Fanfic: Como o Vento | Tema: Portiñon
Anahi sorriu enquanto olhava para a menininha que colocava todos os brinquedos no lugar. Se alguém lhe perguntasse onde queria estar naquele momento, a resposta seria clara, queria estar ali, naquela casa, com aquela família, fazendo parte de tudo...era bom, revigorante, encantador...amava aquela menina e tinha um sentimento pela mãe dela que não ousava nomear.
Deu um beijinho na cabeça de Sara e as duas seguiram arrumando o quarto enquanto cantarolavam várias músicas.
Dulce estava num estado de felicidade que tinha vontade de cantar todas as canções que de alguma forma marcaram a sua vida. Nem sequer se lembrava que brigara com Anahi, que não a queria mais por perto, que achava que a babá brincava com os seus sentimentos...naquele momento o que importava era o fato de estarem todas juntas e em harmonia. Mas era sempre assim, perto daquela mulher ela esquecia tudo o que pensara anteriormente, todas as certezas, as raivas...só queria vê-la sorrir daquele jeito tímido que fazia seu coração pular no peito...só queria tê-la por perto, saber que só necessitava subir alguns degraus de escada e lá estaria ela se divertindo com seu outro tesouro. Quando estavam juntas e em sintonia, tudo parecia fazer mais sentido...não tinha mais como se enganar, estava completamente apaixonada pela Anahi...o que adviria daquele sentimento todo, não fazia a menor idéia, mas estar apaixonada por ela era uma sensação muito boa...
Ela passou pelo quarto sem fazer barulho, e viu as duas entretidas com vários livros. Anahi contava histórias e Sara parecia beber cada palavra completamente compenetrada. Dulce sorriu, aquilo era felicidade e poucas vezes experimentara algo tão completo assim...elas estavam bem, então decidiu trabalhar um pouco até a hora do almoço. Tinha muita coisa para fazer e sentia-se inspirada, então era hora de criar.
Algumas horas se passaram, e Dulce se deu conta disso quando sentiu fome. Quando estava em processo criativo tinha que se policiar para lembrar de coisas como comer, por exemplo, perdia a noção de tudo...mas estava com fome e olhou as horas e já passava das duas da tarde, hora de comer.
Esticou as costas, se olhou no espelho e sorriu. Sentia-se bonita e bem-disposta e a alegria crescente sabia muito bem o motivo. Teve vontade de rir alto, mas controlou-se, ainda pensariam que ela tinha enlouquecido. Pegou a bolsa, desligou o computador e foi à procura dos dois tesouros.
Se já estava feliz, após a cena que acabara de ver, sentiu-se a mulher mais abençoada da terra. A sua filha, o ser mais importante da sua vida e a mulher que lhe colocava bem perto das estrelas brincando felizes, rindo às gargalhadas. Sara sentada na barriga de Anahi, que lhe sacudia enquanto sofria um ataque de cócegas. Sentiu uma felicidade diferente...inédita.
--Ei mocinha, a Any estava doente ontem, não exagera. -- Disse para espanto das duas que riram sem parar.
--Estamos a brincar de adivinha mãe, sempre que a Any erra eu faço cócegas e sempre que eu erro ela me sacode. -- A pequena ria feliz da vida, e a babá estava vermelha e aparentemente muito feliz também.
--Eu adoro os exageros dessa menina levada! -- Disse Anahi abraçando Sara que já estava deitada sobre seu peito.
--Mas agora é hora de almoço minhas senhoritas. Já passa das duas da tarde e a Any precisa se alimentar bem.
--Comemos fruta e biscoitos mãe.
--Sim, mas já é hora de comer comida mesmo Sara. Vamos almoçar fora porque minha contribuição na cozinha já dei hoje de manhã, nada de exageros.
As adultas riram e se olharam cúmplices.
--Mas eu vou com esse shortinho? -- Anahi se sentia quase nua com aquele short curto.
--Estás linda Any! -- Sara.
