Fanfic: Como o Vento | Tema: Portiñon
O silêncio dominou o ambiente por largos minutos, cada uma presa nos próprios pensamentos. Nos braços de Dulce, Anahi sentia-se plena, satisfeita e feliz, muito feliz. Não teve como não pensar nas suas últimas incursões sexuais...incomparável. Tinha sido amada com carinho, o seu próprio prazer tinha sido uma preocupação o tempo todo...novidade! Queria eternizar aquela sensação, queria ficar ali todo o tempo do mundo...mas e o medo? Ele não a deixava em paz, a vida inteira tinha sido assim, amar significava perdas irreparáveis, significava perda de controle e ela não queria perder mais o controle dos seus atos...e o que esperar de uma mulher como Dulce?
Ela provavelmente se cansaria daqueles momentos, se cansaria dela, afinal não se tratava de uma mulher maravilhosa como aquelas às quais estava acostumada...ela era simples, e ao mesmo tempo complexa, tinha medos, receios e anseios, mas a patroa não estaria interessada em desvendá-la e muito menos em compreendê-la...confusão e medo a dominavam.
Dulce estava quase em transe, sexo com Anahi era simplesmente maravilhoso...aquela mulher era única, com ela tudo era diferente, a intensidade era outra...jamais imaginara que pudesse ser assim, na realidade demorou a acreditar que pudesse chegar àquele ponto, tê-la nua na sua cama, depois do amor. Mas lá estava ela, de costas e de olhos fechados, linda...o corpo ainda tremia esporadicamente, não sabia se efeito do gozo ou outro sentimento menos bom, mas ela estava lá, na sua cama, entregue...era bom de mais.
Mas o que esperar daquilo tudo? Não conhecia nada da vida passada da Anahi, não sabia sequer quem era ela na verdade, já que babá não era, com certeza. Ela, que sempre se considerou corajosa em tudo, tinha medo de perguntar alguma coisa e quebrar o encanto, às vezes achava que Anahi escondia um passado sombrio, via muita tristeza nos seus olhos em determinados momentos, mas se ela não queria partilhar é porque não achava importante, mas e essa vontade de dizer tudo, de contar com ela para tudo e de se mostrar disponível para tudo...sentia-se quase boba, mas não tinha mais idade para aquilo, muito menos com a babá da sua filha que se não estivesse enganada, nunca tinha estado com uma mulher até aquele momento, ou seja, a chance de ser fogo de palha era enorme. A racionalidade teimava em dominá-la, mas aquele burburinho no coração também queria ser ouvido...
Anahi tremeu com maior intensidade nos seus braços e Dulce não pôde evitar a pergunta:
--Foi ruim Any? -- Tinha dúvidas, muitas...
Ela não respondeu com palavras, apertou-se mais ainda contra o corpo da patroa e suspirou. O coração de Dulce batia tão velozmente que o eco era perceptível nas costas de Anahi, era disso que precisava para dar seguimento ao ato seguinte.
Posicionou-se sobre o corpo dela e a olhou nos olhos, com profundidade, os olhos de azuis estavam claros, Dulce se viu neles. Anahi a beijou, aquele beijo leve, terno, doce, carregado de boas coisas, que surpreendentemente ia ficando intenso, arrebatador, exigente.
Dulce sentia-se desfalecer cada vez que a língua quente de Anahi passeava pelo lóbulo da sua orelha, e ela mordia levemente e depositava beijos quentes, molhados...descia pelo pescoço, mordiscava e arrancava suspiros de prazer...as mãos, de uma habilidade impar, percorriam o corpo que ardia...Dulce se contorcia e não conseguia fazer nada além de se deixar tocar com maestria.
Anahi gemeu ao beijar os seios dela, parecia se deleitar em particular com aquela parte de sua anatomia. Beijava, sugava, mordia levemente e acariciava com as mãos. Voltou a beijar-lhe e Dulce quase em desespero mordeu-lhe de leve os lábios deliciosos, sentia-se torturada de prazer, mal sabia ela que o melhor estava por vir.
Anahi, tinha alguma vergonha, ou insegurança, ou as duas coisas juntas, mas queria dar a Dulce todo o prazer que recebera e foi nesse intuito e imbuída de uma coragem que não sabia possuir que deslizou a boca pelo corpo da patroa arrancando gemidos à medida que se aproximava do centro do prazer. Perdeu a noção de quem era tão logo seus lábios atingiram o alvo...não era bom, era perfeito e melhor ficava embalada pela reação de Dulce que parecia ter atingido a lua.
