já crescia em seus corações e sentiram que a saudade não mata, mas sim machuca e machuca muito.
Dulce tocou seu lábio com de May, dando um breve beijo e depois se virou indo até o pai. Olhou mais uma vez para trás e viu como Maite chorava abraçada com Christian e como sua pequena derramava lágrimas doloridas nos braços do irmão com o consolo da cunhada, Angel que também havia ido ao aeroporto para se despedir da amiga. Acenou uma última vez, falando apenas com os lábios que amava todos eles. Deu mais uns passos sendo levada com ajuda de Blanca até o portão de embarque e dali por diante, saindo por fim, do México e da vida de todos que ali viviam, embora, sair da mente e do coração, fosse quase impossível. Sentiu mais uma vez a famosa lágrima da dor caindo em seu rosto e limpou-a. Não tinha mais o que fazer e só restava agora, recomeçar do zero.

Créditos do capítulo a pattybarcelos autora da fic Tarde Demais Para Esquecer Vondy (Capítulos 391 e 392) ^^