Fanfics Brasil - Capitulo 6 Como o Vento

Fanfic: Como o Vento | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 6

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Dulce estava á beira de um ataque de nervos. Pela centésima vez ligava para a sua casa e ninguém atendia. Já estava a ponto de perder a cabeça, imaginando mil cenários trágicos. Porquê insistia em confiar na sua mãe? Como tivera coragem de deixar a sua filha aos cuidados da louca da sua mãe? Questionava-se a cada 5 segundos. Ela partira para as suas férias deixando a neta sabe lá Deus com quem. Ela nem sequer sabia quem era essa pessoa, tinha estado tão assoberbada no trabalho que delegara tudo à mãe...e agora? Se acontecesse alguma coisa à sua filha ela não saberia o que fazer, quem contatar...as suas mãos tremiam e deixou cair o telefone.


--Dul o que foi? Se acalma que está tudo bem. -- Tentava amenizar a colega de trabalho e amiga Maite que também tinha ido na viagem.


--Como me acalmar Maite, sabe lá Deus como está a Sara...não consigo falar com ninguém lá em casa. Hoje é folga da Júlia, mas só a partir da uma da tarde, eu acho...nem sei mais que horas são no Brasil.


--São 5 da tarde agora em São Paulo...está tudo bem Dulce confia um pouco mais na tua mãe...


--Ah Mai, se tu a conhecesses melhor...se tu soubesses...


--Dulce, a época é outra, sua mãe não é mais a adolescente inconseqüente que se casou cedo e se viu mãe...os tempos são outros.


--Sim, são outros, bem piores e ela continua igual.



Maite desistiu de conversar com a amiga. Ela era pessimista demais, dona da verdade demais e essa carapuça de frieza que vestira já estava a ultrapassar todos os limites...ela não era assim...conheciam-se desde a adolescência, quando Dul era uma patricinha mimada cujos pais satisfaziam qualquer desejo por menor que ele fosse e ela era uma menina de classe média que tinha que lutar mais um pouco ou muito mais para conseguir as coisas. Apesar de pertencerem a mundos um pouco diferentes, elas sempre se deram bem, na realidade Maite era um freio para Dulce, elas se complementavam, uma completamente louca e outra mais pé no chão. A adolescência delas tinha sido cheia de aventuras, Dulce estava quase sempre sozinha, os pais viajavam muito, o pai a negócios e a mãe sempre o acompanhava, eles se amavam muito. Ela fingia que achava aquilo tudo muito natural e moderno, mas na realidade sentia muita falta de uma mãe mais presente. A sensação que Maite sempre teve é que para Ana, a Dulce era mais como uma irmã mais nova do que filha. Dulce não levava nada a serio, nem estudos, nem namoros, nada, para ela tudo era uma brincadeira. Adorava provocar os homens, ficava com alguns por pura diversão, mas não levava ninguém a sério. As duas estudavam arquitetura, sonho que sempre tiveram em comum, mas como é óbvio, Maite se formou primeiro e só algum tempo depois, sob pressão da vida, Dulce concluiu o curso, isso ela já estava com 23 anos. Foi nessa altura que tudo mudou na vida dela, a morte do pai, a descoberta que os negócios dele não iam tão bem como aparentavam, a descoberta que estava grávida de uma relação casual que tivera com um estrangeiro na Nova Zelândia...a amiga ganhou maturidade na marra. Claro que nada tinha sido fácil, mas ultimamente, ou melhor de há uns anos para cá ela exagerava. Só pensava em trabalhar e nisso ela era sem dúvida a melhor. Especializara-se em design e era um ás na sua área, a sensibilidade para criar coisas maravilhosas e admiradas por todos que entendiam, substituiu a sensibilidade para viver...Maite adorava a amiga, mas já não sabia mais o que fazer para ela voltar a ser a pessoa viva que fora antes.


Olhou de novo para ela que estava pendurada ao telefone tentando falar com alguém em casa que estava obviamente vazia.



