Fanfics Brasil - Capitulo 16 Como o Vento

Fanfic: Como o Vento | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 16

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Dulce indicou-lhe uma cadeira e ela também sentou-se. Anahi não saberia dizer qual era o estado de espírito dela, embora aparentasse estar calma, mexia sempre no cabelo o que denotava algum nervosismo.


-- Não vejo necessidade para muitas discussões dona Dulce...já sei o que a senhora quer e vou descer agora, arrumar as minhas coisas e se fizer questão hoje mesmo deixo a sua casa. – Anahi tentava mostrar indiferença, mas doía-lhe o coração.


--Eu sei que tem muitas habilidades, mas essa de ler a mente alheia ainda não conhecia. – Dulce ironizava tentando demonstrar controle, mas tinha a boca seca.


Anahi sentiu uma irritação desmedida e levantou-se para ir embora quando Dulce segurou-lhe a mão e em tom de súplica disse:


--Desculpa Anahi, sei que só faço asneiras em relação à Sara...é difícil para mim admitir tal coisa, mas sei que está certa...me ajuda? Não por mim, mas pela Sara. Não tenho duvidas que gosta muito da minha filha e sou muito grata por isso.


Anahi ficou sem ação, via a sinceridade estampada nos olhos daquela mulher que chegara a detestar nos seus momentos de muita raiva, mas que agora, ali com aquele olhar humano, despertava tudo, menos raiva...


--Dona Dulce, a senhora quer que eu continue a cuidar da Sara? Mesmo depois de tudo o que disse da forma como a tratei?


--Anahi, por acaso disse alguma inverdade?


--Não...mas acho que não tinha o direito de me dirigir a você naquele tom...eu estava nervosa, enfim...


--Uma amiga minha de longa data me disse que todos que me cercam, as pessoas mais íntimas, há muito que querem chamar a minha atenção para o fato de ser negligente em relação à minha filha, mas todos tinham medo da minha reação. Foi preciso uma pessoa como tu, uma estranha, para me chamar à razão. --Ela estava mais calma e o seu olhar era de quase gratidão.


--Desculpa-me pela forma como falei aquelas coisas todas Dona Dulce, mas era preciso...antes que fosse tarde de mais...e não me arrependo de nada. – Anahi sorriu e Dulce sentiu uma leve esperança que ela reconsideraria o pedido de demissão.


--Anahi, a Sara precisa de ti...


--Precisa mais da senhora -- Anahi a interrompeu.


--Eu sei, não tenho dúvida em relação a isso...ela precisa de nós duas. Eu sou viciada em trabalho, não nego, então preciso de alguém como tu, uma mulher que sabe bem o lugar de cada coisa -- sorriu e Anahi a olhou meio desconfiada -- uma pessoa que defende acima de tudo os interesses da minha filha, meu bem mais precioso. O que fizeste na sexta foi defender a minha filha de mim mesma...ato corajoso que sequer minha mãe teve a coragem de ter. Eu só tenho a te agradecer Anahi...


--Não precisa agradecer Dona Dulce...não fiz nada demais, apenas tenho esse meu jeito meio intempestivo às vezes -- ela sorriu e Dulce a admirou --e não consegui ficar calada...se bem que me calei por um bom tempo...a Schatzie é muito especial, inteligente, doce, meiga, educada, sem mimos exagerados, uma criança maravilhosa, e claro que tem mérito seu aí, então por isso que me dei ao trabalho de "gritar" com a senhora...parecia estar entorpecida.


--Eu agradeço por gostar tanto da minha filha. Ela te adora, é a primeira babá que ela gosta nos últimos tempos. O que significa schatzie?


--Ah, é tesouro, ela é meu pequeno tesouro -- Anahi sorriu com meiguice e Dulce aproveitou para acabar com qualquer dúvida sobre a permanência dela como babá da sua Sara.


-Então devo presumir que não vai deixar o seu tesouro para trás...-- Dulce ainda não estava certa se ela realmente iria ficar...


--Claro que não dona Dulce. Vou continuar fazendo o meu trabalho de babá, cuidando com amor da sua filha, mas é claro que a senhora terá de adotar uma postura diferente, terá de passar a ser mãe da Sara, desculpa-me a franqueza, mas não tem sido. Ela vai ganhar, a senhora vai ganhar, a vossa relação mais à frente ganhará.


Ao terminar a frase, Anahi estendeu a mão à patroa como que a celebrar um contrato. Sorriu confiante e foi acompanhada por Dulce, mas ela com um sorriso mais de nervoso. Apertaram as mãos e Anahi segurou a de Dulce entre as suas. Dulce sentiu seu corpo inteiro amolecer, as mãos da babá eram quentes e macias.


--Anahi, está mais do que autorizada a me chamar à razão, sempre que eu deixar o trabalho roubar meu lado mãe. – Dulce sorriu.


--Não tenha duvida, eu serei mais incisiva da próxima vez...estou a brincar dona Dulce, eu sei que a senhora quer o melhor para a sua filha, assim como eu...por falar nela, onde está a minha schatzie?


