Fanfics Brasil - Capitulo 5 Como o Vento

Fanfic: Como o Vento | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 5

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Ana estava ansiosa, o tão esperado dia havia chegado. Ela e as duas amigas partiriam do porto de Santos rumo ao mediterrâneo. Passariam um mês viajando e depois mais dois na Itália em casa de Cármen, uma das amigas. Elas estavam na idade madura e de bem com a vida, todas com os filhos já adultos exceto Amália que nunca os tivera. Queriam apenas se divertir, beber bons vinhos, jogar baralho e claro, muitas compras. Ana e Cármen eram viúvas e Amália solteira, todas na faixa dos 50 e com a mente e o corpo conservados pela prática de yoga e pilates.


Ana tinha finalmente convencido Dulce que não era nenhum absurdo deixar Sara aos cuidados de Anahi, e alem do mais seria por muito pouco tempo já que a filha tinha prometido que faria de tudo para regressar o quanto antes e como Ana a conhecia bem, sabia que moveria céus e terra para estar em Santos em tempo hábil.


Ela jamais deixaria a neta em mãos estranhas e claro que a filha dissera que essa tal babá maravilha não passava de uma estranha, mas ao contrário do que a Dulce com certeza pensava, Ana era uma pessoa extremamente perspicaz e sabia que Anahi era uma pessoa equilibrada o suficiente para cuidar de Sara e o mais importante, a neta a adorava. A alegria da menina era notória, elas gostavam das mesmas coisas, e Anahi estava sempre disposta a acompanhar as atividades energéticas de uma menina de 8 anos e muito saudável. O que mais chamara a atenção de Ana, foi o fato de à sua maneira muito particular, Anahi ter conseguido fazer com que Sara aos poucos comesse verduras e legumes, coisa que antes era motivo de enormes brigas entre ela e a mãe, isso aos finais de semana, já que durante a semana as babás limitavam-se a fazer o que ela queria e ela mesma como avó babona não tinha pulso firme suficiente para impor hábitos saudáveis à menina. Na realidade o que Anahi tinha conseguido não era nada demais, a pequena fazia tudo que ela sugeria porque Sara simplesmente a admirava, queria ser skatista como ela, queria ser bonita como ela quando crescesse e Anahi usava esses argumentos para fazê-la comer coisas que a ajudariam a atingir suas metas. Como sua pequena estava melhor, ela sempre fora uma menina educada, até porque a mãe era rígida o suficiente para não permitir outra coisa qualquer, mas sempre lhe parecera algo quase forçado, medo talvez...mas agora não, ela agia na sua essência, duas semanas em que o afeto acima de tudo tinha sido exalado...o problema ou a solução dele passava exatamente por pequenas coisas como, amor, companheirismo, sensibilidade, existentes em cada poro daquela moça cujo sorriso aberto e franco fora o combustível para alimentar aquele despertar de bons sentimentos. Lá no seu intimo pedia a Deus que a filha não estragasse tudo com a carapuça que criara para fingir ser aquilo que não era...e mais uma vez teimava em achar que a culpa era dela...


Sara estava com o telefone da avó a conversar com a mãe que lhe fazia mil recomendações. A menina limitava-se a escutar e a dizer sim, sim e sim. Meia hora depois ela desligou e correu para junto de Ana e de Anahi oferecendo-se para ajudá-las a arrumar as várias malas da avó.


--Vó, não te esqueça da tua nécessaire.


--Nem brinque com essa possibilidade garota, já pensou eu no meio daquele navio cheio de gente interessante e de cara lavada, Deus me livre, tenho uma reputação a manter.


Caíram na gargalhada e Anahi correu para o banheiro e voltou com uma mega nécessaire repleta de cremes e make up.


--Três malas são suficientes? Acho que sim e elas estão abarrotadas, vais poder vestir uma peça diferente por noite no cruzeiro pelo mediterrâneo. -- Disse Anahi rindo.


--A intenção é essa minha querida, desfrutar ao máximo, tudo o que o mediterrâneo tem para me dar.


Mais uma vez caíram na gargalhada e mais ainda quando Sara colocou uns sapatos de salto alto da avó e uma echarpe rosa choque e improvisou um desfile de moda. Por alguns dias a alegria predominou naquela casa.


Anahi já sentia muitas saudades daquela quase desconhecida de quem aprendera a gostar naquelas duas semanas em que tudo tinha sido tão intensivamente belo. Aquelas pessoas eram tão amáveis ao ponto de fazê-la esquecer-se por completo dos primeiros meses daquele ano. Só pensava um pouco nas suas dores ao cair na cama exausta e feliz, mas mesmo assim sem aquele peso todo. Mais uma vez Beth tinha acertado, ela precisava mesmo conhecer Ana e Sara. No seu intimo agradeceu, "obrigada anjinho Beth".