Estavam em Casablanca, Marrocos e essa tinha sido a opção mais rápida para tentarem chegar ao Brasil o mais depressa possível. Foram de carro da França para a Espanha e de lá pegaram um vôo para Casablanca de onde em mais um dia teriam um vôo direto para São Paulo. Partindo da Europa simplesmente não tinha previsão e precisavam voltar, muito trabalho para dar vazão, contratos a cumprir, novos para assinar e em ultimo lugar a filha de Dulce...essa escala de prioridades tinha sido criada por ela mesma, deixando Maite boquiaberta...tudo era mais importante do que a filha...e agora aquela agonia para falar com a menina...definitivamente ela não entendia mais a cabeça da amiga.


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Já passava das nove quando Júlia conseguiu convencer Anahi que era mais sensato passarem a noite no Guarujá do que voltarem para Santos já que domingo seria um dia lindo e as crianças poderiam aproveitar mais a praia. Sara não conseguia parar de pular, e era acompanhada pelos filhos de Júlia, duas crianças adoráveis.


Anahi não sabia se estava certa em agir assim, mas de alguma forma ela sentia que aquela menina não vivia muitas alegrias e só pensou nela naquele momento...alem do mais a mãe dela só chegaria na madrugada de segunda para terça.


Passar o dia em casa da Júlia tinha sido uma maravilha, ver aquelas crianças cheias de vida correrem naquele quintal para lá e para cá, inventarem brincadeiras, caírem, chorarem, rirem, tinha sido um frescor para a mente de Anahi, alem do mais, Júlia era uma pessoa tão leve que conversar com ela era fácil demais. Ela era casada com o Mário que sendo motorista de ônibus interestadual quase sempre estava fora, mas aparentemente eles se amavam muito, visto que ela falava dele e os seus olhos brilhavam e ele por sua vez estava sempre a ligar da estrada para saber se estava tudo bem com eles, ali havia muita harmonia.


--Eu nunca convidei a Sara para vir brincar com os meus filhos...se calhar Dona Dulce acha que é longe, mas eles sempre vão lá, nos aniversários da Sara, às vezes apenas para brincar. -- Ela falava com um brilho nos olhos enquanto não tirava esses mesmos olhos dos filhos e da amiguinha que corriam atrás de uma lagartixa.


--Trabalhas há muito tempo em casa da Dona Dulce?


--Sim, desde que a Sara era menorzinha, acho que há uns 4 anos. Mas antes não era naquela casa, era num sobrado antigo no canal 1. A Dona Dulce reformou-o e ficou novinho, mas o prédio era velho. Moramos lá até o final do ano passado, quando a casa nova ficou pronta. Sei que esta preocupada em relação à dona Dulce, Any, mas não fique...ela é boa pessoa e tu também és, então não há como não se darem bem. Ela às vezes é explosiva, mas é apenas porque trabalha muito e não tem tempo para mais nada, mas se sente que não tem razão, ela tem humildade suficiente para pedir desculpas. Eu gosto muito dela e não troco o meu trabalho por nada nesse mundo. Ela é muito discreta, jamais vai se meter na tua vida, a menos que seja algo relacionado com trabalho, mas de resto, ela é super tranqüila...e também não dá abertura para as pessoas se aproximarem da sua vida particular, mas eu estou lá para servi-la, então...mas fique tranqüila Any, tenho certeza que vocês se darão muito bem.


Anahi sorriu diante do otimismo da colega e no seu intimo só pensava: "Tomara que ela esteja certa".


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Dulce estava a menos de duas horas de voo de São Paulo e ainda não conseguira relaxar. Não tinha conseguido falar com aleguem na sua casa e aquilo martelava a sua mente. Estava tão cansada que tudo o que queria era chegar em casa e encontrar tudo na mais perfeita ordem, e sua filha em segurança absoluta. Suspirou e mudou de posição na poltrona do avião. Maite dormia profundamente, ela admirava aquela capacidade da amiga, já que jamais conseguia pregar os olhos num avião. Onde andaria Sara e aquela babá que a mãe inventara? Não queria pensar em nada grave, mas volta e meia a idéia de seqüestro pairava em sua mente e imediatamente sacudia a cabeça como forma de exorcizá-la. Só de imaginar algo acontecendo à sua pequena o seu corpo todo tremia...ela está bem, ela está bem, ela está muito bem...aquela frase virara um mantra em sua boca.


