Fanfics Brasil - Capitulo 2 Como o Vento

Fanfic: Como o Vento | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 2

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Há medida que a cidade de São Paulo ficava para trás aumentava a apreensão de Anahi. Dirigia-se literalmente rumo ao desconhecido. Jamais tinha estado na cidade de Santos, mas esse era definitivamente o menor dos seus problemas. O ônibus estava quase vazio e isso a agradava, queria estar em silencio para tentar esquematizar o que faria dali em diante. Encolheu-se na poltrona, abraçou as suas pernas e encostou a cabeça na janela e ficou a observar enquanto a paisagem ia se alterando lá fora. Fechou os olhos e pensou em Beth, um leve sorriso iluminou a sua face e o seu coração aumentou no peito, nem tudo estava perdido, pensou. Jamais teria conseguido sem ela, jamais... pegou o envelope na sua bolsa e olhou mais uma vez para a reserva na pousada certificando-se de que estava tudo em ordem, releu pela enésima vez o endereço do seu potencial emprego e suspirou. Beth tinha-lhe preparado um dossiê perfeito sobre tudo em Santos, já que ela tinha certeza que seria contratada como babá da menina de 8 anos. Babá? Adorava crianças, já fizera muitos cursos de educação infantil, sentia-se viva ao lado delas, mas jamais fora babá na vida... Tinha duas grandes paixões, a dança e as crianças, se não podia viver de dança no Brasil não sendo uma profissional, então ia ser babá, palavras de Beth, sempre prática. Um frio percorreu-lhe a espinha, e se não gostassem dela? E se a menina fosse um monstrinho como aquelas crianças do pequeno estagio que fizera em São Paulo? E se a mãe da menina fosse uma perua desvairada como a mãe das crianças do Morumbi? E se descobrissem que algumas informações do seu currículo eram fantasiosas? Beth garantira que nada daquilo era ilegal e deveria saber o que estava a fazer já que era a reputação da sua empresa que estava em jogo. Bom, quanto a isso sabia que não deveria se preocupar, ela sabia lidar com crianças e normalmente elas a adoravam, talvez fosse um dom. Segundo Beth, era impossível alguém ficar imune a ela, exagero, lógico, mas naquele momento queria acreditar que a menina de 8 anos se apaixonaria por ela ao primeiro olhar. Precisava daquele emprego, precisava ocupar a mente, exorcizar seus males. Apertou os olhos e sentiu aquela dor toda invadindo o seu peito, precisava sufocá-la ou enlouqueceria. Ela sabia que alguma coisa tinha mudado definitivamente dentro de si após todas as reviravoltas que a vida lhe tinha proporcionado, sabia que não era uma pessoa capaz de lidar bem com sentimentos mais complexos como o amor... Amor, pensou em Johan e no esforço quase desumano que fizera nos últimos tempos para tentar salvar o que ele mesmo chamara de tábua de salvação, mas será que ela queria ser a tábua de salvação de alguém? Apertou mais ainda os olhos e abraçou-se numa tentativa de proteção. Tudo tinha sido tão dramático, e pensar que os primeiros meses daquela loucura tinham sido maravilhosos. Agora sabia que tinha sido uma loucura, mas ela mesma que não queria ser a tábua de salvação de ninguém tinha encontrado naquele homem charmoso e atencioso, o alicerce perfeito para as suas paredes meio frágeis. Tanta coisa tinha acontecido... tantas feridas abertas, tanta solidão, mas a isso ela estava mais ou menos acostumada, mas entrara na loucura acreditando que solidão nunca mais...como estava enganada. Suspirou alto e olhou para a janela enquanto o ônibus descia uma serra majestosa. Olhou para o relógio, em pouco tempo chegaria ao seu novo destino... Bom, gostaria de ter o otimismo de Beth, que acreditava piamente que seria a escolhida como babá da pequena Sara, mas ela não estava tão convicta assim. Teria de escolher muito bem as frases e esconder o sofrimento que lhe ia na alma, jamais alguém contrataria uma pessoa com feridas abertas no coração para tomar conta de uma criança, ela teria de omitir quase tudo se quisesse realmente o emprego, e ela queria. Usaria sua característica mais marcante, a descrição e tomara que a interlocutora não fosse muito perspicaz.



Anahi olhava-se ao espelho enquanto decidia se aquela roupa era ou não apropriada para uma entrevista de emprego. Evitou o laranja que segundo Beth não era uma cor boa para quem quer emprego. Sorriu das manias da amiga e sentiu seu coração mais calmo só por pensar nela. Elas eram o oposto em termos de personalidade, mas tinham uma paixão em comum que as uniu para sempre, a dança. Engraçado é que nenhuma delas dera vazão à paixão maior de suas vidas, Beth era uma empresária de sucesso, e só dançava nas horas vagas e para o marido que era loucamente apaixonado por tudo que ela fazia, e ela agora estava prestes a se tornar babá de uma criança no Brasil. Não teve como não rir das loucuras da vida. Optou por uma bata branca com flores azuis (segundo Beth azul era a melhor cor para essas ocasiões) e sua calça jeans favorita, prendeu o cabelo num coque, calçou sapatilhas vermelhas e voilá, estava pronta para enfrentar uma entrevista de emprego. Antes de ligar para a recepção a pedir um táxi, olhou para o dossiê que Beth havia preparado sobre Santos. Teria de pedir ao taxista que a levasse ao Canal 3 que era onde ficava a casa da Sara. Achou engraçado a cidade ser dividida por Canais, mas se calhar seria fácil andar por ai dado a esse detalhe, já que tudo desenrolava ao longo dos sete canais. Olhou-se mais uma vez ao espelho e decidida interfonou ao recepcionista.