*************************


O Cais estava apinhado de gente, algumas poucas pessoas desembarcariam ali, outras tantas como Ana e as simpáticas amigas seguiam viagem naquela imensidão azul. Sara estava excitada com aquele cenário e pediu à avó que a levasse junto na próxima vez.


--Claro meu amor, melhor ainda, faremos sua festa de 10 anos a bordo de um transatlântico, o que achas?


--Mas Vó, 10 anos ainda está longe...-- a pequena mostrava toda a sua indignação com um biquinho lindo.


--Mas schatzie, 10 anos é um ano em que já estarás maior, quase uma mocinha e ai aproveitarás melhor, é um ano de virada -- Anahi piscou-lhe o olho e ela imediatamente sorriu e assentiu.


Ana ficava sempre admirada como tudo era mais simples quando Anahi abria a boca, ela sempre tinha as palavras certas e mais importante, o tom certo para convencer a sua neta do que quer que fosse. Mais uma vez agradeceu a Deus por ela, e pediu que assim continuasse após o retorno de Dulce.


O comandante chamou os passageiros que ainda se despediam dos seus familiares e avisou que dentro de pouquíssimo tempo o navio partiria.


Ana ia sossegada, pois sabia que Sara não poderia estar em melhores mãos. Dulce jamais permitiria algo assim, ela desconfiava de tudo e de todos...às vezes estava certa, já que no mundo dela as pessoas eram essencialmente cínicas, mas nem todo mundo era assim e era necessário separar as coisas.


--Continua cuidando muito bem da minha princesa como tens feito esses dias todos...e muito obrigada Any, obrigada mesmo. -- Ana estava visivelmente emocionada.


--Pode deixar e obrigada por que Ana? Podes ter a certeza que eu tenho tanto prazer em estar com a Sara...ela é uma espécie de bálsamo na minha vida...-- não queria falar mais do que deveria, mas estava emocionada ante a sinceridade daquela senhora.


--Não ligues às loucuras da minha filha, ela não é má pessoa, está apenas equivocada... Antes de qualquer coisa pense no bem-estar da Sara, é o que eu lhe peço de coração moça linda.


Abraçaram-se as três, um abraço repleto de carinho. As amigas já estavam no navio e gritaram em coro para Ana se despachar. E lá foi ela, rumo a dias de muito prazer como tanto queria.


**************************


Anahi dirigia a caminho de casa com extremo cuidado, morria de medo de causar algum arranhão no carro da patroa...sorriu ao pensar naquela palavra. Ana jamais a fizera sentir-se como uma empregada da casa que era o que ela efetivamente era, mas sentia que a partir do momento que a filha dela voltasse as coisas seriam diferentes. Ela já estava curiosa para conhecer essa pessoa, tudo em torno dela era sempre enigmático, não sabia se as pessoas gostavam dela ou a toleravam, exceto pela Júlia, a governanta que sempre falava dela com muita admiração. O mais intrigante era a menina, ela não demonstrava ter qualquer saudade da mãe, mas, entretanto nos desenhos da escola sempre fazia a mãe, a avó, e agora ela própria. No último desenho fizera um coração e dentro escrevera, amo a minha mãe... Qualquer coisa ali não batia certo, mas mais cedo ou mais tarde descobriria.


Olhou no retrovisor e viu que a sua schatzie estava a dormir. Como aquela criança era linda. Era possível uma mãe não se derreter por um ser tão especial como aquele? Vira uma única foto de Dulce no quarto de Sara e elas não eram muito parecidas, aliás apenas o cabelo era do mesmo tom, e só isso, porque o de Sara era todo cheio de caracóis e o de Dulce liso, não reparara muito naquela que seria sua patroa em poucos dias, até porque a criança não tinha mostrado aquele interesse comum nas meninas quando falam das mães. Sara parecia ser mais filha dela do que da outra...os olhos eram impressionantemente iguais, na cor e no formato, grandes, expressivos, cativantes...como diria Johan inesquecíveis...uma pontada de dor atingiu-lhe o coração mas passou logo.... O pai de Sara era mestiço, filho de pai Australiano branco e mãe Sul-africana negra. Dele, ela falava com orgulho e com saudade, já que o via no máximo duas vezes por ano, quando ia de férias para a África do Sul, ou quando o pai vinha ao Brasil a negócios, mas falavam-se sempre ao telefone. Sorriu ao imaginar-se mãe daquela menina...já estava com 28 anos mas ainda o relógio da maternidade não tinha despertado para ela e talvez não despertasse jamais já que a concepção de um filho implicaria amar ou ao menos estar apaixonada por alguém e esse sentimento ela não queria mais, estava sempre associado a perdas, sofrimento, dores...não queria mais, nunca mais...