A timidez foi dar uma volta no planeta mais distante e Anahi deu o melhor de si. Por quê? Porque simplesmente amava fazer aquilo, era novo, completamente novo e inesquecível. Perdeu a conta do tempo que ficou mergulhada naquele lugar perfeito, instintivamente, sabe lá Deus porquê, a certa altura percebeu que precisava de mais profundidade naquele toque e sem parar com a viagem da sua boca, lábios pelo corpo de Dulce, entrou naquele lugar quente e maravilhoso...sentiu um estampido nos ouvidos e uma vontade de eternizar aquele momento.
Não sabia mais o que fazia, não pensava, sua boca tinha vontade própria e engolia Dulce, seus dedos ganharam mais vida e realizaram um ballet sincronizado...lábios, língua, dedos, mãos...ballet perfeito. Dulce perdeu a conta das vezes que gozou, pequenos gozos que preparavam o seu corpo para a loucura final que quase a matou, sim de prazer.
O prazer vinha, aquele que deixa as pernas bambas e o coração acelerado, ela, conhecendo bem o seu corpo, apertou os dedos de Anahi dentro de si, e a babá, que surpreendentemente sabia muito bem o que fazer, talvez guiada pelo instinto, aumentou a velocidade do ballet sincronizado dos dedos e da língua e sentiu um calor diferente emanando do corpo da patroa, uma cascata de algo que ela não sabia bem o que era inundando sua boca, seus dedos e ela tremendo e gritando o seu nome tão alto que teve medo que o condomínio inteiro ouvisse, medo infundado já que o isolamento acústico era perfeito, mas ela não sabia disso.
A cascata era doce e Anahi sorveu tudo com vontade, Dulce tremia e dizia coisas sem sentido...Anahi não entendia muito de mulher, mas a reação da patroa tinha sido quase idêntica à dela, logo concluiu que era hora de beijar-lhe a boca e abraçá-la com carinho, e foi o que fez.
Escalou o corpo dela em direção à boca, vários espasmos foram sentidos e ela caiu sobre Dulce que a abraçou com vontade. Percebendo que ela tinha dificuldades em respirar, Anahi caiu para o lado e a abraçou pela cintura.
Dulce não tinha forças para se mover, fechava os olhos e via milhares de estrelas de todas as cores..."Que orgasmo foi esse meu Deus?"-- Pensou antes de abraçar Anahi e afundar o nariz no seu pescoço.
Algum tempo depois, já recuperada, Dulce não conseguiu ficar calada ante aquela performance irrepreensível de Anahi:
--Any...
--Hummm
--Posso te perguntar uma coisa? Jura que não fica chateada? -- Ela queria saber tudo.
--Urrum, pergunta! -- Anahi estava nas nuvens e sem muita força para conversar.
--Any, você jura que é a primeira vez que fez isso? -- Ela não conseguia acreditar, se na primeira vez tinha sido assim, com prática aquela menina se tornaria um às...
--Ai meu Deus...-- Ela se escondeu no colo de Dulce
--Sério Any...muito bom...tem uma amiga minha que diz que tem gente que nasce sabendo, agora, eu tenho que concordar...nossa...sem palavras...-- Ela sonhava, literalmente.
--Eu segui meus instintos e uma vontade louca de retribuir o que tinha sentido...só isso. -- Disse timidamente.
--Só isso? Any, eu perdi as contas das vezes que cheguei à lua...sua boca...meu Deus que loucura...e essa língua que sabe o momento exato de aumentar e diminuir a velocidade...aiii... – Dulce sentia seu corpo dar sinais de querer tudo de novo e de novo...
--Dona Dulce... -- Anahi morria de vergonha.
--Não Any, pelo menos enquanto estivermos sozinhas sem o dona, só Dulce.
Anahi sorriu timidamente e Dulce perguntou o que era beijando a pontinha do seu nariz e a chamando de linda...pela décima vez.
Mais um sorriso da babá, meio tímido, meio safado, meio entregue, meio receoso...aquele mix que era Anahi e que encantava cada vez mais Dulce.
--Meu Deus do Céu, como você é linda menina...linda de mais. -- E a beijou inúmeras vezes na boca, nos olhos, na ponta do nariz, nas mãos...
--Ah, posso te chamar de Dul quando estivermos sozinhas? -- Quase tímida e muito linda.
--Sim! -- Sorriu -- Dul é lindo, e somente a Maite me chama assim e eu gosto muito.
