Fanfic: Como o Vento | Tema: Portiñon
Anahi tinha adorado o jantar com os amigos, Beth sempre a fazia se sentir muito bem, com ela vivera uma das melhores fases da sua vida e era sempre bom recordar momentos tão felizes. Bernard era engraçado, apesar de ser um sério homem de negócios, tinha o lado brincalhão que encantara Beth e que encantava qualquer um com boa disposição para a vida.
Estavam todos empolgados para conhecer um espaço novo que abrira em Moema. Beth mal cabia em si, estava louca para dançar já que ultimamente tinha trabalhado mais do que qualquer outra coisa e além do mais queria que a amiga dançasse, coisa que ela sabia que a outra adorava e era o bálsamo para a sua existência.
Estavam no banheiro retocando a maquiagem antes de partirem para a balada quando Beth disse:
--E aí Any, é sério mesmo que não tem ninguém interessante em Santos? Eu podia jurar que ias conhecer gente interessante, surfistas, skatistas... -- Beth riu, prometera a si mesma que nunca mais tentaria se "vestir" de cupido para a amiga, não depois de tudo o que ela passara e que de certa forma ela tinha uma certa parte de culpa...mas não resistia, a vontade de ver aquela menina feliz era maior que o bom senso.
--Beth, como é que vou encontrar alguém interessante se mal saio de casa? -- Ela fez cara de drama, mas a realidade era que gostava cada vez mais ficar naquela casa...adorava os amigos, muito até, mas pensar em sair de casa para conhecer alguém e provavelmente namorar não era algo que lhe atraía minimamente.
--Oh, vou apresentar as leis laborais a essa Dulce. O que é isso? Você precisa se divertir...
--Eu me divirto muito Beth e a Dulce é a melhor patroa do mundo. Vamos que os cavalheiros estão loucos para dançar e diga-se de passagem, eu também. -- Mudou de assunto, não sabia porquê, mas falar de Dulce não era exatamente algo que ela gostava de fazer... a razão era simples, tinha receio de dizer coisas que as pessoas pudessem não entender...se nem ela entendia suas reações...
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Dulce já perdera a conta de quantas vezes Bárbara tinha ligado implorando para que ela e Maite fossem na tal balada nova. Ela saíra de Santos disposta a passar um final de semana diferente, mais agitado, mas depois de um jantar com Maite e alguns amigos já estava morta de sono e querendo a todo custo voltar para o apartamento da amiga e dormir. Maite queria arrastá-la á força.
--Dulce deixa de ser velha! Você saiu de Santos apenas para vir jantar em São Paulo e dormir na minha casa? Fala sério. Dul, quem sabe você não conhece uma gata do jeito que quer, linda, gostosa, boa de cama e sem complicação? – Maite tentava convencer a amiga de todas as formas.
--Mai, eu não estou com cabeça para nada disso...
--E precisa de cabeça para se divertir? E também se não tiver gata alguma que te atraia, sempre pode partir para uma noite tórrida com a tua ex que é maravilhosa e que nunca nega um sexo sem compromisso. -- Maite piscou e Dulce riu às gargalhadas.
--Não durmo mais com a Barbara, ela sempre confunde as coisas e além do mais está namorando uma modelo neurótica...Deus me livre de escândalo.
--Ah, a modelo neurótica está em Nova York meu amor, mas nesse caso eu te dou razão, essa Bárbara é exibida demais, vocês não combinam...mas vamos Dul, por favor...
--Ok Mai, mas vou logo avisando, se eu detestar o lugar eu volto para a tua casa. É sério Maite, estou cansada e esse jantar já está de bom tamanho.
--Vamos gata, não sei por que mas acho que o resto da noite vai ser perfeita para nós duas. – Maite abraçou a amiga rindo bastante, ela não achava nada, só queria se divertir e levar Dulce junto.
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Anahi não se divertia assim há bastante tempo, dançava sem parar ao som de musica eletrônica e quando ficava levemente cansada dirigia-se à área vip onde os amigos estavam e bebia alguma coisa. Não gostava muito de bebidas fortes, mas naquela noite decidiu tomar vodka com suco de laranja, combinação que a deixava alegre e mais animada ainda para dançar. Ela e Beth não se desgrudavam, pulavam juntas, se abraçavam na pista, riam muito, ambas relembravam momentos felizes de outrora na Alemanha, quando não passavam de meninas muito jovens e cheias de sonhos.
