Fanfic: Como o Vento | Tema: Portiñon
Enquanto Júlia preparava o jantar, Anahí ajudou com o banho da menina que era mais manhosa e não gostava muito de banho, mas com Anahí ela fez tudo com um sorriso nos lábios. Eles mostraram o que tinham feito na escola, o menino era um doce, calmo, já a menina queria correr no quintal, pular. Subiu nas costas de Anahí, brincaram de esconde- esconde, só alegria. Anahí, estava certa, aquele era o melhor lugar para ela naquele momento.
Júlia ficava admirada como aquela sua colega tinha jeito com as crianças, aquilo sim era um dom, até sua pequena, espevitada como só ela sabia ser, ficava um doce na presença daquela mulher bonita e ao mesmo tempo triste.
Mais tarde, com a casa em silêncio, Júlia e Anahí sentaram-se no quintal para beber um chá enquanto conversavam.
--Muito obrigada Júlia. Vir para a tua casa, conviver com os teus filhos, nessa alegria toda, foi a melhor coisa que podia acontecer.
--Não agradeça Any, eu sei que faria isso e muito mais por mim.
--Sabe Júlia, eu estava aqui a pensar e cheguei à conclusão que sempre nos piores momentos da minha vida, quando a descrença me domina, aparece alguém para me ajudar...sempre...hoje foste tu. -- Sorriu com aquela meiguice que cativava qualquer um.
--É porque tu merece Any, só não vê quem não quer. Pode ficar aqui o tempo que quiser. Eu te ajudo a encontrar outro emprego, não vai ser difícil, com o teu jeito com criança, arrumas emprego de olhos fechados. Se bem que nem sei se quer continuar como babá, eu já vi a senhorita dançar lá no quarto...que talento desperdiçado menina, vá brilhar nos palcos do mundo.
Anahi sorriu, mas Júlia estava certa, ia focar na sua arte.
--Obrigada mais uma vez Júlia. Ainda não sei o que vou fazer, só tenho uma certeza, quero ficar em Santos. Amanhã vou conversar com minha amiga Angelique, ela já tinha me convidado para morarmos juntas, acho que vou aceitar. E sim, vou focar na dança.-- Sorriu -- eu e a Angelique estamos a ensaiar uma peça.
--Vai ser sucesso, não tenho dúvida e na estréia estarei na primeira fila, eu e meus filhos. Não prometo que levarei o marido junto porque já viste que ele é casado com a estrada e eu sou a amante.
Riram bastante e Anahi encontrou alguma paz dentro de si.
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Dulce entrou em casa e o silêncio sepulcral a assustou. Há muito que não era assim, voltar para a casa era o melhor momento do dia. Ouvir a risada da filha, ela correndo para os seus braços, os beijos, o carinho, o brilho estampado nos olhos. Saber que sua filha era bem tratada, que ela não precisava se preocupar com quase nada, apenas ficar atenta e dar-lhe muito amor...mas tudo acabara. Não iria permitir que Anahí continuasse tomando conta de Sara sabendo que tinha gozado com a sua cara. E mais, uma pessoa que agia como ela agira não poderia ser tão boa como aparentava.
Sua pequena que lhe perdoasse, mas precisava ser egoísta e pensar no seu bem-estar. Encontraria outra babá, e se não achasse na urgência necessária, pediria ajuda à mãe. Dona Ana não era inconseqüente como achava e Sara a adorava.
Instintivamente se viu à porta do quarto da babá. Abriu-a para sentir um baque que não esperava. Estava tudo arrumado e sem vestígio algum que um dia Anahi ali estivera.
--Nossa, ela foi embora com tanta pressa...melhor assim.
Fechou a porta sentindo um vácuo no peito, mas o cúmulo de tudo foi a tristeza, a sensação de perda...brigou com seus pensamentos, não perdera nada que jamais tivera...iria esquecer tudo, o trabalho estava no auge e iria substituir a falta de Anahí pelo excesso de trabalho.
Mesmo depois de ter ficado horas no lounge buscando o sono, Dulce não teve sucesso. Sem paciência depois de rolar tanto na cama, decidiu levantar e fazer qualquer coisa. Estava com saudades de Sara e foi ao quarto dela tentar senti-la mais perto.