Se olharam com intensidade e a magia se instalou mais uma vez e se amaram, uma, duas, três vezes com direito a gozo simultâneo e tudo que a paixão, a entrega e a ousadia permitiram.
Embaladas por uma chuva fina que caía lá fora e pela sensação de plenitude, adormeceram.
O escuro já era uma dominante lá fora, quando Anahi abriu os olhos e se viu na cama de Dulce. Ela a abraçava languidamente o que amoleceu mais uma vez aquele coração que aos poucos se acostumava a momentos de muita intensidade. Aquele momento de ternura foi substituído por um sobressalto quando ela se deu conta que pelo adiantado das horas, provavelmente Ana e Sara já estariam prestes a regressar do passeio a São Paulo.
A contragosto saiu da cama sem acordar Dulce, ficou parada por alguns segundos observando a beleza daquela mulher e depois abriu a porta do quarto com cuidado, espreitou para ver se não tinha ninguém por perto e correndo desceu as escadas rumo aos seus aposentos.
Tomou um banho demorado e tocou a sua pele que ainda estava quente. Sorriu com aquela sensação...tinha sido tão bom passar aquelas horas com Dulce...não era exatamente uma expert mas poderia jurar que ela também tinha gostado...sorriu mais uma vez ao concluir que fora o melhor sexo de toda sua vida...e só tinha sido a primeira vez, ou seja, poderia sempre melhorar...mas e agora? Como se comportar a partir daquele instante? Não tinha a menor idéia de como olhar para Dulce, no mínimo todos perceberiam o que tinha acontecido. A impressão que tinha era que todos olhariam para ela e veriam o que tinha acabado de fazer...tinha muitas dúvidas, mas uma única certeza, se Dulce quisesse, ela também iria se perder inúmeras vezes naqueles braços, dar e receber muito prazer...se arrepiou ao lembrar de momentos inesquecíveis...mais um sorriso e cantoria no chuveiro.
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Ana e Sara voltaram do passeio passava das nove da noite e a pequena correu logo para os braços da babá, morta de saudades e cheia de histórias para contar. Momento repleto de felicidade.
Ana, observava aquele cenário e agradecia a Deus por ter dado discernimento à filha para manter aquela moça por perto. Tinha percebido todo o desenvolvimento da neta, a menina que sempre fora inteligente, estava mais atinada para tudo, tinha maior consciência das coisas à sua volta, estava mais afetuosa do que nunca e Ana via muita felicidade naqueles olhinhos que coincidentemente eram iguais aos de Anahi, ela como pessoa que acreditava que nada nessa vida acontece por acaso, teve a certeza que aquela mulher estava destinada a entrar nas suas vidas e particularmente na vida de sua neta querida...bem, se Ana suspeitasse o que acontecia entre Dulce e a babá, concluiria que Anahi estava sim destinada não apenas a entrar, mas a invadir a vida da sua filha e neta, mas isso, ela ainda iria descobrir.
Jantavam alegres na cozinha, as adultas prestando atenção ao raciocínio da pequena que contava mais uma história, quando Dulce entrou. Sara correu para os seus braços, Ana sorriu se sentindo plenamente feliz, e Anahi sentiu seu coração na garganta, sem mencionar as mãos que tremeram a valer.
Uma Dulce mais do que feliz, distribuiu beijos e abraços à mãe e à filha que se enroscou nela reclamando de saudade.
A Ana não passou despercebido o semblante relaxado da filha:
--Minha filha, pela tua cara já vi que aproveitou e bem o feriado. -- Ana sorriu.
--Da melhor maneira possível mãe. -- Disse rindo.
--Só espero que não tenha sido vidrada naqueles computadores do teu quarto trabalhando como se não houvesse amanhã. -- Pela cara dela, Ana diria que não, mas a filha era um mistério...
--Na cama mãe, fiquei na cama... -- Disse com ar sonhador deixando Anahi desconcertada, que imediatamente se levantou para levar Sara para tomar banho e dormir.
--Hummm, que bom minha filha, precisava mesmo descansar. -- Ana não fazia a menor idéia do que tinha acontecido.
Continuaram a conversar por mais algum tempo, sem que Dulce tirasse dos lábios aquele sorriso.
Com o avançar das horas Ana se recolheu, o dia tinha sido de muitas emoções e o corpo já se ressentia dando sinais de cansaço.