O amigo de Bernard que durante o jantar não disfarçou o interesse por Anahi, desistiu da conquista já que a moça que arrasava na pista de dança não parecia ter qualquer interesse nele.
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Bárbara e mais algumas mulheres, na maioria modelos, encontraram Dulce, Maite e os demais amigos na entrada da casa noturna. Ela que estava mais alegre e solta do que o normal, confidenciou à amiga e ex namorada que naquela noite não iria embora sozinha. Dulce questionara sobre a namorada e ela sem constrangimento algum dissera que fiel só tinha sido a ela e já que não iam ficar mais juntas, ela iria se divertir com todas até encontrar a mulher certa. Essa era a Bárbara, linda, louca e irresistível.
O lugar estava cheio, mas ficaram numa área reservada onde a freqüência era menor, mas mesmo assim o número de pessoas no espaço era considerável. Dulce que a princípio não estivera muito interessada em prolongar a noite já estava mais animada, mas bem menos do que Maite que flertava com um rapaz com pinta de modelo e gay. Dulce riu, achava engraçado como a amiga não percebia quando um homem era gay, ok, alguns disfarçavam muito bem, mas não era o caso daquela figura. Olhou ao redor e não viu nada que lhe chamasse a atenção. A área vip onde se encontravam tinha uma parede de vidro que permitia ver tudo o que acontecia lá em baixo na pista de dança, olhou com mais atenção, mas mesmo assim não viu nada de especial...pensou no que Maite sempre dizia, que ela escolhia demais, será? Não, não acreditava nisso, apenas era seletiva e gostava de pessoas interessantes e com quem pudesse ter algo para conversar depois do sexo...estava tão difícil ultimamente...ou será que ela perdera a forma? A ultima vez que transara tinha sido com Bárbara e fazia algum tempo...elas, apesar de terem terminado o namoro há bastante tempo, vez ou outra matavam as saudades como Bárbara gostava de dizer...para Dulce era apenas algo bom para o corpo, Bárbara era excelente amante e parecia sempre querer satisfazer todos os desejos dela, mas o resto tinha se tornado insuportável...ela era vazia, deslumbrada, mediática demais para uma Dulce que adorava a discrição...suspirou cansada e disposta a ir embora, só faltava encontrar Maite no meio daquela multidão e se despedir.
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Anahi não acreditava no que os seus olhos viam, piscou varias vezes para ter certeza que a mulher que via a escassos metros dela era mesmo Dulce. Ela estava de costas e conversava com uma outra mulher cujo semblante lhe parecia familiar, puxou pela memória e lembrou que se tratava de Maite, a amiga de sua patroa. O primeiro impulso que teve foi correr literalmente para onde elas estavam e cumprimentar Dulce, mas conteve-se, afinal ela estava num ambiente de lazer, com amigos e com certeza não iria dar atenção à babá da sua filha. Estava quase conformada a passar despercebida quando Beth que conversava com outra amiga, lhe perguntou se aquela não era Dulce e ainda lhe disse para cumprimentá-la. Era apenas disso que ela precisava para sair quase correndo em direção àquela mulher que lhe causava tantas emoções e todas elas inquietantes.
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Maite tentava em vão convencer Dulce a ficar mais um pouco. Ela, irredutível e alegando muito sono deu dois beijinhos na amiga e já se preparava para deixar o lugar quando Maite viu Anahi vindo na mesma direção. Louca como só ela mesma sabia ser, teve a certeza que Dulce não iria embora, não com aquela babá linda no mesmo lugar. Ela estava lindíssima, e por instantes Maite pensou que Dulce tinha razão, aquela menina não seria babá de Sara por muito tempo. Ela usava um vestido preto acinturado e solto no corpo, ficava-lhe acima dos joelhos deixando á mostra aquele belo par de pernas. Era alta e não usava salto e sim umas sapatilhas vermelhas, cabelos soltos, lindos e com aquele sorriso no rosto...definitivamente Dulce não iria embora.
Alguém colocou uma mão suave na nuca de Dulce e ela se arrepiou toda. Viu Maite sorrir e se virou para quase ter uma síncope ao dar de cara com aquele sorriso magnífico que muitas vezes já invadira os seus sonhos.
--Oi dona Dulce...nossa que coincidência. - Anahi estava exultante.
Dulce demorou a reagir e Anahi, talvez ajudada pelas vodkas com laranja a abraçou. Sem querer, ou sem pensar direito beijou o pescoço dela e disse-lhe ao ouvido: -- Adoro o teu cheiro.
