Fanfic: Como o Vento | Tema: Portiñon

O desejo entre elas era algo gritante, pulsava por todos os lados, elas se queriam como provavelmente jamais tivessem desejado outras pessoas. Uma eletricidade vibrante percorria aqueles corpos com apenas um toque, por mais singelo e breve que ele fosse.

Dulce encostou Anahi na parede e a beijou com tamanho desejo que deixou a babá sem ar, ar esse que buscou na boca da patroa. O ar de uma era o combustível para a outra, elas se contorciam de prazer e se olhavam. Não precisavam de palavras, os olhos diziam tudo e elas se perdiam uma no olhar da outra, o verde querendo mergulhar no amarelo e vice-versa.

Anahi, era a mais tímida, ou a menos experiente naquelas artes, mas o desejo que sentia por Dulce a impelia por caminhos jamais percorridos, e foi num desses rompantes que arrancou a blusa de dentro do short dela e com mãos trêmulas e percorreu o seu corpo nu e quente por baixo da blusa.

Dulce simplesmente adorava aquela timidez misturada à ousadia, as mãos trêmulas a deixavam doida e gemia aos ouvidos de Anahi deixando-a num estado de excitação jamais alcançado.

Anahi arrancou a blusa de Dulce sem deixar de ser carinhosa, já que uma mão arrancava e a outra acariciava a barriga, os seios por cima do soutien...ela delirava com aqueles seios...jamais pensou que pudesse ser assim...

Dulce, tomada por um torpor que há muito não sentia, colocou uma das suas pernas entre as da babá que abafou um grito de puro delírio. Ela se afastou um pouco para contemplar a beleza de Anahi, ver aqueles seios completamente excitados por baixo do biquíni acabou com qualquer resquício de lucidez que ela pudesse ainda ter. Com mãos hábeis e quentes, tirou o biquíni dela e nesse momento teve a certeza que a perfeição estava ali, no colo daquela mulher.

--Meu Deus, és linda demais Any...linda. -- Sussurrou aos ouvidos dela enquanto a levava para a cama.

Os corpos sedentos de prazer caíram naquela cama enorme. Dulce se posicionou sobre o corpo da babá, queria percorrer cada milímetro daquela maravilha, queria desfrutar de todo o prazer que sabia que sentiria nos braços dela.

Anahi, embalada por instintos e desejos incontroláveis tirou o soutien de Dulce que a abraçou. A fricção de um par de seios contra o outro provocou algo tão intenso que Anahi perdeu a respiração. Abraçou Dulce com tamanha força que a outra teve um orgasmo sem esforço algum...era assim com aquela babá...e sabia que poderia ser melhor, muito melhor...

Dulce arqueou um pouco o corpo e olhando Anahi nos olhos, com desejo estampado, um desejo que transbordava, beijou a boca dela com sede. Da boca foi ao pescoço, sem parar o passeio das mãos pela pele quente e convidativa. Sussurrava coisas desconexas ao ouvido da babá, deixando-a em transe. Os lábios quentes percorreram os contornos dos seios de Anahi com beijos ternos e excitantes. Era maravilhoso! Porém, quando a língua dela contornou um dos mamilos, para de seguida, ser sugado por lábios e língua em perfeita sintonia, Anahi gritou de prazer...a timidez deu lugar a uma explosão de ousadia, já que ela implorava por mais, segurava a cabeça de Dulce para que ela eternizasse aquela carícia mais que perfeita.

--Ai Dulce...isso é muito b...bom...bom demais... -- Ela se contorcia de prazer e Dulce queria mais, queria tudo e sempre mais.

Elas se tocavam com vontade, Anahi queria mais, o corpo tremia, uma sensação de desfalecimento tomava conta dela. Não conseguia pensar, sentir era a sua única obrigação naquele momento. A pele de Dulce  ardia contra a sua, as mãos percorriam cada recanto do seu corpo com maestria. Ela queria senti-la por completo, sem roupa alguma e seguindo esse desejo, tentou desabotoar o seu short.

Dulce a olhou e a intensidade dos olhos da babá fez com que se apaixonasse um pouco mais. Com as suas mãos ajudou Anahi a abrir o short e sabendo que não ousaria tanto, pegou nas mãos dela e colocou dentro do short, por cima da calcinha. Anahi enlouqueceu, o calor que vinha dali provocava todos os seus sentidos. Passou a mão e apertou levemente, Dulce gemeu e segurou a mão dela entre as suas pernas.