--Estás bem Any. Almoço de sábado à tarde combina com short e blusinha, aliás, eu e a Sara também vamos de short e camiseta não é filha?
--Claro mãe! Any, vou com aquele short rosa que minha avó me deu, e a camiseta de Mickey que a Angel me deu de presente de aniversário. -- E já pulava de felicidade.
Dulce teve vontade de dizer que Anahi era a mulher mais sexy e com as pernas mais perfeitas que conhecia mas limitou-se a um elogio normal...Sara estava presente e também ainda tinha muitos receios...apesar de Anahi a olhar com olhos brilhantes, a cena dela se debatendo, batendo com a cabeça na parede, completamente transtornada, volta e meia povoava a sua mente...não sabia quem era ela...mas mesmo assim estava apaixonada...
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O almoço tinha corrido muito bem. Dulce escolhera um restaurante de comida Italiana, já que Sara adorava, Anahi também e ela estava doida por uma massa. Sabia que estava muito feliz, mas a felicidade de sua pequena também saltava aos olhos. Ela sorria, ria de tudo, falava sem parar com Anahi, perguntava mil coisas ao mesmo tempo e a paciência de Anahi em explicar tudo nos mínimos detalhes era um encanto à parte.
A pequena pulou de alegria quando a mãe sugeriu que tomassem um sorvete na sorveteria favorita dela e nem reclamou com o fato de terem de andar um pouco pelo calçadão da praia, já que estavam no canal 2 e a sorveteria era no 4. Dulce perguntou se Anahi estava bem para andar a pé e sorrindo ela respondera que estava muito bem.
Após o sorvete, Sara pediu autorização para brincar no parque da praia e a mãe dissera que sim, desde que ficasse ao alcance dos olhos dela e não pulasse de mais. Prometendo obedecer, ela foi brincar com outras crianças que também disputavam os brinquedos.
Finalmente elas ficaram sozinhas e a tensão era palpável.
Anahi se sentia bem, muito bem...Dulce tinha o coração acelerado e uma vontade quase incontrolável de ficar perto, mais perto ainda...elas estavam em sintonia, queriam a mesma coisa e nem eram precisas muitas palavras, os olhares diziam quase tudo...
--É tão bom isso aqui! -- Riram às gargalhadas, simplesmente tinham falado a mesma frase e ao mesmo tempo.
Anahi, ficou vermelha e Dulce teve vontade de fazer um carinho...elas se olharam nos olhos e uma coragem que Anahi não soube precisar de onde veio, permitiu-lhe dizer a frase seguinte:
--Obrigada! É tão bom estar na vossa companhia, é bom demais se sentir querida, cuidada, e é assim que me senti hoje ao acordar naquela cama...o dia todo eu me senti em paz, leve, feliz...parece que tudo faz sentido...--Ela tinha um brilho tão intenso nos olhos e estava linda, tão linda que Dulce sentiu que o ar rareava...
Dulce parecia nervosa, olhou para um lado, para o outro, passou as mãos pelos cabelos e suspirou.
--O que foi? -- Anahi ficou com medo de ter exagerado na sua demonstração de afeto...
--Queria poder te beijar muito agora. -- Mais um suspiro e profundo.
Anahi olhou para o chão tentando disfarçar o rubor que lhe cobria a face...queria a mesma coisa, ansiava por aquela boca, pelas mãos, pelos lábios quentes percorrendo cada canto do seu corpo, pelo contacto das peles...queria Dulce demais...sempre e um pouco mais.
Aquela atitude da babá só serviu para Dulce concluir que o que sentia por ela ia além da paixão...e ficou levemente assustada.
Sara gritou do parque para Anahi ir brincar com ela e a babá agradeceu, mais uma vez tinha sido salva pela sua princesa, do contrario...melhor nem pensar no que faria. Com olhos brilhando de emoção, segurou uma das mãos de Dulce entre as suas e apertou. Olharam-se cúmplices, paixão gritante e muitos outros sentimentos que não ousavam dizer o nome...mas estavam cada vez mais fortes e querendo tomar conta de tudo.