Dulce teve uma sensação de vertigem acompanhada de um desejo louco poucas vezes experimentado na vida. Não sabia o que fazer, aquela mulher a deixava sem saber o que fazer. Sentiu-se uma boba, não tinha aberto a boca ainda, boca essa que estava seca...e as mãos trêmulas e o coração aos pulos, aliás o corpo todo estava em ebulição.
--Anahi, como esse mundo é pequeno...e pensar que São Paulo é uma mega cidade. -- Salve Maite, pensou Dulce.
--Pois é jamais imaginei encontrar a dona Dulce aqui. -- Ela nem sequer olhou para Maite, continuava a fitar a patroa insistentemente, como se só existissem as duas naquele lugar.
Anahi não pensava, ou melhor pensava de forma diferente, era guiada por qualquer coisa menos a razão que lhe era familiar.
--Não jantamos juntas, mas dançar ninguém impede. Vamos? -- Segurou as mãos de Dulce que não proferiu qualquer som. Seguiu a babá de sua filha para a pista de dança como se fosse a coisa mais natural do mundo. Elas não caminharam até a pista, flutuaram embaladas por uma sensação de leveza, uma leveza que pulsava...se é que fazia sentido algo assim, mas o que mais fazia sentido?
--Mas ela não estava pronta para ir embora? -- Disse Maite com um sorriso no rosto. Aquela babá ainda tinha muita coisa para ensinar à sua amiga e ela parecia ser uma aluna cada vez mais aplicada.
Na pista de dança, uma tímida Dulce foi se soltando à medida que a musica lhe invadia a alma. Entretanto cada vez que parava para observar a desenvoltura e o "savoir faire" da sua parceira sentia-se levemente constrangida. Anahi dançava como ninguém, estava alegre, feliz e falante, bem diferente da mulher que morava na sua casa...mas ela gostava das duas versões. Dulce ficou incomodada quando um homem que parecia conhecê-la a abraçou por trás, disse algo no seu ouvido e ela sorriu. Ela continuou dançando e o rapaz sempre atrás dela, pegando em sua cintura e se encostando de forma sensual naquele corpo maravilhoso. Quando Dulce estava a ponto de sair de lá, pensando estar a incomodar a paquera de Anahi, ela pegou as suas mãos e lhe disse para irem beber alguma coisa, deixando o conquistador a ver navios.
Tomavam a mesma bebida que Anahi pediu para as duas sem perguntar se Dulce gostava de vodka com laranja, afinal ela também estava nervosa, mas disfarçava bem por causa das doses da bebida forte.
--Veio com o teu namorado Any? -- Dulce perguntou movida por uma pitada de ciúme.
Anahi deu uma gargalhada e vermelha respondeu:
--Não tenho namorado dona Dulce, não tenho tempo para isso. Vim com meus amigos, aliás quero que a senhora conheça Beth, meu anjo numero 1...e o número 2 é a schatzie. -- ela sorriu e abraçou Dulce num gesto de carinho inocente, todavia a sensação no corpo dela não foi nada inocente. Dulce a abraçou também e se esquivou de analisar a sensação que percorreu o seu corpo.
Ainda abraçada a ela e numa sensualidade que minava qualquer resquício de sobriedade a Dulce, Anahi perguntou com os olhos brilhando:
--Que perfume que a senhora usa? Eu adoro o seu cheiro, é muito bom. -- Ela disse isso e se perdeu no pescoço da outra deixando-a toda arrepiada.
--Nem me lembro mais qual o perfume que usei Any.—Dulce estava a ponto de esquecer o seu nome, que dirá o perfume que usava...
--Usa perfumes diferentes? -- Ela continuava com aquele olhar provocador.
--Unrrum -- Palavras não saiam mais.
--Então é o seu cheiro mesmo, porque é o mesmo que sinto desde a primeira vez que a vi.
Dulce não resistiria mais, ela queria a babá, estava certa daquilo, mas não tinha o direito de se aproveitar da menina que estava fora do seu normal...a Anahi que cuidava de Sara jamais agiria com tamanha sensualidade...já era difícil resistir àquela Anahi, imagine a essa. O corpo dela era quente, a boca era uma tentação à parte, ela falava e os lábios se mexiam sensualmente...as mãos, que loucura...precisava sair daquela situação.
--Any, vou ao banheiro...acho que bebi demais e preciso de muita água no rosto. -- Sorriu sem graça.