--A tua schatzie aproveitou que a senhorita não estava e me chantageou, dizendo que estava com saudades tuas, que não teria a sua história para dormir e se por isso podia dormir comigo...deixei...a tua schatzie é charmosa e sabe conseguir as coisas...-- Mais risos e sorrisos.


--Obrigada pela segunda chance Anahi...—Dulce a olhava com seriedade e gratidão estampados no olhar.


--Todos merecemos uma segunda chance dona Dulce...não sou melhor que a senhora, apenas nesse momento estava mais atenta, mas sei que a senhora vai fazer muito melhor a partir de agora e pode contar com a minha ajuda.


--Paz? -- Dulce brincou tentando selar de uma vez por todas aquele pacto.


--Paz! – Anahi  teve as suas mãos acariciadas pelas da patroa e sentiu-se incomodada.


--Agora posso ir dormir? Estou cansada e amanhã tenho um anjinho que mais parece um furacão para cuidar logo cedo. -- Ela não se sentia tão cansada assim, mas alguma coisa naquela Dulce acessível a incomodava e não sabia muito bem como lidar com a situação.


--Boa noite Anahi e mais uma vez obrigada.


Anahi saiu do lounge deixando Dulce com uma leveza na alma e uma vontade de ser uma melhor mãe para a filha. Sabia que daria muitos erros ainda, mas ter aquela mulher por perto que com certeza a chamaria à razão quantas vezes fossem necessárias era um estímulo e tanto. E também não queria defraudar Anahi...tinha que agradecer à mãe, ela acertara em cheio na escolha daquela menina. Sorriu e se deitou na espreguiçadeira enquanto era embalada pelos barcos que movimentavam a baía de Santos.


***************************************


Duas semanas se passaram desde a conversa entre Dulce e Anahi e era notória a mudança de comportamento da mãe de Sara. Raramente voltava para a casa depois das sete da noite, ou seja, encontrava sempre a menina acordada e brincavam juntas. Interessava-se por tudo o que dissesse respeito à filha, e até na escola já tinha ido. A pequena estava nas nuvens e era um prazer ver aquela criança tão feliz.


Anahi ficava observando pequenas atitudes de Dulce e sorria muitas vezes escondida. Ela às vezes parecia um ET tentando acompanhar a energia de uma menina de 8 anos, mas o esforço em fazer melhor era de louvar. Algumas vezes chegava tão cansada e Sara queria lhe mostrar mil coisas e era preciso apenas um olhar de súplica para Anahi entender que ela estava esgotada e aí ela assumia as coisas. Fazia tudo tão sutilmente que a pequena não percebia nada. Aí sim ela estava a representar o seu papel, auxiliar e não mãe da menina em tempo integral.


Ana ligava quase todo o final de semana, e numa dessas ligações perguntou a Anahi o que estava a acontecer naquela casa, que revolução era aquela, já que a neta lhe contava várias coisas que tinha feito com a mãe e a própria filha a tratava com mais paciência. Anahi ria sem parar e sendo que Dulce a olhava fixamente não tinha como falar abertamente com a amiga, afinal Dulce era sua patroa. Mas sempre dizia a Ana que estava tudo muito bem.


Sempre que Dulce precisava chegar mais tarde em casa por conta do trabalho avisava com antecedência a Anahi e às vezes sentia-se como que a quebrar o pacto e a babá a tranqüilizava, dizendo que estava tudo dentro do razoável.


Naquele dia em particular ela precisava chegar bem mais tarde, pois teria um lançamento de um projeto que a empresa dela tinha feito. Ligou à Anahi:


--Oi Dona Dulce, está tudo bem sim. Vou buscar a Sara na aula de inglês daqui a pouco e depois vou levá-la ao aniversário de uma amiguinha aqui perto de casa. A senhora já autorizou.


--Eu sei Anahi, estou a ligar porque vou chegar mais tarde hoje. Tem um evento no meu trabalho e a minha presença é indispensável. Tinha prometido à Sara que assistiríamos juntas a um filme novo, mas esqueci desse compromisso. Final de semana assistimos todas juntas e com muita pipoca, doce para a Sara e salgada para nós – Dulce estava empolgada e esquecera que os finais de semana da babá eram livres e ela quase sempre passava fora com os amigos. Mas ela parecera não lembrar desse detalhe porque rindo dissera que seria uma bagunça boa, doce e salgada.


Conversaram por um tempo e no final Dulce  pediu que Anahi levasse a pequena para a cama o mais tardar às 9 já que ela estava tendo dificuldades em levantar. Fato constatado pelas duas, já que ultimamente muitas vezes Dulce fazia questão de levantar mais cedo e acordar a filha.


--Ela fica ouvindo música até tarde, aí depois custa a acordar. Mas fique tranqüila, eu a coloco para dormir e só deixo o quarto quando ela estiver no quinto sono. Bom evento para a senhora e volte tranqüila na estrada...


