Fanfic: Como o Vento | Tema: Portiñon
Angelique não acreditou quando viu Anahí entrar naquela sala de preparação. Correu para os braços dela e a abraçou com força enquanto tentava controlar as lágrimas que teimavam em cair.
--Desculpa Angel, mas eu estava muito nervosa...
--Que desculpa nada menina, o importante é que estás aqui. Meu Deus eu quase morri Any...e o Manfred não desconfiou de nada.
--Ufa, que alivio. A bronca que eu levaria...
Riram com alegria e se abraçaram mais uma vez.
--Obrigada Ana...nunca vou poder te agradecer...
--Vai sim, arrasando nesse palco com essa menina linda. -- E Ana as abraçou.
--Foi ela que me convenceu a voltar. -- Disse enquanto enchia a senhora de beijos.
--Então muito obrigada dona Ana, e vamos sim dar um show nesse palco. -- Angelique era pura alegria.
--Vamos logo vó, o espetáculo já começou. -- Sara, puxava a saia da avó em completa impaciência.
--Boa sorte moças. Vamos aplaudi-las de pé.
--Boa sorte Any,eu sei que será lindo, nos ensaios era sempre perfeito. Boa sorte Angel. -- Disse a pequena quase deixando a sala arrastando a avó.
--Obrigada! -- Disseram ao mesmo tempo.
Na platéia, Maite recebeu um SMS com o seguinte teor:
"Ela chegou, vamos dançar! Obrigada pelo suporte. És cada dia mais importante na minha vida."
Ela sorriu e sentiu o coração muito mais leve. O espetáculo estava maravilhoso, mas o melhor ainda estava por vir.
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Cansada de tentar chegar a uma conclusão, Dulce decidiu ir ver o espetáculo. Já estava atrasada, muito atrasada. Voou pela cidade, mas o trânsito não ajudava àquela hora. Começou a entrar em desespero, a frase da mãe não lhe saía da cabeça...o espetáculo é muito importante para Anahi...se era importante para Anahi, ela queria estar presente, não havia outra possibilidade...e aquele trânsito infernal. O tempo passava e o carro não saia do lugar. Até que teve uma idéia, meio inusitada, mas tudo valia a pena para ver Anahi dançar. Lembrou do serviço de moto que dava assistência à sua empresa e ligou para o rapaz com quem lidava diariamente. Ele atendeu e disse que a buscaria em poucos minutos. Ela achou que fosse entusiasmo a mais do rapaz dado ao trânsito pesado daquela hora, mas para seu espanto, ele apareceu em 15 minutos. Deixou o carro num estacionamento e subiu na garupa da moto, pedindo ao rapaz que voasse até ao teatro.
Chegou ao teatro e subiu as escadas de três em três degraus. Ouviu aplausos e correu mais depressa ainda achando que já era o número de Anahí. Entrou na sala e graças a Deus aplaudiam a um grupo grande que se despedia do palco. Nada de Anahí no meio daquele povo todo, tomara que ela ainda não tivesse dançado. Sentou-se e tentou recuperar o fôlego. O coração estava aos pulos no peito e um nervoso que não sabia explicar tomou conta dela, parecia que era ela quem estava na iminência de subir ao palco.
As luzes se apagaram completamente e uma luz apareceu apenas no centro do palco. Tudo ficou no mais completo silêncio e o ambiente foi invadido por uma música majestosa, dessas que entram na alma, um misto de tribal com celta e leves toques eletrônicos e uma voz de mulher que elevava os sentidos. No centro do palco, dois corpos se moviam em sincronia perfeita, um parecia ser o reflexo do outro. Não eram apenas corpos, eram duas lindas mulheres e de talento indiscutível. Uma parecia o complemento da outra...a sensualidade era gritante, a técnica perfeita. Elas voavam pelo palco como garças, se entrelaçavam, uma subia na outra e pareciam uma só. O encaixe da música nos movimentos delas era sublime, aquele era um momento sublime, de pura magia e talento. Parecia que faziam amor enquanto dançavam, um amor leve, quase etéreo...lindo. Na platéia ninguém piscava, todos devoravam cada pequeno gesto de beleza inigualável. A música, a dança, a maestria das bailarinas, cada pequeno detalhes remetia à perfeição. O momento de magia terminou com o entrelaçar dos corpos perfeitos se transformando num só...sensual, encantador, perfeito.
A platéia reagiu e com uma ovação, as palmas ecoaram por mais de 5 minutos ininterruptamente. Todos de pé aplaudindo o talento daquelas mulheres que permaneciam abraçadas.