Estava tudo arrumado, cada coisa no seu lugar. Mexeu em tudo, nas roupas dela, nos brinquedos, arrumou as fotos na parede e um pouco admirada percebeu que tinha muitas fotos de Sara sozinha, apenas uma dela, duas da mãe, uma da filha com a babá, mas não tinha nenhuma do pai. Sara adorava o pai, e tinham um relacionamento bom na medida do possível, mas não tinha foto dele.
Eles se relacionavam muito bem, apesar da concepção de Sara ter sido uma loucura de jovens, tornaram-se amigos ao longo da vida. Sorriu ao lembrar que Anthony nem quis saber de teste de DNA para confirmar a paternidade de Sara, bastou apenas olhar para uma foto dela...lembrou que na época ele disse que apesar de ruiva, aquela menina só podia ser filha dele. Desde então, eles mantinham a proximidade possível, Anthony ligava sempre, queria saber de tudo o que acontecia na vida de Sara, e ela passava férias sempre com ele, ora na Austrália, ora na África do Sul. Definitivamente não poderia ter escolhido um melhor pai para a sua filha.
Mexia nos livros infantis de Sara quando encontrou um livro que com certeza não era dela. Era um exemplar de capa grossa e com vários castelos. O livro era em Alemão, só podia ser da Anahi. Tinha castelos de verdade, outros de desenho, várias histórias infantis, ela deduziu pelos desenhos. Folheou com algum interesse, voltou à capa e viu uma dedicatória em alemão, lógico. Mas para sua surpresa em baixo e com a letra de Anahi tinha a tradução:
"Minha filha querida, eu gostaria de te levar a todos os castelos do mundo, mas sei que é impossível, então sempre que estiver triste, veja essas imagens e imagine que estamos de mãos dadas passeando por cada beleza desses lugares de sonho e lembre-se sempre, para o teu pai és a princesa do castelo, e as princesas só merecem o melhor.
Do teu pai, Rudolph Weillener(Rudi)
Dulce ficou muito emocionada com aquela dedicatória e levou o livro para o seu quarto, passando algum tempo olhando para aqueles castelos encantados. Quem era Anahi, a menina sensível que gostava de castelos e que adorava a sua filha, ou a doida que a seduzira deliberadamente para depois rir na sua cara? Ficava cada vez mais confusa...
Acordou, ou melhor levantou cedo, porque não dormira quase nada. Estava preocupada com a questão da nova babá para Sara. Foi para São Paulo, já que as melhores agências de babás estavam lá e dessa vez ela queria escolher pessoalmente.
Entretanto já cogitava um plano B, se não encontrasse alguém que a satisfizesse e que Sara gostasse, teria de alterar toda a rotina, Sara ficaria em período integral na escola e teria de voltar mais cedo do trabalho para cuidar dela.
O dia já se perspectivava de muito stress.
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O dia na casa de Júlia começava cedo, e pôde contar com a ajuda da amiga. Crianças prontas, café da manhã, e rua. Era sempre assim, mas numa felicidade e sem reclamações.
Anahí decidira durante a noite que iria sim aceitar o convite de Angelique para morarem juntas, e ficaria em Santos até a estréia do espetáculo. Tinha algum dinheiro guardado e não teria problemas em se manter, dedicando-se com exclusividade à dança.
Depois pensaria no que fazer, voltar para a Alemanha era uma hipótese a considerar.
Júlia a convenceu a deixar as coisas mais um dia em sua casa, no caso da amiga por alguma eventualidade não a poder receber de imediato. Anahi sabia que aquela possibilidade não tinha fundamento, mas não custava fazer a vontade da pessoa que a ajudara sem pedir nada em troca.
Preparavam-se para deixar a casa quando o marido de Júlia chegou, com um ar cansado, mas feliz. Aliás felicidade era a descrição perfeita para aquele quadro, crianças pulando no colo do pai, Júlia o enchendo de beijos e agradecendo a Deus por devolvê-lo são e salvo. Lindo!
Depois de deixarem as crianças na escola, tomaram a balsa rumo a Santos.
Já em Santos, Júlia a convenceu a irem para a casa de Dulce tomar um café mais reforçado, já que em casa dela mal dera tempo para engolirem um gole de café preto, visto que a atenção era toda para as crianças.