Voltaram para casa no final da tarde. Sara, como sempre, cheia de energia, sugeriu que vissem um filme. Dulce precisava enviar alguns emails e disse que se juntaria a elas em alguns minutos. Anahi, tomou mais um remédio e demorou pouco tempo para adormecer no chão da sala de TV. Aliás, mal começaram a ver o filme, ela e a pequena adormeceram.
Dulce entrou na sala de TV e estranhou o silêncio, sua filha falava pelos cotovelos. Entendeu o motivo daquela calmaria e sorriu, Sara e Anahi tinham adormecido. Sem pensar muito, deitou-se ao lado de Anahí e a abraçou. Instintivamente a babá se virou e ainda dormindo, se acomodou no ombro de Dulce que foi invadida por uma sensação de plenitude. Olhou cada pequeno detalhe que fazia daquele rosto uma beleza indescritível, afagou os lindos cachos, cheirou os cabelos e a apertou mais contra si.
Sussurrando perto do ouvido dela disse:
--Eu sei que é uma loucura sem tamanho, que não sei nada da tua vida, mas eu te amo...cada dia um pouco mais. Preciso é ganhar coragem para dizê-lo quando estiveres acordada.
Sentiu uma paz tão grande após admitir aquele fato tão obvio...claro que amava Anahi, aquela confusão toda, a profusão de sentimentos, a sensação de tudo no lugar, o redemoinho no estômago, a sensação de ficar sem palavras, o coração leve diante de um sorriso dela, a vontade de estar junto toda a hora, a sensação de vazio quando ela não estava perto, o desespero por não entender muita coisa, a total falta de interesse por outras mulheres...era amor, coisa que ela não se lembrava de já ter sentido antes...pensou em Maite e sorriu, ela adoraria aquela conclusão.
Estando no melhor lugar do mundo e em total relaxamento, ela também acabou por adormecer.
Dormiam profundamente quando o interfone tocou, uma, duas, dez vezes. Dulce relutou um pouco, mas diante da insistência teve que levantar e ir atender.
Anahi também despertou ainda se sentindo meio sonolenta.
Dulce atendeu e avisaram da portaria que uma moça de nome Angelique estava ali e que queria entrar. Dulce estranhou, mas permitiu a entrada dela. Por essa altura, Anahí já estava também no hall de entrada.
Angelique entrou intempestivamente.
--Boa noite Dulce, me desculpa invadir assim a tua casa mas...-- Viu a Anahi e correu para junto dela deixando Dulce especada na porta e completamente atordoada.
--Gata, não faz mais isso comigo, eu quase morri de preocupação. Sumiste desde ontem à tarde e naquela chuva toda...estás bem?
--Estou sim, desculpa, mas fiquei sem bateria no celular e tive um resfriado...
--Mas já estás bem? -- Perguntou a abraçando com carinho e sendo retribuída.
--Estou sim, fui muito paparicada e melhorei rapidamente. -- Disse olhando para Dulce que sorriu de forma velada, ela estava incomodada, muito incomodada.
Sara entrou na saleta com cara de sono e sorriu ao ver Angelique. Elas começaram uma conversa entusiasmada e Anahi olhava com atenção e sorria. Dulce tentava ficar calma, mas não conseguia...aquela menina bonita abraçando e beijando Anahi, a sintonia entre elas, o afeto...seriam apenas amigas? O desespero dela em saber notícias da babá pareceu-lhe exagerado...
--Angel, fica aqui conosco, vamos fazer pipoca e ver desenho, o que achas?
--Adoraria menina linda, mas eu preciso levar essa mocinha para casa e cuidar bem dela, não faz mais isso Any, meu coração não agüenta. -- Mais um abraço apertado e Dulce tendo que desviar o olhar para não dizer alguma asneira.