Abraçada a Angelique, Anahi não acreditava, ouvia as palmas mas não acreditava que eram para elas.
--Consegui! -- Apertava a amiga que a beijava com carinho, também coberta de lágrimas.
--Sim gata, foi maravilhoso. Escute, são palmas e para nós. -- Risos.
Anahi, chorava convulsivamente nos braços de Angel. As luzes se acenderam e elas olharam para a multidão que estava na platéia. Correram para a frente para agradecer e foram aplaudidas de pé. O barulho das palmas era quase ensurdecedor, elas agradeceram e deixaram o palco abraçadas, leves como pássaros.
Na sua cadeira, Dulce chorava...beleza a fazia chorar, e o que acabara de ver era a mais pura beleza. Anahi, era uma bailarina nata, e ela jamais suspeitara de nada. Aquele momento tinha sido brilhante. Várias perguntas pulavam na sua mente, mas tinha uma certeza, estava completamente apaixonada por aquela mulher...irremediavelmente apaixonada. Queria abraçá-la, dizer o quão perfeita era como bailarina, queria felicitá-la, dizer tanta coisa...mas era apenas mais uma no meio daquele povo todo que com certeza queria a mesma coisa. Por outro lado, tinha a sensação que seu tempo acabara, Angelique era a pessoa certa para Anahi. Ambas tinham um amor comum, tinham uma sintonia perfeita, nada mais óbvio que ficassem juntas. Uma sensação de desamparo a sacudiu...provavelmente tinha perdido o melhor amor de sempre, por mera incapacidade de lidar com sentimentos...
Procurou a mãe a filha para se despedir, sabia que elas iriam ao camarim dar os parabéns a Anahi, mas ela não se sentia preparada para aquele momento...
A mãe e a filha estavam encantadas com a performance da babá e da amiga, assim como o auditório inteiro.
--Mãe, viste a Any? Que lindo mãe, que lindo...e foi mais lindo aqui que nos ensaios. -- A menina estava excitada e pulava de alegria.
--Vi sim filha e foi muito lindo mesmo. -- Ela não conseguia demonstrar o mesmo entusiasmo que sua pequena.
--Vamos cumprimentar a Anahi? -- Ana perguntou olhando a filha com intensidade.
--Não posso mãe. Preciso resolver um problema no escritório ainda antes de descer para Santos. Vieste de carro? Vocês ficam bem?
--Não se preocupe conosco filha, estamos bem...tem certeza que não quer falar com a Anahi? -- Ana insistia diante da cabeça dura que era a filha.
--Não posso mãe, dê um beijo nela.
Beijou a filha e saiu com o coração apertado e carregada de dúvidas.
No camarim reinavam a alegria e a felicidade. Estavam realizadas, todo o esforço valera a pena. Mas para Anahi, aquela conquista tinha outro sabor, sabor a liberdade, recomeço, confiança. Ela se sentia outra pessoa, de repente tudo parecia mais leve, bonito, acessível...seu sorriso, já lindo, agora era sua mais perfeita arma de sedução...ninguém conseguiria ficar indiferente àquele sorriso de mulher feliz e ciente das suas qualidades...Anahí despertara para a vida e nada mais a segurava.
A sua amiga de sempre, Beth, não segurou a emoção, ela sabia o que Anahi sofrera para chegar naquele momento. Ficaram abraçadas por muito tempo, cochichando coisas que só elas entendiam. Anahi, agradeceu à amiga, sem ela, sem sua ajuda, provavelmente nunca estaria ali...Beth retrucou, a responsável por tudo aquilo era ela mesma, com sua força e perseverança.
Ana e Sara a abraçaram tanto que ela se sentiu a pessoa mais importante do mundo. Sua pequena princesa não parava de elogiar, e dizia que queria ser como ela quando crescesse. Ana a agradeceu pelo momento sublime e disse que sabia que era apenas o começo.
Júlia não cabia em si, não conseguia sequer falar tamanha era a emoção. Bateu nas costas da amiga dizendo que ela se disfarçara muito bem de babá quando na realidade era uma bailarina perfeita.
Risos, felicidade...todos queriam uma foto com Anahi e Angelique...
Angel, finalmente conseguiu chegar perto de Maite. Sem pensar, movida apenas pela emoção, beijou a boca dela publicamente para imediatamente se arrepender, afinal estavam em publico e não queria expô-la em demasiado.
Completamente envergonhada pediu desculpas.
--Foi a emoção...-- Disse completamente ruborizada.