***************


Ana estava apreensiva, não gostara nada da primeira candidata a babá de sua neta querida. A mulher tinha resposta pronta para tudo, claro que devidamente ensaiado. Parecia-lhe mais uma executiva do mercado financeiro do que alguém disposto a cuidar de forma zelosa de uma criança. Sabia de antemão que Sara a detestaria e não faria nada que desagradasse à sua pequena. Pensou em Dulce e teve a certeza que ela adoraria a candidata, já que ela era fria e extremamente profissional tudo o que ela como mãe já era na maior parte do tempo. Não dispensara a mulher de cara, mas sabia que independentemente de gostar ou não da última candidata, a neta não ficaria nas mãos daquela mulher, ela seria capaz de adiar as suas férias há muito planejadas, mas Sara não ficaria à mercê de alguém tão pouco sensível. Ana queria que tomasse conta da neta, uma pessoa capaz de suprir as lacunas deixadas pela sua própria filha na educação da menina. Claro que não era a situação ideal, já que uma criança tem que crescer com o afeto da mãe e do pai, no caso dela mais da mãe já que o pai vivia no estrangeiro e só via a filha uma vez por ano. Tomara que a próxima mulher que entrasse naquela porta fosse à pessoa ideal para a sua Sara, tomara...


*****************



Anahi entrou no condomínio de casas lindas e foi encaminhada à recepção. Lá uma moça muito educada a indicou que deveria dirigir-se à casa de número 12 e que já a aguardavam. Numero 12, meu número de sorte, sorriu ao pensar como pensaria Beth, sempre dada a esses detalhes místicos. Observou tudo ao seu redor, aquele lugar era lindo. Se ela tivesse contando bem, eram cerca de 15 casas todas de padrão alto, todas com jardins impecáveis. O único barulho que se ouvia era de pássaros a cantar, viu algumas bicicletas e outros brinquedos espalhados pelos jardins de algumas casas, mas àquela hora as crianças estariam na escola. Finalmente viu a casa de numero 12, linda e imponente um pouco mais acima das demais, parecia estar numa colina. Assim como as outras, era também de dois pisos, mas tinha uma espécie de piso extra que parecia ser um jardim suspenso com uma sacada majestosa. Respirou fundo e pediu a Deus que desse tudo certo, já gostara do lugar, mas faltava gostar das pessoas, da criança em particular, e mais ainda, que gostassem dela.
Mal pisou à frente da grande porta de madeira nobre, ela foi aberta por uma senhora de meia-idade com um sorriso simpático emoldurando o seu belo rosto.


 



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Autor(a): angelr

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 172



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  • santox Postado em 20/10/2015 - 19:19:52

    ATENÇÃO!!! PLÁGIO!!! Apesar de ter citado a autora da história, Nadine Helgenberger, essa adaptação não foi autorizada pela mesma. PLÁGIO É CRIME!!! :(

  • ace Postado em 20/10/2015 - 15:38:32

    Essa história foi modificada sem o consentimento da autora que seria Nadine Helgenberger. PLÁGIO É CRIME!!!

  • justin_rbd Postado em 01/06/2014 - 20:37:17

    amei a história ,parabéns !!!!

  • delmyra Postado em 21/01/2014 - 00:04:05

    linda história. Pena q acabou. Amo portiñon. Sensacional a fic.

  • claricenevanna Postado em 19/01/2014 - 23:10:49

    Onw, eu vou sentir tanta saudade dessa web. Perfeição deveria ser o nome dela. Amei demais cada capitulo, embora que as vezes, surtava, mas foi muuuito perfeita.

  • maralopes Postado em 19/01/2014 - 19:46:33

    amei e ja favoritei sua web vou acompanhar bjaum angel

  • vverg Postado em 19/01/2014 - 19:04:58

    Já está favoritada a outra fic, acompanharei com certeza...^_^ E esta história gostei do começo ao fim... =)

  • vverg Postado em 19/01/2014 - 12:32:51

    Tudo tem um fim... Amei a história.... =]

  • maralopes Postado em 19/01/2014 - 07:28:39

    eu estou muito triste pq vai acabar mas feliz pq as duas realmente se amam e poderão ser felizes juntas e a mai com a angel tão perfeitas' ai nem sei mas o que escrever pra ti mas só sei que te adoro e fico aguardando pelo ultimo capitulo e tua nova web' bjaum Angel

  • delmyra Postado em 19/01/2014 - 00:50:18

    nem acredito q a fic esta acabando. Eu amei. A fic é d+. Chorando em 5 4 3 2 1. Ansiosa pela próxima fic.


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