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O domingo tinha voado, e quando deu seis horas Anahi convenceu Sara que já era hora de voltarem para Santos. Elas ainda teriam de pegar um ônibus e uma balsa até à Ponta da Praia e caminhar um pouco até o condomínio no Canal 6 onde moravam. Sara estava em êxtase com essa aventura toda e já preparava um relato para contar aos colegas no dia seguinte na escola. Chegaram em casa já passava das oito e Sara estava visivelmente cansada. Anahi ajudou-a no banho já que mal se agüentava em pé, deu-lhe um copo de leite morno com chocolate e carregou-a literalmente para o quarto.


Ela estava apreensiva, não sabia bem o motivo, ou melhor sabia sim...faltava pouco para mãe de Sara regressar e de alguma forma sabia que tudo seria diferente. Apesar da tentativa de Júlia amenizar aquela questão, ela já sentira que aquela mulher não era uma pessoa lá muito fácil...uma mulher que não é lembrada pela filha, que é temida pela própria mãe, que no mundo laboral é tida como autoritária...respirou fundo e tentou relaxar e para isso nada melhor do que a parte superior da casa, mas antes tomaria um banho rápido e vestiria algo mais confortável que as calças jeans que usava.


Anahi estava estendida na parede da sacada completamente entregue aos seus pensamentos. A visão do céu era perfeita e conseguia contar algumas estrelas e identificar algumas constelações. Lembrou do seu pai que assim como ela, adorava astronomia, aliás ele havia lhe ensinado tudo. De repente viu-se com 12 anos, numa montanha no interior da Alemanha, numa noite estrelada na companhia do seu amado pai, descobrindo estrelas, constelações...viajando pelo espaço sideral. Fechou os olhos numa tentativa de reter aquela lembrança por mais tempo possível. Não se ouvia nada alem de um grilo algures, até que um grito ensurdecedor de criança quase fez com que ela caísse lá de cima. Era Sara e ela pulou da sacada e correu escada a baixo para socorrer a menina.


Ela estava sentada na cama chorando e agarrada a um ursinho de pelúcia que era indispensável na hora de dormir.


--Que foi Schatzie? -- Correu para a cama e a menina caiu-lhe logo nos braços aos prantos.


--Any, cadê a minha mãe? Ela morreu, minha mãe morreu? -- A criança estava desesperada.


--Não meu bem, claro que não. Ela chega na terça de manha, fique tranqüila...


--Sonhei que ela tinha morrido Any, sonhei que ela caiu de um penhasco e morreu...não quero que ela morra, não...


--Schhh, meu amor, ela está bem, foi só um pesadelo. -- Anahi aninhava a menina nos seus braços e alisava os seus cabelos tentando fazer com que ela se acalmasse.


--Fica aqui comigo Any, só hoje...eu sei que já sou crescida e que tenho de dormir sozinha, minha mãe não gosta que eu durma com ela, e tu também já me disseste que sou grande, mas só hoje...por favor.


--Claro Sara, fique tranqüila. Vou colocar uma música calma e vamos dormir as duas. Combinado?


--Combinado. Mas fica aqui comigo. Coloca uma música do meu Ipod...pode ser uma que tu gostes e não de Justin Bieber.


Anahi riu, Justin Bieber definitivamente não ia acalmar ninguém. Selecionou algumas músicas mais tranqüilas que ela mesma tinha colocado no Ipod de Sara e deitou-se ao seu lado. A menina aninhou-se nos seus braços e em pouco tempo dormia profundamente, no entanto sempre que Anahi tentava levantar, ela grunhia e agarrava-se mais a ela. Ela mesma foi vencida pelo cansaço e adormeceu.


*******************************


Já passava das quatro da manha quando Dulce finalmente entrou no seu condomínio. Estava tão cansada que já não conseguia mais pensar em nada, só queria tomar um banho quente e cair na sua cama cheirosa. A sua casa parecia tranquila, as luzes de fora estavam acesas como era habitual e do interior só via luz do lounge...como assim? Quem estaria no seu canto favorito da casa aquela hora da madrugada.


