Fanfic: Como o Vento | Tema: Portiñon
Dulce tinha o celular na mão e já discara o número de Anahi para logo em seguida abortar a ligação umas 20 vezes. Ela não sabia ao certo onde ela estava naquele momento. Pelas contas de Maite, estariam regressando a São Paulo para poucos dias, talvez apenas dois, para de seguida rumarem à Europa. Mas Maite simplesmente não atendia a porcaria do telefone, estava desligado ou fora de área.
Na sua cabeça, já sabia exatamente o que dizer a Anahi, entretanto o medo de ser tarde demais a assombrava, mas só saberia se tentasse...mais uma tentativa de ligar para desistir antes de completar.
Ana, observava a aflição da filha e decidiu falar com ela, uma conversa franca, talvez aquela que já deveria ter tido há muito tempo.
--Filha, que aflição é essa? -- Perguntou entrando no quarto dela.
--Onde está a Sara mãe?
--Ela foi brincar com as amiguinhas...a Sara está bem, o mesmo não posso dizer de ti minha filha...
--Ai mãe...eu faço tudo errado...caiu na cama enterrando a cara na almofada.
Ana sentou-se na cama e puxou a filha para o seu colo. Dulce se aninhou, sentindo-se protegida.
--É a Anahi não é filha?
--Já sabes que gosto dela? Claro...não consigo esconder isso de ninguém...
--Esconder por quê? É um sentimento lindo Dulce, não tens que esconder viva na plenitude.
--Mãe, eu me apaixonei por ela e desde então só faço besteira, uma atrás da outra, até ciúme inventei de sentir a essa altura da minha vida. Logo eu, que jamais soube o que era isso...
--Sabes por que sentes ciúmes dela? Porque gosta para valer, quando se gosta muito, o ciúme na dose certa, sem loucura ou possessividade, é normal...acho que antes vivias histórias circunstanciais com pessoas superficiais. Eu nunca gostei dessas mulheres com quem andava...
--Nem foram tantas mãe, e tu só conheceste umas três...
--Sim, mas nunca gostei, elas não te permitiam crescer como ser humano. O que essa menina conseguiu nesse quase ano em que conviveu conosco, as outras não conseguiram na vida toda.
--Mãe é tanta confusão na minha cabeça, tenho tanto medo de perdê-la que meto os pés pelas mãos, faço uma asneira atrás da outra. Eu sinto tanta coisa quando olho para a Any, às vezes me atrapalho...ela me completa mãe, me transmite paz, tranqüilidade e ao mesmo tempo desperta um vulcão dentro de mim...ela é linda, tão linda que me tira o ar...ela é sensível, inteligente, adora a minha filha que também a ama, é uma bailarina maravilhosa...eu adoro a Any, dona Ana. -- Concluiu sorrindo.
--Isso é amor filha e sabes que desse assunto entendo e bem. Eu percebi que existia algo forte entre vocês há um tempo atrás, mas via medo também, ou receio, não sei ao certo. Outro dia ouvi uma briga entre as duas, e vi a forma grosseira como a trataste e a falta de capacidade dela em se defender, fui conversar com ela...
--Foste à casa dela?
--Fui filha e foi à melhor coisa que eu fiz. Se eu antes admirava a Anahi, depois dessa nossa conversa então...
Durante quase meia hora, Ana contou à filha tudo o que ouvira da babá, Dulce chorava sem parar...quanto sofrimento e ela ao invés de ajudar, apenas aumentava o sofrimento da mulher que amava...sentia-se pequena...
--Mãe...acho que não mereço uma pessoa como a Anahi, ela é muito melhor do que eu que não passo de uma mimada egoísta. -- Dulce sentia-se derrotada.
--Filha, não fale assim, e quem tem que decidir se a mereces ou não, é a Anahi e ela gosta de ti. Dulce minha filha, eu sei de todos os teus defeitos ou imperfeições, afinal sou tua mãe e não fiz muito bem o meu papel na altura devida, mas tens tantas qualidades...se não tivesses a Anahi iria se apaixonar por ti? Claro que não minha filha, tu és maravilhosa, não por ser minha filha, mas és sim Dulce e essa menina desperta o melhor que há em ti, acho que tens muito a aprender com ela, vocês têm muito a aprender juntas, confiança, tolerância, paciência, aprender a ver o outro com olhos abertos, mas acho que o mais importante já existe e é forte, amor, muito amor.
--Eu amo a Any mãe, não me restam mais dúvidas...mas e ela?