Sara levou algum tempo até conciliar o sono, e Anahi ficou ao seu lado o tempo todo, já que ela queria histórias, e contava outras que vivera em São Paulo, resumindo, a menina estava excitada e logo, demorou a dormir.
Assim que a pequena adormeceu profundamente, Anahi deixou o quarto. Passou pelo quarto de Dulce que tinha a porta fechada, pensou em entrar mas achou melhor não fazê-lo já que o quarto de Ana era ao lado. Resignada desceu ao térreo para tentar dormir.
Mal entrou no quarto e fechou a porta, Anahi viu-se agarrada por Dulce que a encostou na parede e cobriu de beijos.
--Dona Dulce... --Disse ofegante não controlando a alegria.
--Dul, esqueceu? -- Risos e beijos.
--Dul, claro...louca! -- Mais risos abafados com beijos.
Dulce a beijou com vontade desenfreada, nem parecia que tinham passado grande parte do dia nos braços uma da outra...
--A Ana...e a Sara estão aqui...eu não consigo...tenho medo...-- Ela falava aos tropeços e entre um beijo e outro.
--Eu sei Any, não sou louca...apenas estava com saudades da tua boca, -- E lhe deu um beijo de arrancar os pés do chão -- da tua pele, -- mais um beijo -- do teu cheiro -- cheirou o seu pescoço deixando-a toda arrepiada -- de você! -- Terminou olhando-a dentro dos olhos.
Anahi sentiu suas pernas amolecerem e teve receio de cair, Dulce a abraçou e caíram juntas na cama de casal do quarto dela.
Beijaram-se muito, cada vez com mais vontade e desejo. Ora Anahi ficava por cima de Dulce, ora a posição se invertia. Entretanto, em se tratando das duas, as coisas não conseguiam permanecer muito tempo no meio-termo e Dulce já tentava tirar a blusa de Anahi, que alimentada pelo mesmo fogo, fazia o mesmo com a roupa da sua patroa...até que ela recuperou um pouco de juízo e levantou da cama num pulo.
Anahi sorriu, aquele sorriso meigo, doce, sacana...que deixava Dulce fora de orbita.
--Não faça isso Any, ou não saio desse quarto até que amanheça. -- Ameaçou.
Anahi pulou da cama e a colocou para fora do quarto, literalmente.
Se deram direito a mais um beijo e Anahi caprichou deixando a sua patroa doida, quase implorando para o bom senso tirar férias.
Adormeceram cada um no seu respectivo quarto, mas ambas com sorrisos estampados nos belos rostos.
Autor(a): angelr
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 172
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santox Postado em 20/10/2015 - 19:19:52
ATENÇÃO!!! PLÁGIO!!! Apesar de ter citado a autora da história, Nadine Helgenberger, essa adaptação não foi autorizada pela mesma. PLÁGIO É CRIME!!! :(
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ace Postado em 20/10/2015 - 15:38:32
Essa história foi modificada sem o consentimento da autora que seria Nadine Helgenberger. PLÁGIO É CRIME!!!
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justin_rbd Postado em 01/06/2014 - 20:37:17
amei a história ,parabéns !!!!
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delmyra Postado em 21/01/2014 - 00:04:05
linda história. Pena q acabou. Amo portiñon. Sensacional a fic.
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claricenevanna Postado em 19/01/2014 - 23:10:49
Onw, eu vou sentir tanta saudade dessa web. Perfeição deveria ser o nome dela. Amei demais cada capitulo, embora que as vezes, surtava, mas foi muuuito perfeita.
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maralopes Postado em 19/01/2014 - 19:46:33
amei e ja favoritei sua web vou acompanhar bjaum angel
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vverg Postado em 19/01/2014 - 19:04:58
Já está favoritada a outra fic, acompanharei com certeza...^_^ E esta história gostei do começo ao fim... =)
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vverg Postado em 19/01/2014 - 12:32:51
Tudo tem um fim... Amei a história.... =]
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maralopes Postado em 19/01/2014 - 07:28:39
eu estou muito triste pq vai acabar mas feliz pq as duas realmente se amam e poderão ser felizes juntas e a mai com a angel tão perfeitas' ai nem sei mas o que escrever pra ti mas só sei que te adoro e fico aguardando pelo ultimo capitulo e tua nova web' bjaum Angel
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delmyra Postado em 19/01/2014 - 00:50:18
nem acredito q a fic esta acabando. Eu amei. A fic é d+. Chorando em 5 4 3 2 1. Ansiosa pela próxima fic.