Dulce estava admirada com a sensação que as mãos de Anahi provocava nela...ela adorava transar, mas não se lembrava de querer tanto uma mulher como queria aquela. O seu olhar tímido, associado a toques ousados a deixavam fora de orbita...Anahi era maravilhosa. Queria sim fazer amor com ela, mas queria prolongar aquilo, aquela sensação de descarga elétrica, e foi nesse sentido que começou mais uma sessão de beijos apaixonantes, queria deixá-la doida de vontade de fazer amor, doida de vontade de descobrir um mundo maravilhoso...

Apesar de embriagada de desejo, Anahi ouviu ainda que muito longe um toque na porta. Fez menção de se afastar de Dulce que a aprisionou mais ainda nos braços...ela mesma não sabia se aquele toque na porta era realidade ou delírio.

Entretanto, ele ficou mais forte e Anahi não teve mais como não notar.

--Dona Dulce...tem alguém batendo na porta...-- Disse com muita dificuldade.

--Hummm... não é ninguém...-- E continuava beijando os seios dela com vontade.

--Pode ser a Sara...-- Disse Anahi com resignação.

--Droga! Essa é hora minha filha? -- Praguejou Dulce caindo para o lado e apertando as mãos contra o rosto afogueado.

Anahi pulou da cama, vestiu a parte de cima do biquíni e correu para o banheiro para jogar muita água fria na cara. Ela se olhou ao espelho e quase não acreditou que pudesse ficar tão vermelha como estava. O seu corpo ainda tremia, respirou fundo algumas vezes, lavou a cara com muita água gelada, as mãos, mais água no colo e vestiu uma camiseta que providencialmente estava no banheiro. Olhou-se mais uma vez ao espelho e concluiu que já estava apresentável.

Ao regressar ao quarto, Anahi percebeu que Dulce não estava mais ali e que a cama estava arrumada.

Abriu a porta e deu de cara com Sara e Eric brincando sentados no chão à entrada do chalé.

--Oi Any, ficamos preocupados com a tua demora e viemos ver se estavas melhor. Estava a dormir? -- A menininha a olhava com aqueles olhos iguaiszinhos aos dela e repletos de doçura.

--Adormeci um pouco meu amor, por isso a demora em abrir a porta. Estão aqui há muito tempo?

--Não muito. Estamos com fome, muita fome. Vamos almoçar? Minha mãe está aqui? Já vamos voltar Any?

Tantas perguntas, típico daquela criança alegre e cheia de vida.

Sara e Eric foram à varanda enquanto Anahi arrumava as suas coisas e as da pequena. Na realidade tentava fazer alguma coisa para amenizar aquele desejo todo que teimava em permanecer no seu corpo. Não conseguia pensar em nada, queria apenas estar de novo nos braços de Dulce, sentir tudo de novo e ir além...

Sara encontrou a mãe na varanda, deitada na rede e olhando para a imensidão verde à sua frente. A pequena pulou no colo dela, e o amiguinho fez o mesmo. Dulce adorou! Embora achasse que a filha tinha aparecido numa hora pouco própria, era preciso apenas um sorriso dela para fazer seu coração amolecer.

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Almoçaram todos juntos e Dulce pode perceber o quão simpático era o Gregory. O ciúme dela em relação a Anahi era sim infundado e ela se sentiu quase ridícula por ter tido tal sentimento. Marcaram um encontro em São Paulo para que as crianças pudessem brincar juntas ainda antes do pequeno regressar aos Estados Unidos.

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No caminho de volta a Santos, Dulce incumbiu Anahi de escolher a trilha sonora que as acompanharia até a baixada. Sorrindo ela escolheu uma banda que adorava, The Script, e as melodias maravilhosas fizeram com que cada uma pensasse em tanta coisa, na intensidade daquele momento interrompido pelas crianças, que queriam mais daquela sensação...

Ambas sorriam, ainda que sem olhar uma para a outra.

A música era Broken Arrow, que Anahi adorava e Sara idem, ela gostava de tudo que a babá sugeria. A menina cantarolava a letra toda para completa estupefação da mãe.

Dulce gostara tanto da banda que pedira um repeat geral, que Anahi sorrindo, obedeceu.

Sara adormeceu, provavelmente vencida pelo cansaço.

Embaladas pela música as duas sorriram uma para a outra, um sorriso cúmplice, carregado de palavras por dizer. Dulce percebendo que a filha adormecera, olhou com mais intensidade à babá e disse:

--Menina, você é um perigo...que perigo. -- Sorriu e continuou a prestar atenção à estrada.

Anahi não disse nada, apenas sorriu. Pensando, concluíra que quem estava em perigo era ela. Quase fizera amor com a patroa...que loucura. Aquilo estava fugindo ao seu controle e não poderia continuar. Dulce, provavelmente era movida por uma atração sexual muito forte, mas para ela não era apenas isso...sentira muita vontade de ter feito um sexo louco com ela, sim, claro, mas era mais do que isso, e aí sim residia o perigo.