--Ela te ama minha filha, de uma forma linda. Eu fiquei tão comovida quando ela, sem jeito me disse que gostaria que a visses dançar, ela queria que tivesses orgulho dela, tudo por culpa do problema de auto estima...
--Meu Deus e eu quase não fui...
--Mas o que vale é que foste minha filha e essa é uma das tuas melhores virtudes, pensas a reages a tempo e sempre tentas melhorar, isso é muito bom. Mas depois de dançar e encantar aquele público, parece que a Anahi acordou, uma Anahi mais confiante, até o sorriso dela mudou, parece que passou a encher o seu rosto lindo...ela ama a Sara e nossa pequena a ama também...não podes perder alguém assim Dulce...
--Não mãe, eu não quero perder a Any, nunca, vou atrás dela até ao fim do mundo...mas ela não esta aqui, preciso vê-la.
--Acabei de falar com ela minha filha. -- Ana sorriu ante a alegria estampada na cara da filha. -- Está aqui em Santos, chegou ontem à noite para arrumar as malas, vão fazer apresentações pela Europa. Ela está em casa agora, mas vai para São Paulo daqui a pouco e de lá parte para a Alemanha...se correres...
Dulce pulou da cama e tentou arrumar a roupa que estava toda amassada.
--Mãe, vou atrás da minha felicidade, torça por mim.
--Vai dar tudo certo filha. -- Disse Ana enquanto Dulce lavava o rosto e arrumava o cabelo.
--Não posso chegar com essa cara de choro à frente da mulher linda que eu amo.
Ana sorriu, era assim que gostava de ver a filha, cheia de atitude e lutando pelos seus sonhos.
--Vai dar tudo certo, demonstre que a amas, é só disso que ela precisa. Agora voa!
E ela voou.
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Anahi, estava às voltas com as coisas de Angelique. Já tinha arrumado a sua mala, estava tudo organizado. Não ia levar muita coisa, até porque teria a oportunidade de comprar peças novas nas suas lojas de eleição. Estava feliz por voltar à Alemanha, sabia que alguns lugares a fariam sofrer, algumas lembranças menos boas, mas sentia-se forte para encarar tudo. A sua avó estava feliz por tê-la de volta e ela também queria revê-la, seus colegas do tempo da escola de dança em Munique já estavam a par do sucesso dela e faziam questão de vê-la atuar. Iria comer as coisas que gostava, ver os lagos, o verde da sua cidade, os museus, os castelos, Englisher Garten...saudades tantas.
Queria ter conversado com Dulce antes de viajar, mas o tempo não permitira...sentiria muitas saudades, mas precisava seguir com a vida, e ela não parecia estar na mesma sintonia. Entretanto, apesar das certezas, seu coração diminuía no peito ao imaginar que estaria a milhares de quilômetros longe dela, de Sara, de Ana...da vida que tinha naquela cidade...mas precisava seguir em frente.
A campainha tocou e ela estranhou. Olhou o relógio e ainda faltava algum tempo até Christian vir buscá-la para levar a São Paulo. Não era Angelique, já que essa estava hibernada no apartamento de Maite, matando as saudades antes de senti-las...sorriu, Angelique e Maite eram uma inspiração. Talvez fosse algum vizinho querendo alguma coisa. Abriu a porta e ficou especada. Do outro lado estava a mulher que abalava todas as suas estruturas e sorrindo...timidamente, mas sorrindo.
--Oi, desculpa incomodar...--Disse já olhando malas e mochilas no chão.
--Não...não incomoda entra e não estranhe a bagunça...vou viajar. -- Anahi não acreditava que aquilo era mesmo verdade.
--Eu sei...vai para a Alemanha...
--Sim...
--Para a terra onde cresceu, deve estar muito feliz...
--Muito, mas vou ter saudades daqui também...mas não é definitivo, eu volto...quer uma água, suco? Não tem quase nada nessa casa, mas acho que água deve ter. -- Disse sorrindo daquele jeito que Dulce amava, e tinha alguma coisa que ela não amava?
--Aceito uma água se tiver, estou com a garganta seca...-- E estava mesmo, ansiedade.
--Temos água. Também vou tomar um copo.
--Tudo bem com a Sara? Vou ter tantas saudades dela...
--Tudo bem com ela, cada dia mais atrevida e linda a minha filha.
--Ela é linda. -- Seus olhos brilhavam ao falar da menina e o coração de Dulce batia com maior velocidade.