--Ok, mas não demore, quero dançar muito e a senhora é excelente parceira. Ela sorriu sem malícia e Dulce se apaixonou mais um pouco.
Perto dali, Barbara observava aquela cena e estranhara como Dulce tinha resistido àquela mulher deslumbrante. Se bem que Dulce era esquisita mesmo, meio dura na queda, mas aquela mulher era linda demais e sua ex gostava de mulheres lindas e quem visse aquela cena que presenciara, diria que ali existia um desejo mútuo avassalador. Então por que Dulce tinha deixado a moça sozinha? Bom, ela que não perdia tempo já se dirigia para o bar onde a mulher linda dançava com um copo nas mãos.
Bárbara ficou mais louca ainda quando viu Anahi de perto, e quando ela começou a falar então...por causa do barulho, ela tinha que falar no seu ouvido e o sotaque era sexy demais, ela era sexy demais...se Dulce não queria, ela queria e não costumava demorar muito para conseguir o que queria.
--Quer ser modelo? Mas não uma modelo qualquer, uma top model internacional...eu posso conseguir os melhores contatos para você. -- Disse já quase encurralando a outra contra o bar.
--Não, não tem nada a ver com o que quero... -- Anahi já estava a se sentir incomodada com o assédio daquela mulher. Ela era linda, elegante e todo mundo que passava por ali ficava a olhar com atenção em sua direção, mas ela não a queria em cima dela.
--E o que quer? -- Pergunta carregada de duplo sentido -- Eu faço qualquer coisa que quiser. -- Ela não disfarçava mais a vontade louca de tê-la em sua cama e até Anahi que era meio desligada percebeu e se inquietou. Olhou para os lados como que à procura de socorro, mas não viu ninguém do seu círculo, a sua cabeça estava rodando e suas pernas não a obedeciam.
--Tudo bem aí Any? -- Dulce que voltara já mais calma, teve que se controlar para não ter um ataque de ciúme...Bárbara não perdia tempo e era irresistível, ou quase...
Anahi saiu quase correndo daquele ataque, pegou as mãos de Dulce e a levou dalí.
Autor(a): angelr
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--Nossa que mulher louca! --O que ela queria? -- Dulce sabia, mas queria entender até onde Anahi tolerava uma aproximação de outra mulher. --Ah, ela veio com uma história de me transformar numa top Model internacional. -- Ela riu se mostrando descrente ou desinteressada. --E essa possibilidade não te interessa? --Dona Dulce, olha para m ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 172
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santox Postado em 20/10/2015 - 19:19:52
ATENÇÃO!!! PLÁGIO!!! Apesar de ter citado a autora da história, Nadine Helgenberger, essa adaptação não foi autorizada pela mesma. PLÁGIO É CRIME!!! :(
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ace Postado em 20/10/2015 - 15:38:32
Essa história foi modificada sem o consentimento da autora que seria Nadine Helgenberger. PLÁGIO É CRIME!!!
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justin_rbd Postado em 01/06/2014 - 20:37:17
amei a história ,parabéns !!!!
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delmyra Postado em 21/01/2014 - 00:04:05
linda história. Pena q acabou. Amo portiñon. Sensacional a fic.
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claricenevanna Postado em 19/01/2014 - 23:10:49
Onw, eu vou sentir tanta saudade dessa web. Perfeição deveria ser o nome dela. Amei demais cada capitulo, embora que as vezes, surtava, mas foi muuuito perfeita.
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maralopes Postado em 19/01/2014 - 19:46:33
amei e ja favoritei sua web vou acompanhar bjaum angel
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vverg Postado em 19/01/2014 - 19:04:58
Já está favoritada a outra fic, acompanharei com certeza...^_^ E esta história gostei do começo ao fim... =)
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vverg Postado em 19/01/2014 - 12:32:51
Tudo tem um fim... Amei a história.... =]
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maralopes Postado em 19/01/2014 - 07:28:39
eu estou muito triste pq vai acabar mas feliz pq as duas realmente se amam e poderão ser felizes juntas e a mai com a angel tão perfeitas' ai nem sei mas o que escrever pra ti mas só sei que te adoro e fico aguardando pelo ultimo capitulo e tua nova web' bjaum Angel
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delmyra Postado em 19/01/2014 - 00:50:18
nem acredito q a fic esta acabando. Eu amei. A fic é d+. Chorando em 5 4 3 2 1. Ansiosa pela próxima fic.