Anahí relutou um pouco, mas acabou por aceitar, sabia que àquela hora a ex patroa não estaria mais em casa. Entretanto, chegando ali, resolveu ajudar Júlia nas suas tarefas, Angelique tinha voltado de viagem e quando assim era, dormia até mais tarde. Tinha muito tempo até conversar com a amiga.
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Sara, Peter e Cecília estavam ávidos para desbravar aquele bosque, mas eram sempre impedidos pelas monitoras. Porém, aproveitando uma leve distração de uma delas, enquanto socorria uma menina menor que chorava, os três correram para encontrar a tal árvore encantada que Peter jurava existir por ali. Segundo o amiguinho, muitos duendes moravam na parte mais alta da árvore.
Alguns minutos depois, realmente encontraram uma árvore gigante e frondosa. As meninas ficaram encantadas e Peter se sentindo o máximo, já que adorava impressioná-las. Ao lado da árvore mãe, existiam algumas menores e Sara que adorava escalar árvores, não se fez de rogada e iniciou a subida. Cecília tinha medo e Peter para não ficar com fama de medroso, resolveu subir numa outra.
Entretanto Cecília que ficara no chão, viu uma das monitoras se aproximando e gritou para que descessem. Sara, completamente alheia não ouviu, queria chegar numa flor linda que vira um pouco mais acima.
Peter desceu quase voando, mas ele estava um pouco mais abaixo e numa árvore menor. Quando viu que a monitora estava prestes a surpreendê-los gritou para que Sara descesse e ela se assustou e despencou da árvore.
Ouviu-se um grito ensurdecedor que ecoou por todo o bosque.
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Anahi estava à espera de Angelique na academia que prometera chegar em poucos minutos, entretanto já esperava há mais de meia hora...sim, Angelique era enrolada.
Começava o aquecimento quando ouviu o seu celular tocar. Pensou em não atender, mas diante da insistência correu para pegar o aparelho. Não conhecia o número, mas atendeu.
--Anahi, graças a Deus!
--Anahi é a Helena, diretora da escola internacional...
--Sim, claro. -- Seu sangue gelou...Sara!
--Anahi, aconteceu um acidente...
Autor(a): angelr
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--A Sara está bem? -- Gritou interrompendo a outra mulher. --Nós já estamos na clínica... --Clínica? O que aconteceu? -- Tremia e o telefone quase caiu-lhe das mãos. --Ela caiu de uma árvore, por um lapso, eles ficaram fora do alcance da monitora... -- A mulher estava desesperada. --Helena, onde é que vocês es ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 172
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santox Postado em 20/10/2015 - 19:19:52
ATENÇÃO!!! PLÁGIO!!! Apesar de ter citado a autora da história, Nadine Helgenberger, essa adaptação não foi autorizada pela mesma. PLÁGIO É CRIME!!! :(
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ace Postado em 20/10/2015 - 15:38:32
Essa história foi modificada sem o consentimento da autora que seria Nadine Helgenberger. PLÁGIO É CRIME!!!
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justin_rbd Postado em 01/06/2014 - 20:37:17
amei a história ,parabéns !!!!
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delmyra Postado em 21/01/2014 - 00:04:05
linda história. Pena q acabou. Amo portiñon. Sensacional a fic.
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claricenevanna Postado em 19/01/2014 - 23:10:49
Onw, eu vou sentir tanta saudade dessa web. Perfeição deveria ser o nome dela. Amei demais cada capitulo, embora que as vezes, surtava, mas foi muuuito perfeita.
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maralopes Postado em 19/01/2014 - 19:46:33
amei e ja favoritei sua web vou acompanhar bjaum angel
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vverg Postado em 19/01/2014 - 19:04:58
Já está favoritada a outra fic, acompanharei com certeza...^_^ E esta história gostei do começo ao fim... =)
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vverg Postado em 19/01/2014 - 12:32:51
Tudo tem um fim... Amei a história.... =]
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maralopes Postado em 19/01/2014 - 07:28:39
eu estou muito triste pq vai acabar mas feliz pq as duas realmente se amam e poderão ser felizes juntas e a mai com a angel tão perfeitas' ai nem sei mas o que escrever pra ti mas só sei que te adoro e fico aguardando pelo ultimo capitulo e tua nova web' bjaum Angel
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delmyra Postado em 19/01/2014 - 00:50:18
nem acredito q a fic esta acabando. Eu amei. A fic é d+. Chorando em 5 4 3 2 1. Ansiosa pela próxima fic.