--Ah, gata, tenho uma surpresa para ti. --Disse piscando o olho.
--Hummmm adoro surpresas, espero que boa hein dona Angelique.
--Muito boa, e vai me ajudar.
Sara pegou Angelique nas mãos e começou a contar tudo o que tinha acontecido, com riqueza de detalhes.
Anahi, aproveitou o momento para se despedir de Dulce.
Antes de proferir qualquer palavra, abraçou-a com vontade. Seus corações dançavam ao mesmo ritmo, as mãos tinham a mesma temperatura, o mesmo para o corpo...ah as pernas, insistiam em fraquejar, mas elas mantinham-se firmes.
--Muito obrigada por tudo. -- Disse Anahi olhando dentro do olho dela e fazendo Dulce perder um pouco mais a lucidez.
--Não precisa agradecer, estou sempre aqui para qualquer coisa...Vê se descansa...--A essa altura Dulce se controlava para não pedir que ela ficasse ali, com elas...queria mais, queria que ela dormisse no seu quarto, na sua cama...queria abraçá-la a noite toda, sentir sua respiração, acordar com ela...
--Vou descansar muito, a Angel parece doida, mas ela toma conta de mim muito bem. -- Sorriu e Dulce sentiu um desconforto crescente.
Anahi, segurou as mãos de Dulce e beijou uma de cada vez, um beijo terno, demorado, doce...Dulce? Mais confusa do que nunca...e sentindo-se no ar, com os pés fora do chão.
A babá e a amiga deixaram a casa abraçadas e numa sintonia e cumplicidade gritantes.
Autor(a): angelr
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Dulce experimentou uma sensação de vazio, faltava alguma coisa...faltava Anahi. Sentiu os bracinhos da filha à volta dela e teve vontade de chorar...aquilo sim era sem precedentes. --Mãe, seria tão bom se a Any morasse conosco para sempre, não seria? -- A inocência peculiar da filha a fez ter mais vontade de chorar ainda, mas ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 172
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santox Postado em 20/10/2015 - 19:19:52
ATENÇÃO!!! PLÁGIO!!! Apesar de ter citado a autora da história, Nadine Helgenberger, essa adaptação não foi autorizada pela mesma. PLÁGIO É CRIME!!! :(
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ace Postado em 20/10/2015 - 15:38:32
Essa história foi modificada sem o consentimento da autora que seria Nadine Helgenberger. PLÁGIO É CRIME!!!
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justin_rbd Postado em 01/06/2014 - 20:37:17
amei a história ,parabéns !!!!
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delmyra Postado em 21/01/2014 - 00:04:05
linda história. Pena q acabou. Amo portiñon. Sensacional a fic.
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claricenevanna Postado em 19/01/2014 - 23:10:49
Onw, eu vou sentir tanta saudade dessa web. Perfeição deveria ser o nome dela. Amei demais cada capitulo, embora que as vezes, surtava, mas foi muuuito perfeita.
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maralopes Postado em 19/01/2014 - 19:46:33
amei e ja favoritei sua web vou acompanhar bjaum angel
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vverg Postado em 19/01/2014 - 19:04:58
Já está favoritada a outra fic, acompanharei com certeza...^_^ E esta história gostei do começo ao fim... =)
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vverg Postado em 19/01/2014 - 12:32:51
Tudo tem um fim... Amei a história.... =]
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maralopes Postado em 19/01/2014 - 07:28:39
eu estou muito triste pq vai acabar mas feliz pq as duas realmente se amam e poderão ser felizes juntas e a mai com a angel tão perfeitas' ai nem sei mas o que escrever pra ti mas só sei que te adoro e fico aguardando pelo ultimo capitulo e tua nova web' bjaum Angel
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delmyra Postado em 19/01/2014 - 00:50:18
nem acredito q a fic esta acabando. Eu amei. A fic é d+. Chorando em 5 4 3 2 1. Ansiosa pela próxima fic.