Maite, completamente feliz, a abraçou e perguntou no ouvido dela. -- Namoradas não se beijam na boca?
--Namoradas? É isso mesmo? Você quer namorar comigo? ---Quase gritando tamanha a incredulidade.
--Bom, eu achava que já namorávamos...-- Sorriu timidamente.
--Claro! Sim, sou sua namorada, estou tão feliz. -- Mais um abraço terno e Maite pôde sentir o bater daquele coração.
--Cris, vem cá! -- Ela gritou o irmão que falava com Anahi e as amigas dela.
--O que foi sua doida? Precisa gritar assim?
--Irmão mais velho que eu amo, apesar de ser um chato insuportável, essa mulher maravilhosa é a minha namorada. Pode babar, eu deixo...-- E beijou Maite na boca mais uma vez.
--Angel...-- Maite estava envergonhada.
--Muito prazer. Essa louquinha é gente boa, parece doida, mas é do bem. Tratando-a bem, tudo fica perfeito.Cris, o que a Maite vai pensar? Que sou uma criança que precisa de irmão mais velho nas costas?
Maite e Christian riram muito e Angelique fez cara de emburrada para logo de seguida sorrir para mais fotos com fãs.
Manfred disse que a companhia iria jantar e que poderiam convidar os amigos. Anahi, convidou Sara e Ana mas a senhora preferiu regressar a Santos já que não gostava de dirigir à noite e ela há muito tinha chegado.
--Any, e agora que és famosa, significa que não vou mais te ver?
Anahi se abaixou para ficar à altura da menina.
--Claro que vai Sara, sempre que quiser. E eu não sou famosa, foi apenas um espetáculo schatzie...
--Mas vai ficar...todas aquelas palmas...e quero que fique muito famosa, desde que não me esqueça.
--Me liga sempre, toda a hora e eu também te ligo para me contares tudo o que tiveres feito, ok?
A menina a abraçou e a bailarina retribuiu fechando os olhos e curtindo aquele momento.
Ana olhava a cena enternecedora e pensava: “Minha filha precisa ganhar juízo ou vai perder essa mulher maravilhosa."
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No jantar, Manfred comunicou a agenda aos bailarinos. Mais dois espetáculos em São Paulo, um já no domingo na capital, outro em Campinas. Depois Festival de dança no Rio de Janeiro, 2 espetáculos, volta rápida para São Paulo apenas para arrumar as malas e partirem para a digressão européia, cuja primeira parada seria na Alemanha.
Anahí, não queria acreditar...o sonho de atuar na sua terra ganharia vida em pouco tempo...era bom demais.
Autor(a): angelr
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 172
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santox Postado em 20/10/2015 - 19:19:52
ATENÇÃO!!! PLÁGIO!!! Apesar de ter citado a autora da história, Nadine Helgenberger, essa adaptação não foi autorizada pela mesma. PLÁGIO É CRIME!!! :(
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ace Postado em 20/10/2015 - 15:38:32
Essa história foi modificada sem o consentimento da autora que seria Nadine Helgenberger. PLÁGIO É CRIME!!!
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justin_rbd Postado em 01/06/2014 - 20:37:17
amei a história ,parabéns !!!!
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delmyra Postado em 21/01/2014 - 00:04:05
linda história. Pena q acabou. Amo portiñon. Sensacional a fic.
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claricenevanna Postado em 19/01/2014 - 23:10:49
Onw, eu vou sentir tanta saudade dessa web. Perfeição deveria ser o nome dela. Amei demais cada capitulo, embora que as vezes, surtava, mas foi muuuito perfeita.
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maralopes Postado em 19/01/2014 - 19:46:33
amei e ja favoritei sua web vou acompanhar bjaum angel
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vverg Postado em 19/01/2014 - 19:04:58
Já está favoritada a outra fic, acompanharei com certeza...^_^ E esta história gostei do começo ao fim... =)
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vverg Postado em 19/01/2014 - 12:32:51
Tudo tem um fim... Amei a história.... =]
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maralopes Postado em 19/01/2014 - 07:28:39
eu estou muito triste pq vai acabar mas feliz pq as duas realmente se amam e poderão ser felizes juntas e a mai com a angel tão perfeitas' ai nem sei mas o que escrever pra ti mas só sei que te adoro e fico aguardando pelo ultimo capitulo e tua nova web' bjaum Angel
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delmyra Postado em 19/01/2014 - 00:50:18
nem acredito q a fic esta acabando. Eu amei. A fic é d+. Chorando em 5 4 3 2 1. Ansiosa pela próxima fic.