Entrou em casa e o silêncio reinava, respirou fundo e sentiu-se bem, era bom estar ali. A sua garganta estava seca, dirigiu-se à cozinha para tomar água. Deixou as malas em frente à biblioteca e instintivamente deu mais dois passos e ficou em frente ao quarto destinado às babás de sua filha. A porta estava aberta, as luzes apagadas, mas ela pode ver que não tinha ninguém dentro. O seu coração acelerou e num ápice já estava no andar de cima. A sala de TV estava às escuras, o seu quarto tinha a porta fechada, o de hóspedes estava aberto, mas de luzes apagadas, e no quarto da filha conseguia ver uma meia-luz. O coração de Dulce estava pulando no peito e morria de medo. As suas pernas ficaram pesadas e com muito esforço conseguiu chegar ao quarto de Sara, abriu a porta que estava semicerrada e ficou estática. Deitadas e dormindo profundamente na cama de casal de sua filha, estavam a mulher que só poderia ser a babá e a Sara. A filha dormia como um anjo e tinha os braços em volta do corpo da mulher que a abraçava de forma protetora. Dulce não permitia que a filha dormisse com ela, mesmo quando tinha pesadelos, o que não era muito freqüente, ela não queria que a menina ficasse medrosa, queria que a filha fosse independente. Também não permitia que a mãe dormisse com ela, apesar de elas tentarem muitas vezes...a mãe não ia estragar a sua filha como fizera com ela mesma. O seu primeiro impulso foi acordar a moça e pedir que ela fosse dormir no seu quarto, mas dado ao avançado das horas desistiu. Saiu do quarto sem fazer barulho e foi tomar um banho. Já de camisola de dormir e mais relaxada, voltou ao quarto e desta vez as duas dormiam de conchinha e a moça abraçava a filha dela que parecia estar completamente em paz. Ficou parada vendo aquela cena e um certo ciúme invadiu-lhe a alma...jamais tivera Sara assim...mas ela não a queria assim, queria que ela fosse do mundo...o quarto estava mais fresco, o ar lá fora estava mais fresco. Aproximou-se da cama, deu um beijo na testa da filha e pegou num lençol e cobriu as duas. Deixou o quarto com o coração leve, tudo estava bem com a sua filha, ela estava protegida.


 


 



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Autor(a): angelr

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Anahi abriu os olhos e ficou momentaneamente curtindo um pouco a preguiça típica ao acordar. Olhou para o relógio de princesa na parede e viu que já era quase sete horas. Espreguiçou-se e acordou Sara suavemente, que ainda relutou um pouco, mas por muito pouco tempo. Ao sair da cama percebeu que estava de short jeans e então lembrou ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 172



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  • santox Postado em 20/10/2015 - 19:19:52

    ATENÇÃO!!! PLÁGIO!!! Apesar de ter citado a autora da história, Nadine Helgenberger, essa adaptação não foi autorizada pela mesma. PLÁGIO É CRIME!!! :(

  • ace Postado em 20/10/2015 - 15:38:32

    Essa história foi modificada sem o consentimento da autora que seria Nadine Helgenberger. PLÁGIO É CRIME!!!

  • justin_rbd Postado em 01/06/2014 - 20:37:17

    amei a história ,parabéns !!!!

  • delmyra Postado em 21/01/2014 - 00:04:05

    linda história. Pena q acabou. Amo portiñon. Sensacional a fic.

  • claricenevanna Postado em 19/01/2014 - 23:10:49

    Onw, eu vou sentir tanta saudade dessa web. Perfeição deveria ser o nome dela. Amei demais cada capitulo, embora que as vezes, surtava, mas foi muuuito perfeita.

  • maralopes Postado em 19/01/2014 - 19:46:33

    amei e ja favoritei sua web vou acompanhar bjaum angel

  • vverg Postado em 19/01/2014 - 19:04:58

    Já está favoritada a outra fic, acompanharei com certeza...^_^ E esta história gostei do começo ao fim... =)

  • vverg Postado em 19/01/2014 - 12:32:51

    Tudo tem um fim... Amei a história.... =]

  • maralopes Postado em 19/01/2014 - 07:28:39

    eu estou muito triste pq vai acabar mas feliz pq as duas realmente se amam e poderão ser felizes juntas e a mai com a angel tão perfeitas' ai nem sei mas o que escrever pra ti mas só sei que te adoro e fico aguardando pelo ultimo capitulo e tua nova web' bjaum Angel

  • delmyra Postado em 19/01/2014 - 00:50:18

    nem acredito q a fic esta acabando. Eu amei. A fic é d+. Chorando em 5 4 3 2 1. Ansiosa pela próxima fic.


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