Sara estava tão sonolenta que Anahi teve que levá-la ao colo para dentro de casa que estava vazia sem Ana e seu bom humor. Colocou a menina para dormir e foi sentar-se na sacada do piso superior onde existia uma espécie de lounge com puffs espalhados, velas e um cheiro a incenso muito bom. Adorava aquele canto daquela casa maravilhosa, sentava-se sempre na sacada que tinha uma vista panorâmica do porto, via os grandes navios indo e vindo e aquele mar imenso que lhe acalmava. Á noite, aquilo era ainda mais lindo, as luzes da cidade misturadas ao cheiro de mar, com os grandes barcos partindo era um espetáculo que ela apreciava e muito. As horas passaram sem que ela desse conta e quando olhou para o relógio já era quase 11 da noite. Espreguiçou-se e desceu para se preparar para dormir já que no dia seguinte iriam logo cedo passar o dia em casa da Júlia. Sara estava numa alegria que dava gosto, já que Júlia tinha uma menina da idade dela e um menino de 10 anos. Ana dissera que não tinha qualquer problema e até gostara da idéia da neta brincar com outras crianças que não as da escola e do condomínio. Ainda dissera a Anahi que ela tinha carta branca para tomar todas as decisões em relação à Sara enquanto Dulce não voltasse.


Sara dormia como anjo no seu quarto de princesa e Anahi decidiu que era hora de fazer o mesmo. Sentia-se um tanto cansada, mas acima de tudo feliz. Aquela menina tinha tanta energia, que era preciso ter um gás a mais, mas por outro lado era bom, pois assim ela não tinha tempo para pensar nos próprios problemas...na saudade que sentia do tempo em que era feliz ao lado dos pais...da mãe...da sua terra, ou pelo menos da terra que aprendera a amar...da sua vida, dos seus sonhos...da dança, ah da dança sentia uma saudade que chegava a doer...aquela era a sua paixão maior na vida que também tinha ficado para trás...Johan...coração doendo...


Deitou-se e ficou a olhar para cima por um tempo, enquanto a música do seu Ipod invadia o ambiente. Fechou os olhos e imaginou-se num palco no ápice de um dos muitos espetáculo que bombardeavam a sua mente. Sentiu uma lágrima quente descer no seu rosto, há muito que não chorava, as emoções pareciam tê-la abandonado, ...nem tudo estava perdido.


Ao acordar naquela linda manha de sábado, Anahi prometeu a si mesma que tão logo fosse possível ia procurar uma academia de dança na cidade de Santos...não queria fazer parte do corpo de ballet como era em Munique, apenas queria voar.


 


 


 



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Autor(a): angelr

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Dulce estava á beira de um ataque de nervos. Pela centésima vez ligava para a sua casa e ninguém atendia. Já estava a ponto de perder a cabeça, imaginando mil cenários trágicos. Porquê insistia em confiar na sua mãe? Como tivera coragem de deixar a sua filha aos cuidados da louca da sua mãe? Questionava-se ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 172



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  • santox Postado em 20/10/2015 - 19:19:52

    ATENÇÃO!!! PLÁGIO!!! Apesar de ter citado a autora da história, Nadine Helgenberger, essa adaptação não foi autorizada pela mesma. PLÁGIO É CRIME!!! :(

  • ace Postado em 20/10/2015 - 15:38:32

    Essa história foi modificada sem o consentimento da autora que seria Nadine Helgenberger. PLÁGIO É CRIME!!!

  • justin_rbd Postado em 01/06/2014 - 20:37:17

    amei a história ,parabéns !!!!

  • delmyra Postado em 21/01/2014 - 00:04:05

    linda história. Pena q acabou. Amo portiñon. Sensacional a fic.

  • claricenevanna Postado em 19/01/2014 - 23:10:49

    Onw, eu vou sentir tanta saudade dessa web. Perfeição deveria ser o nome dela. Amei demais cada capitulo, embora que as vezes, surtava, mas foi muuuito perfeita.

  • maralopes Postado em 19/01/2014 - 19:46:33

    amei e ja favoritei sua web vou acompanhar bjaum angel

  • vverg Postado em 19/01/2014 - 19:04:58

    Já está favoritada a outra fic, acompanharei com certeza...^_^ E esta história gostei do começo ao fim... =)

  • vverg Postado em 19/01/2014 - 12:32:51

    Tudo tem um fim... Amei a história.... =]

  • maralopes Postado em 19/01/2014 - 07:28:39

    eu estou muito triste pq vai acabar mas feliz pq as duas realmente se amam e poderão ser felizes juntas e a mai com a angel tão perfeitas' ai nem sei mas o que escrever pra ti mas só sei que te adoro e fico aguardando pelo ultimo capitulo e tua nova web' bjaum Angel

  • delmyra Postado em 19/01/2014 - 00:50:18

    nem acredito q a fic esta acabando. Eu amei. A fic é d+. Chorando em 5 4 3 2 1. Ansiosa pela próxima fic.


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