--Vim aqui para te dar os parabéns...tu e a Angelique fizeram um show à parte naquele dia...
--Estava lá? – Anahí não acreditava.
--Estava...lá ao fundo e cheguei na hora do teu espetáculo...vi tudo, vi a bailarina maravilhosa que és...
--Não sabia, achava que não tinha dado nenhuma importância...
--Faço tudo errado Any. -- Suspirou e Anahi viu sofrimento espelhado nos olhos dela. -- Eu tenho feito tanta asneira contigo, eu fui tão imbecil, quase cruel...
Anahi, percebeu que Ana tinha contado a sua história...ficou aliviada porque não teria tempo para contar tudo naquele momento e não queria ter mais segredos com ela...
--A Maite tem razão, eu sou egoísta, prepotente, às vezes infantil...dona da verdade, cega...e por causa disso eu te perdi...-- Ela esfregava uma mãe na outra e tremia as pernas.
--Não...não me perdeu. -- E já estava ajoelhada aos pés da cadeira onde Dulce estava sentada. -- E não tem só defeitos, tem muitas qualidades, qualidades essas que te transformam numa mulher incrível, atraente, desafiante...inesquecível.
Elas se olharam nos olhos e se houvesse alguma dúvida que se amavam e que um vulcão explodia quando estavam juntas, ela foi dissipada.
--Vem cá. -- Dulce a levantou do chão. -- Me perdoa Any, sei que fiz tudo errado, mas me dê só uma oportunidade de mostrar que pode ser diferente...
Ela não conseguiu concluir a frase. Anahí a beijou com saudade, volúpia, desejo, entrega total.
Dulce sentiu suas pernas fraquejarem, e quase caiu...Anahí a carregou para o sofá da sala onde caíram nos braços uma da outra.
Beijaram-se tanto, olharam-se nos olhos para ter a certeza que não era sonho. Os corpos tremiam, estavam quentes, as bocas não se largavam, elas se entrelaçavam, se moldavam uma na outra.
--Eu preciso tanto disso...--Disse Dulce entre um beijo e outro.
--Eu também...eu preciso de ti, sempre na minha vida...deixa-me fazer parte dela?
--Se eu deixo? É tudo o que eu quero...que faças parte da minha vida, da nossa vida...eu não consigo mais estar sem ti Any, deve parecer piegas, mas é verdade...tudo faz mais sentido quando estás por perto...
Anahí, sorriu e Dulce quis entender porquê.
--O que foi?
--Parece um sonho...eu já não acreditava nisso...em nós duas assim...-- E se apertou mais no corpo de Dulce e a beijou com amor.
--Eu sou cabeça dura, mas minha mãe e Maite me trouxeram à razão...elas te adoram e acreditam que temos tudo para dar certo...
--E tu, o que achas?
-- Eu te amo Any...acho que nunca senti isso por ninguém, não assim...você preenche todas as lacunas...-- Chorava.
--Não chora! -- Beijava as suas lágrimas. -- Eu sei que te amo como nunca amei ninguém e quero ficar contigo enquanto me quiseres e com a Sara vou ficar sempre, mesmo que não me queiras. -- Sorriu e Dulce a apertou contra si.
--Aiiiiiii menina, eu vou te querer sempre, cada dia um pouco mais.
Se fundiram num abraço que exprimia mais coisas que mil palavras gritadas. Uma sentia o coração da outra, galopante...ficaram em silêncio, entregues à leveza de estarem juntas.
O telefone de Anahi tocava sem parar, mas ninguém ouvia.
Anahi, ouviu a buzina do carro de Christian...droga, já era hora de ir embora. Abraçou Dulce com força. Ficaram de pé, mas não se desgrudaram. A buzina mais uma vez e ela teve que ir à varanda dizer que já descia.
Correu para Dulce, segurou sua face com as mãos, olhou-a nos olhos e disse:
--Meu coração está batendo na garganta.
--O meu também...vai meu amor, ou o Christian vai invadir esse apartamento. Vou ter muitas saudades...todos os dias...
Foi a vez de Anahi ter os olhos invadidos por lágrimas.
--Vem me ver na Alemanha, traga a Sara...férias...nós três. Vou ter espetáculos, mas terei tempo para passear, mostrar Munique, já deves conhecer, mas verás pelos meus olhos...nada me fará mais feliz. -- Ela parecia uma menina e Dulce sabia que faria qualquer coisa para vê-la feliz...