--Obrigada Anahi, volto com um amigo que dirige melhor do que eu, fique tranqüila. -- Risos.


Maite observava aquela cena incrédula. Precisava mesmo conhecer essa Anahi, afinal ela operara um verdadeiro milagre na sua amiga. Ela sempre acreditou no caráter de Dulce, sabia que era uma pessoa maravilhosa, mas já tinha desistido de acordá-la daquele torpor em que vivia, respirando trabalho e ambição por todos os poros, mas ao que tudo indicava, aquela mulher simples conseguira o que muitos tentaram sem sucesso. Queria sim conhecê-la, iria a Santos com Dulce na primeira oportunidade.


*******************************


Por volta da uma da manha Dulce entrou em casa. Estava exausta e agradeceu por já ser madrugada de sexta, ou seja teria apenas mais um dia de trabalho. O lançamento do projeto tinha sido um sucesso e ela estava orgulhosa, mais um excelente trabalho concluído, mais prestigio para a empresa que representava e conseqüentemente para si também. Tinha dedicado muito tempo àquele projeto em particular em detrimento de outras coisas tão ou mais importantes na sua vida, e fechar aquele ciclo com sucesso era uma sensação indescritível.


A porta do quarto de Anahi estava fechada, não era hábito mas deduziu que ela dormia. Subiu e entrou no quarto da filha para lhe dar um beijo.


A cena era recorrente, mas a sensação inédita, Anahi e Sara dormiam abraçadas e numa serenidade comovente. Sobre a barriga da babá estava um livro de contos infantis e a sua filha a abraçava com aqueles bracinhos lindos. A expressão das duas era tranqüila Dulce num impulso sentou-se na beirada da cama completamente enternecida. Talvez sentindo a sua presença, alguns minutos depois Anahi abriu os olhos. A princípio não se moveu, talvez acreditasse estar num sonho, mas aos poucos percebeu que quem estava à sua frente era sim a patroa. Constrangida levantou-se com cuidado para não acordar a menina e disse:


--Desculpa dona Dulce...eu sei que a senhora não gosta, mas vim para cá para fazê-la dormir com uma história e acabei dormindo também – Anahi estava com vergonha.


--Tudo bem Anahi...de vez em quando não tem problema, só não pode mimar muito, mas de vez em quando tudo bem. Atraída pelos lindos olhos azuis da mulher à sua frente e sentido uma intimidade tão grande com a mesma, Dulce colocou uma mão sobre o braço de Anahi que instintivamente o retirou de forma quase brusca deixando-a completamente desconcertada.


 


 



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Autor(a): angelr

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Como já era habitual nos últimos tempos, Dulce tomava café com a filha antes da pequena seguir para a escola e ela para São Paulo para mais um dia de trabalho. --Filha não demore tanto com esse cereal porque daqui a pouco a Anahi desce para te levar à escola e sabes que ela não gosta que atrases e nem eu, coma tudo e seja mai ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 172



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  • santox Postado em 20/10/2015 - 19:19:52

    ATENÇÃO!!! PLÁGIO!!! Apesar de ter citado a autora da história, Nadine Helgenberger, essa adaptação não foi autorizada pela mesma. PLÁGIO É CRIME!!! :(

  • ace Postado em 20/10/2015 - 15:38:32

    Essa história foi modificada sem o consentimento da autora que seria Nadine Helgenberger. PLÁGIO É CRIME!!!

  • justin_rbd Postado em 01/06/2014 - 20:37:17

    amei a história ,parabéns !!!!

  • delmyra Postado em 21/01/2014 - 00:04:05

    linda história. Pena q acabou. Amo portiñon. Sensacional a fic.

  • claricenevanna Postado em 19/01/2014 - 23:10:49

    Onw, eu vou sentir tanta saudade dessa web. Perfeição deveria ser o nome dela. Amei demais cada capitulo, embora que as vezes, surtava, mas foi muuuito perfeita.

  • maralopes Postado em 19/01/2014 - 19:46:33

    amei e ja favoritei sua web vou acompanhar bjaum angel

  • vverg Postado em 19/01/2014 - 19:04:58

    Já está favoritada a outra fic, acompanharei com certeza...^_^ E esta história gostei do começo ao fim... =)

  • vverg Postado em 19/01/2014 - 12:32:51

    Tudo tem um fim... Amei a história.... =]

  • maralopes Postado em 19/01/2014 - 07:28:39

    eu estou muito triste pq vai acabar mas feliz pq as duas realmente se amam e poderão ser felizes juntas e a mai com a angel tão perfeitas' ai nem sei mas o que escrever pra ti mas só sei que te adoro e fico aguardando pelo ultimo capitulo e tua nova web' bjaum Angel

  • delmyra Postado em 19/01/2014 - 00:50:18

    nem acredito q a fic esta acabando. Eu amei. A fic é d+. Chorando em 5 4 3 2 1. Ansiosa pela próxima fic.


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