--Vou tentar me organizar, se não for em Munique, iremos ver-te noutra cidade.
--Eu te amo tanto Dul, tanto, tanto...--Beijo com buzina como trilha sonora.
--Eu também Any...muito. Vou ver-te em Munique, pode ter a certeza...vou ver-te sempre que der.
Já estavam fora do apartamento com as malas e as mochilas prontas para descerem, quando Anahí a fez entrar de novo...mais um beijo carregado de desejo, amor, na dose perfeita...mais uma vez Dulce sentiu-se desfalecer...era bom demais...
Christian entendeu tudo quando viu Dulce acompanhando Anahí, e sentiu-se levemente envergonhado por incomodá-las, mas a amiga tinha um avião para pegar e o vôo não esperaria por ela.
Colocaram as coisas no carro, se abraçaram no meio da rua...com amor, com saudade, paixão...Dulce não se segurou e a beijou ali mesmo, beijo correspondido, beijo perfeito.
--Me liga, me mande email, skype, viber, whatsapp...qualquer coisa...
--Tudo, toda à hora...sempre que puder falar comigo eu vou querer falar contigo.
--Vai com a Sara me ver em Munique...por favor.
--Eu vou...--Não se largavam.
--Any...estamos atrasados. -- Christian não queria ser chato, mas precisava.
--Vai lá meu amor e cuide-se ok?
--Dê um beijo na Sara e outro na Ana...amo vocês.
Entrou no carro e Christian deu partida, Dulce ainda segurava as mãos e tinha os olhos marejados...disse que a amava e Anahí mandou um beijo no ar.
Ela ficou ali na calçada, com saudades sim, mas com certeza que estava no rumo certo, no rumo do amor. Teve vontade de gritar alto que estava feliz, mas apenas sorriu muito, entrou no seu carro e voltou para casa.
Pronto, enfim elas se acertaram e ai felizes meninas? e Sera que dessa vez sera o felizes para sempre? Aguardem semana que vem os ultimos capitulos dessa historia, mas teremos coisas surpreendentes ate o fim. Fica a dica hahahaha
Autor(a): angelr
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Dulce dirigia pelas ruas da cidade cantarolando dentro do carro. De repente tudo estava lindo e a vida ganhava um colorido perfeito. Quase pusera tudo a perder, mas graças à mãe, à amiga e ao amor imenso que sentia por Anahi, chegara a tempo de se despedir dela e mostrar que a amava acima de qualquer coisa. Sorriu e apertou o volante, era muito bo ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 172
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santox Postado em 20/10/2015 - 19:19:52
ATENÇÃO!!! PLÁGIO!!! Apesar de ter citado a autora da história, Nadine Helgenberger, essa adaptação não foi autorizada pela mesma. PLÁGIO É CRIME!!! :(
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ace Postado em 20/10/2015 - 15:38:32
Essa história foi modificada sem o consentimento da autora que seria Nadine Helgenberger. PLÁGIO É CRIME!!!
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justin_rbd Postado em 01/06/2014 - 20:37:17
amei a história ,parabéns !!!!
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delmyra Postado em 21/01/2014 - 00:04:05
linda história. Pena q acabou. Amo portiñon. Sensacional a fic.
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claricenevanna Postado em 19/01/2014 - 23:10:49
Onw, eu vou sentir tanta saudade dessa web. Perfeição deveria ser o nome dela. Amei demais cada capitulo, embora que as vezes, surtava, mas foi muuuito perfeita.
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maralopes Postado em 19/01/2014 - 19:46:33
amei e ja favoritei sua web vou acompanhar bjaum angel
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vverg Postado em 19/01/2014 - 19:04:58
Já está favoritada a outra fic, acompanharei com certeza...^_^ E esta história gostei do começo ao fim... =)
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vverg Postado em 19/01/2014 - 12:32:51
Tudo tem um fim... Amei a história.... =]
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maralopes Postado em 19/01/2014 - 07:28:39
eu estou muito triste pq vai acabar mas feliz pq as duas realmente se amam e poderão ser felizes juntas e a mai com a angel tão perfeitas' ai nem sei mas o que escrever pra ti mas só sei que te adoro e fico aguardando pelo ultimo capitulo e tua nova web' bjaum Angel
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delmyra Postado em 19/01/2014 - 00:50:18
nem acredito q a fic esta acabando. Eu amei. A fic é d+. Chorando em 5 4 3 2 1. Ansiosa pela próxima fic.